Alfredo Reinado, o militar fugido à Justiça, evadido da cadeia de Díli em Agosto de 2006 e que se encontra na posse ilegal de armamento militar, recusou dizer onde se encontra mas afirmou que está em «permanente contacto com Leandro Isaac».
O membro do Parlamento disse à Lusa, no local onde se encontra
«Tatoros, que quer dizer formiga preta. Formiga preta, porque incómoda», explicou.
Leandro Isaac, 53 anos, encontrava-se com o grupo de Alfredo Reinado quando as tropas australianas cercaram a
«Os australianos usaram todos os meios e cercaram a
Desde esse dia, Leandro Isaac diz que vive
«A vida no mato é a vida no mato, é diferente da vida na cidade.
Leandro Isaac repetiu igualmente críticas sobre a presença, em Timor-Leste, dos militares australianos das Forças Internacionais de Estabilização.
«A força australiana, que dizem internacional, está aqui a convite do Governo, do Estado de Timor, está aqui através de um acordo que eu como deputado desconheço», afirmou.
O deputado não foi até ao momento acusado formalmente pela Procuradoria Geral da República, apesar da Comissão Especial Independente de Inquérito para Timor-Leste estabelecer «algum envolvimento no acontecimento» ocorrido no dia 24 de Maio de 2006 na casa do brigadeiro-general Taur Matan Ruak, em Díli, em que morreu um membro da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) e ficaram feridos dois soldados das Forças de Defesa de Timor-Leste (FDTL).
Segundo disse, apenas tentou defender-se, que não matou ou feriu ninguém, e que manteve a arma que tirou a um polícia «apenas» durante dois dias.
«Foi apenas por 48 horas, quando eles dispararam sobre nós. Na altura estava um polícia ao lado que não utilizava a arma
Leandro Isaac, 53 anos, nasceu em Same, foi soldado do Exército Português e aderiu à União Democrática Timorense em Agosto de 1975. Foi membro do parlamento da então 27ª província indonésia. Preso em 1981 e 1992 por actividades ligadas à rede clandestina foi nomeado coordenador do Concelho Nacional da Resistência Timorense em 1999.
Diário Digital / Lusa
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