sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Timor-Leste: Xanana Gusmão pode ter Mário Carrascalão no Governo

Díli, 16 (Lusa) - Mário Viegas Carrascalão, presidente do Partido Social Democrata (PSD) e ex-governador sob a ocupação indonésia, poderá integrar em breve o Governo de Timor-Leste, afirmou hoje o primeiro-ministro em Díli.
O líder do PSD deverá ocupar um dos dois cargos de vice-primeiro-ministro previstos na Constituição timorense, confirmou o próprio Mário Viegas Carrascalão à Agência Lusa.
Xanana Gusmão nomeou, em 2007, apenas um vice-primeiro-ministro, José Luís Guterres.
"Ainda não convidei oficialmente Mário Carrascalão mas está-se a pensar nisso", afirmou hoje o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, quando questionado sobre a hipótese de o líder do PSD integrar o Governo.
O PSD é um dos quatro partidos que forma a Aliança Para Maioria Parlamentar (AMP), que constituiu o IV Governo Constitucional após a indigitação de Xanana Gusmão, em Agosto de 2007.
O partido de Mário Viegas Carrascalão tem três pastas no actual Governo, incluindo a Justiça, Negócios Estrangeiros e Economia e Desenvolvimento.
A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e Cooperativas era também ocupada por um elemento do PSD até à demissão, o mês passado, de Papito Monteiro.
O cargo "será de novo preenchido por alguém do PSD", afirmou Mário Viegas Carrascalão à Lusa.
A AMP realizou no fim-de-semana passado um retiro em Dare, a sul de Díli, para definir a estratégia de cada ministério na discussão orçamental que se avizinha.
A hipótese de alargar o Governo e de o primeiro-ministro delegar algumas das funções que concentra actualmente foi também abordada no retiro de Dare, afirmaram à Agência Lusa vários participantes.
"Vamos ainda ter mais outro encontro já que no encontro em Dare, o PSD teve que vir a Díli por causa da reunião do partido", explicou hoje Xanana Gusmão sobre a hipótese de Mário Viegas Carrascalão ser chamado ao Governo.
"As coisas andam na boca do mundo", comentou Xanana Gusmão aos jornalistas, no final da sessão de apresentação do anteprojecto do novo Código Penal, em Díli.
"O primeiro-ministro reconheceu que está sobrecarregado e quer delegar funções", explicou Mário Viegas Carrascalão à Lusa.
Xanana Gusmão, além de chefe do Governo, é ministro da Defesa e da Segurança.

PRM.
© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.2008-10-16 07:05:02

12 comentários:

Anónimo disse...

Ola!!!

O velhote ainda faz fogo.

Anónimo disse...

Bandeira Nacional de Timor-Leste

Anónimo disse...

Mais informamos:
Governador Alfredo de Lacerda e Maia deve ter sido o violador da mulher de D. Boaventura conforme a seguinte nota achado na pesquisa:

"Em 1887, o infortunado Governador Alfredo de Lacerda e Maia foi assassinado por um grupo de “moradores” numa emboscada na estrada de Díli para Lahane… este assassínio marcou o início de uma insurreição dirigida conjuntamente por diversos liurais chefiados por D. Duarte e seu filho D. Boaventura, de Manufai."


No de Timorenses mortos:
Já Geoffrey C. Gunn afirma:
«… a pacificação colonial da guerra de Manufai ou das várias revoltas de 1894-1901, 1907-1908 e 1910-1913, causou a perda de 90 000 vidas.

Anónimo disse...

Chrys Chrystello, jornalista e linguista, descreve que:
"Em 1887, o infortunado Governador Alfredo de Lacerda e Maia foi assassinado por um grupo de “moradores” numa emboscada na estrada de Díli para Lahane… este assassínio marcou o início de uma insurreição dirigida conjuntamente por diversos liurais chefiados por D. Duarte e seu filho D. Boaventura, de Manufai."
Portanto, a morte do Governador Alfredo de Lacerda e Maia conecide com a morte de um oficial portugues que tinha violado a mulher de D. Boaventura. O povo timorense fala de um 'malae" europeu morto naquela epoca por ter violado a mulher de D. Boaventura e iniciando assim a guerra de Manufahi. Pode ser muita coincidencia. Alguem confirma?

Anónimo disse...

Mario e Xanana sao homens chave na condusao dos destinos de Timor. Novos ventos de mudansa para o desenvolvimento e prosperidade de timor. Timor esta no bom caminho

Anónimo disse...

Timor esta mesmo no bom caminho. O Mario e Xanana sempre lutaram juntos para Timor.

A fretilin esta cada vez mais fraco. Ja ninguem quer Fretilin, muito menos Fretilin do Alkatiri.

Anónimo disse...

Lembro-me de ter sugerido esta possibilidade algum tempo atras nas animadas discussoes no Timor Lorosae Nacao numa altura em que os ventos da liberdade de expressao ainda por la sopravam.

Li esta noticia com grande satisfacao. O executivo ficara assim bastante reforcado com as capacidades do Sr Mario Carrascalao.

Muito bem pensado Sr PM Xanana Gusmao!!

Anónimo disse...

O Mari Alkatiri que no passado dizia que nao sabia de nada sobre a distribuicao ilegal das armas aos antigos combatentes,acabou por dizer que essa distribuicao era legal e que em tempo de crise, nalguns paises novos, os reservistas sao chamados a pegarem em armas para defender a nacao, embora reconheca que o pais ainda nao possui uma lei. Senhor Mari a medida que aproximas da ponte das 7 leguas vais revelando as verdades. O fecho dessa historia vai ser muito interessante!...Vai... Vai...

Anónimo disse...

Alkatir anda com dor de cotovelos da AMP.

Ele vai ser culpado nas investigacoes por ter sido o que deu ordens para destribuir armas.

Alkatir esta desesperado.

Anónimo disse...

As ordens dadas por portas e travessas sao acto ilegais e criminosas. O assunto da tal "DISTRIBUICAO DE ARMAS AOS CIVIS" na altura nao foi discutida nem aprovada no PN e nem tao pouco foi do conhecimento do presidente da republica e comandante em chefe das forsas armadas Xanana Gusmao. Gracas a denuncia do RAI LOS confirma-se hoje o LIAN LOS

Anónimo disse...

D. Boaventura halo Funu Manufahi hasoru malae Portugal tan injustisa malae halo ba Timor oan:

• Funu Manufahi komesa tan malae viola Princesas Timor nian:

Iha tinan 1887, hanesan timor oan sira hatene, Liurai sira mai Dili tinan tinan halo reuniaun ho malae portugues sira.
Iha tinan ne'e D. Duarte nia oan mane, D. Boaventura foi kaben i nia lori nia fe'en mai hotu Dili.
loron ida D. Boaventura sei tuir reuniaun ida, malae Governador Capitão-tenente Alfredo de Lacerda Maia, haruka bolu D. Boaventura nia fe'en ba hasoru malu ho nia, i nune'e Governador ne'e viola tia D.Boaventura nia fe'en.
Malae governador ne'e, laos viola deit D. Boaventura nia fe'en, nia mos viola D. Luis, Oecusi, nia alin feto.
Princesa rua ne'e hatete sai ba D. Boaventura ho D. Luis katak Governador halo a'at sira, i nune'e, D. Boaventura hirus hodi oho malae governador ne'e iha dia 3 de Marsu de 1887, iha Lahane.
Mai hosi historia abusus ne'e, Timor lakon kedas konfiansa ba malae sira, i nune'e, hahu Funu Manufahi atu lori duni malae sira sai hosi Timor.
Malae lae tuir lia lo’os i lae halo justisa kona ba abusus nebe princesas sira hetan hossi governador ne’e.
Iha 1911 – 1912, malae hetan forsa complete atu bele hasoru D. Boaventura lori vinga governador mate ne’e.
Malae sira lori soldados ho kilat foun mai hosi Portugal, Angola, Mosambike ho Goa.
Sira mos hetan apoio hossi reino-reino Timor nebe sira lohi ba tuir sira funu kontra D. Boaventura.
Roahi funu ida mos mai hosi Portugal lori tiru hossi tasi Betanu.
(Timor nia Istoria)

Anónimo disse...

Para quem conheca a indole do timor a retaliacao de uma violacao deste genero eh imediata e envolve tanto o criminoso como a vitima, isto e, a mulher de D. Boaventura e o oficial criminoso tinham que ser mortos. Em 1974 soube de casos em que, quando o maridos apanhasse em flagrante delito a violacao das suas mulheres ou a desconfiassem apenas, degolava tanto o homem como a propria mulher e ia apresentar-se a justica levando consigo as cabecas decepadas.
Por isso a morte do oficial que violou a mulher do liurasi D. Boaventura foi uma reaccao imediata contra o seu crime e nada mais.Mas acho estranho que D. Boaventura nao tivesse feito nada a mulher violada. Teria acontecido como as pessoas tem vindo a contar?!... Quanto a mim causas das tres guerras de Manufai foram de ordem politica e economica, para alem do encorajamento dos holandeses aos regulos timorenses no sentido de se revoltarem contra Portugal. No seu livro " A Ultima Revolta em Timor" Jaime do Inso, um oficial da Marinha que participou na guerra de 1912 aponta no capitulo VII, pagina 53 algumas das causas da guerra de Manufaiem 1912 e refere-se a revolta de Ambeno que, segundo Jaime do Inso, nao tinha nada em comum com a guerra chefiada por D. Boaventura.