MANUEL CARLOS FREIRE
Segurança. Vaga para o cargo de comissário da Polícia da ONU em Díli
Decisão sobre vencedor do concurso das Nações Unidas está para breve
Portugal propôs o nome do chefe da segurança pessoal do Presidente da República, intendente Luís Carrilho, para o cargo de comissário da Polícia na Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT).
O intendente da PSP Luís Carrilho tem um currículo de peso, desde logo pela sua experiência em Díli: foi o primeiro director da Academia de Polícia de Timor (2000), adjunto e chefe de gabinete do comandante da Polícia Civil da ONU ou porta-voz dessa força em Timor.
Fora da opção do Ministério da Administração Interna (MAI) ficou o major-general do Exército Luís Newton Parreira, actual comandante da Brigada Territorial 2 da GNR - apesar de as autoridades timorenses terem comunicado a sua vontade em ter um oficial da Guarda a ocupar aquele cargo das Nações Unidas em Díli, referiram ao DN várias fontes.
O actual comissário da Polícia na UNMIT é Rodolfo Asel Tor, um responsável policial filipino em funções desde Dezembro de 2006. Para lhe suceder há uma dezena de candidatos, entre os quais um australiano e um neozelandês - apontado como o mais forte por algumas das fontes.
Contra a candidatura do intendente Luís Carrilho poderá estar o seu posto, uma vez que a ONU quer um oficial de polícia - o que pode ter levado o MAI a não apoiar o general Newton Parreira - com a patente de superintendente. "Teríamos um candidato imbatível se fosse possível juntar os perfis [pessoais e profissionais] dos dois" para corresponder aos critérios do cargo, garantiu uma das fontes ao DN.
Mas a questão do posto também poderá ser um falso problema, tendo em conta a experiência profissional do intendente. No âmbito das Nações Unidas e como director da Academia de Polícia timorense, Luís Carrilho - então com a patente de comissário - teve como adjunto um superintendente norueguês.
A nível nacional, Luís Carrilho está novamente a desempenhar funções de posto acima do seu, pois o cargo de chefe da segurança pessoal do Chefe do Estado compete a um superintendente - a exemplo do de comandante do Corpo de Segurança Pessoal da PSP, que o oficial ocupou durante três anos como subintendente.
Quanto ao general Newton Parreira, que viveu em Timor na segunda metade dos anos 1960 e fala tetum, foi colega de escola dos principais dirigentes timorenses - o que poderia ser um factor adicional na preferência expressa por Díli de querer um oficial da GNR. A actuação desta força de segurança tem suscitado os maiores elogios, até pelo papel que desempenhou aquando do atentado falhado contra o Presidente Ramos--Horta. O comissário da Polícia da UNMIT tem sob as suas ordens cerca de 1500 elementos das forças de segurança - 10% dos quais da GNR - e 31 oficiais de ligação militares, além de quadros civis.
segunda-feira, 16 de junho de 2008
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