10-10-2008 20:29:10
Maputo, 10 out (Lusa) - O ex-primeiro-ministro timorense Mari Alkatiri afirmou que, "a todo o momento", o Timor Leste "pode ser alvo de uma onda de violência", devido à "fragilidade" da situação política, econômica e social do país.
Maputo, 10 out (Lusa) - O ex-primeiro-ministro timorense Mari Alkatiri afirmou que, "a todo o momento", o Timor Leste "pode ser alvo de uma onda de violência", devido à "fragilidade" da situação política, econômica e social do país.
Alkatiri descreveu a situação no país asiático após uma reunião com o presidente moçambicano, Armando Guebuza, em Maputo."Felizmente, agora não há violência. E é uma vantagem. Mas as fragilidades que persistem fazem-nos pensar que a todo o momento, o país pode desembocar novamente numa onda de violência", disse o ex-premiê timorense e também secretário-geral da Fretilin, maior partido de oposição timorense.Alkatiri foi forçado a se demitir do cargo de primeiro-ministro em 2006, depois de ter sido acusado de responsabilidades na violência registrada naquele ano.O fato de a Fretilin não reconhecer a legitimidade do atual primeiro-ministro, Xanana Gusmão, torna o cenário político timorense "mais complicado"."A relação entre a Fretilin e Xanana Gusmão é mais complicada, porque nós não o reconhecemos como primeiro-ministro, consideramos que Xanana Gusmão usurpou o poder que assume atualmente".PartidoApesar de a Fretilin ter sido o partido mais votado nas eleições de 2006, embora sem maioria absoluta como na anterior legislatura, o chefe de Estado timorense, José Ramos-Horta, optou por convidar Xanana Gusmão para formar o governo, que tem o apoio de uma aliança parlamentar majoritária."A Fretilin é que ganhou as eleições legislativas, por isso devia ter formado governo, mas não é o que se passou", disse Alkatiri, explicando as razões por que recusa a legitimidade do Executivo liderado por Xanana Gusmão.A legenda anunciou que vai promover uma Marcha da Paz em Díli, que esteve inicialmente prevista para outubro, mas que poderá ocorrer em janeiro, segundo disse Alkatiri numa entrevista recente à Agência Lusa.Nesta semana, Xanana Gusmão se manifestou preocupado com o risco de uma nova onda de violência, referindo-se à iniciativa do maior partido da oposição."Vamos permitir que haja manifestação porque é um direito constitucional, mas estamos preocupados com o risco de uma nova onda de instabilidade", afirmou o premiê timorense.
3 comentários:
Pela boca morde (morre) o peixe.
Se o homem que anda a organizar a manifestacao diz que vai haver problemas, eh porque os problemas estao incluidos no programa.
Chega de violencia.
O problema de Mari Alkatiri foi sempre esse, o de dizer coisas sem pensar naquilo que diz.
Obviamente que estas declaracoes ele esra a dizer que a tensao politica em Timor e' tal que a marcha da 'paz' que ele organizou pode muito bem dar para o torto. Isto, acredito eu, e' exatamente o que ele esra a espera que aconteca e depois vai acusar o governo de ser incapaz de garantir a paz e a estabilidade.
Pois desengane-se que a haver violencia o governo deve usar todos os meios ao seu dispor para esmagar os insurrectos.
O povo agradecera a Xanana por nao permitir uma nova onda de violencia no pais. Se for preciso peguem nos organizadores e responsabilizem-nos perante a lei por instigar a violencia e perturbar a paz.
lekirauk ida mak nee.
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