terça-feira, 27 de março de 2007

Timor Leste: Líder rebelde timorense pede voto para candidatos presidenciais


Dili, 26/03 - Alfredo Reinado, o ex-militar que pegou em armas no ano passado, pediu aos timorenses que votem em quatro candidatos nas eleições presidenciais de 9 de abril e que não elejam os dois candidatos com mais possibilidades, o actual primeiro-ministro, José Ramos Horta, e Francisco Guterres.


Em comunicado divulgado domingo, Reinado disse que os únicos que podem levar o país pelo caminho do progresso e da democracia são Fernando de Araújo, do Partido Democrata, Xavier do Amaral, da Associação Social Democrática Timorense, Lucia Lobato, do Partido Social Democrático, e o independente João Carrascalão.

Reinado disse que Ramos Horta e Guterres têm as mãos manchadas de sangue e que são inspirados pela repressão comunista totalitária.

Guterres é um dos líderes do Fretilin, partido de esquerda que levantou a bandeira da luta pela independência e que tem maioria no Parlamento. O partido foi acusado de totalitária pela Igreja Católica no ano passado, quando um protesto de militares e policiais expulsos levou a uma onda de violência que deixou o país à beira da guerra civil.

A crise provocou a renúncia do então primeiro-ministro, Mari Alkatiri, e sua substituição por Ramos Horta, que se apresenta como independente às eleições presidenciais.

Um dos protagonistas da crise foi Reinado, que, após liderar os protestos, foi detido por posse de armas e depois fugiu da prisão.

Após sua recomendação de voto, Reinado assegurou que não é uma ameaça para o processo eleitoral e confiou em que "Jesus Cristo e Deus fornecerão uma solução" para o país.

O ex-militar esteve prestes a ser detido no início do mês pelas forças internacionais, lideradas pela Austrália, que operam no Timor desde a crise de meados de 2006

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