A Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) elegeu hoje em Nova Iorque 15 países com assento no Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas, "chumbando" a candidatura de Timor-Leste, pelo Bloco Asiático.
No mesmo bloco, e também por pressão de organizações não governamentais (ONG) de defesa dos direitos do homem, o Sri Lanka foi considerado "não apto".
Já pelo Bloco da Europa Ocidental, a Espanha foi a grande perdedora, tal como a Sérvia, pelo Bloco da Europa de Leste.
A França e o Reino Unido, os outros dois candidatos pelo Bloco da Europa Ocidental, obtiveram respectivamente 123 e 120 votos, contra apenas 119 para Espanha.
No Bloco da Europa de Leste, com dois lugares para três candidatos, ganharam a Eslováquia e a Ucrânia, e perdeu a Sérvia.
No Bloco Asiático, com quatro lugares para seis candidatos, entraram o Japão, Coreia do Sul, Paquistão e Bahrein, ficando de fora o Sri Lanka e Timor-Leste.
Pelo Bloco Africano, em que os lugares disponíveis correspondiam ao número dos aspirantes, foram admitidos a Zâmbia, Gana e Burkina Faso.
Finalmente, no Bloco da América Latina, igualmente com uma equivalência entre lugares e candidatos, receberam "luz verde" o Brasil, Argentina e Chile.
Na Assembleia-Geral da ONU, com 192 membros, houve um total de 182 votos expressos para os 19 candidatos à dezena e meia de assentos no Conselho dos Direitos Humanos, cuja escolha, para um mandato de três anos, requereu uma maioria absoluta de 97 votos.
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Timor-Leste: Indulto presidencial «vai contra a Constituição», acusa líder parlamentar
Díli, 26 Mai (Lusa) - O indulto presidencial de 20 de Maio, que abrange o ex-ministro do Interior e vários condenados por crimes contra a humanidade, "vai contra a Constituição timorense", acusou hoje a deputada Fernanda Borges em declarações à agência Lusa.
"O Presidente da República não justificou devidamente por que concedeu os indultos", acusou a deputada, líder do Partido Unidade Nacional (PUN) e presidente da Comissão A do Parlamento Nacional, que tem competência sobre assuntos constitucionais e direitos, liberdades e garantias.
Fernanda Borges exigiu hoje em plenário que o Parlamento peça "explicações ao Governo sobre as recomendações enviadas ao Presidente da República" para a concessão dos indultos.
Segundo Fernanda Borges, José Ramos-Horta "indultou crimes que vão contra o Estado e crimes horríveis e está a derrotar a Constituição que ele deve defender".
"Estou sem palavras. O Presidente é uma obstrução completa à justiça em Timor-Leste, particularmente quando se verifica que indultou presos que cometeram crimes que trouxeram milhares de vítimas", acusou Fernanda Borges em declarações à Lusa.
O decreto presidencial, datado de 19 de Maio e com carimbo de entrada no Tribunal Distrital de Díli de dia 21, indulta 94 presos, em cinco categorias diferentes, que resultam em cinco listas de beneficiários de redução total ou parcial de pena.
Entre os 94 nomes indultados está o ex-ministro do Interior Rogério Lobato, condenado pela distribuição de armas a civis durante a crise de 2006.
São também indultados com redução de metade da pena quatro timorenses, incluindo Joni Marques, que pertenciam, em 1999, à milícia Team Alpha, de Lospalos (leste), acusados e condenados por um tribunal timorense por crimes contra a humanidade.
"O Presidente indultou crimes de 1999 que ninguém deve consentir e que foram condenados precisamente para que ninguém possa repeti-los", afirmou Fernanda Borges à Lusa.
"Essas pessoas foram condenadas porque o Estado tem a obrigação de proteger o povo. Onde está o carinho que o Presidente da República devia ter pelos timorenses?", questionou a deputada do PUN.
"A história de amor e de perdão de que ele fala, não é assim que a nação garante a justiça e a democracia", declarou também Fernanda Borges à Lusa.
No seu discurso de 20 de Maio, "um dia de grande carga simbólica", José Ramos-Horta decretou a data como "um dia de reflexão, clemência, perdão, reconciliação".
No preâmbulo de quatro parágrafos do decreto presidencial, José Ramos-Horta explica que o 20 de Maio representa "o que há de mais belo na nossa alma, a crença inabalável na essência do ser humano enquanto reflexo da criação divina, que transporta consigo o Bem (sic) e que mesmo quando ele se desvia, a ele sempre torna porque tem o condão de se arrepender e o dom de se transformar na busca do seu caminho verdadeiro".
"Acreditar na pessoa humana, manter acesa a esperança apesar das vicissitudes, determinam que cultivemos a clemência, a tolerância e que saibamos estender a mão ao próximo para o ajudar a erguer-se quando caiu na sua dignidade", escreve também o preâmbulo do decreto presidencial.
"A impunidade não nos dá certezas para continuar a democracia", afirmou Fernanda Borges em resposta à abordagem de José Ramos-Horta.
A deputada interroga-se sobre "o que vai acontecer aos crimes cometidos após 1999 que estão pendentes, incluindo os relacionados com o 11 de Fevereiro de 2008", quando dois grupos liderados pelo major Alfredo Reinado e o ex-tenente Gastão Salsinha atacaram o Presidente da República e o primeiro-ministro.
"Vamos também ter que voltar à campanha presidencial de José Ramos-Horta, onde ele vestiu a camisola com o Cristo e prometeu justiça. Nunca disse que ia indultar. Se tivesse dito, o (Francisco Guterres) `Lu Olo` ou o (Fernando) `La Sama` (de Araújo) ganhavam", acrescentou Fernanda Borges, referindo-se aos candidatos da Fretilin e do Partido Democrático.
A deputada do PUN defende que a Igreja católica, através dos dois bispos de Timor-Leste, se deve pronunciar sobre os indultos, uma vez que várias das vítimas da violência de 1999, em particular de Joni Marques e seus companheiros de milícia, eram clérigos e freiras.
PRM
© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
2008-05-26 04:35:01
sexta-feira, 23 de maio de 2008
PR Horta “Hirus” ho Sistema Judisiariu Sabraut
Edition: 23 May 2008
DILI – Prezidenti Republika (PR) Jose Ramos Horta tristi no hirus ho sistema judisiariu nebee bele dehan sei sabraut los iha nasaun nee. Horta dehan iha kazu lubun boot, nebee mak prizioneirus halao hela detensaun preventiva sira kumpri tinan rua ho balun ona iha prizaun Becora, maibe la iha julgamentu husi tribunal. Pior liu tan, iha prizioneirus ida nebee involve iha krizi 2006 hodi oho ema, nia la hetan advogadu no juizez hodi foti desizaun hatama liu ba Otel Prodeo, Becora.
“Ita hatene katak, nee sala boot ida, se hau mak detidu la iha julgamentu, entaun hau tau estadu rasik iha tribunal. Nee indimizasaun boot ida, neebe hau hatete ba prizoneiru nebee hatoo nia preokupasaun katak, ami sala ona no tau ami ba Tribunal para estadu aprende no matan loke hodi respeita ema nia direitu,” hatete PR Horta ba jornalista sira hafoin halo vizita ofisial ba Prizaun Becora, Dili, Kuarta, (21/5).
Iha vizita nee PR Horta mos hasoru malu ho grupo rebeldes, Gastao Salsinha ho nia elementus, nebee detidu iha komarka Becora hodi hein julgamentu.
Iha hasoru malu nee, PR Horta hatoo konaba kona ba selebrasaun aniversariu Restaurasaun Independensia Timor Leste bad ala VI (20 Maiu 2002-20 Maiu 2008).
Salsinha ho nia elementus hela iha bloku 4 hodi hein prosesu julgamentu nebee tribunal atu halao.
“Imi nia sala maka sei disidi imi nia pena iha komarka nee,” Horta hatete ba Salsinha Cs.
PR Horta ba vizita mos prizionariu sentesa hamutuk ema 62 hodi informa katak hanesan Prezidenti Republika, nia sei uza nia kompetensia preorogativa atu fo indultu ba prizioneirus iha loron boot.
Prizioneirus nebee merese hetan indultu, katak Horta, kompartamentu tenki diak durante iha komarka. Nunee, Horta mos hasoru malu ho eis komandante sekretu Fretilin Vicente da Consecao alias Rai Los nebee ho nia maluk prizionariu halao hela detensaun preventive no sira hela iha bloku 2.
Iha Bloku 2 nee, PR Horta hetan keixa husi prizionariu sira katak sira seidauk hetan sentesa, maibe kumpri tama kadeia tinan rua ona, mesmu seidauk hetan julgamentu.
Reasaun primeiru PR Horta nian ba keixa nee, nia hirus no triste tebes. Tuir lolos ema nebee tama prizaun preventiva masimu fulan 9 no wainhira la hetan julgamentu tribunal tenki hasai ema nee.
“Hau mai iha Prizaun Becora para hatudu hau nia domin no respeitu ba dadur sira,”hatete Horta.
Iha vizita nee, PR Horta hatete ba prizioneirus sira katak, nia sei hamutuk ho Ministra Justisa no Prokurador Geral Republika atu hare bainhira mak konvoka reuniaun ida atu hare data prizoneiru sira nebee detidos sein julgamentu, ate balun oras nee iha prizaun preventiva besik tinan ida ka rua ona.
Premiu Novel da Paz nee afirma tan, sistema judisiariu Timor Leste no estadu nian foun hanesan ema hotu hatene katak foin mak haloo tinan nen. Nunee, la iha regulamentu foun no lei foun atu regula instituisaun publika.
“Foin dadauk mak lei funsaun publika ba iha Parlamentu Nasional, ida nee mos hahu husi kuatru governu konstitusional. Iha estatu guarda prizoneiro sira konselhu Ministru deskuti dadauk ona, neebe iha tempu badak buat sira nee sei rezolve. Tanba nee mak hau hanoin, problema falta meus no falta ema, nunee mos la iha sufisiente prokurador geral atu halo investigasaun, la iha infrekstuturas, maibe se la iha labele kaer ema arbiru nafatin, atu kontra fali ema nia direitu, e nee labele,” Horta esplika.
Entertantu ba kestaun fatin Prizoneiro sira nian, Xefi Estadu nee fo parabens ba Ministra Justisa, tanba prizaun Becora diak liu, prizaun balun neebe mak nia vizita ba iha nasaun seluk, tanba iha prizaun Becora, hahan diak no instalasaun mos diak, neebe nia hare katak Ministra Justisa halao nia servisu diak duni, atu atende preokupasaun prizoneiru sira nian.
Fo Indultu ba Prizionariu 80 Plus Rogerio
Indultu nebee mak nia foba prizoneirus 80, inklui mos prizoneiru Rogerio Lobato iha tempu ida nee komforme kategoriu krime nebee mak iha.
“Hau simu rekomendasaun mai husi governu, e rekomendasaun nee la signifika katak, hau atu tuir rekomendasaun governu nian,” PR Horta hatete.
Importante nia hatutan, indultu mai husi Ministeriu Jusitisa konaba sistema prizional hodi haree prizoneiru ida-idak iha kondisaun no prense kriteria nee ka lae, atu hetan indultu. Kriteriu hirak nee tuir nia tenke umanitariu sosial.
Rogerio Lobato katak Horta tama iha kriteria ida nee, hanesan hatete ona katak, Rogeiro nia komportamentu diak, nia la halai husi justisa no hein iha uma no ikus ba Malaysia tanba moras.
Xefi Estado nee haktuir, kazu Rogeiro, doutor Malaysia ida mos koalia direitamentu ho nia, Rogerio mak la sai ba Malaysia, hodi halo tratamentu, karik Rogeiro mos hetan atake moras fuan. Tan nia saude komplikadu teb-tebes. Rogeiro rasik tuir PR Horta prontu atu fila, wainhira doutor hatete permiti ona. Nee duni, nudar Prezidenti Republika konsidera kazu Rogerio nian hanesan mos kazu prizoneiru sira seluk nian iha sistema nee. Horta la hatene kontazen halo nee tinan hira mak nia benifisia. bre
DILI – Prezidenti Republika (PR) Jose Ramos Horta tristi no hirus ho sistema judisiariu nebee bele dehan sei sabraut los iha nasaun nee. Horta dehan iha kazu lubun boot, nebee mak prizioneirus halao hela detensaun preventiva sira kumpri tinan rua ho balun ona iha prizaun Becora, maibe la iha julgamentu husi tribunal. Pior liu tan, iha prizioneirus ida nebee involve iha krizi 2006 hodi oho ema, nia la hetan advogadu no juizez hodi foti desizaun hatama liu ba Otel Prodeo, Becora.
“Ita hatene katak, nee sala boot ida, se hau mak detidu la iha julgamentu, entaun hau tau estadu rasik iha tribunal. Nee indimizasaun boot ida, neebe hau hatete ba prizoneiru nebee hatoo nia preokupasaun katak, ami sala ona no tau ami ba Tribunal para estadu aprende no matan loke hodi respeita ema nia direitu,” hatete PR Horta ba jornalista sira hafoin halo vizita ofisial ba Prizaun Becora, Dili, Kuarta, (21/5).
Iha vizita nee PR Horta mos hasoru malu ho grupo rebeldes, Gastao Salsinha ho nia elementus, nebee detidu iha komarka Becora hodi hein julgamentu.
Iha hasoru malu nee, PR Horta hatoo konaba kona ba selebrasaun aniversariu Restaurasaun Independensia Timor Leste bad ala VI (20 Maiu 2002-20 Maiu 2008).
Salsinha ho nia elementus hela iha bloku 4 hodi hein prosesu julgamentu nebee tribunal atu halao.
“Imi nia sala maka sei disidi imi nia pena iha komarka nee,” Horta hatete ba Salsinha Cs.
PR Horta ba vizita mos prizionariu sentesa hamutuk ema 62 hodi informa katak hanesan Prezidenti Republika, nia sei uza nia kompetensia preorogativa atu fo indultu ba prizioneirus iha loron boot.
Prizioneirus nebee merese hetan indultu, katak Horta, kompartamentu tenki diak durante iha komarka. Nunee, Horta mos hasoru malu ho eis komandante sekretu Fretilin Vicente da Consecao alias Rai Los nebee ho nia maluk prizionariu halao hela detensaun preventive no sira hela iha bloku 2.
Iha Bloku 2 nee, PR Horta hetan keixa husi prizionariu sira katak sira seidauk hetan sentesa, maibe kumpri tama kadeia tinan rua ona, mesmu seidauk hetan julgamentu.
Reasaun primeiru PR Horta nian ba keixa nee, nia hirus no triste tebes. Tuir lolos ema nebee tama prizaun preventiva masimu fulan 9 no wainhira la hetan julgamentu tribunal tenki hasai ema nee.
“Hau mai iha Prizaun Becora para hatudu hau nia domin no respeitu ba dadur sira,”hatete Horta.
Iha vizita nee, PR Horta hatete ba prizioneirus sira katak, nia sei hamutuk ho Ministra Justisa no Prokurador Geral Republika atu hare bainhira mak konvoka reuniaun ida atu hare data prizoneiru sira nebee detidos sein julgamentu, ate balun oras nee iha prizaun preventiva besik tinan ida ka rua ona.
Premiu Novel da Paz nee afirma tan, sistema judisiariu Timor Leste no estadu nian foun hanesan ema hotu hatene katak foin mak haloo tinan nen. Nunee, la iha regulamentu foun no lei foun atu regula instituisaun publika.
“Foin dadauk mak lei funsaun publika ba iha Parlamentu Nasional, ida nee mos hahu husi kuatru governu konstitusional. Iha estatu guarda prizoneiro sira konselhu Ministru deskuti dadauk ona, neebe iha tempu badak buat sira nee sei rezolve. Tanba nee mak hau hanoin, problema falta meus no falta ema, nunee mos la iha sufisiente prokurador geral atu halo investigasaun, la iha infrekstuturas, maibe se la iha labele kaer ema arbiru nafatin, atu kontra fali ema nia direitu, e nee labele,” Horta esplika.
Entertantu ba kestaun fatin Prizoneiro sira nian, Xefi Estadu nee fo parabens ba Ministra Justisa, tanba prizaun Becora diak liu, prizaun balun neebe mak nia vizita ba iha nasaun seluk, tanba iha prizaun Becora, hahan diak no instalasaun mos diak, neebe nia hare katak Ministra Justisa halao nia servisu diak duni, atu atende preokupasaun prizoneiru sira nian.
Fo Indultu ba Prizionariu 80 Plus Rogerio
Indultu nebee mak nia foba prizoneirus 80, inklui mos prizoneiru Rogerio Lobato iha tempu ida nee komforme kategoriu krime nebee mak iha.
“Hau simu rekomendasaun mai husi governu, e rekomendasaun nee la signifika katak, hau atu tuir rekomendasaun governu nian,” PR Horta hatete.
Importante nia hatutan, indultu mai husi Ministeriu Jusitisa konaba sistema prizional hodi haree prizoneiru ida-idak iha kondisaun no prense kriteria nee ka lae, atu hetan indultu. Kriteriu hirak nee tuir nia tenke umanitariu sosial.
Rogerio Lobato katak Horta tama iha kriteria ida nee, hanesan hatete ona katak, Rogeiro nia komportamentu diak, nia la halai husi justisa no hein iha uma no ikus ba Malaysia tanba moras.
Xefi Estado nee haktuir, kazu Rogeiro, doutor Malaysia ida mos koalia direitamentu ho nia, Rogerio mak la sai ba Malaysia, hodi halo tratamentu, karik Rogeiro mos hetan atake moras fuan. Tan nia saude komplikadu teb-tebes. Rogeiro rasik tuir PR Horta prontu atu fila, wainhira doutor hatete permiti ona. Nee duni, nudar Prezidenti Republika konsidera kazu Rogerio nian hanesan mos kazu prizoneiru sira seluk nian iha sistema nee. Horta la hatene kontazen halo nee tinan hira mak nia benifisia. bre
A 20 de Maio de 2002 Timor-Leste celebra hoje o 6º aniversário da sua independência
2008-05-20 Díli – Nas celebrações do 6º aniversário da independência de Timor-Leste, o Presidente da República, José Ramos-Horta, apelou aos timorenses que mantenham a paz e trabalhem pela «unidade nacional».
Numa cerimónia de homenagem aos 1.500 ex-combatentes separatistas em que estiveram presentes os membros do governo, dirigido pelo primeiro-ministro Xanana Gusmão, e os da oposição, liderados pelo ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri, Ramos-Horta, declarou «Neste dia da independência é preciso manter a paz em nossa nação, combater a pobreza e proteger a unidade nacional. É uma obrigação para a população».
Timor-leste, antiga colónia portuguesa desde o século XVI; esteve ocupada pelo Japão durante três anos, na altura da 2ª Grande Guerra Mundial. Em 1945, a Administração Portuguesa foi restaurada e seguiu-se um período de quase três décadas em que não se manifestaram movimentos independentistas. A 28 de Novembro de 1975, após uma breve guerra civil foi proclamada a República Democrática de Timor-Leste.
A 7 de Dezembro de 1975, Timor-Leste foi invadida pela Indonésia que a ocupou durante os 24 anos seguintes.
Depois de 24 anos de ocupação indonésia (1975-1999) e de três sob a administração da ONU (1999-2002), Timor-Leste, conseguiu finalmente a sua independência a 20 de Maio de 2002.
Numa cerimónia de homenagem aos 1.500 ex-combatentes separatistas em que estiveram presentes os membros do governo, dirigido pelo primeiro-ministro Xanana Gusmão, e os da oposição, liderados pelo ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri, Ramos-Horta, declarou «Neste dia da independência é preciso manter a paz em nossa nação, combater a pobreza e proteger a unidade nacional. É uma obrigação para a população».
Timor-leste, antiga colónia portuguesa desde o século XVI; esteve ocupada pelo Japão durante três anos, na altura da 2ª Grande Guerra Mundial. Em 1945, a Administração Portuguesa foi restaurada e seguiu-se um período de quase três décadas em que não se manifestaram movimentos independentistas. A 28 de Novembro de 1975, após uma breve guerra civil foi proclamada a República Democrática de Timor-Leste.
A 7 de Dezembro de 1975, Timor-Leste foi invadida pela Indonésia que a ocupou durante os 24 anos seguintes.
Depois de 24 anos de ocupação indonésia (1975-1999) e de três sob a administração da ONU (1999-2002), Timor-Leste, conseguiu finalmente a sua independência a 20 de Maio de 2002.
Timor-Leste: Rogério Lobato incluído no indulto do PR
O ex-ministro do Interior Rogério Lobato está na lista de presos com indulto presidencial, afirmou hoje o chefe de Estado timorense, José Ramos-Horta, após o seu discurso do dia da restauração da independência.
«Recebi uma lista que me foi submetida pelo sistema prisional com nomes dos que estão em condições de beneficiar do indulto e decidi reduções de penas», afirmou o Presidente da República aos jornalistas.
«Alguns desses presos ficarão livres« depois de aplicada a redução da pena, acrescentou o chefe de Estado.
«Não sei quantos (ficarão em liberdade). Não fiz a matemática. Isso, o sistema prisional faz com base no meu decreto», explicou José Ramos-Horta.
A lista dos beneficiários do indulto ainda não é conhecida.
Fontes judiciais contactadas pela Lusa em Díli admitem que é «muito provável» que Rogério Lobato fique em liberdade, uma vez que cumpriu há poucos dias um quarto da pena.
O ex-ministro do Interior foi condenado a sete anos e meio de prisão. O tempo de cumprimento de pena é contado desde a data em que ficou em prisão preventiva, 26 de Junho de 2006.Para a contagem deverá contar, também, o tempo que Rogério Lobato esteve na Malásia, por motivos de saúde, desde que saiu de Díli para Kuala Lumpur a 09 de Agosto de 2007.
«Falta saber como se vai avaliar o bom comportamento de um preso que apenas esteve cerca de um mês na prisão», referiu hoje à Lusa uma fonte ligada ao processo, sublinhando que Rogério Lobato esteve primeiro na sua residência e depois várias semanas hospitalizado em Díli antes de lhe ser permitido deixar o país por motivos de saúde.
O ex-ministro do Interior foi conduzido à prisão de Becora a 10 de Maio de 2007, depois de o Tribunal de Recurso ter confirmado a pena de sete anos e meio de prisão por homicídio que tinha sido proferida pelo Tribunal Distrital de Díli.
«Não sei se o tribunal decide se conta o tempo na Malásia ou não. Se não contar, Rogério Lobato ainda tem mais um ano de prisão» a cumprir, afirmou hoje o Presidente da República.
CONTINUA ...
20-05-2008
«Recebi uma lista que me foi submetida pelo sistema prisional com nomes dos que estão em condições de beneficiar do indulto e decidi reduções de penas», afirmou o Presidente da República aos jornalistas.
«Alguns desses presos ficarão livres« depois de aplicada a redução da pena, acrescentou o chefe de Estado.
«Não sei quantos (ficarão em liberdade). Não fiz a matemática. Isso, o sistema prisional faz com base no meu decreto», explicou José Ramos-Horta.
A lista dos beneficiários do indulto ainda não é conhecida.
Fontes judiciais contactadas pela Lusa em Díli admitem que é «muito provável» que Rogério Lobato fique em liberdade, uma vez que cumpriu há poucos dias um quarto da pena.
O ex-ministro do Interior foi condenado a sete anos e meio de prisão. O tempo de cumprimento de pena é contado desde a data em que ficou em prisão preventiva, 26 de Junho de 2006.Para a contagem deverá contar, também, o tempo que Rogério Lobato esteve na Malásia, por motivos de saúde, desde que saiu de Díli para Kuala Lumpur a 09 de Agosto de 2007.
«Falta saber como se vai avaliar o bom comportamento de um preso que apenas esteve cerca de um mês na prisão», referiu hoje à Lusa uma fonte ligada ao processo, sublinhando que Rogério Lobato esteve primeiro na sua residência e depois várias semanas hospitalizado em Díli antes de lhe ser permitido deixar o país por motivos de saúde.
O ex-ministro do Interior foi conduzido à prisão de Becora a 10 de Maio de 2007, depois de o Tribunal de Recurso ter confirmado a pena de sete anos e meio de prisão por homicídio que tinha sido proferida pelo Tribunal Distrital de Díli.
«Não sei se o tribunal decide se conta o tempo na Malásia ou não. Se não contar, Rogério Lobato ainda tem mais um ano de prisão» a cumprir, afirmou hoje o Presidente da República.
CONTINUA ...
20-05-2008
sexta-feira, 16 de maio de 2008
Timor-Leste: Undertim de "L7" entra na aliança governamental
Díli, 15 Mai (Lusa) - A União Nacional Democrática da Resistência Timorense (Undertim), do ex-comandante da guerrilha Cornélio Gama "L7", entrou formalmente na Aliança para Maioria Parlamentar (AMP), que sustenta o Governo de Timor-Leste.
"Nós aqui em Timor tivemos alguns problemas e precisamos de unir-nos para a paz na pátria", explicou hoje Cornélio Gama à Agência Lusa sobre as razões da sua adesão à AMP.
"Assinámos um compromisso e agora estamos à espera do visto do primeiro-ministro, Xanana Gusmão", acrescentou Cornélio Gama.
A entrada da Undertim para a AMP foi selada terça-feira passada num encontro das direcções dos partidos que integram a aliança no poder, realizado em casa de Fernando "La Sama" de Araújo, presidente do Parlamento e líder do Partido Democrático (PD).
A AMP, criada na sequência das eleições legislativas de 30 de Junho de 2007, ganhas pela Fretilin sem maioria absoluta, integrava até agora o Congresso Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), a coligação entre a Associação Social Democrática Timorense e o Partido Social Democrata (ASDT/PSD) e o PD.
Com a entrada da Undertim, que elegeu dois deputados, a AMP passa a ter uma base de apoio de 39 das 65 cadeiras do Parlamento Nacional, se os cinco deputados da ASDT se mantiverem fiéis à aliança liderada pelo primeiro-ministro, Xanana Gusmão.
O presidente e o secretário-geral da ASDT assinaram há duas semanas em Díli uma plataforma política com a Fretilin, o maior partido da oposição, mas até agora a bancada da ASDT não manifestou apoio ao novo compromisso do seu partido.
Antigo comandante das Falintil, Cornélio Gama, conhecido como ccomandante "L7", vive em Laga, 140 quilómetros a leste de Díli, onde se instalou com a Sagrada Família, um grupo religioso que surgiu em 1989 e que integra igualmente outros antigos guerrilheiros da resistência timorense.
Após a saída dos militares indonésios, em 1999, Cornélio Gama, que se encontrava no acantonamento de Aileu, admitiu não entregar o armamento de que dispunha, o que fez com que as Falintil lhe tivessem retirado as armas durante uma operação militar.
Desde então, passou a dedicar-se ao grupo Sagrada Família em Laga, onde a Undertim surgiu como força eleitoral em Fevereiro de 2007, primeiro no lançamento da candidatura presidencial de José Ramos-Horta e depois com uma lista própria nas legislativas.
"Eu não tenho armas. Tinha 50 mas assaltaram-me em 2000 em Aileu, e por isso, fiquei chateado. Não tenho nem sequer pistola, só espada. Mas agora não quero nada. A guerra já acabou e é preciso deixar o gatilho, é preciso pegar na enxada. O gatilho é crime", disse Cornélio Gama à Lusa durante a campanha de José Ramos-Horta.
"A Sagrada Família é um povo, uma só família, de Lospalos até à fronteira. Respeitamos uma só ideia, uma só língua, um só pensamento. Não matar nem bater uns nos outros e não fazer mal uns aos outros", explicou Cornélio Gama, que acrescentou que formou o movimento Undertim para poder intervir na vida política timorense.
"Como nós não queremos cometer erros contra o nosso Estado eu formei um partido, com veteranos e 600 pessoas em todo o país", explicou o ex-comandante.
Cornélio Gama tem 59 anos. Foi várias vezes ferido em combate e acredita que foi o respeito pelo catolicismo e pelos valores tradicionais timorenses o que o salvou das balas do exército indonésio durante os 24 anos de ocupação.
"Muitas balas entraram no corpo mas não mataram. Por todo o corpo, e não mataram porque respeitei os valores sagrados de Timor e as orações. O Pai Nosso três vezes, a Avé Maria três vezes, e o Salvé Rainha três vezes, e basta. Depois, é preciso pôr nove velas no bolso da direita. É preciso fazer todas as orações, todos os dias".
Cornélio Gama "L7" é o líder da bancada parlamentar da Undertim.
PRM/PSP.
"Nós aqui em Timor tivemos alguns problemas e precisamos de unir-nos para a paz na pátria", explicou hoje Cornélio Gama à Agência Lusa sobre as razões da sua adesão à AMP.
"Assinámos um compromisso e agora estamos à espera do visto do primeiro-ministro, Xanana Gusmão", acrescentou Cornélio Gama.
A entrada da Undertim para a AMP foi selada terça-feira passada num encontro das direcções dos partidos que integram a aliança no poder, realizado em casa de Fernando "La Sama" de Araújo, presidente do Parlamento e líder do Partido Democrático (PD).
A AMP, criada na sequência das eleições legislativas de 30 de Junho de 2007, ganhas pela Fretilin sem maioria absoluta, integrava até agora o Congresso Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), a coligação entre a Associação Social Democrática Timorense e o Partido Social Democrata (ASDT/PSD) e o PD.
Com a entrada da Undertim, que elegeu dois deputados, a AMP passa a ter uma base de apoio de 39 das 65 cadeiras do Parlamento Nacional, se os cinco deputados da ASDT se mantiverem fiéis à aliança liderada pelo primeiro-ministro, Xanana Gusmão.
O presidente e o secretário-geral da ASDT assinaram há duas semanas em Díli uma plataforma política com a Fretilin, o maior partido da oposição, mas até agora a bancada da ASDT não manifestou apoio ao novo compromisso do seu partido.
Antigo comandante das Falintil, Cornélio Gama, conhecido como ccomandante "L7", vive em Laga, 140 quilómetros a leste de Díli, onde se instalou com a Sagrada Família, um grupo religioso que surgiu em 1989 e que integra igualmente outros antigos guerrilheiros da resistência timorense.
Após a saída dos militares indonésios, em 1999, Cornélio Gama, que se encontrava no acantonamento de Aileu, admitiu não entregar o armamento de que dispunha, o que fez com que as Falintil lhe tivessem retirado as armas durante uma operação militar.
Desde então, passou a dedicar-se ao grupo Sagrada Família em Laga, onde a Undertim surgiu como força eleitoral em Fevereiro de 2007, primeiro no lançamento da candidatura presidencial de José Ramos-Horta e depois com uma lista própria nas legislativas.
"Eu não tenho armas. Tinha 50 mas assaltaram-me em 2000 em Aileu, e por isso, fiquei chateado. Não tenho nem sequer pistola, só espada. Mas agora não quero nada. A guerra já acabou e é preciso deixar o gatilho, é preciso pegar na enxada. O gatilho é crime", disse Cornélio Gama à Lusa durante a campanha de José Ramos-Horta.
"A Sagrada Família é um povo, uma só família, de Lospalos até à fronteira. Respeitamos uma só ideia, uma só língua, um só pensamento. Não matar nem bater uns nos outros e não fazer mal uns aos outros", explicou Cornélio Gama, que acrescentou que formou o movimento Undertim para poder intervir na vida política timorense.
"Como nós não queremos cometer erros contra o nosso Estado eu formei um partido, com veteranos e 600 pessoas em todo o país", explicou o ex-comandante.
Cornélio Gama tem 59 anos. Foi várias vezes ferido em combate e acredita que foi o respeito pelo catolicismo e pelos valores tradicionais timorenses o que o salvou das balas do exército indonésio durante os 24 anos de ocupação.
"Muitas balas entraram no corpo mas não mataram. Por todo o corpo, e não mataram porque respeitei os valores sagrados de Timor e as orações. O Pai Nosso três vezes, a Avé Maria três vezes, e o Salvé Rainha três vezes, e basta. Depois, é preciso pôr nove velas no bolso da direita. É preciso fazer todas as orações, todos os dias".
Cornélio Gama "L7" é o líder da bancada parlamentar da Undertim.
PRM/PSP.
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Começou processo de pagamento de pensões aos combatentes e mártires
O Estado timorense iniciou hoje o processo de pagamento de pensões aos combatentes e mártires da libertação nacional, numa cerimónia em Díli em que o primeiro-ministro distinguiu 15 "figuras proeminentes".
O processo de pagamento das pensões iniciou-se com a entrega formal, feita por dois membros do Governo, aos administradores distritais dos editais com os nomes dos potenciais beneficiários.
Xanana Gusmão, que presidiu à cerimónia, pediu aos combatentes da libertação timorense que "respeitem a lei e que façam valer os seus direitos dentro dos princípios de respeito pelos outros e pelas instituições".
"Mais que uma promessa eleitoral, a valorização socioeconómica dos combatentes da libertação nacional é um compromisso que assumi com o povo. É o respeito que nos merece a nossa História", declarou também o primeiro-ministro.
O número de pensões a atribuir pelo Estado é de 12.538, dos quais 631 destinadas a combatentes vivos e 11.907 a combatentes tombados durante a resistência à ocupação indonésia (entre 1975 e 1999).
O valor mensal das pensões varia entre 85 e 550 dólares (54 e 354 euros), em função do tempo de militância e cargo ocupados na luta de libertação nacional.
Um total de 18.838.260 de dólares (cerca de 12,1 milhões de euros) estão orçamentados em 2008 para o pagamento das pensões, dos quais 93 por cento para cobrir as pensões de sobrevivência.
Baucau (leste) é o distrito com mais beneficiários, seguido de Lautém (leste) e Ermera (centro-oeste).
Ao abrigo da lei timorense, têm direito a pensão, além de um familiar por mártir da libertação nacional, os combatentes veteranos, com mais de 15 anos de participação na luta a tempo inteiro.
Podem também receber pensão os deficientes de guerra que tenham ficado incapacitados para o trabalho e os idosos com mais de 55 anos, que tenham sido combatentes por mais de oito anos a tempo inteiro, explicou em comunicado o grupo coordenador para a execução de políticas públicas de reconhecimento e valorização da resistência timorense.
O grupo depende do gabinete do primeiro-ministro.
"Este acto simbólico reveste-se de uma grande importância, em virtude de marcar o início da protecção especial, por parte do Estado, a um conjunto de homens e mulheres, vivos e tombados, merecedores de um carinho especial", explicou o grupo coordenador em comunicado.
"Pela primeira vez, o Estado Timorense vai assegurar protecção especial aos mutilados de guerra, aos dependentes daqueles que dedicaram as suas vidas à luta pela independência e soberania nacional e a todos os que participaram, em regime de dedicação exclusiva, na resistência contra a ocupação estrangeira", acrescentou o grupo coordenador.
A cerimónia de hoje, realizada nas instalações do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), aconteceu no seguimento de um processo de conferência de registos na base de dados, realizado entre 2005 e 2008.
A selecção dos beneficiários das pensões foi da responsabilidade dos ex-quadros da Resistência, que realizaram duas reuniões nacionais em Díli, em Fevereiro e Abril de 2008.
A partir de 14 de Maio e até 20 de Junho, as pessoas com os nomes nos editais podem requerer a pensão, preenchendo um formulário disponível nas sedes dos subdistritos ou em Díli, na secretaria de Estado dos Combatentes da Libertação Nacional e na Comissão de Homenagem.
Os 234 combatentes veteranos da libertação nacional, indicados nos editais e que se encontram ainda no activo, poderão requerer de imediato a pensão especial de reforma, sem terem de aguardar pela passagem à aposentação.
"No caso dos mártires da libertação nacional, a pensão é requerida apenas por um familiar, sendo em primeiro lugar o direito das viúvas ou viúvos que não tenham voltado a casar, em segundo lugar dos órfãos até aos 24 anos, em terceiro dos pais e, por último, dos irmãos, desde que tenham sido combatentes da libertação nacional", acrescentou do gabinete do primeiro-ministro no comunicado.
O processo de pagamento das pensões iniciou-se com a entrega formal, feita por dois membros do Governo, aos administradores distritais dos editais com os nomes dos potenciais beneficiários.
Xanana Gusmão, que presidiu à cerimónia, pediu aos combatentes da libertação timorense que "respeitem a lei e que façam valer os seus direitos dentro dos princípios de respeito pelos outros e pelas instituições".
"Mais que uma promessa eleitoral, a valorização socioeconómica dos combatentes da libertação nacional é um compromisso que assumi com o povo. É o respeito que nos merece a nossa História", declarou também o primeiro-ministro.
O número de pensões a atribuir pelo Estado é de 12.538, dos quais 631 destinadas a combatentes vivos e 11.907 a combatentes tombados durante a resistência à ocupação indonésia (entre 1975 e 1999).
O valor mensal das pensões varia entre 85 e 550 dólares (54 e 354 euros), em função do tempo de militância e cargo ocupados na luta de libertação nacional.
Um total de 18.838.260 de dólares (cerca de 12,1 milhões de euros) estão orçamentados em 2008 para o pagamento das pensões, dos quais 93 por cento para cobrir as pensões de sobrevivência.
Baucau (leste) é o distrito com mais beneficiários, seguido de Lautém (leste) e Ermera (centro-oeste).
Ao abrigo da lei timorense, têm direito a pensão, além de um familiar por mártir da libertação nacional, os combatentes veteranos, com mais de 15 anos de participação na luta a tempo inteiro.
Podem também receber pensão os deficientes de guerra que tenham ficado incapacitados para o trabalho e os idosos com mais de 55 anos, que tenham sido combatentes por mais de oito anos a tempo inteiro, explicou em comunicado o grupo coordenador para a execução de políticas públicas de reconhecimento e valorização da resistência timorense.
O grupo depende do gabinete do primeiro-ministro.
"Este acto simbólico reveste-se de uma grande importância, em virtude de marcar o início da protecção especial, por parte do Estado, a um conjunto de homens e mulheres, vivos e tombados, merecedores de um carinho especial", explicou o grupo coordenador em comunicado.
"Pela primeira vez, o Estado Timorense vai assegurar protecção especial aos mutilados de guerra, aos dependentes daqueles que dedicaram as suas vidas à luta pela independência e soberania nacional e a todos os que participaram, em regime de dedicação exclusiva, na resistência contra a ocupação estrangeira", acrescentou o grupo coordenador.
A cerimónia de hoje, realizada nas instalações do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), aconteceu no seguimento de um processo de conferência de registos na base de dados, realizado entre 2005 e 2008.
A selecção dos beneficiários das pensões foi da responsabilidade dos ex-quadros da Resistência, que realizaram duas reuniões nacionais em Díli, em Fevereiro e Abril de 2008.
A partir de 14 de Maio e até 20 de Junho, as pessoas com os nomes nos editais podem requerer a pensão, preenchendo um formulário disponível nas sedes dos subdistritos ou em Díli, na secretaria de Estado dos Combatentes da Libertação Nacional e na Comissão de Homenagem.
Os 234 combatentes veteranos da libertação nacional, indicados nos editais e que se encontram ainda no activo, poderão requerer de imediato a pensão especial de reforma, sem terem de aguardar pela passagem à aposentação.
"No caso dos mártires da libertação nacional, a pensão é requerida apenas por um familiar, sendo em primeiro lugar o direito das viúvas ou viúvos que não tenham voltado a casar, em segundo lugar dos órfãos até aos 24 anos, em terceiro dos pais e, por último, dos irmãos, desde que tenham sido combatentes da libertação nacional", acrescentou do gabinete do primeiro-ministro no comunicado.
ONU garante que "há comida suficiente" e afasta crise alimentar
Díli, 14/05 - Responsáveis das Nações Unidas em Timor-Leste afirmaram hoje em Díli que "há comida suficiente para os próximos tempos" e consideraram improvável que se venha a registar uma crise alimentar.
"Não esperamos uma crise (alimentar), pela monitorização semanal que vimos fazendo dos géneros disponíveis no mercado e dos preços praticados", declarou hoje Finn Reske-Nielsen, representante-especial interino do secretário-geral da ONU no país.
Finn Reske Nielsen, representante residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Timor-Leste, chefia interinamente a Missão Integrada da ONU no país (UNMIT), por ausência de Atul Khare em Nova orque.
"Aprendemos lições das crises nos dois últimos anos e o esquema que está montado é melhor" do que o que existia em 2007 e 2006, acrescentou Finn Reske Nielsen, em conferência de imprensa.
"Temos ouvido muitas histórias sobre fome e violência", explicou o responsável da UNMIT antes de descrever uma situação de normalidade em Timor-Leste em termos de segurança alimentar.
"A situação está a ser seguida pelo Governo, com importações de arroz", acrescentou Finn Reske Nielsen, salientando que "não há motivo para alarme".
"A situação de outros países não é a que se vive aqui", sublinhou o chefe interino da UNMIT.
O preço do arroz no mercado mundial é de 1,20 a 1,30 dólares norte-americanos por quilo, comparado com 40 cêntimos de dólares á seis meses, segundo números apresentados pela ONU.
O preço actual do arroz em Timor-Leste é de 50 a 60 cêntimos por quilo, segundo a ONU, e "sem comida do Governo no mercado, o preço rondaria o dobro", afirmaram hoje os responsáveis da ONU.
O Governo timorense concluiu um acordo com o Vietname para a importação de 16 mil toneladas de arroz, "que estão neste momento a ser embarcadas" para Timor-Leste, afirmou na mesma conferência de imprensa o director do Programa Alimentar Mundial no país, Joan Fleuren.
"Continuam negociações com outros países para a importação de arroz, incluindo com a Indonésia e talvez com a Tailândia, que é o maior exportador de arroz do mundo e ainda não fechou as suas fronteiras à exportação", declarou Joan Fleuren.
Finn Reske Nielsen considerou "encorajador" a criação pelo Governo timorense de uma comissão de segurança alimentar.
Timor-Leste produz actualmente 40 mil toneladas de arroz por ano e importa entre 50 a 60 mil toneladas.
A FAO lançou um programa de assistência a 30 mil famílias timorenses com adubos e sementes melhoradas para que, em Junho e Julho, se prepare a segunda colheita anual, de forma a obter nos últimos meses do ano um aumento de 30 toneladas cúbicas de arroz.
"Não esperamos uma crise (alimentar), pela monitorização semanal que vimos fazendo dos géneros disponíveis no mercado e dos preços praticados", declarou hoje Finn Reske-Nielsen, representante-especial interino do secretário-geral da ONU no país.
Finn Reske Nielsen, representante residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Timor-Leste, chefia interinamente a Missão Integrada da ONU no país (UNMIT), por ausência de Atul Khare em Nova orque.
"Aprendemos lições das crises nos dois últimos anos e o esquema que está montado é melhor" do que o que existia em 2007 e 2006, acrescentou Finn Reske Nielsen, em conferência de imprensa.
"Temos ouvido muitas histórias sobre fome e violência", explicou o responsável da UNMIT antes de descrever uma situação de normalidade em Timor-Leste em termos de segurança alimentar.
"A situação está a ser seguida pelo Governo, com importações de arroz", acrescentou Finn Reske Nielsen, salientando que "não há motivo para alarme".
"A situação de outros países não é a que se vive aqui", sublinhou o chefe interino da UNMIT.
O preço do arroz no mercado mundial é de 1,20 a 1,30 dólares norte-americanos por quilo, comparado com 40 cêntimos de dólares á seis meses, segundo números apresentados pela ONU.
O preço actual do arroz em Timor-Leste é de 50 a 60 cêntimos por quilo, segundo a ONU, e "sem comida do Governo no mercado, o preço rondaria o dobro", afirmaram hoje os responsáveis da ONU.
O Governo timorense concluiu um acordo com o Vietname para a importação de 16 mil toneladas de arroz, "que estão neste momento a ser embarcadas" para Timor-Leste, afirmou na mesma conferência de imprensa o director do Programa Alimentar Mundial no país, Joan Fleuren.
"Continuam negociações com outros países para a importação de arroz, incluindo com a Indonésia e talvez com a Tailândia, que é o maior exportador de arroz do mundo e ainda não fechou as suas fronteiras à exportação", declarou Joan Fleuren.
Finn Reske Nielsen considerou "encorajador" a criação pelo Governo timorense de uma comissão de segurança alimentar.
Timor-Leste produz actualmente 40 mil toneladas de arroz por ano e importa entre 50 a 60 mil toneladas.
A FAO lançou um programa de assistência a 30 mil famílias timorenses com adubos e sementes melhoradas para que, em Junho e Julho, se prepare a segunda colheita anual, de forma a obter nos últimos meses do ano um aumento de 30 toneladas cúbicas de arroz.
Kazu Korupsaun ho Valor $4.000 Tama Ona ba Tribunal
Edition: 14 May 2008
DILI- Deputy Prokurador Jeral, Ivo Jorge Valente hatete katak Prokuradoria Jeral komesa iha ona progresu ba investigasaun kazu korupsaun, tanba iha loron 24 Marsu foin lalais nee Prokuradoria hatama ona kazu korupsaun ida ba Tribunal atu prosesu tuir julgamentu. Lia hirak nee hatoo husi Deputy Prokurador Geral, Ivo Jorge Valente ba jornalista iha ninia servisu fatin, Prokuradoria Geral Republika (PGR), Kaikoli, Dili, Tersa (13/5).
Tuir Ivo katak kazu nebee mak hatama hodi rejistu iha Tribunal nee, Prokurador Vicente Fernandes e Brito mak kaer ou atende, tanba nee ho progresu nebee mak Prokurador Vicente halo ba kazu korupsaun iha distritu.
Kazu nebee Prokurador Vicente kaer nee mak hanesan halo ona akuzaun hodi hatama ba Tribunal iha 24 Marsu 2008, nebee ema nee halo korupsaun ho valor US$4.000,00, nee akontese iha aldeia Fatumetan, Distritu Kovalima-Suai ho ninia prosesu inkeritu No. 96/PDS/2007.
“Ho akuzasuan nebee mak hatama tiha ona nee sigfika katak hein deit tribunal bolu parte sira nee hotu atu halao prosesu julgamentu. Ida nee mos signifika Ministeriu Publiku halo ona pasu ida ba oin, hodi nunee ita hein prosesu husi tribunal,” hatete Ivo.
Tanba, tuir Ivo katak iha 35 kazu korupsaun mak rejistu iha Ministeriu Publiku, ho nunee nudar Deputy Prokurador Jeral halao ona briefing ho Prokuradores sira nebee mak prosesu kazu korupsaun hanesan Prokurador Vicente Fernandes nebee kaer kazu korupsaun iha Distritus.
Ho nunee, progresu balu nebee mak Prokurador Vicente halo ba kazu korupsaun mak iha kazu korupsaun ida tan nebee akontese iha Distritu Ainaro nebee, Prokuradoria simu prosesu nee husi gabineti inspektorat Jeral maibe arguidu nee antes de halo akuzasaun tuir infomasaun katak arguidu nee sai tiha ona husi nasaun Timor, hodi nunee kazu nee arkiva provizoriumente ho valor korupsaun osan US$28.86.000.
Ivo mos hatutan katak kazu nee arkiva laos signifika katak prosesu nee taka ona, maibe prosesu nee iha posibilidade atu loke fali, wainhira arguidu nee tama fali mai nasaun Timor, ninia proses inkeritu No.33/PDS/IV/2007.
Iha fali mos konaba prosesu investigasuan ba kazu korupsaun iha Lospalos, hatete Ivo katak nebee konaba halo alkatraun entre Lospalos ho sub-distritu, ho nunee iha tempu badak sei bolu eis membru governu ida, nebee uluk kaer pasta importante iha konstruksaun ba estradas.
Iha parte seluk tuir Ivo katak kazu korupsaun nebee mak rejistu iha gabineti Prokuradoria sei prosesa tuir lei nebee mak vigora iha nasaun nee hanesan lei UU No. 31/99 (lei Indonezia nian nebee aplikabel iha TL) no uja artigu lei Kodegu Penal Indonezia nebee mos sei uza iha Timor liu iha artigu 418 KUHP nebee ninia pena prizaun tinan 3, artigu 419 KUHP ho nia pena prizaun tinan 5 ho mos artigu 240 KUHP ho nia pena prizaun tinan 12.
Kazu STAE, Diskunfia Deputadu Ida Involve
Relasiona ho kazu indikasaun korupsaun STAE konaba uza sasan durante Eleisaun, Prokuradori Geral Republika (PGR) sei bolu eis membru governu ida nebee agora dadaun halao nia funsaun nudar membru Parlamentu Nasional (PN) atu autoriza mai hodi fo depoimentus ruma, tanba diskunfia mos involve iha kazu nebee refere.
“Ami iha provas nebee mak diskunfia eis membrus governu ida nebee inklui nia naran iha laran ho nunee ami espera katak wainhira ami husu PN atu autoriza eis membru governu nee nebee agora halao knaar hanesan deputadu PN, karik atu mai fo depoimentus ruma, tantu hanesan testamuina tantu hanesan mos arguidu,” haktuir Ivo.
Ivo hatete, Prokuradoria husu kolaborasaun no apoiu husi membrus deputadus atu fo prioridade ba servisu Ministeriu Publiku hodi fo autorizasaun para membru PN nee atu mai presta deklarasaun hanesan arguidu.
Kazu nee rasik, hatete Ivo, iha sasin ou depoimentus balu ou suspeitu balu nebee mak Provedoria Direitus Humanus seidauk rona ou seidauk foti nia depoimentus, entaun Ministeriu Publiku presiza rona no halo klarifikasaun.
Tuir Ivo mos katak ba kazu STAE nian nee iha ona arguidu nain 4 mak Ministeriu Publiku determina.
PGR tuir planu sei halao audensia ho ema nain walu (8) nebee diskunfia involve iha kazu indikasaun korupsaun uza sasan durante iha STAE.
Tuir Ivo katak kazu nee rasik Provedoria entrega ona ninia rekomendasaun mai iha Prokuradoria ho nunee prosesu ba investigasaun kazu nee komesa halao ona, tanba nee mak Prokuradoria iha ona planu atu bolu ema nain 8 hodi halo audensia.
Tuir Provedor Sebastiao Dias Ximenes iha momentu entrega rekomendasaun nebee halao iha Edifisiu PDHJ, Kaikoli, hatete katak kazu nee nudar inisiativa rasik husi PDHJ ho no Referensia IP-09/07/BG nebee rejistu iha PDHJ iha Janeiru 2007 mak kazu STAE konaba sasan nebee uja durante eleiasaun no iha Direisaun Nasional Administrasaun Financas.
Tuir Sebastiao katak Provedor mos konsege rekoila dokumentus ofisial husi Direisaun Alfandega. Ho nunee Provedor konklui katak iha indisius nebee forte hatudu iha funsionariu balu, eis membrus governu no emprezariu balu sai nudar suspeitu, tanba iha responsabilizasaun direita ba hahalok pratika mal administrasaun, abuzu de poder nomos pratika de krime korupsaun tanba futu lia hamutuk hodi halakon orsamentu estadu nebee boot. arm
DILI- Deputy Prokurador Jeral, Ivo Jorge Valente hatete katak Prokuradoria Jeral komesa iha ona progresu ba investigasaun kazu korupsaun, tanba iha loron 24 Marsu foin lalais nee Prokuradoria hatama ona kazu korupsaun ida ba Tribunal atu prosesu tuir julgamentu. Lia hirak nee hatoo husi Deputy Prokurador Geral, Ivo Jorge Valente ba jornalista iha ninia servisu fatin, Prokuradoria Geral Republika (PGR), Kaikoli, Dili, Tersa (13/5).
Tuir Ivo katak kazu nebee mak hatama hodi rejistu iha Tribunal nee, Prokurador Vicente Fernandes e Brito mak kaer ou atende, tanba nee ho progresu nebee mak Prokurador Vicente halo ba kazu korupsaun iha distritu.
Kazu nebee Prokurador Vicente kaer nee mak hanesan halo ona akuzaun hodi hatama ba Tribunal iha 24 Marsu 2008, nebee ema nee halo korupsaun ho valor US$4.000,00, nee akontese iha aldeia Fatumetan, Distritu Kovalima-Suai ho ninia prosesu inkeritu No. 96/PDS/2007.
“Ho akuzasuan nebee mak hatama tiha ona nee sigfika katak hein deit tribunal bolu parte sira nee hotu atu halao prosesu julgamentu. Ida nee mos signifika Ministeriu Publiku halo ona pasu ida ba oin, hodi nunee ita hein prosesu husi tribunal,” hatete Ivo.
Tanba, tuir Ivo katak iha 35 kazu korupsaun mak rejistu iha Ministeriu Publiku, ho nunee nudar Deputy Prokurador Jeral halao ona briefing ho Prokuradores sira nebee mak prosesu kazu korupsaun hanesan Prokurador Vicente Fernandes nebee kaer kazu korupsaun iha Distritus.
Ho nunee, progresu balu nebee mak Prokurador Vicente halo ba kazu korupsaun mak iha kazu korupsaun ida tan nebee akontese iha Distritu Ainaro nebee, Prokuradoria simu prosesu nee husi gabineti inspektorat Jeral maibe arguidu nee antes de halo akuzasaun tuir infomasaun katak arguidu nee sai tiha ona husi nasaun Timor, hodi nunee kazu nee arkiva provizoriumente ho valor korupsaun osan US$28.86.000.
Ivo mos hatutan katak kazu nee arkiva laos signifika katak prosesu nee taka ona, maibe prosesu nee iha posibilidade atu loke fali, wainhira arguidu nee tama fali mai nasaun Timor, ninia proses inkeritu No.33/PDS/IV/2007.
Iha fali mos konaba prosesu investigasuan ba kazu korupsaun iha Lospalos, hatete Ivo katak nebee konaba halo alkatraun entre Lospalos ho sub-distritu, ho nunee iha tempu badak sei bolu eis membru governu ida, nebee uluk kaer pasta importante iha konstruksaun ba estradas.
Iha parte seluk tuir Ivo katak kazu korupsaun nebee mak rejistu iha gabineti Prokuradoria sei prosesa tuir lei nebee mak vigora iha nasaun nee hanesan lei UU No. 31/99 (lei Indonezia nian nebee aplikabel iha TL) no uja artigu lei Kodegu Penal Indonezia nebee mos sei uza iha Timor liu iha artigu 418 KUHP nebee ninia pena prizaun tinan 3, artigu 419 KUHP ho nia pena prizaun tinan 5 ho mos artigu 240 KUHP ho nia pena prizaun tinan 12.
Kazu STAE, Diskunfia Deputadu Ida Involve
Relasiona ho kazu indikasaun korupsaun STAE konaba uza sasan durante Eleisaun, Prokuradori Geral Republika (PGR) sei bolu eis membru governu ida nebee agora dadaun halao nia funsaun nudar membru Parlamentu Nasional (PN) atu autoriza mai hodi fo depoimentus ruma, tanba diskunfia mos involve iha kazu nebee refere.
“Ami iha provas nebee mak diskunfia eis membrus governu ida nebee inklui nia naran iha laran ho nunee ami espera katak wainhira ami husu PN atu autoriza eis membru governu nee nebee agora halao knaar hanesan deputadu PN, karik atu mai fo depoimentus ruma, tantu hanesan testamuina tantu hanesan mos arguidu,” haktuir Ivo.
Ivo hatete, Prokuradoria husu kolaborasaun no apoiu husi membrus deputadus atu fo prioridade ba servisu Ministeriu Publiku hodi fo autorizasaun para membru PN nee atu mai presta deklarasaun hanesan arguidu.
Kazu nee rasik, hatete Ivo, iha sasin ou depoimentus balu ou suspeitu balu nebee mak Provedoria Direitus Humanus seidauk rona ou seidauk foti nia depoimentus, entaun Ministeriu Publiku presiza rona no halo klarifikasaun.
Tuir Ivo mos katak ba kazu STAE nian nee iha ona arguidu nain 4 mak Ministeriu Publiku determina.
PGR tuir planu sei halao audensia ho ema nain walu (8) nebee diskunfia involve iha kazu indikasaun korupsaun uza sasan durante iha STAE.
Tuir Ivo katak kazu nee rasik Provedoria entrega ona ninia rekomendasaun mai iha Prokuradoria ho nunee prosesu ba investigasaun kazu nee komesa halao ona, tanba nee mak Prokuradoria iha ona planu atu bolu ema nain 8 hodi halo audensia.
Tuir Provedor Sebastiao Dias Ximenes iha momentu entrega rekomendasaun nebee halao iha Edifisiu PDHJ, Kaikoli, hatete katak kazu nee nudar inisiativa rasik husi PDHJ ho no Referensia IP-09/07/BG nebee rejistu iha PDHJ iha Janeiru 2007 mak kazu STAE konaba sasan nebee uja durante eleiasaun no iha Direisaun Nasional Administrasaun Financas.
Tuir Sebastiao katak Provedor mos konsege rekoila dokumentus ofisial husi Direisaun Alfandega. Ho nunee Provedor konklui katak iha indisius nebee forte hatudu iha funsionariu balu, eis membrus governu no emprezariu balu sai nudar suspeitu, tanba iha responsabilizasaun direita ba hahalok pratika mal administrasaun, abuzu de poder nomos pratika de krime korupsaun tanba futu lia hamutuk hodi halakon orsamentu estadu nebee boot. arm
PR Horta: Hau La Iha Rajaun Atu La Apoiu AMP
Edition: 14 May 2008
DILI-Prezidente Republika, Jose Ramos Horta, sei la iha rajaun ida atu la apoiu governu AMP nebee Lidera husi Primieru Ministru (PM) Xanana Gusmao, tamba governu nee moris no hakiak husi Krize. “Hau la iha rajaun para la apoia governasaun AMP, nebee mak lidera husi PM Xanana, tamba ita atu hakarak halo avaliasaun ba governasaun ida, kuandu governu nee minimu lao ona iha tinan ida nia laran, satan governu AMP moris bainhira Timor Leste infrenta krizi boot iha 2006-2007,” Horta hateten ba jornalista sira hafoin inkontru altu nivel iha Rezidensia Prezidensial, Farol, Dili, Tersa (13/05).
Nudar Xefi Estadu, Horta husu kumprendsaun ba politiku nain hotu, inklui povu atu halo avaliasaun ba Presidente Republika nia servisu, governu nia servisu ho deputadu sira nia servisu, tenki fo tempu oituan ba sira, tamba tenki hatene mos katak nasaun ho governu ida nee foin sai husi krizi 2006.
Responde kona ba aliasan ASDT-Fretilin nian, Horta hatete, nee dereitu fundamental Presidente partidu ASDT nian atu halo aliansa ho ema nebee mak nia hakarak, maibe nia rasik mak bele hatene oportunidade atu muda amizade.
“Hau nia dereitu atu halo komenta mak halo apelo ba sira la bele ataka malu naruk demais, maibe sukat didiak sira nia linguanzen tamba povu nee sei trauma nafatin ba krizi nebee mak ita nian nasaun hasoru,” Horta hateten.
Horta hatutan, dala ruma husi lia fuan mak provoka krizi mosu, nebee nia impaktu halo povu tauk no paniku.
Nee duni hanesan lider politiku iha nasaun Timor Leste, tenki hatudu maturidade no sukat ida-idak nia liafuan koando atu koalia.
Nia dehan, Fretilin iha dereitu buka halo aliansa hanesan uluk iha Agustu 2006 liu ba. Momentu nebaa, katak Horta, Fretilin konsege halo kedan koligasaun no grantia iha parlamentu, tantu uluk kedas hili Fretilin ba governo tuir konstituisaun, maibe tamba partidu Fretilin mesak la konsege governa mak hili AMP atu governa.
“Iha tempo nebee ASDT, PD, PSD, UNDERTIM, PUN la kohi servisu hamutuk ho Fretilin no Fretilin mesak mesak la grante maioria nebee mak bele funsiona iha parlamentu, tamba nee mak hau hili AMP, maibe iha fulan hirak nee nia laran mak Fretilin konsege namora fila fali partidu ASDT, PSD, PD no seluk tan iha AMP nia laran, nee hanesan realidade ida nebee mak hau Presidente Republika la bele kritika,” Horta hateten
Nia mos salienta liu tan katak nia sei prontu atu akompainha prosesu nee tomak ho neutralidade no la kohi halo kritika ba partidu Fretilin para halo lobi ho partidu sira seluk, maibe la bele soe lia fuan kroat demais ba malu, tamba PM Xanana, ema ida que ida sensibilidade.
“Mari Alkateri, Francisco Xavier do Amaral, ida-idak iha sentimentu hanesan ema. Nunee kuandu kritika demais hanesan kritika sira nee la justu, sei mosu hirus no nia impaktu mak devisil liu halo kolaborasaun.”
“Hanesan Xefi Estadu, hau sei iha konfiansa ba PM Xanana. Kuandu hau la iha karik konfiansa ba nia, mak hau sei hateten sai maibe agora hau respeita nia nafatin tamba nia ema ida ita keta haluha, hanesan uluk nasaun nee la iha lideransa, rejistensia mohu tiha nia mak dada dalan ba nasaun nee tamba nee hau konsidera nia hanesan heroi ida nasional tamba nee hau iha konfiansa ba nia,” Horta afirma. w’ly
DILI-Prezidente Republika, Jose Ramos Horta, sei la iha rajaun ida atu la apoiu governu AMP nebee Lidera husi Primieru Ministru (PM) Xanana Gusmao, tamba governu nee moris no hakiak husi Krize. “Hau la iha rajaun para la apoia governasaun AMP, nebee mak lidera husi PM Xanana, tamba ita atu hakarak halo avaliasaun ba governasaun ida, kuandu governu nee minimu lao ona iha tinan ida nia laran, satan governu AMP moris bainhira Timor Leste infrenta krizi boot iha 2006-2007,” Horta hateten ba jornalista sira hafoin inkontru altu nivel iha Rezidensia Prezidensial, Farol, Dili, Tersa (13/05).
Nudar Xefi Estadu, Horta husu kumprendsaun ba politiku nain hotu, inklui povu atu halo avaliasaun ba Presidente Republika nia servisu, governu nia servisu ho deputadu sira nia servisu, tenki fo tempu oituan ba sira, tamba tenki hatene mos katak nasaun ho governu ida nee foin sai husi krizi 2006.
Responde kona ba aliasan ASDT-Fretilin nian, Horta hatete, nee dereitu fundamental Presidente partidu ASDT nian atu halo aliansa ho ema nebee mak nia hakarak, maibe nia rasik mak bele hatene oportunidade atu muda amizade.
“Hau nia dereitu atu halo komenta mak halo apelo ba sira la bele ataka malu naruk demais, maibe sukat didiak sira nia linguanzen tamba povu nee sei trauma nafatin ba krizi nebee mak ita nian nasaun hasoru,” Horta hateten.
Horta hatutan, dala ruma husi lia fuan mak provoka krizi mosu, nebee nia impaktu halo povu tauk no paniku.
Nee duni hanesan lider politiku iha nasaun Timor Leste, tenki hatudu maturidade no sukat ida-idak nia liafuan koando atu koalia.
Nia dehan, Fretilin iha dereitu buka halo aliansa hanesan uluk iha Agustu 2006 liu ba. Momentu nebaa, katak Horta, Fretilin konsege halo kedan koligasaun no grantia iha parlamentu, tantu uluk kedas hili Fretilin ba governo tuir konstituisaun, maibe tamba partidu Fretilin mesak la konsege governa mak hili AMP atu governa.
“Iha tempo nebee ASDT, PD, PSD, UNDERTIM, PUN la kohi servisu hamutuk ho Fretilin no Fretilin mesak mesak la grante maioria nebee mak bele funsiona iha parlamentu, tamba nee mak hau hili AMP, maibe iha fulan hirak nee nia laran mak Fretilin konsege namora fila fali partidu ASDT, PSD, PD no seluk tan iha AMP nia laran, nee hanesan realidade ida nebee mak hau Presidente Republika la bele kritika,” Horta hateten
Nia mos salienta liu tan katak nia sei prontu atu akompainha prosesu nee tomak ho neutralidade no la kohi halo kritika ba partidu Fretilin para halo lobi ho partidu sira seluk, maibe la bele soe lia fuan kroat demais ba malu, tamba PM Xanana, ema ida que ida sensibilidade.
“Mari Alkateri, Francisco Xavier do Amaral, ida-idak iha sentimentu hanesan ema. Nunee kuandu kritika demais hanesan kritika sira nee la justu, sei mosu hirus no nia impaktu mak devisil liu halo kolaborasaun.”
“Hanesan Xefi Estadu, hau sei iha konfiansa ba PM Xanana. Kuandu hau la iha karik konfiansa ba nia, mak hau sei hateten sai maibe agora hau respeita nia nafatin tamba nia ema ida ita keta haluha, hanesan uluk nasaun nee la iha lideransa, rejistensia mohu tiha nia mak dada dalan ba nasaun nee tamba nee hau konsidera nia hanesan heroi ida nasional tamba nee hau iha konfiansa ba nia,” Horta afirma. w’ly
UNDERTIM Asina Akordu Adere ba AMP
Edition: 14 May 2008
DILI-Hafoin ASDT ho Fretilin asina akordu hodi halo aliansa estratejika, Tersa (13/5), partidu UNDERTIM (Unidade Nasional Demokratiku Resistensia Timorrense) mos desidi asina akordu ho bloku Aliansa Mayoritariu Parlamentar (AMP). Liu husi inkontru entre lider politiku bloku AMP nebee halao iha Prezidenti Parlamentu Nasional (PN), Fernando La Sama de Araujo nia rezidensia, Farol, Dili, UNDERTIM sai hanesan bainaka foun no desididu adera ba AMP hodi reforsa tan politika AMP iha PN no iha palku politiku rai ida nee nian.
Hafoin inkontru, Prezidenti CNRT Xanana Gusmao, atual Primeiru Ministru (PM) RDTL hateten, UNDERTIM rasik mak hatoo pedidu ba AMP atu kolabora ho AMP tuir adesaun AMP nian, nebee sempre nakloke ba partidu hotu mak iha vontade atu integra aan iha AMP nia laran.
“Akordu adesaun hanesan uluk partidu ASDT, PSD no PD asina memorandu intendimentu forma AMP. Nee hanesan prinsipiu adesaun hodi sei fo fatin ba partidu sira seluk nebee mak hakarak tama tan AMP, tamba nee mak UNDERTIM husu atu tama no ami koalia ona, nunee sira bele tama tan hodi marka prezensa hanesan membru foun ba AMP iha inkontru nee,” Xanana esplika tenik.
Xanana haktuir, AMP nunka senti afetadu ba problema ASDT atu halo koligasaun ba partidu Fretilin, tamba Presidente Partidu ASDT Francisco Xavier do Amaral ho nia xefi bankada sira mos mai partisipa iha inokontru nebee mak AMP realize hodi troka opinaun ba malu.
“Ohin ofisialmente AMP deklara katak partidu UNDERTIM nia prezensa bele haforsa tan AMP,” Xanana hatutan.
Nia hatete, akordu nebee mak AMP opta, katak hakarak atu sai membru AMP tenki iha prinsipiu solidaredade no honestidade hodi fo apoiu ba programa governu AMP nian, hanesan iha parlamentu nebee deputadu sira AMP nian sempre fo apoiu programa hotu-hotu nebee governu ba aperzenta iha plenaria
“AMP metin nafatin, tamba presidenti partidu ASDT dehan ba ami katak ASDT sei hamutuk nafatin ho AMP no ohin reforsadu tan ho UDERTIM iha AMP, nunee mak planu ba oin, ami kontinua metin ho programa governu ninian atu rezolve problema iha rai laran, nebee povu infrenta,” Xanana dehan tenik.
Inkontru AMP nee hanesan inkontru tradisaun AMP nian, nebee bai-bain buka malu hodi koalia kona ba problema oi-oin nebee membru AMP sira infrenta.
Iha parte seluk, vise partidu UDERTIM Faostinho Cardoso alias Renan Selak hatete, iha prinsipiu nebee partidu UDERTIM hili atu tama ba AMP, tamba hare programa AMP nebee agora dadauk lao ba oin, konstanta tebes ho programa UDERTIM nian atu dezenvolve povu husi kiak no mantein unidade nasional.
“Ami sempre hatudu ona iha parlamentu katak ami nia pozisaun nee klaru ba publiku, katak maske ami hanesan parte opozisaun, maibe ami sempre apoiu nafatin programa AMP nian,” Renan hateten.
Tuir UNDERTIM nia hare, programa importante nebee mak governu AMP implementa ona, hanesan datende ferik no katuas nia nesisidade no buka atende mos problema veteranus nebee mak husi tinan barak ema haluha tiha, tamba nee mak UNDERTIM konsidera katak programa AMP mesak kapas no afeta duni ba povu nia problema nebee povu hasoru.
Ho rajaun hirak nee, katak Renan, UNDERTIM tuba metin iha AMP nia kotuk hodi defende AMP bainhira iha grupu balun ka ema balun hakarak tenta hamonu AMP nia ukun.
“Ami prontu fo apoiu nafatin ba AMP, nunee mak UNDERTIM disidi ona ho volontariamente tama ba AMP,” Renan salienta tan.
Relasiona ho aktu nebee mak hatudu ona husi partidu ASDT-Fretilin, nebee ho intensaun hakarak hamonu AMP, Renan ghatete, AMP seidauk bele monu, maske presidenti ASDT deklara ona nia posisaun.
“Ami konsidera pozisaun ASDT nian nee seidauk klaru, basaa Presidente Partidu ASDT Xavier Amaral mos sei hateten nafatin katak nia sei mantein iha AMP tuir akordu nebee mak nia halo iha 7 Setembru 2006,” Renan hatutan. iku
DILI-Hafoin ASDT ho Fretilin asina akordu hodi halo aliansa estratejika, Tersa (13/5), partidu UNDERTIM (Unidade Nasional Demokratiku Resistensia Timorrense) mos desidi asina akordu ho bloku Aliansa Mayoritariu Parlamentar (AMP). Liu husi inkontru entre lider politiku bloku AMP nebee halao iha Prezidenti Parlamentu Nasional (PN), Fernando La Sama de Araujo nia rezidensia, Farol, Dili, UNDERTIM sai hanesan bainaka foun no desididu adera ba AMP hodi reforsa tan politika AMP iha PN no iha palku politiku rai ida nee nian.
Hafoin inkontru, Prezidenti CNRT Xanana Gusmao, atual Primeiru Ministru (PM) RDTL hateten, UNDERTIM rasik mak hatoo pedidu ba AMP atu kolabora ho AMP tuir adesaun AMP nian, nebee sempre nakloke ba partidu hotu mak iha vontade atu integra aan iha AMP nia laran.
“Akordu adesaun hanesan uluk partidu ASDT, PSD no PD asina memorandu intendimentu forma AMP. Nee hanesan prinsipiu adesaun hodi sei fo fatin ba partidu sira seluk nebee mak hakarak tama tan AMP, tamba nee mak UNDERTIM husu atu tama no ami koalia ona, nunee sira bele tama tan hodi marka prezensa hanesan membru foun ba AMP iha inkontru nee,” Xanana esplika tenik.
Xanana haktuir, AMP nunka senti afetadu ba problema ASDT atu halo koligasaun ba partidu Fretilin, tamba Presidente Partidu ASDT Francisco Xavier do Amaral ho nia xefi bankada sira mos mai partisipa iha inokontru nebee mak AMP realize hodi troka opinaun ba malu.
“Ohin ofisialmente AMP deklara katak partidu UNDERTIM nia prezensa bele haforsa tan AMP,” Xanana hatutan.
Nia hatete, akordu nebee mak AMP opta, katak hakarak atu sai membru AMP tenki iha prinsipiu solidaredade no honestidade hodi fo apoiu ba programa governu AMP nian, hanesan iha parlamentu nebee deputadu sira AMP nian sempre fo apoiu programa hotu-hotu nebee governu ba aperzenta iha plenaria
“AMP metin nafatin, tamba presidenti partidu ASDT dehan ba ami katak ASDT sei hamutuk nafatin ho AMP no ohin reforsadu tan ho UDERTIM iha AMP, nunee mak planu ba oin, ami kontinua metin ho programa governu ninian atu rezolve problema iha rai laran, nebee povu infrenta,” Xanana dehan tenik.
Inkontru AMP nee hanesan inkontru tradisaun AMP nian, nebee bai-bain buka malu hodi koalia kona ba problema oi-oin nebee membru AMP sira infrenta.
Iha parte seluk, vise partidu UDERTIM Faostinho Cardoso alias Renan Selak hatete, iha prinsipiu nebee partidu UDERTIM hili atu tama ba AMP, tamba hare programa AMP nebee agora dadauk lao ba oin, konstanta tebes ho programa UDERTIM nian atu dezenvolve povu husi kiak no mantein unidade nasional.
“Ami sempre hatudu ona iha parlamentu katak ami nia pozisaun nee klaru ba publiku, katak maske ami hanesan parte opozisaun, maibe ami sempre apoiu nafatin programa AMP nian,” Renan hateten.
Tuir UNDERTIM nia hare, programa importante nebee mak governu AMP implementa ona, hanesan datende ferik no katuas nia nesisidade no buka atende mos problema veteranus nebee mak husi tinan barak ema haluha tiha, tamba nee mak UNDERTIM konsidera katak programa AMP mesak kapas no afeta duni ba povu nia problema nebee povu hasoru.
Ho rajaun hirak nee, katak Renan, UNDERTIM tuba metin iha AMP nia kotuk hodi defende AMP bainhira iha grupu balun ka ema balun hakarak tenta hamonu AMP nia ukun.
“Ami prontu fo apoiu nafatin ba AMP, nunee mak UNDERTIM disidi ona ho volontariamente tama ba AMP,” Renan salienta tan.
Relasiona ho aktu nebee mak hatudu ona husi partidu ASDT-Fretilin, nebee ho intensaun hakarak hamonu AMP, Renan ghatete, AMP seidauk bele monu, maske presidenti ASDT deklara ona nia posisaun.
“Ami konsidera pozisaun ASDT nian nee seidauk klaru, basaa Presidente Partidu ASDT Xavier Amaral mos sei hateten nafatin katak nia sei mantein iha AMP tuir akordu nebee mak nia halo iha 7 Setembru 2006,” Renan hatutan. iku
Prisão de Colmera "esvaziada" depois de pedido de "habeas corpus"
Díli, 13 Mai (Lusa) - Todos os suspeitos detidos em Colmera, Díli, incluindo Gastão Salsinha, foram hoje transferidos de prisão, dias depois de a Defensoria Pública ter apresentado uma providência de "habeas corpus", afirmaram à Lusa fontes judiciais.
Na origem do "esvaziamento" da messe de Colmera parece estar, segundo as fontes contactadas pela Lusa, a apresentação de uma providência de "habeas corpus" pela Defensoria Pública e a possibilidade de um dos beneficiários "estar detido por ninguém ter reparado que não havia nada contra ele".
"A casa de Colmera foi esvaziada hoje, por decisão súbita", afirmou à Lusa uma fonte judicial que pediu o anonimato e que não quis indicar "quem tomou a decisão".
Entre os presos transferidos para outro local está o ex-tenente Gastão Salsinha, suspeito de envolvimento no duplo ataque de 11 de Fevereiro contra o Presidente da República de Timor-Leste, José Ramos-Horta, e o primeiro-ministro, Xanana Gusmão.
"Os arguidos que eram alvo de mandados de captura foram transferidos para a prisão de Becora [em Díli]. Os que estão sujeitos apenas à medida de termo de identidade e residência estão em Aitarak Laran", segundo a mesma fonte.
Aitarak Laran, em Díli, é o campo onde estão acantonados mais de seiscentos ex-peticionários das Forças Armadas, a poucas centenas de metros de Colmera.
A Lusa tentou, sem resultado, obter confirmação e esclarecimentos oficiais sobre a transferência de presos junto do comando conjunto da operação "Halibur" e dos magistrados ligados ao processo de 11 de Fevereiro.
Com Gastão Salsinha estavam detidos nas instalações de Colmera outros elementos acusados de participação ou cumplicidade nos ataques de Fevereiro, incluindo vários dos homens que pertenceram ao antigo grupo do major Alfredo Reinado.
Amaro da Costa "Susar", braço-direito de Alfredo Reinado, considerado uma das peças centrais do processo, e os três detidos timorenses extraditados pela Indonésia há uma semana estavam também detidos em Colmera.
Ao final da tarde de hoje, "não era visível nenhum do habitual aparato de segurança junto da casa", segundo uma fonte ligada ao processo do 11 de Fevereiro.
Trata-se da casa e anexo da messe de oficiais das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), no centro do bairro comercial de Colmera, instalação recém-recuperada e que o Governo indicou, no final de 2007, como estabelecimento prisional de alta segurança, até à construção de um edifício de raiz.
Até agora, 18 dos arguidos no processo do 11 de Fevereiro encontram-se em prisão preventiva, desconhecendo as autoridades judiciais contactadas pela Lusa quantos ou quais estavam em Colmera e noutros estabelecimentos, "uma vez que o local de cumprimento da medida de coação é uma decisão da competência do Ministério da Justiça".
A defensora pública internacional Zeni Ardnt confirmou hoje à Lusa que apresentou a 08 de Maio o "habeas corpus" em benefício de Tito Tilman e de Ventura.
Zeni Arndt declarou à Lusa que "Tito Tilman está desaparecido" e que recebeu "notícias não confirmadas de que a família de Ventura está a ser ameaçada para não indagar do paradeiro do familiar".
Segundo a defensora internacional, apenas três dos quatro timorenses extraditados pela Indonésia foram presentes a juiz. O quarto, Tito Tilman, não foi ouvido.
Zeni Arndt acrescentou que não existe contra Tito Tilman nem contra Ventura, apesar de este ter pertencido ao grupo de Alfredo Reinado, qualquer mandado de captura, informação que a Lusa confirmou também hoje junto do Ministério Público.
O mesmo magistrado do Ministério Público timorense acrescentou que a providência de "habeas corpus" ainda não obteve resposta, mas que o Tribunal de Recurso "já pediu informações sobre os dois elementos".
O prazo legal para a resposta à diligência feita pela defensora pública é de oito dias, neste caso, até 16 de Maio.
"Não há nenhum suporte processual que justifique a detenção de Tito Tilman ou de Ventura", adiantou o magistrado do Ministério Público ouvido pela Lusa.
"Se eles estiverem detidos, pode considerar-se que estão sequestrados e alguém pode estar a cometer um crime de detenção ilegal", acrescentou o magistrado.
"A detenção é ilegal, pois que até ao presente momento não foi apresentado ao juiz competente, em total afronta à Constituição da República e à Lei Adjectiva Penal vigente", acusou Zeni Arndt no enunciado da providência, a que a Lusa teve acesso.
A acusação de cárcere privado é dirigida, formalmente, contra o Comando Conjunto da "Halibur", através do tenente-coronel Filomeno Paixão, das F-FDTL, e do inspector Mateus Fernandes, da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL).
"Não possuíam mandado judicial e agiram com arbítrio, prepotência e artimanha ao encarcerarem Ventura na prisão em Colmera sem autorização legal para tal", acrescenta a providência de "habeas corpus".
A defensora pública manifestou-se apreensiva com o paradeiro de Tito Tilman e de Ventura, "porque isto constitui um crime gravíssimo, de cárcere privado", segundo explicou à Lusa.
Zeni Arndt tencionava visitar hoje a messe de Colmera mas a visita acabou por não ser possível por questões de agenda dos defensores públicos.
A defensora internacional esteve em Colmera dia 08 de Maio e pode "garantir" que ainda lá estava Tito Tilman e também Ventura, segundo informação prestada por Ismael Sansão Moniz Soares, um dos presos extraditados da Indonésia.
Depois dessa data, nada existe, oficialmente, sobre o paradeiro dos dois detidos.
A defensora internacional solicitou a libertação imediata dos dois indivíduos.
PRM
Lusa/fim
Na origem do "esvaziamento" da messe de Colmera parece estar, segundo as fontes contactadas pela Lusa, a apresentação de uma providência de "habeas corpus" pela Defensoria Pública e a possibilidade de um dos beneficiários "estar detido por ninguém ter reparado que não havia nada contra ele".
"A casa de Colmera foi esvaziada hoje, por decisão súbita", afirmou à Lusa uma fonte judicial que pediu o anonimato e que não quis indicar "quem tomou a decisão".
Entre os presos transferidos para outro local está o ex-tenente Gastão Salsinha, suspeito de envolvimento no duplo ataque de 11 de Fevereiro contra o Presidente da República de Timor-Leste, José Ramos-Horta, e o primeiro-ministro, Xanana Gusmão.
"Os arguidos que eram alvo de mandados de captura foram transferidos para a prisão de Becora [em Díli]. Os que estão sujeitos apenas à medida de termo de identidade e residência estão em Aitarak Laran", segundo a mesma fonte.
Aitarak Laran, em Díli, é o campo onde estão acantonados mais de seiscentos ex-peticionários das Forças Armadas, a poucas centenas de metros de Colmera.
A Lusa tentou, sem resultado, obter confirmação e esclarecimentos oficiais sobre a transferência de presos junto do comando conjunto da operação "Halibur" e dos magistrados ligados ao processo de 11 de Fevereiro.
Com Gastão Salsinha estavam detidos nas instalações de Colmera outros elementos acusados de participação ou cumplicidade nos ataques de Fevereiro, incluindo vários dos homens que pertenceram ao antigo grupo do major Alfredo Reinado.
Amaro da Costa "Susar", braço-direito de Alfredo Reinado, considerado uma das peças centrais do processo, e os três detidos timorenses extraditados pela Indonésia há uma semana estavam também detidos em Colmera.
Ao final da tarde de hoje, "não era visível nenhum do habitual aparato de segurança junto da casa", segundo uma fonte ligada ao processo do 11 de Fevereiro.
Trata-se da casa e anexo da messe de oficiais das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), no centro do bairro comercial de Colmera, instalação recém-recuperada e que o Governo indicou, no final de 2007, como estabelecimento prisional de alta segurança, até à construção de um edifício de raiz.
Até agora, 18 dos arguidos no processo do 11 de Fevereiro encontram-se em prisão preventiva, desconhecendo as autoridades judiciais contactadas pela Lusa quantos ou quais estavam em Colmera e noutros estabelecimentos, "uma vez que o local de cumprimento da medida de coação é uma decisão da competência do Ministério da Justiça".
A defensora pública internacional Zeni Ardnt confirmou hoje à Lusa que apresentou a 08 de Maio o "habeas corpus" em benefício de Tito Tilman e de Ventura.
Zeni Arndt declarou à Lusa que "Tito Tilman está desaparecido" e que recebeu "notícias não confirmadas de que a família de Ventura está a ser ameaçada para não indagar do paradeiro do familiar".
Segundo a defensora internacional, apenas três dos quatro timorenses extraditados pela Indonésia foram presentes a juiz. O quarto, Tito Tilman, não foi ouvido.
Zeni Arndt acrescentou que não existe contra Tito Tilman nem contra Ventura, apesar de este ter pertencido ao grupo de Alfredo Reinado, qualquer mandado de captura, informação que a Lusa confirmou também hoje junto do Ministério Público.
O mesmo magistrado do Ministério Público timorense acrescentou que a providência de "habeas corpus" ainda não obteve resposta, mas que o Tribunal de Recurso "já pediu informações sobre os dois elementos".
O prazo legal para a resposta à diligência feita pela defensora pública é de oito dias, neste caso, até 16 de Maio.
"Não há nenhum suporte processual que justifique a detenção de Tito Tilman ou de Ventura", adiantou o magistrado do Ministério Público ouvido pela Lusa.
"Se eles estiverem detidos, pode considerar-se que estão sequestrados e alguém pode estar a cometer um crime de detenção ilegal", acrescentou o magistrado.
"A detenção é ilegal, pois que até ao presente momento não foi apresentado ao juiz competente, em total afronta à Constituição da República e à Lei Adjectiva Penal vigente", acusou Zeni Arndt no enunciado da providência, a que a Lusa teve acesso.
A acusação de cárcere privado é dirigida, formalmente, contra o Comando Conjunto da "Halibur", através do tenente-coronel Filomeno Paixão, das F-FDTL, e do inspector Mateus Fernandes, da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL).
"Não possuíam mandado judicial e agiram com arbítrio, prepotência e artimanha ao encarcerarem Ventura na prisão em Colmera sem autorização legal para tal", acrescenta a providência de "habeas corpus".
A defensora pública manifestou-se apreensiva com o paradeiro de Tito Tilman e de Ventura, "porque isto constitui um crime gravíssimo, de cárcere privado", segundo explicou à Lusa.
Zeni Arndt tencionava visitar hoje a messe de Colmera mas a visita acabou por não ser possível por questões de agenda dos defensores públicos.
A defensora internacional esteve em Colmera dia 08 de Maio e pode "garantir" que ainda lá estava Tito Tilman e também Ventura, segundo informação prestada por Ismael Sansão Moniz Soares, um dos presos extraditados da Indonésia.
Depois dessa data, nada existe, oficialmente, sobre o paradeiro dos dois detidos.
A defensora internacional solicitou a libertação imediata dos dois indivíduos.
PRM
Lusa/fim
Governo distingue quinze "figuras proeminentes" da luta de libertação
Díli, 13 Mai (Lusa) - O Governo de Timor-Leste distinguiu hoje 15 "figuras proeminentes" da luta de libertação nacional, numa cerimónia presidida pelo primeiro-ministro, Xanana Gusmão, em Díli.
O anúncio-surpresa da concessão de uma pensão superior foi feito pelo primeiro-ministro na cerimónia que assinalou no arranque do processo de pagamento das pensões pelo Estado aos combatentes e mártires da luta contra a ocupação indonésia.
O Governo fixou em 750 dólares norte-americanos (cerca de 480 euros), com efeitos retroactivos a 01 de Janeiro de 2008, o valor da pensão a quinze das figuras mais importantes da resistência timorense, ou aos seus herdeiros.
A lista é encabeçada por Francisco Xavier do Amaral, fundador da Associação Social Democrática Timorense (ASDT) e da Fretilin e efémero chefe de Estado antes da invasão indonésia, em Dezembro de 1975.
Francisco Xavier do Amaral receberá a pensão como "Proclamador da República e Primeiro Presidente da República".
Os nomes seguintes da lista lida hoje por Xanana Gusmão são dois dos heróis tombados da luta timorense: Nicolau Lobato, primeiro primeiro-ministro e segundo Presidente da República, e Domingos Ribeiro, chefe do Estado-Maior das Falintil.
Outros heróis da luta distinguidos na lista dos mais importantes pelo Governo são David Alex ("Dai Tula"), subchefe do Estado-Maior das Falintil, e Antonino Dias Santana (Nino "Konis" Santana), secretário da Região Fronteira e chefe do Conselho da Comissão Executiva da Luta, da Frente Armada/Frente Clandestina.
Outras quatro figuras já falecidas recordadas hoje pelo primeiro-ministro são Sebastião Maria Doutel Sarmento ("Kakoak"), primeiro comandante da Brigada de Choque Nacional, José da Costa ("Mau Hudo"), comissário político e vice-secretário do CDF, António Duarte Carvarino ("Mau Lear"), ministro da Justiça e segundo primeiro-ministro, e Vicente dos Reis ("Sahe"), ministro do Trabalho e Previdência Social e comissário político nacional.
A pensão superior distingue também José António da Costa Gomes ("Ma'Huno"), subchefe do Estado-Maior das Falintil, António Maria de Vasconcelos, nome original de Taur Matan Ruak, vice-comandante-em-chefe e depois chefe do Estado-Maior das Falintil, actual comandante das Forças Armadas timorenses, Tito da Costa, ou Lere Anan Timur, subchefe do Estado-Maior das Falintil, e Francisco Guterres "Lu Olo", secretário do Conselho Directivo da Fretilin e secretário da Frente Política Interna.
O processo de pagamento das pensões iniciou-se com a entrega formal aos administradores distritais dos editais com os nomes dos potenciais beneficiários.
O número de pensões a atribuir é de 12.538, dos quais 631 destinadas a combatentes vivos e 11.907 a combatentes tombados durante a resistência à ocupação indonésia (entre 1975 e 1999).
O valor mensal das pensões varia entre 85 e 550 dólares norte-americanos (54 e 354 euros), em função do tempo de militância e cargo ocupados na luta de libertação nacional.
PRM
Lusa/Fim
O anúncio-surpresa da concessão de uma pensão superior foi feito pelo primeiro-ministro na cerimónia que assinalou no arranque do processo de pagamento das pensões pelo Estado aos combatentes e mártires da luta contra a ocupação indonésia.
O Governo fixou em 750 dólares norte-americanos (cerca de 480 euros), com efeitos retroactivos a 01 de Janeiro de 2008, o valor da pensão a quinze das figuras mais importantes da resistência timorense, ou aos seus herdeiros.
A lista é encabeçada por Francisco Xavier do Amaral, fundador da Associação Social Democrática Timorense (ASDT) e da Fretilin e efémero chefe de Estado antes da invasão indonésia, em Dezembro de 1975.
Francisco Xavier do Amaral receberá a pensão como "Proclamador da República e Primeiro Presidente da República".
Os nomes seguintes da lista lida hoje por Xanana Gusmão são dois dos heróis tombados da luta timorense: Nicolau Lobato, primeiro primeiro-ministro e segundo Presidente da República, e Domingos Ribeiro, chefe do Estado-Maior das Falintil.
Outros heróis da luta distinguidos na lista dos mais importantes pelo Governo são David Alex ("Dai Tula"), subchefe do Estado-Maior das Falintil, e Antonino Dias Santana (Nino "Konis" Santana), secretário da Região Fronteira e chefe do Conselho da Comissão Executiva da Luta, da Frente Armada/Frente Clandestina.
Outras quatro figuras já falecidas recordadas hoje pelo primeiro-ministro são Sebastião Maria Doutel Sarmento ("Kakoak"), primeiro comandante da Brigada de Choque Nacional, José da Costa ("Mau Hudo"), comissário político e vice-secretário do CDF, António Duarte Carvarino ("Mau Lear"), ministro da Justiça e segundo primeiro-ministro, e Vicente dos Reis ("Sahe"), ministro do Trabalho e Previdência Social e comissário político nacional.
A pensão superior distingue também José António da Costa Gomes ("Ma'Huno"), subchefe do Estado-Maior das Falintil, António Maria de Vasconcelos, nome original de Taur Matan Ruak, vice-comandante-em-chefe e depois chefe do Estado-Maior das Falintil, actual comandante das Forças Armadas timorenses, Tito da Costa, ou Lere Anan Timur, subchefe do Estado-Maior das Falintil, e Francisco Guterres "Lu Olo", secretário do Conselho Directivo da Fretilin e secretário da Frente Política Interna.
O processo de pagamento das pensões iniciou-se com a entrega formal aos administradores distritais dos editais com os nomes dos potenciais beneficiários.
O número de pensões a atribuir é de 12.538, dos quais 631 destinadas a combatentes vivos e 11.907 a combatentes tombados durante a resistência à ocupação indonésia (entre 1975 e 1999).
O valor mensal das pensões varia entre 85 e 550 dólares norte-americanos (54 e 354 euros), em função do tempo de militância e cargo ocupados na luta de libertação nacional.
PRM
Lusa/Fim
segunda-feira, 12 de maio de 2008
ASDT defende a governação da AMP durante os 5 anos
O Chefe da bancada ASDT no “Uma Fukun” Parlamento Nacional (PN), José Manuel Carrascalão, declara que continua a defender que o Governo de Aliança Maioria Parlamentar (AMP) governe até ao fim dos cinco anos, mas o Governo AMP tem de dar atenção a algumas exigências que o deputado não citou.
«Como deputado temos o direito, esta nossa bancada dará todo o seu apoio à AMP», afirma José Manuel Carrascalão ao Jornal Nacional Semanário no “Uma Fukun” Parlamento Nacional, relativamente à assinatura do acordo pelos Partidos ASDT e FRETILIN no dia 1 de Maio.
Esse acordo foi assinado directamente pelo Presidente do Partido ASDT, Francisco Xavier do Amaral, e o seu Secretário-Geral Interino, Francisco Gomes, e o Presidente da FRETILIN, Francisco Guterres “Lú-Olo”, e o Secretário-Geral, Marí Bin Amude Alkatiri, para formar um novo Governo para a RDTL, dentro de um curto prazo.
O objectivo principal do acordo assinado pelas lideranças máximas do Partido ASDT e da FRETILIN é preparar o estabelecimento de uma coligação forte que dará mais atenção aos interesses do povo e da Nação Timor-Leste, acima de todos os outros interesses.
«O acordo assinado com a FRETILIN é uma coligação para o futuro, não significa que este acordo vai ser implementado hoje ou amanhã. Ainda vão ser discutidos aspectos entre os Partidos, hoje continuamos a dar apoio ao Governo AMP», afirmou José Manuel Carrascalão.
Segundo ele, caso no futuro a AMP não cumpra as exigências do Partido ASDT, este Partido não fará coligações com nenhum Partido, a ASDT deseja ser independente.
Entretanto no mesmo dia, o membro da bancada ASDT Francisco Araújo falou aos jornalistas que por sua parte continuará com os Partidos CNRT, PD e PSD pela defesa do Governo AMP. JNSemanário.
«Como deputado temos o direito, esta nossa bancada dará todo o seu apoio à AMP», afirma José Manuel Carrascalão ao Jornal Nacional Semanário no “Uma Fukun” Parlamento Nacional, relativamente à assinatura do acordo pelos Partidos ASDT e FRETILIN no dia 1 de Maio.
Esse acordo foi assinado directamente pelo Presidente do Partido ASDT, Francisco Xavier do Amaral, e o seu Secretário-Geral Interino, Francisco Gomes, e o Presidente da FRETILIN, Francisco Guterres “Lú-Olo”, e o Secretário-Geral, Marí Bin Amude Alkatiri, para formar um novo Governo para a RDTL, dentro de um curto prazo.
O objectivo principal do acordo assinado pelas lideranças máximas do Partido ASDT e da FRETILIN é preparar o estabelecimento de uma coligação forte que dará mais atenção aos interesses do povo e da Nação Timor-Leste, acima de todos os outros interesses.
«O acordo assinado com a FRETILIN é uma coligação para o futuro, não significa que este acordo vai ser implementado hoje ou amanhã. Ainda vão ser discutidos aspectos entre os Partidos, hoje continuamos a dar apoio ao Governo AMP», afirmou José Manuel Carrascalão.
Segundo ele, caso no futuro a AMP não cumpra as exigências do Partido ASDT, este Partido não fará coligações com nenhum Partido, a ASDT deseja ser independente.
Entretanto no mesmo dia, o membro da bancada ASDT Francisco Araújo falou aos jornalistas que por sua parte continuará com os Partidos CNRT, PD e PSD pela defesa do Governo AMP. JNSemanário.
Bancada ASDT teve encontro com o Presidente do Partido ASDT e com o Primeiro-Ministro
A bancada ASDT no “Uma Fukun” Parlamento Nacional (PN), na segunda-feira, retirou-se da sessão plenária para ter um encontro com o Presidente do ASDT, Francisco Xavier do Amaral, na sua residência, na beira-mar, Lecidere, Díli. Os cinco representantes do ASDT que dão apoio ao Governo de Aliança Maioria Parlamentar (AMP), bastante sérios, sentaram-se com o Presidente do ASDT para procurar uma solução para a nova polémica surgida dentro do ASDT.
O clima político na AMP não era como normalmente, por isso no Parlamento Nacional a bancada ASDT fez uma nova amizade com a bancada FRETILIN e a AMP ficou com o CNRT, PSD e PD.
Segundo a observação do jornalista do Jornal Nacional Diário, segunda-feira, ontem, os representantes do Partido ASDT no Parlamento Nacional, nomeadamente Alberto da Silva, Francisco Araújo, Domingos da Costa, José Manuel Carrascalão e Teresa Amaral não participaram na sessão plenária do Parlamento Nacional.
Segundo a informação a que o Jornal Nacional Diário teve acesso na parte de tarde, os cinco representantes do Partido ASDT tiveram um encontro com o Primeiro-Ministro (PM), Kay Rala Xanana Gusmão no Palácio do Governo.
O Governo AMP caminha com três colunas
O porta-voz do Partido ASDT, João Correia, afirma que o Governo AMP neste momento está a caminhar apenas com três colunas, porque o ASDT quebrou uma das quatro colunas que constituíam o Governo AMP.
«Devia estar tudo a correr bem, só que o Governo AMP não cumpriu muitos compromissos do ASDT, o Governo deu um veículo ao “avô” [o Presidente da ASDT, Francisco Xavier] e mandou um mecânico para trazer o carro e falar com o avô Xavier, sem cumprir a hora determinada, e outros assuntos, portanto seria melhor sair da AMP», afirmou João Correia.
Até à publicação desta notícia, o jornalista do Jornal Nacional Diário ainda não tinha obtido informações claras sobre o resultado do encontro da bancada ASDT com o Presidente do ASDT nem sobre o resultado do encontro desta bancada com o Primeiro-Ministro. JNSemanário .
O clima político na AMP não era como normalmente, por isso no Parlamento Nacional a bancada ASDT fez uma nova amizade com a bancada FRETILIN e a AMP ficou com o CNRT, PSD e PD.
Segundo a observação do jornalista do Jornal Nacional Diário, segunda-feira, ontem, os representantes do Partido ASDT no Parlamento Nacional, nomeadamente Alberto da Silva, Francisco Araújo, Domingos da Costa, José Manuel Carrascalão e Teresa Amaral não participaram na sessão plenária do Parlamento Nacional.
Segundo a informação a que o Jornal Nacional Diário teve acesso na parte de tarde, os cinco representantes do Partido ASDT tiveram um encontro com o Primeiro-Ministro (PM), Kay Rala Xanana Gusmão no Palácio do Governo.
O Governo AMP caminha com três colunas
O porta-voz do Partido ASDT, João Correia, afirma que o Governo AMP neste momento está a caminhar apenas com três colunas, porque o ASDT quebrou uma das quatro colunas que constituíam o Governo AMP.
«Devia estar tudo a correr bem, só que o Governo AMP não cumpriu muitos compromissos do ASDT, o Governo deu um veículo ao “avô” [o Presidente da ASDT, Francisco Xavier] e mandou um mecânico para trazer o carro e falar com o avô Xavier, sem cumprir a hora determinada, e outros assuntos, portanto seria melhor sair da AMP», afirmou João Correia.
Até à publicação desta notícia, o jornalista do Jornal Nacional Diário ainda não tinha obtido informações claras sobre o resultado do encontro da bancada ASDT com o Presidente do ASDT nem sobre o resultado do encontro desta bancada com o Primeiro-Ministro. JNSemanário .
Rumores sobre “PSD Mudança”
Fernando Gusmão desmente
O Chefe da bancada PSD no Parlamento Nacional desmentiu os rumores ocorridos de que alguns líderes do Partido Social Democrata (PSD) desejariam criar o PSD Mudança. «Quem é que disse? Nós não nos dividimos, continuamos sólidos», afirmou o deputado Fernando Gusmão ao jornalista do Jornal Nacional Semanário no Uma Fukun Parlamento Nacional.
Respondendo a perguntas sobre o acordo da ASDT com a FRETILIN, que poderá dar um impacto negativo ao Governo AMP, o deputado Fernando Gusmão afirmou que pessoalmente ainda não sabe claramente a intenção do referido acordo, e que a ASDT é que deve saber.
O representante do povo explicou que depois de ouvir a informação, quando esteve de visita a Jacarta-Indonésia, fez um estudo sobre a situação no Parlamento Nacional e concluiu que apesar de a ASDT sair da AMP não haverá um grande impacto para a AMP.
«Caso a ASDT saia da AMP significa que a AMP tem 32 cadeiras. Portanto na minha análise não trará impacto à composição do Governo AMP e já falei com os membros do ASDT que mantém os seus compromissos com a AMP», afirma o líder do PSD.
O Deputado Fernando Gusmão afirmou ainda que teve conversas com alguns representantes do ASDT que afirmaram não ter concordado com a decisão da liderança do ASDT. «Mas tudo depende da decisão desses membros», afirmou.
Segundo o compromisso do PSD, o deputado Fernando Gusmão declarou que continuará com a AMP para desenvolver a AMP no futuro, com base nos princípios do PSD, continuando a lançar críticas quando o Governo AMP não cumprir com o espírito do povo.
«Continuamos a promover o Governo AMP mas continuamos a criticar algumas atitudes do Governo que não cumprem com o espírito dos militantes e do povo, que não trazem benefício. Aí, continuaremos a opor-nos, mas como membro da AMP, declaro que continuaremos a defender a AMP», sublinhou o deputado Fernando Gusmão.
Na ocasião, em resposta aos jornalistas sobre a declaração do Secretário-Geral da FRETILIN, Marí Bin Amude Alkatiri, de que os problemas surgem facilmente no Governo AMP, porque a AMP é constituída por quatro partidos, o líder do PSD afirmou que isto é normal a acontecer num País democrático.
«Os quatro Partidos têm diferentes ideias, penso que é normal. Antes disto já o Partido FRETILIN, um único Partido, ficou dividido, pois surgiram vários grupos dentro do Partido, houve a FRETILIN Mudança, FRETILIN Reformador, FRETILIN Radical, isto existiu, não inventamos, foi uma realidade», explicou o deputado Fernando Gusmão.
Por outro lado, o Presidente do PSD, Mário Viegas Carrascalão, disse aos jornalistas que se o ASDT abandonar a AMP, o PSD tornar-se-á mais forte dentro do Governo AMP.
Portanto o líder máximo do PSD afirmou que enquanto o ASDT continuar na AMP, o PSD não será tão forte mas caso o ASDT abandone mesmo a AMP, o PSD tornar-se-á como chave da AMP.
«Se o ASDT não sair da AMP, e o PSD tomar medidas, o Governo AMP não cairá, mas, agora, se o PSD não se quiser sentar na AMP, a AMP poderá cair porque a chave está nas mãos do PSD», garantiu Mário Carrascalão.
Por outro lado, o representante do povo sublinhou que o PSD não está a testar a sua força dentro do Governo AMP, para o interesse nacional, o PSD continuará a cumprir as suas obrigações como membro da AMP. JNSemanário.
O Chefe da bancada PSD no Parlamento Nacional desmentiu os rumores ocorridos de que alguns líderes do Partido Social Democrata (PSD) desejariam criar o PSD Mudança. «Quem é que disse? Nós não nos dividimos, continuamos sólidos», afirmou o deputado Fernando Gusmão ao jornalista do Jornal Nacional Semanário no Uma Fukun Parlamento Nacional.
Respondendo a perguntas sobre o acordo da ASDT com a FRETILIN, que poderá dar um impacto negativo ao Governo AMP, o deputado Fernando Gusmão afirmou que pessoalmente ainda não sabe claramente a intenção do referido acordo, e que a ASDT é que deve saber.
O representante do povo explicou que depois de ouvir a informação, quando esteve de visita a Jacarta-Indonésia, fez um estudo sobre a situação no Parlamento Nacional e concluiu que apesar de a ASDT sair da AMP não haverá um grande impacto para a AMP.
«Caso a ASDT saia da AMP significa que a AMP tem 32 cadeiras. Portanto na minha análise não trará impacto à composição do Governo AMP e já falei com os membros do ASDT que mantém os seus compromissos com a AMP», afirma o líder do PSD.
O Deputado Fernando Gusmão afirmou ainda que teve conversas com alguns representantes do ASDT que afirmaram não ter concordado com a decisão da liderança do ASDT. «Mas tudo depende da decisão desses membros», afirmou.
Segundo o compromisso do PSD, o deputado Fernando Gusmão declarou que continuará com a AMP para desenvolver a AMP no futuro, com base nos princípios do PSD, continuando a lançar críticas quando o Governo AMP não cumprir com o espírito do povo.
«Continuamos a promover o Governo AMP mas continuamos a criticar algumas atitudes do Governo que não cumprem com o espírito dos militantes e do povo, que não trazem benefício. Aí, continuaremos a opor-nos, mas como membro da AMP, declaro que continuaremos a defender a AMP», sublinhou o deputado Fernando Gusmão.
Na ocasião, em resposta aos jornalistas sobre a declaração do Secretário-Geral da FRETILIN, Marí Bin Amude Alkatiri, de que os problemas surgem facilmente no Governo AMP, porque a AMP é constituída por quatro partidos, o líder do PSD afirmou que isto é normal a acontecer num País democrático.
«Os quatro Partidos têm diferentes ideias, penso que é normal. Antes disto já o Partido FRETILIN, um único Partido, ficou dividido, pois surgiram vários grupos dentro do Partido, houve a FRETILIN Mudança, FRETILIN Reformador, FRETILIN Radical, isto existiu, não inventamos, foi uma realidade», explicou o deputado Fernando Gusmão.
Por outro lado, o Presidente do PSD, Mário Viegas Carrascalão, disse aos jornalistas que se o ASDT abandonar a AMP, o PSD tornar-se-á mais forte dentro do Governo AMP.
Portanto o líder máximo do PSD afirmou que enquanto o ASDT continuar na AMP, o PSD não será tão forte mas caso o ASDT abandone mesmo a AMP, o PSD tornar-se-á como chave da AMP.
«Se o ASDT não sair da AMP, e o PSD tomar medidas, o Governo AMP não cairá, mas, agora, se o PSD não se quiser sentar na AMP, a AMP poderá cair porque a chave está nas mãos do PSD», garantiu Mário Carrascalão.
Por outro lado, o representante do povo sublinhou que o PSD não está a testar a sua força dentro do Governo AMP, para o interesse nacional, o PSD continuará a cumprir as suas obrigações como membro da AMP. JNSemanário.
Governo não proíbe pequenas lojas de venderem arroz a preços altos
O Chefe do Departamento de Segurança Alimentar do Ministério do Turismo, Comércio e Indústria (MTCI), Augusto Pereira, afirma que relativamente às pequenas lojas que compraram o arroz do Governo, com marca MTCI, das grandes companhias acreditadas pelo Governo, e por sua vez o vendem nos distritos a preços mais elevados, o Governo não tem poder para impedir tal situação, porque cada uma tem a sua política de economia para ganhar lucro no comércio.
«Face às pequenas lojas que compraram o arroz do Governo nas lojas acreditadas e por sua vez vendem nos distritos a um preço mais elevado, o Governo não tem poder para proibir, porque o Governo não pode vender arroz directamente no mercado», explicou o Chefe do Departamento de Segurança Alimentar, Augusto Pereira, ao Jornal Nacional Semanário no seu gabinete em Fomento, Mandarim, Díli.
Segundo Pereira, com base nos mecanismos estabelecidos com os grandes empresários, como a Star King Shop , Juxibel e outras nos restantes 12 distritos, poderão vender directamente o arroz do Governo com o preço 17 dólares e o Governo apenas fiscalizará e monitorizará que estas Companhias não façam especulações de preços e vendam arroz ultrapassando o preço estabelecido no contrato, mas as pequenas lojas têm uma política económica diferente para ter lucro no comércio.
«O Governo apenas assinará contrato com as companhias que tiverem condições e o concurso foi aberto para todas as comnpanhias através do pedido apresentado pelas referidas companhias ao MTCI, e depois o Ministério analisará o pedido e tomará em consideração. O Governo apenas fará fiscalização do arroz vendido nos mercados dos 13 Distritos, vendo se se tem ou não cumprido o acordo estabelecido com o Governo», concluiu Augusto. JNSemanário.
«Face às pequenas lojas que compraram o arroz do Governo nas lojas acreditadas e por sua vez vendem nos distritos a um preço mais elevado, o Governo não tem poder para proibir, porque o Governo não pode vender arroz directamente no mercado», explicou o Chefe do Departamento de Segurança Alimentar, Augusto Pereira, ao Jornal Nacional Semanário no seu gabinete em Fomento, Mandarim, Díli.
Segundo Pereira, com base nos mecanismos estabelecidos com os grandes empresários, como a Star King Shop , Juxibel e outras nos restantes 12 distritos, poderão vender directamente o arroz do Governo com o preço 17 dólares e o Governo apenas fiscalizará e monitorizará que estas Companhias não façam especulações de preços e vendam arroz ultrapassando o preço estabelecido no contrato, mas as pequenas lojas têm uma política económica diferente para ter lucro no comércio.
«O Governo apenas assinará contrato com as companhias que tiverem condições e o concurso foi aberto para todas as comnpanhias através do pedido apresentado pelas referidas companhias ao MTCI, e depois o Ministério analisará o pedido e tomará em consideração. O Governo apenas fará fiscalização do arroz vendido nos mercados dos 13 Distritos, vendo se se tem ou não cumprido o acordo estabelecido com o Governo», concluiu Augusto. JNSemanário.
Governo suspende a venda de arroz MTCI para 4 companhias
O Chefe do Departamento de Segurança Alimentar do Ministério do Turismo, Comércio e Indústria (MTCI), Augusto Pereira, informa que o Governo suspendeu quatro empresários malandros que violaram o acordo estabelecido entre eles e o Governo para a venda de arroz do Governo com marca MTCI.
«As quatro companhias estão incluídas na “linha vermelha” e o Governo não lhes dará mais confiança para venderem o arroz do Governo. Para os que neste momento estão a obter a confiança do Governo, é também um aviso para não fazerem manobras de preço no mercado, porque quando fizerem manobras o Governo fará mais suspensões, para aqueles que tentarem violar o acordo estabelecido», afirmou Augusto ao Jornal Nacional Diário no seu local de trabalho, quando questionado sobre os serviços das companhias que receberam a confiança do Governo para venderem o arroz do Governo com marca MTCI.
Agusto afirmou que as suspensões do Governo foram aplicadas para quatro companhias mas não deseja publicar os seus nomes porque isso poderá prejudicar a sua imagem na área de negócios.
Acrescentou que no processo de venda do arroz do Governo, marca MTCI, existem algumas companhias malandras que violaram o acordo estabelecido entre elas e o Governo, aproveitando a situação actual para procurar lucro. O Governo suspenderá essas companhias.
«Quero dizer que segundo fiscalizações, é verdade que algumas companhias cumpriram o preço do arroz determinado pelo Governo. Outras, violaram o acordo, vendendo o arroz a um preço mais elevado, ultrapassando o preço estabelecido no acordo, então para estas Companhias, o Governo irá tomar medidas para que se continuarem a violar o acordo, haja uma suspensão do contrato e as mesmas não obtenham mais oportunidades no futuro.
Augusto reafirmou que o Governo não faz monopólio mas abriu oportunidade para todas as companhias timorenses que têm condições para terem as mesmas oportunidades.
«Só que desejo chamar atenção às companhias, para conservarem a confiança que o Governo lhes deu. Se no fim as mesmas não cumpriram esta confiança, com certeza que o Governo irá suspender os acordos», concluiu Augusto. JNSemanário.
«As quatro companhias estão incluídas na “linha vermelha” e o Governo não lhes dará mais confiança para venderem o arroz do Governo. Para os que neste momento estão a obter a confiança do Governo, é também um aviso para não fazerem manobras de preço no mercado, porque quando fizerem manobras o Governo fará mais suspensões, para aqueles que tentarem violar o acordo estabelecido», afirmou Augusto ao Jornal Nacional Diário no seu local de trabalho, quando questionado sobre os serviços das companhias que receberam a confiança do Governo para venderem o arroz do Governo com marca MTCI.
Agusto afirmou que as suspensões do Governo foram aplicadas para quatro companhias mas não deseja publicar os seus nomes porque isso poderá prejudicar a sua imagem na área de negócios.
Acrescentou que no processo de venda do arroz do Governo, marca MTCI, existem algumas companhias malandras que violaram o acordo estabelecido entre elas e o Governo, aproveitando a situação actual para procurar lucro. O Governo suspenderá essas companhias.
«Quero dizer que segundo fiscalizações, é verdade que algumas companhias cumpriram o preço do arroz determinado pelo Governo. Outras, violaram o acordo, vendendo o arroz a um preço mais elevado, ultrapassando o preço estabelecido no acordo, então para estas Companhias, o Governo irá tomar medidas para que se continuarem a violar o acordo, haja uma suspensão do contrato e as mesmas não obtenham mais oportunidades no futuro.
Augusto reafirmou que o Governo não faz monopólio mas abriu oportunidade para todas as companhias timorenses que têm condições para terem as mesmas oportunidades.
«Só que desejo chamar atenção às companhias, para conservarem a confiança que o Governo lhes deu. Se no fim as mesmas não cumpriram esta confiança, com certeza que o Governo irá suspender os acordos», concluiu Augusto. JNSemanário.
FRETILIN pede aos líderes políticos para porem termo às especulações
Sobre a distribuição de armas
A bancada FRETILIN no “Uma Fukun” Parlamento Nacional pede ao público, sobretudo aos políticos, para acabarem com as especulações e a campanha política de acusar a FRETILIN.
A bancada FRETILIN, através do deputado José Manuel Fernandes, fez esta declaração ao Jornal Nacional Semanário, na sala da bancada, relacionada com o problema de distribuição de armas em 2006, que alguns deputados levantaram na plenária do Parlamento Nacional.
Segundo o deputado José Manuel Fernandes, em relação às armas distribuídas pelo ex-Ministro do Interior, Rogério Lobato, foram feitos dois processos de entrega, o primeiro foi em Liquiçá, na presença do actual do Primeiro-Ministro, de D. Ricardo e do Pe. Martinho Gusmão, o segundo processo foi realizado em Balibar, na altura Railós acompanhou Labadaen para entregar as armas ao ex-Presidente da República, Xanana Gusmão.
O deputado explicou que o ex-Comandante-Geral da PNTL, Paulo Martins, na sua entrevista ao Canal SBS, afirmou que as armas no Paiol da PNTL foram distribuídas, algumas para Liquiçá e outras para Aileu.
Portanto questiona-se quem é que deu ordens ao ex-Comandante-Geral da PNTL, Paulo de Fátima, para distribuir armas para esses distritos. E qual foi o objectivo concreto dessa distribuição de armas. E onde está o paradeiro destas armas.
Questionou ainda acerca da arma “Stayer”, na posse de Leandro Isac, como se referiu na entrevista no Canal SBS, «onde foi adquirida? Quem lhe entregou esta arma? E onde está o paradeiro desta arma? Questionamos ainda a situação do Sr. Rui Lopes por causa da sua entrevista realizada no Canal SBS, em português, referindo “estamos aqui prontos para morrer, prontos para defender e prontos para matar”, isto é grave, por que é que o Procurador-Geral da República (PGR), Longuinhos Monteiro, não emitiu nenhum mandato de captura para este indivíduo?», questionou o deputado José Manuel Fernandes.
Baseando-se nestes factos, a bancada FRETILIN deseja procurar a verdade e a justiça com o objectivo de acabar com as especulações surgidas na Plenária do Parlamento Nacional indiciando sempre a FRETILIN, «pois a justiça não pode ser feita desta forma, com “dois pesos e duas medidas”. Assim não conseguiremos a verdade e a justiça que desejamos», salientou o deputado José Manuel Fernandes.
Argumentou ainda que, se no julgamento dos ex-elementos do ex-Major Alfredo, o Tribunal usou o vídeo do Alfredo como uma evidência material para fazer acusações contra estes elementos, então por que é que no caso de Leandro Isac o PGR fechou o caso, dizendo que o vídeo não era uma evidência forte. JNSemanário.
A bancada FRETILIN no “Uma Fukun” Parlamento Nacional pede ao público, sobretudo aos políticos, para acabarem com as especulações e a campanha política de acusar a FRETILIN.
A bancada FRETILIN, através do deputado José Manuel Fernandes, fez esta declaração ao Jornal Nacional Semanário, na sala da bancada, relacionada com o problema de distribuição de armas em 2006, que alguns deputados levantaram na plenária do Parlamento Nacional.
Segundo o deputado José Manuel Fernandes, em relação às armas distribuídas pelo ex-Ministro do Interior, Rogério Lobato, foram feitos dois processos de entrega, o primeiro foi em Liquiçá, na presença do actual do Primeiro-Ministro, de D. Ricardo e do Pe. Martinho Gusmão, o segundo processo foi realizado em Balibar, na altura Railós acompanhou Labadaen para entregar as armas ao ex-Presidente da República, Xanana Gusmão.
O deputado explicou que o ex-Comandante-Geral da PNTL, Paulo Martins, na sua entrevista ao Canal SBS, afirmou que as armas no Paiol da PNTL foram distribuídas, algumas para Liquiçá e outras para Aileu.
Portanto questiona-se quem é que deu ordens ao ex-Comandante-Geral da PNTL, Paulo de Fátima, para distribuir armas para esses distritos. E qual foi o objectivo concreto dessa distribuição de armas. E onde está o paradeiro destas armas.
Questionou ainda acerca da arma “Stayer”, na posse de Leandro Isac, como se referiu na entrevista no Canal SBS, «onde foi adquirida? Quem lhe entregou esta arma? E onde está o paradeiro desta arma? Questionamos ainda a situação do Sr. Rui Lopes por causa da sua entrevista realizada no Canal SBS, em português, referindo “estamos aqui prontos para morrer, prontos para defender e prontos para matar”, isto é grave, por que é que o Procurador-Geral da República (PGR), Longuinhos Monteiro, não emitiu nenhum mandato de captura para este indivíduo?», questionou o deputado José Manuel Fernandes.
Baseando-se nestes factos, a bancada FRETILIN deseja procurar a verdade e a justiça com o objectivo de acabar com as especulações surgidas na Plenária do Parlamento Nacional indiciando sempre a FRETILIN, «pois a justiça não pode ser feita desta forma, com “dois pesos e duas medidas”. Assim não conseguiremos a verdade e a justiça que desejamos», salientou o deputado José Manuel Fernandes.
Argumentou ainda que, se no julgamento dos ex-elementos do ex-Major Alfredo, o Tribunal usou o vídeo do Alfredo como uma evidência material para fazer acusações contra estes elementos, então por que é que no caso de Leandro Isac o PGR fechou o caso, dizendo que o vídeo não era uma evidência forte. JNSemanário.
POLRI deporta 4 rebeldes para Díli
“Entraram ilegalmente, os envolvidos no atentado de 11 de Fevereiro”
Os quatro rebeldes, elementos do falecido ex-Major Alfredo Alves Reinaldo, nomeadamente Ismail, Sansão Moniz Soares (Asanku), Tito Tilman, Egídio Lay Carvalho e José Gomes, que a Polícia Nacional da República Indonésia (POLRI) capturou na Indonésia, foram segunda-feira oficialmente deportados para Díli e entregues ao Estado de Timor-Leste através do Procurador-Geral da República, Longuinhos Monteiro.
Antes da deportação os quatro arguidos estiveram detidos no Comando da POLRI Indonésia e, na deportação para Díli, os mesmos foram acompanhados pelo Destacamento 88 Anti-Terrorista, que os capturou. Os quatro arguidos foram deportados num avião da Polícia Nacional Indonésia “PK-TWN AG Club Transwisata”, acompanhados pelo Coronel Petrus Volose, o Comandante da Interpol, Coronel Beny Mamoto, Comandante Surya, o Procurador-Geral da República, Longuinhos Monteiro, a delegação dos dois Países. Chegaram ao Aeroporto Internacional Presidente Nicolau Lobato, Comoro, Díli pelas 14h45m, sendo recebidos directamente pelo Embaixador da República da Indonésia em Timor-Leste, Comandante da Polícia UIR, Armando Monteiro, Comandante da Polícia do Distrito de Díli, Pedro Belo, e forte segurança da Polícia Nacional de Timor-Leste, da Unidade Task Force, Polícia Militar (PM) e UNPOL.
Atrás da delegação, ao sair do avião, apareceram logo os arguidos Asanku, vestido de camisa vermelha, com a gola branca, calça “jeans”, depois a seguir Tito Tilman, José Gomes e no fim Egídio Lay.
Após um descanso de alguns minutos no salão de conferência VIP, o Coronel Petrus Volose e o Procurador-Geral Longuinhos Monteiro assinaram oficialmente o documento de entrega dos quatro arguidos e o relatório de saúde dos arguidos, além da entrega também de cinco telemóveis, como evidências para o representante do Governo de Timor-Leste, Procurador-Geral da República, Longuinhos Monteiro.
Aos jornalistas, o Coronel Petrus Volose afirmou que os quatro arguidos foram deportados pela Polícia da República da Indonésia porque atravessaram ilegalmente a fronteira, entrando na Indonésia. Além disso os quatro arguidos foram envolvidos no atentado de 11 de Fevereiro contra o Estado de Timor-Leste, ferindo o Presidente da República, José Manuel Ramos Horta, e no ataque à caravana do Primeiro-Ministro, José Alexandre Kay Rala Xanana Gusmão.
Petrus Volose acrescentou que a deportação dos quatro arguidos foi realizada baseando-se num pedido do Governo de Timor-Leste.
«Queremos informar que o Governo Indonésio através da Polícia Nacional da República da Indonésia capturou os quatro arguidos e fez o processo de deportação porque os quatro arguidos entraram ilegalmente na Indonésia. Quatro arguidos alegadamente envolvidos no atentado de 11 de Fevereiro que feriu o Presidente da República José Manuel Ramos Horta e no ataque ao Primeiro-Ministro Xanana Gusmão», explicou Petrus Volose.
O Coronel Petrus Volose afirmou que a Polícia Nacional Indonésia entregou também os atestados médicos de saúde dos arguidos, emitidos na Indonésia, demonstrando que os mesmos estão em boas condições de saúde.
Acrescentou ainda que as medidas tomadas neste caso fazem parte do processo judicial da Indonésia para a implementação da justiça em Timor-Leste.
No mesmo local, o Procurador-Geral da República da RDTL, Longuinhos Monteiro, apresentou os agradecimentos ao Governo Indonésio através do apoio da Polícia Nacional Indonésia por ter capturado e deportado os quatro arguidos.
«Hoje, segunda-feira, em Bali, foi feita a deportação pela Imigração no Aeroporto Ngurarai, com o apoio da Polícia Nacional Indonésia ao Governo de Timor-Leste e com os seus documentos de viagem emitidos pelo Consulado de Timor-Leste em Bali. O processo em Díli é a entrega oficial dos quatro arguidos para o processo de justiça. Portanto a partir de hoje os quatros arguidos enfrentarão o processo judicial em Timor-Leste», explicou Longuinhos Monteiro.
O Procurador-Geral afirmou ainda que os arguidos foram entregues pela Polícia Nacional da Indonésia de boa maneira e com boas condições de saúde.
Portanto após a assinatura do documento de entrega, «entregarei os arguidos ao representante do Comando de Operação Conjunta (COC) para verificar a sua condição e tratá-los de uma boa forma, como a Polícia Nacional Indonésia os tratou na Indonésia», explicou Longuinhos Monteiro.
Segundo a observação do Jornal Nacional Diário no terreno, a Polícia Nacional Indonésia entregou os quatros arguidos ao Procurador-Geral da República como representante do Governo de Timor-Leste e Longuinhos Monteiro entregou oficialmente os quatro arguidos ao representante do COC, que os levou de imediato para o edifício do COC, no Memorial Hall, Farol, Díli. JNSemanário .
Os quatro rebeldes, elementos do falecido ex-Major Alfredo Alves Reinaldo, nomeadamente Ismail, Sansão Moniz Soares (Asanku), Tito Tilman, Egídio Lay Carvalho e José Gomes, que a Polícia Nacional da República Indonésia (POLRI) capturou na Indonésia, foram segunda-feira oficialmente deportados para Díli e entregues ao Estado de Timor-Leste através do Procurador-Geral da República, Longuinhos Monteiro.
Antes da deportação os quatro arguidos estiveram detidos no Comando da POLRI Indonésia e, na deportação para Díli, os mesmos foram acompanhados pelo Destacamento 88 Anti-Terrorista, que os capturou. Os quatro arguidos foram deportados num avião da Polícia Nacional Indonésia “PK-TWN AG Club Transwisata”, acompanhados pelo Coronel Petrus Volose, o Comandante da Interpol, Coronel Beny Mamoto, Comandante Surya, o Procurador-Geral da República, Longuinhos Monteiro, a delegação dos dois Países. Chegaram ao Aeroporto Internacional Presidente Nicolau Lobato, Comoro, Díli pelas 14h45m, sendo recebidos directamente pelo Embaixador da República da Indonésia em Timor-Leste, Comandante da Polícia UIR, Armando Monteiro, Comandante da Polícia do Distrito de Díli, Pedro Belo, e forte segurança da Polícia Nacional de Timor-Leste, da Unidade Task Force, Polícia Militar (PM) e UNPOL.
Atrás da delegação, ao sair do avião, apareceram logo os arguidos Asanku, vestido de camisa vermelha, com a gola branca, calça “jeans”, depois a seguir Tito Tilman, José Gomes e no fim Egídio Lay.
Após um descanso de alguns minutos no salão de conferência VIP, o Coronel Petrus Volose e o Procurador-Geral Longuinhos Monteiro assinaram oficialmente o documento de entrega dos quatro arguidos e o relatório de saúde dos arguidos, além da entrega também de cinco telemóveis, como evidências para o representante do Governo de Timor-Leste, Procurador-Geral da República, Longuinhos Monteiro.
Aos jornalistas, o Coronel Petrus Volose afirmou que os quatro arguidos foram deportados pela Polícia da República da Indonésia porque atravessaram ilegalmente a fronteira, entrando na Indonésia. Além disso os quatro arguidos foram envolvidos no atentado de 11 de Fevereiro contra o Estado de Timor-Leste, ferindo o Presidente da República, José Manuel Ramos Horta, e no ataque à caravana do Primeiro-Ministro, José Alexandre Kay Rala Xanana Gusmão.
Petrus Volose acrescentou que a deportação dos quatro arguidos foi realizada baseando-se num pedido do Governo de Timor-Leste.
«Queremos informar que o Governo Indonésio através da Polícia Nacional da República da Indonésia capturou os quatro arguidos e fez o processo de deportação porque os quatro arguidos entraram ilegalmente na Indonésia. Quatro arguidos alegadamente envolvidos no atentado de 11 de Fevereiro que feriu o Presidente da República José Manuel Ramos Horta e no ataque ao Primeiro-Ministro Xanana Gusmão», explicou Petrus Volose.
O Coronel Petrus Volose afirmou que a Polícia Nacional Indonésia entregou também os atestados médicos de saúde dos arguidos, emitidos na Indonésia, demonstrando que os mesmos estão em boas condições de saúde.
Acrescentou ainda que as medidas tomadas neste caso fazem parte do processo judicial da Indonésia para a implementação da justiça em Timor-Leste.
No mesmo local, o Procurador-Geral da República da RDTL, Longuinhos Monteiro, apresentou os agradecimentos ao Governo Indonésio através do apoio da Polícia Nacional Indonésia por ter capturado e deportado os quatro arguidos.
«Hoje, segunda-feira, em Bali, foi feita a deportação pela Imigração no Aeroporto Ngurarai, com o apoio da Polícia Nacional Indonésia ao Governo de Timor-Leste e com os seus documentos de viagem emitidos pelo Consulado de Timor-Leste em Bali. O processo em Díli é a entrega oficial dos quatro arguidos para o processo de justiça. Portanto a partir de hoje os quatros arguidos enfrentarão o processo judicial em Timor-Leste», explicou Longuinhos Monteiro.
O Procurador-Geral afirmou ainda que os arguidos foram entregues pela Polícia Nacional da Indonésia de boa maneira e com boas condições de saúde.
Portanto após a assinatura do documento de entrega, «entregarei os arguidos ao representante do Comando de Operação Conjunta (COC) para verificar a sua condição e tratá-los de uma boa forma, como a Polícia Nacional Indonésia os tratou na Indonésia», explicou Longuinhos Monteiro.
Segundo a observação do Jornal Nacional Diário no terreno, a Polícia Nacional Indonésia entregou os quatros arguidos ao Procurador-Geral da República como representante do Governo de Timor-Leste e Longuinhos Monteiro entregou oficialmente os quatro arguidos ao representante do COC, que os levou de imediato para o edifício do COC, no Memorial Hall, Farol, Díli. JNSemanário .
Indonésia aceita a cooperação militar TL-RI com muita atenção e cuidado
A visita de trabalho do Primeiro-Ministro (PM), Kay Rala Xanana Gusmão, deu uma boa imagem, não só para o Governo Indonésio mas sobretudo para as Forças Armadas Indonésias (TNI), da nova Nação de Timor-Leste. Isto ficou demonstrado no encontro bilateral entre o PM Xanana Gusmão, o Presidente Susilo Bambang Yudhoyuwono e as delegações dos dois Países, em vários aspectos que tiveram a concordância da Indonésia face ao desenvolvimento de Timor-Leste. Um sector que não perdeu a sua importância foi o sector da defesa e da segurança. Falou-se sobretudo na cooperação militar entre Timor-Leste e a Indonésia. Apesar disso a Indonésia deseja que esta cooperação não seja mal interpretada por outras partes sobretudo pela comunidade internacional. Portanto a Indonésia aceita a cooperação militar Indonésia-Timor-Leste com muita atenção e cuidado.
Esta cooperação militar abrange a educação formal e treinamento das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) e da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL). Mais concretamente, a Indonésia receberá membros das F-FDTL que pretendam estudar na Escola de Comando Naval (SESKO AL) em Surabaya e assim poderá haver também treinamento, pelas TNI, das F-FDTL.
Neste contexto, a Indonésia pede a todos os líderes políticos de Timor-Leste e organizações internacionais para não terem desconfianças, devem compreender que a cooperação militar TL-RI tem como objectivo ajudar os dois Países a aumentar o profissionalismo em ambas as partes. «Desejo aqui informar que a Indonésia aceita esta cooperação militar com enorme cuidado para não haver interpretações menos favoráveis da comunidade internacional», disse o Presidente Susilo em língua indonésia na conferência de imprensa no “Istana Merdeka”, Jacarta.
O Presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyuwono, na referida conferência de imprensa após a assinatura de acordo, no Palácio da Independência “Istana Merdeka”, teve muito cuidado nas suas palavras ao público sobre a cooperação militar TL-RI, porque, segundo ele, poderão surgir outras interpretações em relação a esta cooperação militar. As pessoas poderão pensar que esta cooperação militar teria outra intenção, mas para a Indonésia, um País vizinho, um bom amigo de Timor-Leste, a única intenção é o desejo de dar todo o apoio em relação ao que é necessitado por Timor-Leste.
Após a declaração do Presidente Susilo no Palácio da Independência, o PM Xanana Gusmão, acompanhado pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Zacarias da Costa, o Secretário de Defesa, Júlio Tomás Pinto, e o Brigadeiro-General Taur Matan Ruak efectuaram uma visita ao Quartel-General das TNI, em Cilangkap, Jacarta, para realizar um encontro com o Panglima TNI , General Djoko Santoso, acompanhado pelos comandantes de diversas áreas das TNI.
O encontro teve como objectivo falar mais em pormenor sobre as necessidades de Timor-Leste nesta cooperação militar.
Segundo o Secretário de Estado da Defesa, Júlio Tomás Pinto, o Panglima TNI , General Djoko Santoso, apreciou bastante o pedido de Timor-Leste e pediu para que Timor-Leste possa compreender que as TNI actuais não são iguais às TNI anteriores. Nos tempos passados as TNI eram uma força independente, enquanto as actuais estão subordinadas ao Ministério da Defesa, que prepara a política da defesa a ser implementada por elas. As TNI tinham vários problemas mas têm-se feito reformas, com uma visão moderna, cooperando com vários países do mundo.
O General Djoko Santoso declarou que as TNI sentem-se satisfeitas porque foi a primeira vez que um Primeiro-Ministro visitou o seu Quartel-General, e foi o Primeiro-Ministro de Timor-Leste. Isto demonstra que Timor-Leste deseja reforçar as boas relações com a Indonésia.
A cooperação militar pretendida por Timor-Leste com a Indonésia não abrange a formação das F-FDTL na Escola SESKO AL, mas a criação de LEMHANAS, uma Instituição com função de análise militar para evitar os diversos problemas que podem surgir no País. Há também possibilidade de membros das F-FDTL serem observadores nos treinos conjuntos realizados pelas TNI com outros Países, como por exemplo com a Malásia, onde Timor-Leste poderá ser observador, para aumentar experiência na área de treinamento militar.
O Secretário de Estado da Defesa, Júlio Tomás Pinto, afirmou que não é só com as TNI, também à POLRI Timor-Leste apresentou propostas para uma cooperação com a PNTL, na área de inteligência e investigação. Com as TNI e POLRI, os ministérios competentes em Timor-Leste criarão uma equipa técnica para fazer discussões mais profundas antes da implementação da cooperação militar. Tecnicamente, de acordo com o que o Primeiro-Ministro pediu a todos os Ministérios, o ministério relevante reunirá para dar continuação a essa cooperação.
O Primeiro-Ministro Xanana Gusmão afirmou aos jornalistas em Jacarta que a Indonésia deu uma boa atenção à proposta de Timor-Leste e assim aguardamos que o Ministério competente reúna para discutir mais aprofundadamente sobre os assuntos técnicos. O PM Xanana apreciou a atitude da Indonésia para com Timor-Leste. Será também a responsabilidade deste Governo traçar um bom programa, para assim poder desenvolver tudo o que é necessário em Timor-Leste, como o programa do regresso imediato dos deslocados aos seus bairros, a resolução do caso dos peticionários e assim o povo poderá sentir o sentido da independência que dá liberdade, estabilidade, paz e bem-estar para o povo de Timor-Leste. JNSemanário.
Esta cooperação militar abrange a educação formal e treinamento das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) e da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL). Mais concretamente, a Indonésia receberá membros das F-FDTL que pretendam estudar na Escola de Comando Naval (SESKO AL) em Surabaya e assim poderá haver também treinamento, pelas TNI, das F-FDTL.
Neste contexto, a Indonésia pede a todos os líderes políticos de Timor-Leste e organizações internacionais para não terem desconfianças, devem compreender que a cooperação militar TL-RI tem como objectivo ajudar os dois Países a aumentar o profissionalismo em ambas as partes. «Desejo aqui informar que a Indonésia aceita esta cooperação militar com enorme cuidado para não haver interpretações menos favoráveis da comunidade internacional», disse o Presidente Susilo em língua indonésia na conferência de imprensa no “Istana Merdeka”, Jacarta.
O Presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyuwono, na referida conferência de imprensa após a assinatura de acordo, no Palácio da Independência “Istana Merdeka”, teve muito cuidado nas suas palavras ao público sobre a cooperação militar TL-RI, porque, segundo ele, poderão surgir outras interpretações em relação a esta cooperação militar. As pessoas poderão pensar que esta cooperação militar teria outra intenção, mas para a Indonésia, um País vizinho, um bom amigo de Timor-Leste, a única intenção é o desejo de dar todo o apoio em relação ao que é necessitado por Timor-Leste.
Após a declaração do Presidente Susilo no Palácio da Independência, o PM Xanana Gusmão, acompanhado pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Zacarias da Costa, o Secretário de Defesa, Júlio Tomás Pinto, e o Brigadeiro-General Taur Matan Ruak efectuaram uma visita ao Quartel-General das TNI, em Cilangkap, Jacarta, para realizar um encontro com o Panglima TNI , General Djoko Santoso, acompanhado pelos comandantes de diversas áreas das TNI.
O encontro teve como objectivo falar mais em pormenor sobre as necessidades de Timor-Leste nesta cooperação militar.
Segundo o Secretário de Estado da Defesa, Júlio Tomás Pinto, o Panglima TNI , General Djoko Santoso, apreciou bastante o pedido de Timor-Leste e pediu para que Timor-Leste possa compreender que as TNI actuais não são iguais às TNI anteriores. Nos tempos passados as TNI eram uma força independente, enquanto as actuais estão subordinadas ao Ministério da Defesa, que prepara a política da defesa a ser implementada por elas. As TNI tinham vários problemas mas têm-se feito reformas, com uma visão moderna, cooperando com vários países do mundo.
O General Djoko Santoso declarou que as TNI sentem-se satisfeitas porque foi a primeira vez que um Primeiro-Ministro visitou o seu Quartel-General, e foi o Primeiro-Ministro de Timor-Leste. Isto demonstra que Timor-Leste deseja reforçar as boas relações com a Indonésia.
A cooperação militar pretendida por Timor-Leste com a Indonésia não abrange a formação das F-FDTL na Escola SESKO AL, mas a criação de LEMHANAS, uma Instituição com função de análise militar para evitar os diversos problemas que podem surgir no País. Há também possibilidade de membros das F-FDTL serem observadores nos treinos conjuntos realizados pelas TNI com outros Países, como por exemplo com a Malásia, onde Timor-Leste poderá ser observador, para aumentar experiência na área de treinamento militar.
O Secretário de Estado da Defesa, Júlio Tomás Pinto, afirmou que não é só com as TNI, também à POLRI Timor-Leste apresentou propostas para uma cooperação com a PNTL, na área de inteligência e investigação. Com as TNI e POLRI, os ministérios competentes em Timor-Leste criarão uma equipa técnica para fazer discussões mais profundas antes da implementação da cooperação militar. Tecnicamente, de acordo com o que o Primeiro-Ministro pediu a todos os Ministérios, o ministério relevante reunirá para dar continuação a essa cooperação.
O Primeiro-Ministro Xanana Gusmão afirmou aos jornalistas em Jacarta que a Indonésia deu uma boa atenção à proposta de Timor-Leste e assim aguardamos que o Ministério competente reúna para discutir mais aprofundadamente sobre os assuntos técnicos. O PM Xanana apreciou a atitude da Indonésia para com Timor-Leste. Será também a responsabilidade deste Governo traçar um bom programa, para assim poder desenvolver tudo o que é necessário em Timor-Leste, como o programa do regresso imediato dos deslocados aos seus bairros, a resolução do caso dos peticionários e assim o povo poderá sentir o sentido da independência que dá liberdade, estabilidade, paz e bem-estar para o povo de Timor-Leste. JNSemanário.
424 Chefes de família no HNGV regressaram aos seus bairros
A Ministra da Solidariedade Social, Maria Domingas Alves, afirma que os deslocados que durante dois anos ocuparam o Hospital Nacional Guido Valadares, um total de 424 famílias, abandonaram terça-feira desta semana o Hospital, regressando aos seus bairros.
«Segundo o programa de verificação realizado pelo Governo, foram determinados dois locais de prioridade, como os deslocados do HNGV e os do Seminário Maior de Fatumeta, portanto hoje regressam aos seus bairros. Dos que participaram no processo de reintegração, um total de 1.090 famílias, 1.021 famílias receberam já pacotes de recuperação», disse a Ministra no Hospital Nacional Guido Valadares, Bidau, Díli.
A Ministra afirmou ainda que das 424 famílias, 56 não receberam este pacote porque as suas casas não foram destruídas e 28 famílias permanecerão nas casas transitórias preparadas pelo Governo no Mercado de Becora porque as suas casas continuam a ser ocupadas.
«O total de deslocados que regressou aos seus bairros e para as casas transitórias é de 1.130 famílias, dos locais HNGV, Seminário Maior Fatumeta, Madres Canossianas Comoro, Bebonuk, Beto e as pequenas famílias que ocupavam as residências das Madres, etc. Os que ainda não regressaram aos seus bairros são no total 6.150 famílias, que já foram registadas, aguardando o regresso aos seus bairros. No total, 8.062 famílias serão preparadas para seguir», explicou a Ministra.
Maria Domingas Fernandes acrescentou que em relação ao orçamento de recuperação poderá já ser recebido nesta quinta-feira no Banco de Autoridade de Pagamento (BPA), e que as pessoas, ao saírem do campo de deslocados, recebem 16 Kg de arroz, por cada pessoa referente ao último mês. O regresso das famílias aos seus bairros deveu-se aos esforços do Governo, com a assistência da comunidade internacional, como uma parte da estratégia de recuperação nacional do Governo “Hamutuk Harí Futuru” (significa “Juntos, Construir o Futuro”).
A Ministra explicou ainda que cada família que regressará aos seus bairros receberá o fundo de recuperação do Ministério da Solidariedade Social para apoiar a reconstrução das suas casas, e para cada família, incluindo crianças, receberão 16 Kg de arroz. Este trabalho não é só do Governo, há uma cooperação com as Nações Unidas e segundo os cálculos das Nações Unidas existe um total de 100 mil deslocados em Timor-Leste. Deste número, 30 mil encontram-se em Díli e os restantes permenecem com as famílias nos distritos. Portanto através da cooperação com ONG internacionais e nacionais dar-se-á assistência humanitária para os deslocados que regressam aos seus bairros.
«Queremos apelar ao público que o processo de reintegração dos deslocados é um longo processo, portanto cooperamos com a comunidade internacional para contribuir com ajuda humanitária que foi lançada há meses atrás», disse a Ministra da Solidariedade.
Participou nesta cerimónia o Presidente do Parlamento Nacional (PN), Fernando de Araújo “Lasama”, a Vice-Ministra da Saúde, a Ministra de Solidariedade Social, o Comandante da PNTL do distrito de Díli, e também alguns membros do Governo. JNSemanário.
«Segundo o programa de verificação realizado pelo Governo, foram determinados dois locais de prioridade, como os deslocados do HNGV e os do Seminário Maior de Fatumeta, portanto hoje regressam aos seus bairros. Dos que participaram no processo de reintegração, um total de 1.090 famílias, 1.021 famílias receberam já pacotes de recuperação», disse a Ministra no Hospital Nacional Guido Valadares, Bidau, Díli.
A Ministra afirmou ainda que das 424 famílias, 56 não receberam este pacote porque as suas casas não foram destruídas e 28 famílias permanecerão nas casas transitórias preparadas pelo Governo no Mercado de Becora porque as suas casas continuam a ser ocupadas.
«O total de deslocados que regressou aos seus bairros e para as casas transitórias é de 1.130 famílias, dos locais HNGV, Seminário Maior Fatumeta, Madres Canossianas Comoro, Bebonuk, Beto e as pequenas famílias que ocupavam as residências das Madres, etc. Os que ainda não regressaram aos seus bairros são no total 6.150 famílias, que já foram registadas, aguardando o regresso aos seus bairros. No total, 8.062 famílias serão preparadas para seguir», explicou a Ministra.
Maria Domingas Fernandes acrescentou que em relação ao orçamento de recuperação poderá já ser recebido nesta quinta-feira no Banco de Autoridade de Pagamento (BPA), e que as pessoas, ao saírem do campo de deslocados, recebem 16 Kg de arroz, por cada pessoa referente ao último mês. O regresso das famílias aos seus bairros deveu-se aos esforços do Governo, com a assistência da comunidade internacional, como uma parte da estratégia de recuperação nacional do Governo “Hamutuk Harí Futuru” (significa “Juntos, Construir o Futuro”).
A Ministra explicou ainda que cada família que regressará aos seus bairros receberá o fundo de recuperação do Ministério da Solidariedade Social para apoiar a reconstrução das suas casas, e para cada família, incluindo crianças, receberão 16 Kg de arroz. Este trabalho não é só do Governo, há uma cooperação com as Nações Unidas e segundo os cálculos das Nações Unidas existe um total de 100 mil deslocados em Timor-Leste. Deste número, 30 mil encontram-se em Díli e os restantes permenecem com as famílias nos distritos. Portanto através da cooperação com ONG internacionais e nacionais dar-se-á assistência humanitária para os deslocados que regressam aos seus bairros.
«Queremos apelar ao público que o processo de reintegração dos deslocados é um longo processo, portanto cooperamos com a comunidade internacional para contribuir com ajuda humanitária que foi lançada há meses atrás», disse a Ministra da Solidariedade.
Participou nesta cerimónia o Presidente do Parlamento Nacional (PN), Fernando de Araújo “Lasama”, a Vice-Ministra da Saúde, a Ministra de Solidariedade Social, o Comandante da PNTL do distrito de Díli, e também alguns membros do Governo. JNSemanário.
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Maternidade-Escola em Timor avança a bom ritmo
Instituição será dedicada a Nossa Senhora de Fátima
Após uma visita recente de alguns membros da Comissão executiva da Fundação Mater-Timor a Timor-Leste, Mary Anne Stilwell d’Avillez apresenta um ponto da situação sobre a evolução da Maternidade-Escola que está a nascer em Díli.
Durante o Ano Jubilar de 2000 o Papa João Paulo II pediu às Conferências Episcopais que contribuíssem com um gesto de solidariedade social. Em Portugal foi decidido oferecer às dioceses de Díli e Baucau, em Timor Leste, uma Maternidade-Escola para apoiar a vida onde, em Setembro de 1999, ocorreu um massacre em que centenas de pessoas perderam a vida e onde houve uma destruição generalizada das infra-estruturas, a todos os níveis.
Em Outubro de 2000 foi feita uma primeira visita a Timor para definir o que os bispos timorenses achavam mais indicado. Após esta visita foi decidido que se deveria criar uma Fundação para dar vida a este projecto. Assim, em Setembro de 2002, foi assinada a escritura da Fundação Mater-Timor cujos fundadores são a o Patriarcado de Lisboa, a Conferência Episcopal Portuguesa, as Dioceses de Díli e Baucau, a Federação Internacional das Associações de Médicos Católicos (FIAMC), o Santuário de Fátima, a Associação dos Médicos Católicos Portugueses e a Rádio Renascença. O Papa João Paulo II contribuiu com um donativo pessoal para este projecto.
O projecto de arquitectura foi desenvolvido pelo Grupo de Estudos de Requalificação Territorial (GER_A), associação com muita experiência em Timor-Leste.
A construção da Maternidade-Escola de Díli foi adjudicada e o contrato assinado com a ENSUL, a 19 de Julho de 2005. A obra teve início em Agosto de 2005. A maternidade está a ser construída num terreno doado pela diocese de Díli, ao lado do Seminário. A construção está orçamentada na quantia de 1,6 milhões de Euros, sendo que a ENSUL oferece os custos acima dos 1,5 milhões de Euros como forma de mecenato.
Várias fases de instabilidade em Timor fizeram com que houvesse algum atraso na construção. Embora, felizmente, a maternidade nunca tenha sido directamente afectada pelos distúrbios houve atrasos na entrega de material e na vinda da Austrália de alguns trabalhadores especializados.
Nesta visita, em Abril, com a duração de uma semana, tivemos a alegria de ver um sonho tornado realidade. Em fase final da construção, só faltam os acabamentos na ala clínica, e aqui lembro o nosso objectivo principal:
A taxa de mortalidade materna e infantil em Timor é a mais alta da Ásia. Devido à política de não permitir a formação de quadros locais durante a ocupação pela Indonésia, existem poucos médicos, nenhum especialista nacional em obstetrícia, e as enfermeiras parteiras têm uma formação de base muito pobre.
A maioria das mortes maternas ocorrem em mulheres com gravidezes de risco e estas somam cerca de 20% do total de gravidezes. Se for possível identificar essas gravidezes e vigiá-las de perto será então possível diminuir o número de mortes maternas a curto prazo. Por esta razão apostámos num projecto em que a formação das parteiras que trabalham no terreno é prioritária.
A Maternidade-Escola consiste em duas alas com um pátio pelo meio. Uma ala contém a residência das grávidas, onde poderão ser alojadas seis mulheres que têm dificuldade em aceder à consulta mas necessitam de vigilância, dois quartos para quatro técnicos de saúde estrangeiros, cozinha, refeitório, capela e sala de formação. Na outra ala encontram-se os serviços clínicos de consulta, internamento (doze camas), sala de partos, sala de operações e serviços de apoio.
Durante esta visita o Bispo de Díli, D. Alberto Ricardo, confirmou que a administração da Maternidade será entregue à congregação de Irmãs Carmelitas em Díli. A Madre Superior, Irmã Idália, é uma pessoa dinâmica e com grande capacidade administrativa que adoptou este projecto com entusiasmo e todos os dias lembrava-se de mais uma pessoa que seria a ideal para preencher este ou aquele lugar na Maternidade. O nome da Maternidade foi também aprovado pelo Bispo local: Maternidade-Escola Nossa Senhora de Fátima.
Convidámos o Presidente Interino do Parlamento, Vicente Guterres, a visitar a Maternidade e este levou consigo três deputadas. Vieram também vários membros da Embaixada de Portugal em Timor, um dos quais disse ter sido a experiência mais gratificante que tinha tido naquele país. Falámos com o Ministro da Saúde que nos explicou que estão a dar os primeiros passos no desenvolvimento de um sistema de saúde único no país. Acordámos que a Maternidade poderia colaborar com este sistema, embora mantendo a sua autonomia, na detecção das gravidezes de risco e, possivelmente, na detecção do cancro do colo do útero para a qual não existem meios em Timor.
Futuro
Nos próximos meses teremos que nos concentrar na aquisição de equipamento. Os ouvintes da Rádio Renascença, através da Campanha de Natal, contribuíram generosamente para este fim, mas ainda necessitamos de angariar mais fundos para completar todo o material necessário.
Levámos connosco nesta visita uma enfermeira especialista em obstetrícia, já reformada, que através da RR se entusiasmou com o projecto e se ofereceu para ir para Timor “arrancar” com a Maternidade. Felizmente não perdeu o entusiasmo durante a visita e, após conhecer a realidade de um país que necessita de grande ajuda na área da formação humana, continua empenhada em lá voltar. É difícil para os poucos médicos timorenses no terreno saírem do país para se especializarem em Portugal. No entanto já oferecemos uma bolsa a dois médicos no caso de aceitarem o nosso convite para fazer um estágio de formação em obstetrícia em Lisboa.
Seria óptimo contar com o apoio de pessoal de saúde especializado na área da obstetrícia/ginecologia, pediatria (neonatologia), anestesia e laboratório para trabalhar e dar formação localmente. Existem hipóteses de se desenvolver uma colaboração com uma Escola de Enfermagem Portuguesa que foi convidada pelo governo timorense a fazer formação de pessoal de enfermagem na área da obstetrícia.
Timor é um país novo com um longo caminho a percorrer na formação de quadros, na construção de infra-estruturas e, urgentemente, na área da saúde e da educação. É um país que sofreu muito e que, mesmo tendo em conta os episódios de instabilidade que ocorreram, tem mostrado maturidade da parte dos seus líderes na procura da reconciliação e do perdão. Merece a nossa ajuda nesta área tão sensível da saúde materno-infantil. Quando morre uma mãe muitas vezes, a seguir, morrem todos os filhos com menos de cinco anos e perde-se uma família.
Mary Anne Stilwell d’Avillez
Mais informações em www.matertimor.eu
Após uma visita recente de alguns membros da Comissão executiva da Fundação Mater-Timor a Timor-Leste, Mary Anne Stilwell d’Avillez apresenta um ponto da situação sobre a evolução da Maternidade-Escola que está a nascer em Díli.
Durante o Ano Jubilar de 2000 o Papa João Paulo II pediu às Conferências Episcopais que contribuíssem com um gesto de solidariedade social. Em Portugal foi decidido oferecer às dioceses de Díli e Baucau, em Timor Leste, uma Maternidade-Escola para apoiar a vida onde, em Setembro de 1999, ocorreu um massacre em que centenas de pessoas perderam a vida e onde houve uma destruição generalizada das infra-estruturas, a todos os níveis.
Em Outubro de 2000 foi feita uma primeira visita a Timor para definir o que os bispos timorenses achavam mais indicado. Após esta visita foi decidido que se deveria criar uma Fundação para dar vida a este projecto. Assim, em Setembro de 2002, foi assinada a escritura da Fundação Mater-Timor cujos fundadores são a o Patriarcado de Lisboa, a Conferência Episcopal Portuguesa, as Dioceses de Díli e Baucau, a Federação Internacional das Associações de Médicos Católicos (FIAMC), o Santuário de Fátima, a Associação dos Médicos Católicos Portugueses e a Rádio Renascença. O Papa João Paulo II contribuiu com um donativo pessoal para este projecto.
O projecto de arquitectura foi desenvolvido pelo Grupo de Estudos de Requalificação Territorial (GER_A), associação com muita experiência em Timor-Leste.
A construção da Maternidade-Escola de Díli foi adjudicada e o contrato assinado com a ENSUL, a 19 de Julho de 2005. A obra teve início em Agosto de 2005. A maternidade está a ser construída num terreno doado pela diocese de Díli, ao lado do Seminário. A construção está orçamentada na quantia de 1,6 milhões de Euros, sendo que a ENSUL oferece os custos acima dos 1,5 milhões de Euros como forma de mecenato.
Várias fases de instabilidade em Timor fizeram com que houvesse algum atraso na construção. Embora, felizmente, a maternidade nunca tenha sido directamente afectada pelos distúrbios houve atrasos na entrega de material e na vinda da Austrália de alguns trabalhadores especializados.
Nesta visita, em Abril, com a duração de uma semana, tivemos a alegria de ver um sonho tornado realidade. Em fase final da construção, só faltam os acabamentos na ala clínica, e aqui lembro o nosso objectivo principal:
A taxa de mortalidade materna e infantil em Timor é a mais alta da Ásia. Devido à política de não permitir a formação de quadros locais durante a ocupação pela Indonésia, existem poucos médicos, nenhum especialista nacional em obstetrícia, e as enfermeiras parteiras têm uma formação de base muito pobre.
A maioria das mortes maternas ocorrem em mulheres com gravidezes de risco e estas somam cerca de 20% do total de gravidezes. Se for possível identificar essas gravidezes e vigiá-las de perto será então possível diminuir o número de mortes maternas a curto prazo. Por esta razão apostámos num projecto em que a formação das parteiras que trabalham no terreno é prioritária.
A Maternidade-Escola consiste em duas alas com um pátio pelo meio. Uma ala contém a residência das grávidas, onde poderão ser alojadas seis mulheres que têm dificuldade em aceder à consulta mas necessitam de vigilância, dois quartos para quatro técnicos de saúde estrangeiros, cozinha, refeitório, capela e sala de formação. Na outra ala encontram-se os serviços clínicos de consulta, internamento (doze camas), sala de partos, sala de operações e serviços de apoio.
Durante esta visita o Bispo de Díli, D. Alberto Ricardo, confirmou que a administração da Maternidade será entregue à congregação de Irmãs Carmelitas em Díli. A Madre Superior, Irmã Idália, é uma pessoa dinâmica e com grande capacidade administrativa que adoptou este projecto com entusiasmo e todos os dias lembrava-se de mais uma pessoa que seria a ideal para preencher este ou aquele lugar na Maternidade. O nome da Maternidade foi também aprovado pelo Bispo local: Maternidade-Escola Nossa Senhora de Fátima.
Convidámos o Presidente Interino do Parlamento, Vicente Guterres, a visitar a Maternidade e este levou consigo três deputadas. Vieram também vários membros da Embaixada de Portugal em Timor, um dos quais disse ter sido a experiência mais gratificante que tinha tido naquele país. Falámos com o Ministro da Saúde que nos explicou que estão a dar os primeiros passos no desenvolvimento de um sistema de saúde único no país. Acordámos que a Maternidade poderia colaborar com este sistema, embora mantendo a sua autonomia, na detecção das gravidezes de risco e, possivelmente, na detecção do cancro do colo do útero para a qual não existem meios em Timor.
Futuro
Nos próximos meses teremos que nos concentrar na aquisição de equipamento. Os ouvintes da Rádio Renascença, através da Campanha de Natal, contribuíram generosamente para este fim, mas ainda necessitamos de angariar mais fundos para completar todo o material necessário.
Levámos connosco nesta visita uma enfermeira especialista em obstetrícia, já reformada, que através da RR se entusiasmou com o projecto e se ofereceu para ir para Timor “arrancar” com a Maternidade. Felizmente não perdeu o entusiasmo durante a visita e, após conhecer a realidade de um país que necessita de grande ajuda na área da formação humana, continua empenhada em lá voltar. É difícil para os poucos médicos timorenses no terreno saírem do país para se especializarem em Portugal. No entanto já oferecemos uma bolsa a dois médicos no caso de aceitarem o nosso convite para fazer um estágio de formação em obstetrícia em Lisboa.
Seria óptimo contar com o apoio de pessoal de saúde especializado na área da obstetrícia/ginecologia, pediatria (neonatologia), anestesia e laboratório para trabalhar e dar formação localmente. Existem hipóteses de se desenvolver uma colaboração com uma Escola de Enfermagem Portuguesa que foi convidada pelo governo timorense a fazer formação de pessoal de enfermagem na área da obstetrícia.
Timor é um país novo com um longo caminho a percorrer na formação de quadros, na construção de infra-estruturas e, urgentemente, na área da saúde e da educação. É um país que sofreu muito e que, mesmo tendo em conta os episódios de instabilidade que ocorreram, tem mostrado maturidade da parte dos seus líderes na procura da reconciliação e do perdão. Merece a nossa ajuda nesta área tão sensível da saúde materno-infantil. Quando morre uma mãe muitas vezes, a seguir, morrem todos os filhos com menos de cinco anos e perde-se uma família.
Mary Anne Stilwell d’Avillez
Mais informações em www.matertimor.eu
Dirigentes de Timor Leste enviam cumprimentos a Cuba
Havana, 07 maio (acn) José Ramos-Horta e Xanana Gusmão, presidente e premiê, respectivamente, de Timor Leste enviaram nesta quarta-feira um saúdo ao governo e povo cubanos por mediação de Zacarias Albano da Costa, chanceler dessa nação asiática, que se encontra de visita em Cuba.
Cuba é um país irmão e os timorenses reconhecemos altamente o extraordinário apoio que brinda a ilha caribenha, disse o visitante durante as conversações oficiais efetuadas nesta quarta-feira com Felipe Pérez Roque, ministro cubano das Relações Exteriores, na Chancelaria local.
Albano da Costa indicou que com isso se enaltece o compromisso que o líder cubano Fidel Castro Ruz fez em 2003 em Kuala Lumpur, Malásia, com o Presidente da República de Timor Leste naquele momento e hoje premiê Xanana Gusmão.
O chanceler elogiou o trabalho dos assessores em alfabetização e da brigada medica da ilha destacados nesse pequeno Estado insular com mais de um milhão de habitantes; e pronunciou-se por ampliar a cooperação a outras áreas.
Também disse que as visitas anunciadas para este ano a Cuba do Presidente Ramos-Horta ou a do Premiê Gusmão vão marcar um novo giro nas relações entre ambas as nações.
O Chefe da Diplomacia cubana reiterou o compromisso de Havana de continuar a colaboração, com modéstia e respeito, ao enorme esforço do Governo e o povo timorenses para reconstruir o país e conseguir seu desenvolvimento econômico e social.
Também manifestou o agradecimento da Ilha caribenha pela atitude amistosa de Timor Leste, em particular sua permanente posição em Nações Unidas a favor do levantamento incondicional do bloqueio econômico, comercial e financeiro norte-americano contra a Pátria de José Martí.
Previamente o visitante depositou uma oferenda floral perante o monumento a José Martí, localizado na praça da Revolução, e percorreu o Memorial construído nesse histórico lugar em honra ao Herói Nacional cubano.
Cuba é um país irmão e os timorenses reconhecemos altamente o extraordinário apoio que brinda a ilha caribenha, disse o visitante durante as conversações oficiais efetuadas nesta quarta-feira com Felipe Pérez Roque, ministro cubano das Relações Exteriores, na Chancelaria local.
Albano da Costa indicou que com isso se enaltece o compromisso que o líder cubano Fidel Castro Ruz fez em 2003 em Kuala Lumpur, Malásia, com o Presidente da República de Timor Leste naquele momento e hoje premiê Xanana Gusmão.
O chanceler elogiou o trabalho dos assessores em alfabetização e da brigada medica da ilha destacados nesse pequeno Estado insular com mais de um milhão de habitantes; e pronunciou-se por ampliar a cooperação a outras áreas.
Também disse que as visitas anunciadas para este ano a Cuba do Presidente Ramos-Horta ou a do Premiê Gusmão vão marcar um novo giro nas relações entre ambas as nações.
O Chefe da Diplomacia cubana reiterou o compromisso de Havana de continuar a colaboração, com modéstia e respeito, ao enorme esforço do Governo e o povo timorenses para reconstruir o país e conseguir seu desenvolvimento econômico e social.
Também manifestou o agradecimento da Ilha caribenha pela atitude amistosa de Timor Leste, em particular sua permanente posição em Nações Unidas a favor do levantamento incondicional do bloqueio econômico, comercial e financeiro norte-americano contra a Pátria de José Martí.
Previamente o visitante depositou uma oferenda floral perante o monumento a José Martí, localizado na praça da Revolução, e percorreu o Memorial construído nesse histórico lugar em honra ao Herói Nacional cubano.
Governo do Timor não está ameaçado, diz Xanana Gusmão
Dili, 8 mai (Lusa) - O primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, e o presidente do Parlamento, Fernando La Sama de Araújo, afirmaram nesta quinta-feira à Agência Lusa que o governo do Timor Leste "não está ameaçado".
Xanana Gusmão e Fernando La Sama de Araújo lideram, respectivamente, o Congresso Nacional de Reconstrução do Timor Leste (CNRT) e o Partido Democrático (PD), dois dos cinco partidos que formam a Aliança Para Maioria Parlamentar (AMP), no poder.
A Associação Social Democrática Timorense (ASDT), partido integrante da AMP em coligação com o Partido Social-Democrata (PSD), assinou na quarta-feira uma "plataforma estratégica" com a Fretilin, maior representante da oposição, visando à formação de um governo de inclusão e à realização de eleições antecipadas no prazo máximo de dois anos.
"As eleições deveriam acontecer em junho ou julho de 2009, mas o nosso receio agora é que este governo não se agüente até lá", afirmou à Agência Lusa o secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, após a assinatura do acordo.
Xanana Gusmão excluiu a hipótese de aceitar a formação de um "governo de grande inclusão".
"Por que haveria de aceitar agora se não aceitei em julho?", questionou o governante timorense.
A Fretilin venceu as eleições legislativas de 30 de junho de 2007, sem maioria absoluta e, no final de negociações sob a iniciativa do presidente José Ramos-Horta, Xanana Gusmão e a AMP foram chamados para formar governo, contando com 37 dos 65 assentos no Parlamento.
Fernando La Sama de Araújo também negou que a AMP e o governo estejam em perigo.
"Temos garantias da bancada da ASDT, que se mantém unida à AMP", afirmou o presidente do Parlamento e líder do PD.
"Enquanto houver unidade no Parlamento, o governo não cairá. Nós estamos preparando eleições, sim, mas são as de 2012", acrescentou La Sama.
"Agora, a AMP conta com 37 votos. Penso que vamos aumentar para 40", afirmou ainda o presidente do Parlamento.
O líder foi categórico quanto à hipótese de a Fretilin convencer deputados do próprio PD a se alinhar à oposição: "Eles que nem pensem".
Xanana Gusmão e Fernando La Sama de Araújo lideram, respectivamente, o Congresso Nacional de Reconstrução do Timor Leste (CNRT) e o Partido Democrático (PD), dois dos cinco partidos que formam a Aliança Para Maioria Parlamentar (AMP), no poder.
A Associação Social Democrática Timorense (ASDT), partido integrante da AMP em coligação com o Partido Social-Democrata (PSD), assinou na quarta-feira uma "plataforma estratégica" com a Fretilin, maior representante da oposição, visando à formação de um governo de inclusão e à realização de eleições antecipadas no prazo máximo de dois anos.
"As eleições deveriam acontecer em junho ou julho de 2009, mas o nosso receio agora é que este governo não se agüente até lá", afirmou à Agência Lusa o secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, após a assinatura do acordo.
Xanana Gusmão excluiu a hipótese de aceitar a formação de um "governo de grande inclusão".
"Por que haveria de aceitar agora se não aceitei em julho?", questionou o governante timorense.
A Fretilin venceu as eleições legislativas de 30 de junho de 2007, sem maioria absoluta e, no final de negociações sob a iniciativa do presidente José Ramos-Horta, Xanana Gusmão e a AMP foram chamados para formar governo, contando com 37 dos 65 assentos no Parlamento.
Fernando La Sama de Araújo também negou que a AMP e o governo estejam em perigo.
"Temos garantias da bancada da ASDT, que se mantém unida à AMP", afirmou o presidente do Parlamento e líder do PD.
"Enquanto houver unidade no Parlamento, o governo não cairá. Nós estamos preparando eleições, sim, mas são as de 2012", acrescentou La Sama.
"Agora, a AMP conta com 37 votos. Penso que vamos aumentar para 40", afirmou ainda o presidente do Parlamento.
O líder foi categórico quanto à hipótese de a Fretilin convencer deputados do próprio PD a se alinhar à oposição: "Eles que nem pensem".
Nova coligação de partidos ameaça governo do Timor Leste
Dili, 5 mai (Lusa) - O governo do Timor Leste, chefiado pelo primeiro-ministro Xanana Gusmão, pode perder a maioria no Parlamento após a assinatura de uma plataforma política entre um partido da base governista, a Associação Social Democrata Timorense (ASDT), e o maior partido da oposição, a Fretilin.
Em comunicado distribuído nesta segunda, a Fretilin anuncia que os dois partidos decidiram fundar "uma sólida coligação" para formar "o próximo governo constitucional do Timor Leste".
O comunicado da Fretilin acrescenta que a principal motivação deste acordo é o "nepotismo e a corrupção" do governo chefiado por Xanana Gusmão, que tomou posse em agosto de 2007. Na ocasião, a Fretilin foi o partido mais votado, mas a Aliança para Maioria Parlamentar (AMP) conseguiu reunir um número maior de cadeiras no Parlamento.
A ASDT tem uma coligação com o Partido Social Democrata (PSD), liderado por Mário Viegas Carrascalão, que formam a AMP ao lado do partido do premiê, o Congresso Nacional de Reconstrução do Timor Leste (CNRT), e o Partido Democrático (PD), do presidente do Parlamento, Fernando La Sama de Araújo.
Aritmética
O anúncio do acordo, assinado pelo líder da ASDT, Francisco Xavier do Amaral, e pelo presidente da Fretilin, Francisco Guterres Lu Olo, ativou de imediato a aritmética sobre o número de deputados de cada partido e as possíveis conseqüências do novo arranjo.
Atualmente, a aliança governista com o apoio de 37 dos 65 deputados do Parlamento timorense, "incluindo alguns que se abstêm normalmente", indicou Mário Viegas Carrascalão à Lusa. Cinco dos deputados da aliança são da ASDT. A oposição conta com o apoio de 33 deputados, sendo a base de apoio mais segura formada pelos 21 deputados da Fretilin.
"Isto vai causar problemas na estabilidade política", prevê o líder do PSD, Mário Viegas Carrascalão.
O acordo entre a Fretilin e a ASDT ameaça desequilibrar esta divisão de forças, explicou Carrascalão, "sobretudo se se confirmar a indicação de que três dos oito deputados do PD podem também se alinhar com a oposição no Parlamento".
"É uma situação muito arriscada" para a AMP e para o governo, afirmou o político, que garante que seu partido continuará com o governo.
"Se eu pertencesse ao partido majoritário dentro da AMP, pediria uma moção de confiança. Não se pode governar em cima de vidros. Temos que saber com o que contamos e se nós ainda merecemos a confiança da maioria ou não", declarou ainda o líder partidário.
Carrascalão lembrou que a decisão de que o governo timorense seria formado pela AMP, apesar da Fretilin ter obtido mais votos individualmente, foi do presidente José Ramos-Horta, que está, agora, diante de uma situação diferente.
"A AMP deixou de ser o partido majoritário. O argumento que o presidente tinha deixou de existir", explicou o líder do PSD.
Somos da AMP
O líder da ASDT, Francisco Xavier do Amaral, garantiu à Agência Lusa que seu partido continua na aliança governista.
"Nós ainda somos da AMP", declarou Xavier do Amaral, horas depois do comunicado de assinatura do acordo político com a Fretilin.
"Não vai acontecer nada. [...] É um acordo para fazer uma coligação, mas a coligação não está feita ainda", esclareceu o presidente da ASDT, que explicou que o acordo visa o bem-estar da população timorense.
"Não queremos a população gritando de fome pelas aldeias. Queremos uma economia desenvolvida e não admitimos que haja ministros andando de avião pelo mundo enquanto o povo está morrendo de fome cá dentro", acusou Francisco Xavier do Amaral.
Conflito interno
"Em termos de Parlamento, pode não haver problema se a bancada da ASDT não concordar com o acordo feito pela direção do partido", acredita o vice-presidente do Parlamento, Vicente Guterres. "Mas em termos de partido e em termos políticos, é uma situação difícil", considerou.
"Politicamente, o governo está ameaçado, mas em termos reais, a ASDT é membro da AMP e partilha dos mesmos princípios", respondeu o secretário-geral do CNRT, Dionísio Babo, quando questionado sobre o perigo que o acordo representa para o Executivo de Xanana Gusmão.
"É uma questão puramente de conflito interno à ASDT", acredita o dirigente.
Na manhã desta segunda-feira, os deputados da ASDT não compareceram em plenário. Segundo o presidente do PSD, Mário Viegas Carrascalão, "é por que a bancada da ASDT discorda da direção do partido". No entanto, João Correia, porta-voz da ASDT, afirmou à Lusa que "a ausência dos deputados apenas testemunha que o partido pretende sair da AMP".
Impasse nos Ministérios
No governo, a ASDT tem duas pastas, o Ministério do Turismo, Comércio e Indústria, sob responsabilidade de Gil Alves, e a Secretaria do Meio Ambiente, com Adílio de Jesus Lima.
O líder do partido pediu recentemente a substituição dos dois membros do governo da ASDT a Xanana Gusmão, "apresentando dois nomes alternativos e mais três nomes novos para outras pastas", afirmaram Mário Viegas Carrascalão e Dionísio Babo à Lusa.
"Soube por fora que foi a falta de resposta de Xanana Gusmão que motivou o acordo de Francisco Xavier do Amaral com a Fretilin", adiantou o líder do PSD.
"A confusão é grande", resumiu Carrascalão.
Em comunicado distribuído nesta segunda, a Fretilin anuncia que os dois partidos decidiram fundar "uma sólida coligação" para formar "o próximo governo constitucional do Timor Leste".
O comunicado da Fretilin acrescenta que a principal motivação deste acordo é o "nepotismo e a corrupção" do governo chefiado por Xanana Gusmão, que tomou posse em agosto de 2007. Na ocasião, a Fretilin foi o partido mais votado, mas a Aliança para Maioria Parlamentar (AMP) conseguiu reunir um número maior de cadeiras no Parlamento.
A ASDT tem uma coligação com o Partido Social Democrata (PSD), liderado por Mário Viegas Carrascalão, que formam a AMP ao lado do partido do premiê, o Congresso Nacional de Reconstrução do Timor Leste (CNRT), e o Partido Democrático (PD), do presidente do Parlamento, Fernando La Sama de Araújo.
Aritmética
O anúncio do acordo, assinado pelo líder da ASDT, Francisco Xavier do Amaral, e pelo presidente da Fretilin, Francisco Guterres Lu Olo, ativou de imediato a aritmética sobre o número de deputados de cada partido e as possíveis conseqüências do novo arranjo.
Atualmente, a aliança governista com o apoio de 37 dos 65 deputados do Parlamento timorense, "incluindo alguns que se abstêm normalmente", indicou Mário Viegas Carrascalão à Lusa. Cinco dos deputados da aliança são da ASDT. A oposição conta com o apoio de 33 deputados, sendo a base de apoio mais segura formada pelos 21 deputados da Fretilin.
"Isto vai causar problemas na estabilidade política", prevê o líder do PSD, Mário Viegas Carrascalão.
O acordo entre a Fretilin e a ASDT ameaça desequilibrar esta divisão de forças, explicou Carrascalão, "sobretudo se se confirmar a indicação de que três dos oito deputados do PD podem também se alinhar com a oposição no Parlamento".
"É uma situação muito arriscada" para a AMP e para o governo, afirmou o político, que garante que seu partido continuará com o governo.
"Se eu pertencesse ao partido majoritário dentro da AMP, pediria uma moção de confiança. Não se pode governar em cima de vidros. Temos que saber com o que contamos e se nós ainda merecemos a confiança da maioria ou não", declarou ainda o líder partidário.
Carrascalão lembrou que a decisão de que o governo timorense seria formado pela AMP, apesar da Fretilin ter obtido mais votos individualmente, foi do presidente José Ramos-Horta, que está, agora, diante de uma situação diferente.
"A AMP deixou de ser o partido majoritário. O argumento que o presidente tinha deixou de existir", explicou o líder do PSD.
Somos da AMP
O líder da ASDT, Francisco Xavier do Amaral, garantiu à Agência Lusa que seu partido continua na aliança governista.
"Nós ainda somos da AMP", declarou Xavier do Amaral, horas depois do comunicado de assinatura do acordo político com a Fretilin.
"Não vai acontecer nada. [...] É um acordo para fazer uma coligação, mas a coligação não está feita ainda", esclareceu o presidente da ASDT, que explicou que o acordo visa o bem-estar da população timorense.
"Não queremos a população gritando de fome pelas aldeias. Queremos uma economia desenvolvida e não admitimos que haja ministros andando de avião pelo mundo enquanto o povo está morrendo de fome cá dentro", acusou Francisco Xavier do Amaral.
Conflito interno
"Em termos de Parlamento, pode não haver problema se a bancada da ASDT não concordar com o acordo feito pela direção do partido", acredita o vice-presidente do Parlamento, Vicente Guterres. "Mas em termos de partido e em termos políticos, é uma situação difícil", considerou.
"Politicamente, o governo está ameaçado, mas em termos reais, a ASDT é membro da AMP e partilha dos mesmos princípios", respondeu o secretário-geral do CNRT, Dionísio Babo, quando questionado sobre o perigo que o acordo representa para o Executivo de Xanana Gusmão.
"É uma questão puramente de conflito interno à ASDT", acredita o dirigente.
Na manhã desta segunda-feira, os deputados da ASDT não compareceram em plenário. Segundo o presidente do PSD, Mário Viegas Carrascalão, "é por que a bancada da ASDT discorda da direção do partido". No entanto, João Correia, porta-voz da ASDT, afirmou à Lusa que "a ausência dos deputados apenas testemunha que o partido pretende sair da AMP".
Impasse nos Ministérios
No governo, a ASDT tem duas pastas, o Ministério do Turismo, Comércio e Indústria, sob responsabilidade de Gil Alves, e a Secretaria do Meio Ambiente, com Adílio de Jesus Lima.
O líder do partido pediu recentemente a substituição dos dois membros do governo da ASDT a Xanana Gusmão, "apresentando dois nomes alternativos e mais três nomes novos para outras pastas", afirmaram Mário Viegas Carrascalão e Dionísio Babo à Lusa.
"Soube por fora que foi a falta de resposta de Xanana Gusmão que motivou o acordo de Francisco Xavier do Amaral com a Fretilin", adiantou o líder do PSD.
"A confusão é grande", resumiu Carrascalão.
Indonésia extradita quatros suspeitos de ataques ao presidente do Timor Leste
JACARTA - A Indonésia extraditou nesta segunda-feira para o Timor Leste quatro suspeitos de terem participado dos ataques do dia 11 de fevereiro contra o presidente, José Ramos-Horta, e o primeiro-ministro, Xanana Gusmão.
Fontes policiais citadas pela agência indonésia Antara disseram que os quatro suspeitos, detidos há duas semanas, subiram algemados para embarcar em um avião em direção a Bali, de onde voarão para Díli, capital do Timor Leste, para serem julgados por tentativa de assassinato.
Ramos-Horta foi ferido à bala no atentado. Ele se recuperou dos ferimentos em um hospital na Austrália, mas já reassumiu o governo no Timor Leste. Xanana Gusmão saiu ileso do ataque contra seu veículo oficial.
Um dos responsáveis pelos ataques, o líder rebelde Alfredo Reinado, acabou morrendo em confronto no dia do atentado.
Fontes policiais citadas pela agência indonésia Antara disseram que os quatro suspeitos, detidos há duas semanas, subiram algemados para embarcar em um avião em direção a Bali, de onde voarão para Díli, capital do Timor Leste, para serem julgados por tentativa de assassinato.
Ramos-Horta foi ferido à bala no atentado. Ele se recuperou dos ferimentos em um hospital na Austrália, mas já reassumiu o governo no Timor Leste. Xanana Gusmão saiu ileso do ataque contra seu veículo oficial.
Um dos responsáveis pelos ataques, o líder rebelde Alfredo Reinado, acabou morrendo em confronto no dia do atentado.
sábado, 3 de maio de 2008
Líder rebelde do Timor quer voltar para as forças armadas
Dili, 1º mai (Lusa) - O ex-tenente Gastão Salsinha, principal acusado no processo que investiga os ataques contra as lideranças do Timor Leste, afirmou nesta quinta-feira, na saída do tribunal, que pretende regressar às forças armadas.
Gastão Salsinha é suspeito de liderar o atentado contra primeiro-ministro, Xanana Gusmão, em 11 de fevereiro. A emboscada contra o premiê, que escapou ileso, sucedeu um ataque à residência do presidente José Ramos-Horta, que foi baleado.
Em janeiro de 2006, o ex-tenente comandou um levante militar, e acabou sendo expulso das forças armadas com os quase 600 rebeldes que liderou.
"O desentendimento dos peticionários não quer dizer que não amamos o nosso quartel. Isso não quer dizer que não amamos a instituição”, garantiu Gastão Salsinha.
"Mas nós tínhamos discriminação entre lorosae e loromonu, e é por isso que deixamos" os quartéis, afirmou o líder rebelde, recordando a acusação de problemas entre militares oriundos dos distritos orientais e ocidentais do país.
"Durante dois anos, eu sempre me mantive como militar. Depois disso, só o juiz é que pode resolver se eu sou civil ou militar. Neste momento, eu ainda sou militar. É a minha profissão", declarou Gastão Salsinha.
Prisão
Nesta quinta-feira, o líder rebelde foi colocado em prisão preventiva pelo juiz Ivo Rosa, do Tribunal Distrital de Dili, responsável pelo processo que investiga o duplo ataque de 11 de fevereiro.
Ivo Rosa realizou, entre quarta e quinta, o primeiro interrogatório judicial a Gastão Salsinha e a mais cinco dos rebeldes que estavam foragidos havia quase três meses.
O juiz aplicou aos seis acusados a medida de prisão preventiva. Outros sete elementos do grupo de Gastão Salsinha, que se renderam na região no oeste do país e foram trazidos na última segunda-feira para a capital timorense, estão em liberdade.
Em declarações à Agência Lusa, o juiz Ivo Rosa explicou que não pesa mandado de captura sobre os rebeldes soltos, que sequer foram interrogados pelo tribunal.
Nem o juiz do processo, nem o Ministério Público, através do procurador Felismino Lopes, sabiam para que prisão seriam enviados os detidos, cabendo a decisão ao Ministério da Justiça.
Pronto para a justiça
"A razão de me apresentar aqui é a minha própria declaração", disse Gastão Salsinha aos jornalistas, no final do interrogatório, falando sempre em língua tétum. "Bem ou mal, estou pronto para enfrentar a justiça".
Salsinha explicou que, em março, havia chegado a acordo com as autoridades do país para se entregar quando o presidente José Ramos-Horta chegasse da Austrália, onde se recuperava do tiro que sofreu.
No entanto, a rendição não ocorreu antes de 25 de abril porque o grupo foragido estava cercado, e Salsinha não queria se render aos oficiais da operação "Halibur", responsável pela captura dos rebeldes.
"Entreguei-me ao presidente Ramos-Horta, não me entreguei ao comando conjunto”, sublinhou o ex-oficial.
Gastão Salsinha não quis revelar a forma como se manteve em fuga durante quase três meses.
“Eu escolhia um esconderijo onde a operação conjunta não podia chegar. É uma tática militar. [...] Só eu é que sei o esconderijo”, disse o ex-tenente.
Sobre o interrogatório, Salsinha garantiu que nenhum dos acusados falou ao tribunal e se esquivou de confirmar seu envolvimento nos atentados de fevereiro. “Neste momento, não posso dizer nada”, declarou.
Quando questionado sobre o que sente após a acusação de ter chefiado o ataque a Xanana Gusmão, Salsinha diz não sentir arrependimento. “Eu não estou arrependido pelo problema da crise. O problema é de quem está governando a nação”.
Cerveja e karaokê
A rendição de Gastão Salsinha foi celebrada na terça-feira à noite, no comando conjunto em Dili, com uma festa que juntou oficiais da operação de captura e os próprios rebeldes.
"A festa podia ser ouvida na minha casa”, afirmou à Lusa o ex-premiê Mari Alkatiri, secretário-geral da Fretilin, partido da oposição.
Mari Alkatiri vive a cerca de duzentos metros da sede do comando conjunto.
Na ocasião, o ex-tenente Salsinha jantou em uma mesa de oficiais da operação "Halibur" e ficou com seus homens na festa até, aproximadamente, as 22h30, afirmaram à Agência Lusa vários dos que estiveram presentes na celebração.
"Houve muita cerveja, muita música e karaokê", relatou um membro das forças que, durante quase três meses, perseguiram os rebeldes pelos distritos ocidentais do país.
"Divertiram-se todos", resumiu à Lusa o comandante da "Halibur", o tenente-coronel Filomeno Paixão.
Durante o jantar, militares e policiais timorenses confraternizaram e abraçaram os 13 rendidos.
Gastão Salsinha é suspeito de liderar o atentado contra primeiro-ministro, Xanana Gusmão, em 11 de fevereiro. A emboscada contra o premiê, que escapou ileso, sucedeu um ataque à residência do presidente José Ramos-Horta, que foi baleado.
Em janeiro de 2006, o ex-tenente comandou um levante militar, e acabou sendo expulso das forças armadas com os quase 600 rebeldes que liderou.
"O desentendimento dos peticionários não quer dizer que não amamos o nosso quartel. Isso não quer dizer que não amamos a instituição”, garantiu Gastão Salsinha.
"Mas nós tínhamos discriminação entre lorosae e loromonu, e é por isso que deixamos" os quartéis, afirmou o líder rebelde, recordando a acusação de problemas entre militares oriundos dos distritos orientais e ocidentais do país.
"Durante dois anos, eu sempre me mantive como militar. Depois disso, só o juiz é que pode resolver se eu sou civil ou militar. Neste momento, eu ainda sou militar. É a minha profissão", declarou Gastão Salsinha.
Prisão
Nesta quinta-feira, o líder rebelde foi colocado em prisão preventiva pelo juiz Ivo Rosa, do Tribunal Distrital de Dili, responsável pelo processo que investiga o duplo ataque de 11 de fevereiro.
Ivo Rosa realizou, entre quarta e quinta, o primeiro interrogatório judicial a Gastão Salsinha e a mais cinco dos rebeldes que estavam foragidos havia quase três meses.
O juiz aplicou aos seis acusados a medida de prisão preventiva. Outros sete elementos do grupo de Gastão Salsinha, que se renderam na região no oeste do país e foram trazidos na última segunda-feira para a capital timorense, estão em liberdade.
Em declarações à Agência Lusa, o juiz Ivo Rosa explicou que não pesa mandado de captura sobre os rebeldes soltos, que sequer foram interrogados pelo tribunal.
Nem o juiz do processo, nem o Ministério Público, através do procurador Felismino Lopes, sabiam para que prisão seriam enviados os detidos, cabendo a decisão ao Ministério da Justiça.
Pronto para a justiça
"A razão de me apresentar aqui é a minha própria declaração", disse Gastão Salsinha aos jornalistas, no final do interrogatório, falando sempre em língua tétum. "Bem ou mal, estou pronto para enfrentar a justiça".
Salsinha explicou que, em março, havia chegado a acordo com as autoridades do país para se entregar quando o presidente José Ramos-Horta chegasse da Austrália, onde se recuperava do tiro que sofreu.
No entanto, a rendição não ocorreu antes de 25 de abril porque o grupo foragido estava cercado, e Salsinha não queria se render aos oficiais da operação "Halibur", responsável pela captura dos rebeldes.
"Entreguei-me ao presidente Ramos-Horta, não me entreguei ao comando conjunto”, sublinhou o ex-oficial.
Gastão Salsinha não quis revelar a forma como se manteve em fuga durante quase três meses.
“Eu escolhia um esconderijo onde a operação conjunta não podia chegar. É uma tática militar. [...] Só eu é que sei o esconderijo”, disse o ex-tenente.
Sobre o interrogatório, Salsinha garantiu que nenhum dos acusados falou ao tribunal e se esquivou de confirmar seu envolvimento nos atentados de fevereiro. “Neste momento, não posso dizer nada”, declarou.
Quando questionado sobre o que sente após a acusação de ter chefiado o ataque a Xanana Gusmão, Salsinha diz não sentir arrependimento. “Eu não estou arrependido pelo problema da crise. O problema é de quem está governando a nação”.
Cerveja e karaokê
A rendição de Gastão Salsinha foi celebrada na terça-feira à noite, no comando conjunto em Dili, com uma festa que juntou oficiais da operação de captura e os próprios rebeldes.
"A festa podia ser ouvida na minha casa”, afirmou à Lusa o ex-premiê Mari Alkatiri, secretário-geral da Fretilin, partido da oposição.
Mari Alkatiri vive a cerca de duzentos metros da sede do comando conjunto.
Na ocasião, o ex-tenente Salsinha jantou em uma mesa de oficiais da operação "Halibur" e ficou com seus homens na festa até, aproximadamente, as 22h30, afirmaram à Agência Lusa vários dos que estiveram presentes na celebração.
"Houve muita cerveja, muita música e karaokê", relatou um membro das forças que, durante quase três meses, perseguiram os rebeldes pelos distritos ocidentais do país.
"Divertiram-se todos", resumiu à Lusa o comandante da "Halibur", o tenente-coronel Filomeno Paixão.
Durante o jantar, militares e policiais timorenses confraternizaram e abraçaram os 13 rendidos.
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