A Ministra da Solidariedade Social, Maria Domingas Alves, afirma que os deslocados que durante dois anos ocuparam o Hospital Nacional Guido Valadares, um total de 424 famílias, abandonaram terça-feira desta semana o Hospital, regressando aos seus bairros.
«Segundo o programa de verificação realizado pelo Governo, foram determinados dois locais de prioridade, como os deslocados do HNGV e os do Seminário Maior de Fatumeta, portanto hoje regressam aos seus bairros. Dos que participaram no processo de reintegração, um total de 1.090 famílias, 1.021 famílias receberam já pacotes de recuperação», disse a Ministra no Hospital Nacional Guido Valadares, Bidau, Díli.
A Ministra afirmou ainda que das 424 famílias, 56 não receberam este pacote porque as suas casas não foram destruídas e 28 famílias permanecerão nas casas transitórias preparadas pelo Governo no Mercado de Becora porque as suas casas continuam a ser ocupadas.
«O total de deslocados que regressou aos seus bairros e para as casas transitórias é de 1.130 famílias, dos locais HNGV, Seminário Maior Fatumeta, Madres Canossianas Comoro, Bebonuk, Beto e as pequenas famílias que ocupavam as residências das Madres, etc. Os que ainda não regressaram aos seus bairros são no total 6.150 famílias, que já foram registadas, aguardando o regresso aos seus bairros. No total, 8.062 famílias serão preparadas para seguir», explicou a Ministra.
Maria Domingas Fernandes acrescentou que em relação ao orçamento de recuperação poderá já ser recebido nesta quinta-feira no Banco de Autoridade de Pagamento (BPA), e que as pessoas, ao saírem do campo de deslocados, recebem 16 Kg de arroz, por cada pessoa referente ao último mês. O regresso das famílias aos seus bairros deveu-se aos esforços do Governo, com a assistência da comunidade internacional, como uma parte da estratégia de recuperação nacional do Governo “Hamutuk Harí Futuru” (significa “Juntos, Construir o Futuro”).
A Ministra explicou ainda que cada família que regressará aos seus bairros receberá o fundo de recuperação do Ministério da Solidariedade Social para apoiar a reconstrução das suas casas, e para cada família, incluindo crianças, receberão 16 Kg de arroz. Este trabalho não é só do Governo, há uma cooperação com as Nações Unidas e segundo os cálculos das Nações Unidas existe um total de 100 mil deslocados em Timor-Leste. Deste número, 30 mil encontram-se em Díli e os restantes permenecem com as famílias nos distritos. Portanto através da cooperação com ONG internacionais e nacionais dar-se-á assistência humanitária para os deslocados que regressam aos seus bairros.
«Queremos apelar ao público que o processo de reintegração dos deslocados é um longo processo, portanto cooperamos com a comunidade internacional para contribuir com ajuda humanitária que foi lançada há meses atrás», disse a Ministra da Solidariedade.
Participou nesta cerimónia o Presidente do Parlamento Nacional (PN), Fernando de Araújo “Lasama”, a Vice-Ministra da Saúde, a Ministra de Solidariedade Social, o Comandante da PNTL do distrito de Díli, e também alguns membros do Governo. JNSemanário.
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