sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Timor: Persistem ainda «desafios enormes a vencer», diz ONU


Timor-Leste «recuperou bem da violenta crise» em que mergulhou em 2006, mas persistem ainda «desafios enormes a vencer», disse hoje em Nova Iorque o chefe da missão enviada pelo Conselho de Segurança da ONU àquele país.

Dumisani S. Kumalo, embaixador da África do Sul, liderou uma delegação com diplomatas da China, Congo, Indonésia, Rússia, Eslováquia e Estados Unidos, que entre 24 de Novembro e o passado dia 01 visitou Timor-Leste, para avaliar a situação do país, a quatro meses de terminar o mandato da actual missão das Nações Unidas (UNMIT).

«Os desafios da governação e o legado da violenta crise de 2006 e as suas consequências continuam a assombrar a liderança política do país e a afectar o povo timorense», salientou o embaixador sul-africano na sua intervenção perante o CS, segundo um comunicado de imprensa divulgado pela ONU no «site» na Internet.

Durante a visita a Timor-Leste, a delegação do CS contactou líderes timorenses, membros do Governo e da Oposição.

Dumisani S. Kumalo acrescentou que a situação de segurança em Timor-Leste permanece calma e estável embora frágil, devido às diferenças políticas entre os líderes timorenses, nomeadamente quanto à resolução da actual crise, a que se juntam as dificuldades associadas ao desemprego galopante e à pobreza, lê-se ainda no comunicado da ONU.

A manutenção de cerca 100 mil desalojados distribuídos por 53 campos de acolhimento, maioritariamente instalados na capital, Díli, foi também referida pelo diplomata sul-africano como um dos desafios a vencer.

«No curto prazo, é crucial que o Governo de Timor-Leste, com o apoio das Nações Unidas e a comunidade internacional, trabalhando em conjunto para melhorar as condições de vida dos desalojados», salientou.

«Apesar destes desafios, a delegação deixou Timor-Leste convencida que o país está na via para voltar a ser um país estável, pacífico e unido», acrescentou.

O secretário-geral da ONU, Ban ki-Moon, visita Timor-Leste nos próximos dias 14 e 15, no âmbito da sua deslocação ao continente asiático, tendo previsto encontros com os líderes políticos timorenses e uma intervenção perante o Parlamento Nacional, além de visitas a campos de deslocados.

Diário Digital / Lusa

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