“Entraram ilegalmente, os envolvidos no atentado de 11 de Fevereiro”
Os quatro rebeldes, elementos do falecido ex-Major Alfredo Alves Reinaldo, nomeadamente Ismail, Sansão Moniz Soares (Asanku), Tito Tilman, Egídio Lay Carvalho e José Gomes, que a Polícia Nacional da República Indonésia (POLRI) capturou na Indonésia, foram segunda-feira oficialmente deportados para Díli e entregues ao Estado de Timor-Leste através do Procurador-Geral da República, Longuinhos Monteiro.
Antes da deportação os quatro arguidos estiveram detidos no Comando da POLRI Indonésia e, na deportação para Díli, os mesmos foram acompanhados pelo Destacamento 88 Anti-Terrorista, que os capturou. Os quatro arguidos foram deportados num avião da Polícia Nacional Indonésia “PK-TWN AG Club Transwisata”, acompanhados pelo Coronel Petrus Volose, o Comandante da Interpol, Coronel Beny Mamoto, Comandante Surya, o Procurador-Geral da República, Longuinhos Monteiro, a delegação dos dois Países. Chegaram ao Aeroporto Internacional Presidente Nicolau Lobato, Comoro, Díli pelas 14h45m, sendo recebidos directamente pelo Embaixador da República da Indonésia em Timor-Leste, Comandante da Polícia UIR, Armando Monteiro, Comandante da Polícia do Distrito de Díli, Pedro Belo, e forte segurança da Polícia Nacional de Timor-Leste, da Unidade Task Force, Polícia Militar (PM) e UNPOL.
Atrás da delegação, ao sair do avião, apareceram logo os arguidos Asanku, vestido de camisa vermelha, com a gola branca, calça “jeans”, depois a seguir Tito Tilman, José Gomes e no fim Egídio Lay.
Após um descanso de alguns minutos no salão de conferência VIP, o Coronel Petrus Volose e o Procurador-Geral Longuinhos Monteiro assinaram oficialmente o documento de entrega dos quatro arguidos e o relatório de saúde dos arguidos, além da entrega também de cinco telemóveis, como evidências para o representante do Governo de Timor-Leste, Procurador-Geral da República, Longuinhos Monteiro.
Aos jornalistas, o Coronel Petrus Volose afirmou que os quatro arguidos foram deportados pela Polícia da República da Indonésia porque atravessaram ilegalmente a fronteira, entrando na Indonésia. Além disso os quatro arguidos foram envolvidos no atentado de 11 de Fevereiro contra o Estado de Timor-Leste, ferindo o Presidente da República, José Manuel Ramos Horta, e no ataque à caravana do Primeiro-Ministro, José Alexandre Kay Rala Xanana Gusmão.
Petrus Volose acrescentou que a deportação dos quatro arguidos foi realizada baseando-se num pedido do Governo de Timor-Leste.
«Queremos informar que o Governo Indonésio através da Polícia Nacional da República da Indonésia capturou os quatro arguidos e fez o processo de deportação porque os quatro arguidos entraram ilegalmente na Indonésia. Quatro arguidos alegadamente envolvidos no atentado de 11 de Fevereiro que feriu o Presidente da República José Manuel Ramos Horta e no ataque ao Primeiro-Ministro Xanana Gusmão», explicou Petrus Volose.
O Coronel Petrus Volose afirmou que a Polícia Nacional Indonésia entregou também os atestados médicos de saúde dos arguidos, emitidos na Indonésia, demonstrando que os mesmos estão em boas condições de saúde.
Acrescentou ainda que as medidas tomadas neste caso fazem parte do processo judicial da Indonésia para a implementação da justiça em Timor-Leste.
No mesmo local, o Procurador-Geral da República da RDTL, Longuinhos Monteiro, apresentou os agradecimentos ao Governo Indonésio através do apoio da Polícia Nacional Indonésia por ter capturado e deportado os quatro arguidos.
«Hoje, segunda-feira, em Bali, foi feita a deportação pela Imigração no Aeroporto Ngurarai, com o apoio da Polícia Nacional Indonésia ao Governo de Timor-Leste e com os seus documentos de viagem emitidos pelo Consulado de Timor-Leste em Bali. O processo em Díli é a entrega oficial dos quatro arguidos para o processo de justiça. Portanto a partir de hoje os quatros arguidos enfrentarão o processo judicial em Timor-Leste», explicou Longuinhos Monteiro.
O Procurador-Geral afirmou ainda que os arguidos foram entregues pela Polícia Nacional da Indonésia de boa maneira e com boas condições de saúde.
Portanto após a assinatura do documento de entrega, «entregarei os arguidos ao representante do Comando de Operação Conjunta (COC) para verificar a sua condição e tratá-los de uma boa forma, como a Polícia Nacional Indonésia os tratou na Indonésia», explicou Longuinhos Monteiro.
Segundo a observação do Jornal Nacional Diário no terreno, a Polícia Nacional Indonésia entregou os quatros arguidos ao Procurador-Geral da República como representante do Governo de Timor-Leste e Longuinhos Monteiro entregou oficialmente os quatro arguidos ao representante do COC, que os levou de imediato para o edifício do COC, no Memorial Hall, Farol, Díli. JNSemanário .
segunda-feira, 12 de maio de 2008
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