28/07/08
Da Redação, com Ecclesia
O Santuário de Fátima recebeu durante este fim de semana, o presidente da República do Timor Leste e Prêmio Nobel da Paz, Ramos Horta. A visita teve características de peregrinação pessoal em agradecimento a Nossa Senhora de Fátima pela proteção a ele concedida no atentado de que foi vítima em 11 de fevereiro deste ano.
No Livro de Honra do Santuário de Fátima, assinado por ocasião da recepção feita à comitiva timorense pelo Reitor Mons. Luciano Guerra, Ramos Horta escreveu: "É com emoção que venho à Fátima em peregrinação de agradecimento à Virgem Santíssima pela vida que me dá para continuar a servir o meu povo e a humanidade". Pelas 10h30, Ramos Horta foi recebido, acompanhado do embaixador de Timor Leste em Portugal, Dom Ximenes Belo e Manuel Abrantes, na Casa de Nossa Senhora das Dores, pelo reitor do Santuário de Fátima.Na Sala de Recepções, um grupo de jovens timorenses que vivem em Fátima na congregação religiosa Nossa Senhora das Vitórias cantou para toda a comitiva. Nas palavras de boas vindas, Mons. Luciano Guerra, manifestou a alegria de receber uma visita tão importante como esta: "O responsável de um país estreitamente unido a Portugal e com tão grande devoção a Nossa Senhora de Fátima". "Nós acompanhamos com muita emoção e oração tudo o que lhe aconteceu e damos graças a Deus porque pôde restabelecer-se plenamente", afirmou Mons. Guerra. Na Capela das ApariçõesNa Capelinha das Aparições, após o primeiro momento de recepção oficial, toda a comitiva timorense se juntou às centenas de peregrinos de vários lugares do mundo que se encontravam ali. Algumas lágrimas e muitos sorrisos acompanharam o acolhimento feito ao Chefe de Estado e Prêmio Nobel da Paz, quer por timorenses residentes em Portugal quer pelos outros peregrinos. Todos os peregrinos reconheceram publicamente o esforço desenvolvido por Ramos Horta em favor da paz. Todos foram convidados por Mons. Luciano Guerra a rezar uma Ave-Maria para que "Timor Leste encontre o seu lugar no concerto das nações", e "para que se consolide como nação gloriosa que é". Ramos Horta manifestou a sua alegria pela visita à Fátima e divulgou ter sido recebido pela Irmã Lúcia em Julho de 2004. "Fui o primeiro e o único timorense a ser recebido pela Irmã Lúcia", disse. Na celebração Eucarística em honra a São Joaquim e Santa Ana, pais de Maria e avós de Jesus, na qual Ramos Horta participou, junto com cerca de outros oito mil peregrinos, Mons. Luciano Guerra, que presidiu, acrescentou outra intenção especial de oração: "Para que o Senhor dê a graça da paz e do progresso ao Timor Leste".
Fim
Presidente de Timor-Leste visita Fátima
FÁTIMA, segunda-feira, 28 de julho de 2008.
- O Santuário de Fátima recebeu na manhã de sábado o presidente do Timor-Leste e Prêmio Nobel da Paz Dr. Ramos Horta.
Segundo informa a Sala de Imprensa do Santuário, a visita representou para Ramos Horta uma peregrinação pessoal em agradecimento a Nossa Senhora pela proteção a ele concedida no atentado de fevereiro passado.
No dia 10 de fevereiro, o presidente de Timor foi alvejado no estômago, durante um ataque armado à sua casa, em um atentado perpetrado por um grupo dissidente das forças armadas do país.
No Livro de Honra do Santuário de Fátima, assinado por ocasião da recepção feita à comitiva timorense pelo Reitor Mons. Luciano Guerra, Ramos Horta escreveu: «É com emoção que venho à Fátima em peregrinação de agradecimento à Virgem Santíssima pela vida que me dá para continuar a servir o meu povo e a humanidade».
Mons. Luciano Guerra, nas palavras de boas-vindas, manifestou a alegria por o Santuário receber a visita do responsável de um país estreitamente unido a Portugal e com tão grande devoção a Nossa Senhora de Fátima.
«Nós acompanhámos com muita emoção e oração tudo o que lhe aconteceu e damos graças a Deus porque pôde restabelecer-se plenamente», afirmou Mons. Guerra, que teceu votos para que Ramos Horta possa continuar a dedicar-se ao seu país, «para que a sua missão possa realizar-se como sempre sonhou».
Na Capelinha das Aparições, todos foram convidados por Mons. Luciano Guerra a rezar uma Ave-Maria para que «Timor encontre o seu lugar no concerto das nações», «para que se consolide como nação gloriosa que é».
quinta-feira, 31 de julho de 2008
terça-feira, 29 de julho de 2008
GNR vai permanecer em Timor, mesmo que missão da ONU acabe
Portugal vai manter os 230 militares da GNR em Timor-Leste, mesmo que a ONU decida suspender a sua missão no país, o que pode acontecer no início de 2009, garantiu José Sócrates. Ramos-Horta mostrou-se bastante satisfeito com o apoio português.
O primeiro-ministro português garantiu, esta segunda-feira, ao presidente timorense que os militares que a GNR mantém em Timor-Leste continuarão no país, mesmo que a Organização das Nações Unidas decida suspender a sua missão naquele país em Fevereiro de 2009.
A notícia foi avançada por Ramos-Horta à saída de um encontro de quase uma hora com José Sócrates, em Lisboa, em que o presidente timorense pediu os «bons ofícios» de Portugal junto da ONU para que a missão internacional, que termina em Fevereiro de 2009, seja prorrogada por, pelo menos, mais um ano.
«Pedi a Portugal que interceda junto da ONU para que o Conselho de Segurança prorrogue, por mais um ano, a missão em Timor-Leste e que, se a missão acabar, que a GNR se mantenha no país», disse o chefe de Estado timorense, acrescentando que a disponibilidade do primeiro-ministro português foi «total».
No entanto, afirmou Ramos-Horta, seria «importante» que a Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT)ficasse por mais tempo no país, «para evitar os erros cometidos no passado», designadamente em 2002, quando «saiu precipitadamente» e a crise na região «deflagrou».
Com vista a travar a onda de violência vivida no fim do primeiro trimestre de 2007 em Timor-Leste, a UNMIT chegou na contar com cerca de 5000 efectivos, 230 deles portugueses, sobretudo na altura das eleições legislativas de Junho desse ano.
Questionado sobre os resultados do inquérito ao atentado de 11 de Fevereiro, que quase lhe custou a vida, Ramos-Horta reafirmou esperar ter conclusões do Procuradoria-Geral da República timorense no final de Julho ou no início de Agosto.
O primeiro-ministro português garantiu, esta segunda-feira, ao presidente timorense que os militares que a GNR mantém em Timor-Leste continuarão no país, mesmo que a Organização das Nações Unidas decida suspender a sua missão naquele país em Fevereiro de 2009.
A notícia foi avançada por Ramos-Horta à saída de um encontro de quase uma hora com José Sócrates, em Lisboa, em que o presidente timorense pediu os «bons ofícios» de Portugal junto da ONU para que a missão internacional, que termina em Fevereiro de 2009, seja prorrogada por, pelo menos, mais um ano.
«Pedi a Portugal que interceda junto da ONU para que o Conselho de Segurança prorrogue, por mais um ano, a missão em Timor-Leste e que, se a missão acabar, que a GNR se mantenha no país», disse o chefe de Estado timorense, acrescentando que a disponibilidade do primeiro-ministro português foi «total».
No entanto, afirmou Ramos-Horta, seria «importante» que a Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT)ficasse por mais tempo no país, «para evitar os erros cometidos no passado», designadamente em 2002, quando «saiu precipitadamente» e a crise na região «deflagrou».
Com vista a travar a onda de violência vivida no fim do primeiro trimestre de 2007 em Timor-Leste, a UNMIT chegou na contar com cerca de 5000 efectivos, 230 deles portugueses, sobretudo na altura das eleições legislativas de Junho desse ano.
Questionado sobre os resultados do inquérito ao atentado de 11 de Fevereiro, que quase lhe custou a vida, Ramos-Horta reafirmou esperar ter conclusões do Procuradoria-Geral da República timorense no final de Julho ou no início de Agosto.
Ramos Horta elogia Xanana e diz que há condições e confiança no governo
Aveiro, 26 Jul (Lusa) - O Presidente da República de Timor-Leste, José Ramos Horta, disse hoje em Ovar que a adesão de mais um partido político, a UNATIM, à actual coligação overnamental timorense significa confiança no governo de Xanana Gusmão.
Questionado pelos jornalistas sobre a estabilidade governativa no seu país, Ramos Horta disse não poder responder "se a coligação sobrevive aos problemas do dia-a-dia ou não", mas elogiou o primeiro-ministro pelo equilíbrio que tem conseguido.
"Elogio Xanana por conseguir gerir até hoje essa coligação, o que não é fácil, porque o governo foi constituído em negociações entre quatro partidos, a que se juntou há cerca de um mês mais um, liderado por um prestigiado guerrilheiro com mais de 24 anos de luta, o que significa confiança", disse.
As declarações do Presidente da República de Timor-Leste foram proferidas em Ovar, onde se deslocou para visitar a exposição de pintura "ADN, Abertura da descoberta da nau", da artista plástica Maria Dulce, sua familiar, tendo sido recebido nos Paços do Concelho.
Durante a cerimónia, Ramos Horta havia descrito a actual situação no seu país, afirmando que "o governo de Xanana Gusmão foi eleito ainda com feridas, mas tem condições que não havia no passado para resolver os problemas, em especial dos mais pobres".
Após saber que o orçamento anual da Câmara de Ovar é de 25 milhões de euros, Ramos Horta sublinhou que corresponde a cerca de dois terços de todo o orçamento que Mari Alkatiri dispunha em 2002, para governar o país.
"Hoje, o Orçamento Geral do Estado é de 340 milhões de dólares e todo financiado por nós. Com as ajudas internacionais, significa que Timor-Leste tem 600 milhões disponíveis, mas a capacidade de execução é baixa. O petróleo e o gás são uma dádiva de Deus, mas não é facilmente traduzida na melhoria das condições da população e esse é o nosso grande desafio", disse.
Segundo o Presidente da República timorense, "a situação é agora estável e a economia está a arrancar, havendo motivação por parte do governo"
"Vamos dar o tempo necessário ao governo, que saiu de uma grande crise, para melhorar as condições da população. O país está tranquilo e os problemas institucionais resolvidos" disse.
Para tal contribui, conforme referiu, o facto do regresso dos peticionários às suas aldeias ter sido "aceite por mais de 90 por cento e apenas 40 quererem regressar às Forças Armadas" e de, desde há dois meses, estar a ser feito "o esvaziamento dos campos de deslocados, com muito diálogo para a mútua aceitação".
"A tragédia de Fevereiro só me aconteceu a mim e não ao Povo e hoje Timor-Leste está num processo de estabilização", concluiu.
MSO
Lusa/Fim
Questionado pelos jornalistas sobre a estabilidade governativa no seu país, Ramos Horta disse não poder responder "se a coligação sobrevive aos problemas do dia-a-dia ou não", mas elogiou o primeiro-ministro pelo equilíbrio que tem conseguido.
"Elogio Xanana por conseguir gerir até hoje essa coligação, o que não é fácil, porque o governo foi constituído em negociações entre quatro partidos, a que se juntou há cerca de um mês mais um, liderado por um prestigiado guerrilheiro com mais de 24 anos de luta, o que significa confiança", disse.
As declarações do Presidente da República de Timor-Leste foram proferidas em Ovar, onde se deslocou para visitar a exposição de pintura "ADN, Abertura da descoberta da nau", da artista plástica Maria Dulce, sua familiar, tendo sido recebido nos Paços do Concelho.
Durante a cerimónia, Ramos Horta havia descrito a actual situação no seu país, afirmando que "o governo de Xanana Gusmão foi eleito ainda com feridas, mas tem condições que não havia no passado para resolver os problemas, em especial dos mais pobres".
Após saber que o orçamento anual da Câmara de Ovar é de 25 milhões de euros, Ramos Horta sublinhou que corresponde a cerca de dois terços de todo o orçamento que Mari Alkatiri dispunha em 2002, para governar o país.
"Hoje, o Orçamento Geral do Estado é de 340 milhões de dólares e todo financiado por nós. Com as ajudas internacionais, significa que Timor-Leste tem 600 milhões disponíveis, mas a capacidade de execução é baixa. O petróleo e o gás são uma dádiva de Deus, mas não é facilmente traduzida na melhoria das condições da população e esse é o nosso grande desafio", disse.
Segundo o Presidente da República timorense, "a situação é agora estável e a economia está a arrancar, havendo motivação por parte do governo"
"Vamos dar o tempo necessário ao governo, que saiu de uma grande crise, para melhorar as condições da população. O país está tranquilo e os problemas institucionais resolvidos" disse.
Para tal contribui, conforme referiu, o facto do regresso dos peticionários às suas aldeias ter sido "aceite por mais de 90 por cento e apenas 40 quererem regressar às Forças Armadas" e de, desde há dois meses, estar a ser feito "o esvaziamento dos campos de deslocados, com muito diálogo para a mútua aceitação".
"A tragédia de Fevereiro só me aconteceu a mim e não ao Povo e hoje Timor-Leste está num processo de estabilização", concluiu.
MSO
Lusa/Fim
segunda-feira, 28 de julho de 2008
Moderate quake hits Timor-Leste
JAKARTA, July 28 (Xinhua) -- A moderate earthquake with magnitude of 5.5 rocked Timor-Leste on Monday morning, no initial report of damage or casualties, according to Indonesian meteorology agency.
The quake struck at 02:30 Jakarta time (1930 GMT Sunday) with epicenter at 151 km northeast Dili the capital of the country and at 287 km in depth, an official of the agency said.
Timor-Leste sits on a vulnerable quake-hit zone called "the Pacific Ring of Fire" where two continental plates meet that cause frequent seismic and volcanic movements.
The quake struck at 02:30 Jakarta time (1930 GMT Sunday) with epicenter at 151 km northeast Dili the capital of the country and at 287 km in depth, an official of the agency said.
Timor-Leste sits on a vulnerable quake-hit zone called "the Pacific Ring of Fire" where two continental plates meet that cause frequent seismic and volcanic movements.
10 mil timorenses observados por cirurgião e enfermeiro da Marinha
Domingo, 27 de Julho de 2008 17:47
Cerca de 10 mil doentes timorenses foram observados durante a missão humanitária do maior navio-hospital do
mundo, que esteve duas semanas em Timor-Leste levando a bordo um cirurgião e um enfermeiro da Marinha
Portuguesa.
Segundo contou à agência Lusa o médio Nelson Olim, em 14 dias de trabalho, a equipa do navio norte-americano
"USNS Mercy" viu 10 mil doentes, entre os quais perto de 2.500 crianças.
A bordo deste navio, cuja capacidade equivale à do Hospital Santa Maria em Lisboa, foram realizadas 270 cirurgias e
feitos 2.000 exames radiológicos durante a missão em Timor-Leste.
Foram ainda oferecidos cerca de 4.000 pares de óculos e reparados 64 aparelhos hospitalares timorenses, num valor
total de 300 mil dólares (equivalente a cerca 200 mil euros).
Durante a missão houve ainda a oportunidade de construir de raiz um centro comunitário em Metinaro e de reabilitar
uma escola em Bairro Pité, segundo as informações enviadas por e-mail à Lusa pelo cirurgião português Nelson Olim.
A missão global do "USNS Mercy" tem a duração de quatro meses, passando pelas Filipinas, Vietname, Timor, Papua
Nova Guiné e Micronésia. No entanto, a participação da Marinha Portuguesa ficou restrita a Timor-Leste, de onde
suspenderam âncora no sábado.
O navio, que esteve fundeado na baía de Díli, foi o centro da vertente cirúrgica da missão, mas no terreno estiveram
destacamentos médicos em Díli, Baucau, Viqueque e em Bairro Pité.
JORNAL DA MADEIRA/LUSA
Cerca de 10 mil doentes timorenses foram observados durante a missão humanitária do maior navio-hospital do
mundo, que esteve duas semanas em Timor-Leste levando a bordo um cirurgião e um enfermeiro da Marinha
Portuguesa.
Segundo contou à agência Lusa o médio Nelson Olim, em 14 dias de trabalho, a equipa do navio norte-americano
"USNS Mercy" viu 10 mil doentes, entre os quais perto de 2.500 crianças.
A bordo deste navio, cuja capacidade equivale à do Hospital Santa Maria em Lisboa, foram realizadas 270 cirurgias e
feitos 2.000 exames radiológicos durante a missão em Timor-Leste.
Foram ainda oferecidos cerca de 4.000 pares de óculos e reparados 64 aparelhos hospitalares timorenses, num valor
total de 300 mil dólares (equivalente a cerca 200 mil euros).
Durante a missão houve ainda a oportunidade de construir de raiz um centro comunitário em Metinaro e de reabilitar
uma escola em Bairro Pité, segundo as informações enviadas por e-mail à Lusa pelo cirurgião português Nelson Olim.
A missão global do "USNS Mercy" tem a duração de quatro meses, passando pelas Filipinas, Vietname, Timor, Papua
Nova Guiné e Micronésia. No entanto, a participação da Marinha Portuguesa ficou restrita a Timor-Leste, de onde
suspenderam âncora no sábado.
O navio, que esteve fundeado na baía de Díli, foi o centro da vertente cirúrgica da missão, mas no terreno estiveram
destacamentos médicos em Díli, Baucau, Viqueque e em Bairro Pité.
JORNAL DA MADEIRA/LUSA
Timor Leste estréia nos Jogos da CPLP, no Rio de Janeiro
27-07-2008 11:12:41
Rio de Janeiro, 27 jul (Lusa) - Uma delegação do Timor Leste desfilou pela primeira vez em uma cerimônia de abertura dos Jogos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), que tem sua sexta edição disputada até 2 de agosto, no Rio de Janeiro.O jogador de futebol José Ramos Costa Salis Luís, de 16 anos, um dos 27 membros da comitiva timorense, foi o escolhido para o Juramento do Atleta.
A cerimônia foi realizada no Complexo Esportivo do Maracanã. No local, foram colocados cartazes destacando a candidatura da capital fluminense a sede dos Jogos Olímpicos de 2016. A estréia do Timor Leste nos Jogos da CPLP não passou despercebida, sendo inclusive citada no discurso do ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior, que reafirmou o papel do evento no "fortalecimento dos laços de solidariedade e fraternidade entre os países da comunidade".O angolano Albino da Conceição, presidente em exercício dos Conselho de Ministros do Esporte da CPLP, também destacou o fato de "pela primeira vez os Jogos contarem com todos os seus oito membros".
Evento
Na tribuna de honra, estavam dirigentes do Esporte dos governos de Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e Portugal.Os 600 jovens das categorias sub-16 que vão competir nas seis modalidades dos Jogos desfilaram na pista do complexo, tendo cabido à delegação de Angola a primeira entrada no estádio, seguindo-se as delegações de Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e Brasil.O momento em que a pira olímpica foi acesa, um dos pontos altos da noite, coube a Jaqueline Silva, a primeira brasileira a conquistar uma medalha de ouro em Jogos Olímpicos.O cantor Martinho da Vila, embaixador da Boa Vontade da CPLP, foi homenageado na cerimônia, realizada precisamente no momento em que no Maracanã era disputado o jogo entre Fluminense e Cruzeiro, pela 14º rodada do Campeonato Brasileiro.
Rio de Janeiro, 27 jul (Lusa) - Uma delegação do Timor Leste desfilou pela primeira vez em uma cerimônia de abertura dos Jogos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), que tem sua sexta edição disputada até 2 de agosto, no Rio de Janeiro.O jogador de futebol José Ramos Costa Salis Luís, de 16 anos, um dos 27 membros da comitiva timorense, foi o escolhido para o Juramento do Atleta.
A cerimônia foi realizada no Complexo Esportivo do Maracanã. No local, foram colocados cartazes destacando a candidatura da capital fluminense a sede dos Jogos Olímpicos de 2016. A estréia do Timor Leste nos Jogos da CPLP não passou despercebida, sendo inclusive citada no discurso do ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior, que reafirmou o papel do evento no "fortalecimento dos laços de solidariedade e fraternidade entre os países da comunidade".O angolano Albino da Conceição, presidente em exercício dos Conselho de Ministros do Esporte da CPLP, também destacou o fato de "pela primeira vez os Jogos contarem com todos os seus oito membros".
Evento
Na tribuna de honra, estavam dirigentes do Esporte dos governos de Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e Portugal.Os 600 jovens das categorias sub-16 que vão competir nas seis modalidades dos Jogos desfilaram na pista do complexo, tendo cabido à delegação de Angola a primeira entrada no estádio, seguindo-se as delegações de Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e Brasil.O momento em que a pira olímpica foi acesa, um dos pontos altos da noite, coube a Jaqueline Silva, a primeira brasileira a conquistar uma medalha de ouro em Jogos Olímpicos.O cantor Martinho da Vila, embaixador da Boa Vontade da CPLP, foi homenageado na cerimônia, realizada precisamente no momento em que no Maracanã era disputado o jogo entre Fluminense e Cruzeiro, pela 14º rodada do Campeonato Brasileiro.
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Horta elogia nacionalidade lusa a nascidos no Timor até 2002
23/07/2008 - 19h18
Braga, 23 jul (Lusa) - O presidente do Timor Leste, José Ramos-Horta, afirmou que a população do país asiático ficará satisfeita se todos os habitantes nascidos na ex-colônia até 2002 poderem receber a nacionalidade portuguesa."
Portugal é um país soberano, mas se a lei da imigração determinar que os timorenses nascidos antes da independência também têm nacionalidade portuguesa, todo o povo vai ficar satisfeitíssimo", afirmou Ramos Horta, após uma conferência na Universidade do Minho, em Braga. O presidente timorense declarou que compete a Portugal fazer as suas próprias leis, mas ressaltou que, "no caso dos timorenses mais velhos, são justas as pensões de aposentadoria, os muitos milhões de euros que vão de Portugal para o Timor".Questionado sobre o processo judicial em torno da tentativa de assassinato de que foi alvo, em fevereiro, Ramos-Horta disse que o procurador-geral da República o informou de que os supostos culpados "seriam acusados dentro de dias"."Não sei quais as acusações, nem se foi ou não encontrada uma razão para o crime", afirmou.Questões políticasEm termos políticos, o líder timorense defendeu a continuação da aposta na língua portuguesa, como língua oficial do país, acrescentando que "ninguém obrigou os timorenses a optarem pelo português, conforme consta da Constituição".Ramos-Horta rejeitou as críticas à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), dizendo que se o atual secretariado não faz mais é porque os países não fornecem meios para os projetos aprovados.Apesar disso, criticou as autoridades governamentais do país asiático, por não terem pagado a cota anual para a CPLP, de cerca de 30 mil euros (R$ 74,8 mil), afirmando que "é um problema de competência, já que não há razões financeiras para a dívida.O presidente timorense defendeu o aprofundamento da CPLP, acrescentando que, como o secretariado não tem receitas próprias, os países precisam cumprir as suas obrigações e promessas assim que os projetos são aprovados.Sobre a posição do Timor Leste na questão do Kosovo, e em especial quanto ao reconhecimento da sua independência, Ramos Horta disse que nas questões européias "houve sempre o conselho diplomático de Portugal".
Braga, 23 jul (Lusa) - O presidente do Timor Leste, José Ramos-Horta, afirmou que a população do país asiático ficará satisfeita se todos os habitantes nascidos na ex-colônia até 2002 poderem receber a nacionalidade portuguesa."
Portugal é um país soberano, mas se a lei da imigração determinar que os timorenses nascidos antes da independência também têm nacionalidade portuguesa, todo o povo vai ficar satisfeitíssimo", afirmou Ramos Horta, após uma conferência na Universidade do Minho, em Braga. O presidente timorense declarou que compete a Portugal fazer as suas próprias leis, mas ressaltou que, "no caso dos timorenses mais velhos, são justas as pensões de aposentadoria, os muitos milhões de euros que vão de Portugal para o Timor".Questionado sobre o processo judicial em torno da tentativa de assassinato de que foi alvo, em fevereiro, Ramos-Horta disse que o procurador-geral da República o informou de que os supostos culpados "seriam acusados dentro de dias"."Não sei quais as acusações, nem se foi ou não encontrada uma razão para o crime", afirmou.Questões políticasEm termos políticos, o líder timorense defendeu a continuação da aposta na língua portuguesa, como língua oficial do país, acrescentando que "ninguém obrigou os timorenses a optarem pelo português, conforme consta da Constituição".Ramos-Horta rejeitou as críticas à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), dizendo que se o atual secretariado não faz mais é porque os países não fornecem meios para os projetos aprovados.Apesar disso, criticou as autoridades governamentais do país asiático, por não terem pagado a cota anual para a CPLP, de cerca de 30 mil euros (R$ 74,8 mil), afirmando que "é um problema de competência, já que não há razões financeiras para a dívida.O presidente timorense defendeu o aprofundamento da CPLP, acrescentando que, como o secretariado não tem receitas próprias, os países precisam cumprir as suas obrigações e promessas assim que os projetos são aprovados.Sobre a posição do Timor Leste na questão do Kosovo, e em especial quanto ao reconhecimento da sua independência, Ramos Horta disse que nas questões européias "houve sempre o conselho diplomático de Portugal".
Timorenses na Indonésia não têm garantias de refugiados
23-07-2008 08:49:02
Pedro Rosa Mendes, da Agência LusaKupang, Indonésia,
23 jul (Lusa) - Os timorenses que, em 1999, fugiram para o lado indonésio do Timor deixaram de ter o estatuto e as garantias de refugiados há muito tempo, mas muitos continuam vivendo sem terra, sem emprego e até sem Estado.
Em setembro de 1999, 250 mil timorenses fugiram da violência indonésia do processo de independência ou foram deportados para o lado indonésio da ilha. Um número incerto de ex-refugiados continua vivendo em Atambua, Kupang, Kefa, So'e e outras localidades.No fim de dezembro de 2002, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) encerrou por completo seus programas para timorenses na província indonésia de Nusa Tenggara Timor (NTT), de que Kupang é a capital.No ano seguinte, as autoridades de Jacarta organizaram um projeto que ofereceu aos timorenses "permanecer" indonésios ou optar pela nacionalidade do Timor Leste, pedindo autorização de residência para estrangeiros na Indonésia.Diferentes organizações de assistência timorenses e internacionais afirmam, porém, que muitos ex-refugiados não puderam ou não souberam participar do registro e são, de fato, cidadãos sem Estado."Não existe um registro credível do número de timorenses, ou ex-refugiados, ou indonésios de origem timorense", afirmou à Agência Lusa um elemento do Acnur que trabalhou vários anos com os refugiados timorenses da metade ocidental da ilha."Quaisquer números que as autoridades indonésias derem estarão, provavelmente, inflacionados. O registro de 2003 incluiu não apenas ex-refugiados do Timor Leste, mas também refugiados indonésios de outras províncias, ou 'transmigrantes', que tinham ido parar no Timor Leste antes de 1999 e, por alguma razão, não tinham documentos", acrescentou a mesma fonte.Em meados de 2003, havia 120 mil refugiados de origem timorense na Indonésia, 110 mil em NTT, "mas nem todos eram de Timor Leste".Armindo Soares Mariano, fundador do partido timorense pró-Indonésia Apodeti, em 1974, e hoje deputado da província de NTT, também duvida dos números oficiais, mas por defeito."Quanto menos timorenses houver, menor o número dos que podem pedir ajuda ao governo indonésio", explicou o deputado."Eu, quando vim em 1999, era uma família só. Agora sou quatro, porque os meus filhos já casaram, mas continuam a depender de mim. É a mesma estrutura típica familiar do Timor Leste. Há 150 mil timorenses neste lado, à vontade", diz o deputado.Quase um décimo da população do Timor Leste vive em algum lugar fora o país de origem, por escolha ou por medo, uma vez que muitos temem ser acusados dos crimes cometidos no processo de independência, em 1999.Para esta população, NTT tem recursos escassos a oferecer: pouca terra arável, recursos hídricos insuficientes e uma situação econômica que tem piorado nos últimos anos, fazendo da província uma das regiões mais pobres do arquipélago da Indonésia.Conflitos de terra e tensão entre comunidades têm sido freqüentes em vários pontos de Timor ocidental. Algo que, segundo a fonte do Acnur, "não tem tido a devida atenção das autoridades dos dois países".
Pedro Rosa Mendes, da Agência LusaKupang, Indonésia,
23 jul (Lusa) - Os timorenses que, em 1999, fugiram para o lado indonésio do Timor deixaram de ter o estatuto e as garantias de refugiados há muito tempo, mas muitos continuam vivendo sem terra, sem emprego e até sem Estado.
Em setembro de 1999, 250 mil timorenses fugiram da violência indonésia do processo de independência ou foram deportados para o lado indonésio da ilha. Um número incerto de ex-refugiados continua vivendo em Atambua, Kupang, Kefa, So'e e outras localidades.No fim de dezembro de 2002, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) encerrou por completo seus programas para timorenses na província indonésia de Nusa Tenggara Timor (NTT), de que Kupang é a capital.No ano seguinte, as autoridades de Jacarta organizaram um projeto que ofereceu aos timorenses "permanecer" indonésios ou optar pela nacionalidade do Timor Leste, pedindo autorização de residência para estrangeiros na Indonésia.Diferentes organizações de assistência timorenses e internacionais afirmam, porém, que muitos ex-refugiados não puderam ou não souberam participar do registro e são, de fato, cidadãos sem Estado."Não existe um registro credível do número de timorenses, ou ex-refugiados, ou indonésios de origem timorense", afirmou à Agência Lusa um elemento do Acnur que trabalhou vários anos com os refugiados timorenses da metade ocidental da ilha."Quaisquer números que as autoridades indonésias derem estarão, provavelmente, inflacionados. O registro de 2003 incluiu não apenas ex-refugiados do Timor Leste, mas também refugiados indonésios de outras províncias, ou 'transmigrantes', que tinham ido parar no Timor Leste antes de 1999 e, por alguma razão, não tinham documentos", acrescentou a mesma fonte.Em meados de 2003, havia 120 mil refugiados de origem timorense na Indonésia, 110 mil em NTT, "mas nem todos eram de Timor Leste".Armindo Soares Mariano, fundador do partido timorense pró-Indonésia Apodeti, em 1974, e hoje deputado da província de NTT, também duvida dos números oficiais, mas por defeito."Quanto menos timorenses houver, menor o número dos que podem pedir ajuda ao governo indonésio", explicou o deputado."Eu, quando vim em 1999, era uma família só. Agora sou quatro, porque os meus filhos já casaram, mas continuam a depender de mim. É a mesma estrutura típica familiar do Timor Leste. Há 150 mil timorenses neste lado, à vontade", diz o deputado.Quase um décimo da população do Timor Leste vive em algum lugar fora o país de origem, por escolha ou por medo, uma vez que muitos temem ser acusados dos crimes cometidos no processo de independência, em 1999.Para esta população, NTT tem recursos escassos a oferecer: pouca terra arável, recursos hídricos insuficientes e uma situação econômica que tem piorado nos últimos anos, fazendo da província uma das regiões mais pobres do arquipélago da Indonésia.Conflitos de terra e tensão entre comunidades têm sido freqüentes em vários pontos de Timor ocidental. Algo que, segundo a fonte do Acnur, "não tem tido a devida atenção das autoridades dos dois países".
Diáspora da "integração ou morte" com o coração em Timor
Internacional 2008-07-22 12:19
Há quase uma década que duas diásporas timorenses convivem em Timor ocidental: a dos que gritavam "independência ou morte" e a dos que mataram pela "integração ou morte".
Caetano Guterres, cônsul de Timor-Leste em Kupang, no Timor indonésio, consegue compreender ambas as comunidades, até porque os autonomistas "também têm o coração lá"."Uns diziam, em tétum, 'mate ga moris ukun racik han'. Outros respondiam, em indonésio, 'hidup atau mati untuk integrasi' ou 'autonomia'. Para os dois lados, era até à morte. Eu fui militar e sei como é", diz.Para o cônsul, fundador das Falintil, ex-guerrilheiro e ex-prisioneiro na Indonésia, "é preciso ver o elemento emocional dos irmãos que quiseram a integração"."Quando nós acreditamos numa causa, oferecemos tudo o que temos e lutamos com todos os meios. Em 1999, os timorenses que defenderam a autonomia já tinham provado o fruto de 24 anos de integração", acrescenta."Consideraram que o território sob integração era deles. Houve um referendo, sob influência internacional. Eles perderam e não aguentaram".Caetano Guterres, natural de Afeloicai, no sopé do Monte Matebian, no leste, é tio de Eurico Guterres, natural de Uatolari, também no distrito de Viqueque, e ex-comandante da milícia Aitarak de Díli em 1999.O cônsul dá o exemplo do seu sobrinho quando fala de "arrebatamento" e da "natureza humana" de defender aquilo que considera como seu."Os autonomistas tinham o direito político e o direito democrático de escolher a via que achavam melhor para o seu futuro", diz.Eurico Guterres, suspeito de responsabilidade directa no massacre da residência de Manuel Carrascalão em 17 de Abril de 1999, foi absolvido em Abril de 2008 pelo Supremo Tribunal indonésio e saiu em liberdade.O ex-comandante da Aitarak foi absolvido porque a formação da sua milícia em 1999 foi ordenada pelo então governador da província de Timor-Leste, ele próprio libertado em 2004 após decisão em recurso.Caetano Guterres, como cônsul e não como membro da resistência, tem que lidar diariamente com a diáspora dos que cometeram crimes em 1999 e com a diáspora dos que foram vítimas de crimes graves.Uns e outros convivem, afinal, nos mesmos campos e nas mesmas aldeias de Timor ocidental."Uns estão melhor, sobretudo os funcionários públicos. Outros estão pior, como os que sobrevivem de agricultura ou pequenos trabalhos. Pode vê-los pelos mercados a vender hortaliças ou a conduzir motorizadas", refere."Vêm ao meu encontro, choram, dizem-me que gostariam um dia de voltar a Timor-Leste, limpar as campas, plantar a sua várzea. Este é o povo miúdo", espalhado por dezenas de antigos campos e localidades.Cerca de 15 mil casas foram já entregues pela administração indonésia a cidadãos indonésios de origem timorense, "mas muitos têm medo de, recebendo a casa aqui, já nunca mais poder voltar para Timor-Leste", salienta Caetano Guterres.
Pedro Rosa Mendes, Lusa/AO online
Há quase uma década que duas diásporas timorenses convivem em Timor ocidental: a dos que gritavam "independência ou morte" e a dos que mataram pela "integração ou morte".
Caetano Guterres, cônsul de Timor-Leste em Kupang, no Timor indonésio, consegue compreender ambas as comunidades, até porque os autonomistas "também têm o coração lá"."Uns diziam, em tétum, 'mate ga moris ukun racik han'. Outros respondiam, em indonésio, 'hidup atau mati untuk integrasi' ou 'autonomia'. Para os dois lados, era até à morte. Eu fui militar e sei como é", diz.Para o cônsul, fundador das Falintil, ex-guerrilheiro e ex-prisioneiro na Indonésia, "é preciso ver o elemento emocional dos irmãos que quiseram a integração"."Quando nós acreditamos numa causa, oferecemos tudo o que temos e lutamos com todos os meios. Em 1999, os timorenses que defenderam a autonomia já tinham provado o fruto de 24 anos de integração", acrescenta."Consideraram que o território sob integração era deles. Houve um referendo, sob influência internacional. Eles perderam e não aguentaram".Caetano Guterres, natural de Afeloicai, no sopé do Monte Matebian, no leste, é tio de Eurico Guterres, natural de Uatolari, também no distrito de Viqueque, e ex-comandante da milícia Aitarak de Díli em 1999.O cônsul dá o exemplo do seu sobrinho quando fala de "arrebatamento" e da "natureza humana" de defender aquilo que considera como seu."Os autonomistas tinham o direito político e o direito democrático de escolher a via que achavam melhor para o seu futuro", diz.Eurico Guterres, suspeito de responsabilidade directa no massacre da residência de Manuel Carrascalão em 17 de Abril de 1999, foi absolvido em Abril de 2008 pelo Supremo Tribunal indonésio e saiu em liberdade.O ex-comandante da Aitarak foi absolvido porque a formação da sua milícia em 1999 foi ordenada pelo então governador da província de Timor-Leste, ele próprio libertado em 2004 após decisão em recurso.Caetano Guterres, como cônsul e não como membro da resistência, tem que lidar diariamente com a diáspora dos que cometeram crimes em 1999 e com a diáspora dos que foram vítimas de crimes graves.Uns e outros convivem, afinal, nos mesmos campos e nas mesmas aldeias de Timor ocidental."Uns estão melhor, sobretudo os funcionários públicos. Outros estão pior, como os que sobrevivem de agricultura ou pequenos trabalhos. Pode vê-los pelos mercados a vender hortaliças ou a conduzir motorizadas", refere."Vêm ao meu encontro, choram, dizem-me que gostariam um dia de voltar a Timor-Leste, limpar as campas, plantar a sua várzea. Este é o povo miúdo", espalhado por dezenas de antigos campos e localidades.Cerca de 15 mil casas foram já entregues pela administração indonésia a cidadãos indonésios de origem timorense, "mas muitos têm medo de, recebendo a casa aqui, já nunca mais poder voltar para Timor-Leste", salienta Caetano Guterres.
Pedro Rosa Mendes, Lusa/AO online
quinta-feira, 17 de julho de 2008
ONU felicita Timor-Leste e Indonésia
Com o texto da Comissão de Verdade e Amizade, que analisou a violência de 1999, os dois países assumem a vontade de "alcançar justiça e reconciliação"
Apresentado o relatório final da Comissão de Verdade e Amizade (CVA), sobre os acontecimentos violentos que se seguiram ao referendo sobre a independência de Timor-Leste, em 1999, Ban Ki-moon só tem palavras de felicitação pelos resultados alcançados pelas duas partes.Esta terça-feira, horas depois daquela apresentação, Ki-moon disse-o, através de um porta-voz: "O secretário-geral [da ONU] tomou conhecimento da apresentação do relatório final da CVA aos presidentes da Indonésia e de Timor-Leste e da subsequente declaração conjunta emitida pelos dois Governos". E tomou nota o compromisso assumido por José Ramos-Horta, Chefe de Estado timorense, e do seu homólogo indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, em assegurararem o acompanhamento do relatório final deste grupo especial, criado para avaliar a violência que se seguiu ao referendo de 30 de Agosto de 1999."[Ki-moon] aguarda o início da divulgação pública do relatório, e espera que esse processo seja o primeiro passo para alcançar justiça e reconciliação".
Apresentado o relatório final da Comissão de Verdade e Amizade (CVA), sobre os acontecimentos violentos que se seguiram ao referendo sobre a independência de Timor-Leste, em 1999, Ban Ki-moon só tem palavras de felicitação pelos resultados alcançados pelas duas partes.Esta terça-feira, horas depois daquela apresentação, Ki-moon disse-o, através de um porta-voz: "O secretário-geral [da ONU] tomou conhecimento da apresentação do relatório final da CVA aos presidentes da Indonésia e de Timor-Leste e da subsequente declaração conjunta emitida pelos dois Governos". E tomou nota o compromisso assumido por José Ramos-Horta, Chefe de Estado timorense, e do seu homólogo indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, em assegurararem o acompanhamento do relatório final deste grupo especial, criado para avaliar a violência que se seguiu ao referendo de 30 de Agosto de 1999."[Ki-moon] aguarda o início da divulgação pública do relatório, e espera que esse processo seja o primeiro passo para alcançar justiça e reconciliação".
Rai Los Banati Tuir Rogerio, Salsinha Seidauk Bele
Edition: 17 July 2008
DILI-Se uluk, arguido Rogerio Tiago Lobato, sofre moras tensaun komplikadu, moras hanesan mos afeta dau-daun ona ba arguido Vicente da Concecao alias Rai Los, nebe’e uluk iha krizi 2006 sai manu-ain ba Rogerio.
Rai Los, ne’ebe ikus mai ‘trai’ fali nia big boss (Rogerio-red) hodi loke sai eskandalu fahe kilat ba ema sivil, oras ne’e dau-daun mos trata hela nia dokumentus atu ba halo tratamentu saude iha rai estranjeiru hodi banati tuir Rogerio Lobato. Diferenti mak Rogerio ba halo tratamentu saude iha Malayzia no ikus mai hetan indultu husi Prezidenti Republika Jose Ramos Horta, mas Rai Los ba halo tratamentu saude iha Indonesia ou Australia no Rai Los nia kazu rasik seidauk hetan sentensa husi tribunal. Advogadu Nelson Turquel, fo sasin katak arguido Rai Los posetivamente atu ba Indoneisa ou Australia hodi halo tratamentu ba nia kondisaun saude, ne’ebè afeta moras tensaun komplikadu. "Dokumentus tomak hanesan pasaporte ba Rai Los nian, ami nia kolega advogadu Jose Camoes, trata ona no hein deit ona orsamentu husi governu hodi fasilita Rai Los bele desloka ba rai estranjeirus tuir rujukan husi hospital nian katak fatin ne’ebè mak Rai Los sei ba halo tratamentu mak hanesan Indonesia ou Australia. Nune’e Rai Los sei aranka ba rai liur iha tempu badak nia laran," Nelson Turquel hatete lia hirak ne’e ba STL iha Fomento, Dili. Tersa (15/7). Kona ba kondisaun saude komandante grupu rebeldes eis Tanenti Gastao Salsinha nian, Turquel haktuir, kestaun Salsinha nian atu ba halo tratamentu saude iha estranjeirus, karik seidauk bele. Maibe, Rai Los nian hein deit tempu ona no boafe husi governu atu fasilita osan deslokasaun nian. Infelismente, Rai Los ba halo tratamentu saude iha estranjierus, tanba kondisaun material iha Hospital Nasional Guido Valadares la sufsiente atu halo teste ba Rai Los. "hau hanoin katak kona mediku nian karik ita iha Timor bele atende ona moras ne’ebè mak Railos, hasoru maibe kestaun mak falta de material atu bele ajuda mediku sira halo tratamentu ba Rai Los, tanba ne’e mak tenki lori halai ba iha estranjeirus," Turquel dehan tenik. Iha parte seluk, Director Judicial System Monitoring Programme (JSMP) Timotio de Deus, S.H, konsidera katak hateten, tratamentu saude ba ba ema kondenadu sira, nudar parte ida positivu, tanba tuir padroins internasional nia no tuir lei ne’ebè vigora iha nasional ho Internasional, ema se deit tenki hetan tratamentu hanesan humanu, laos dehan katak sira kulpadu ba krimi, sira la iha direitu ba tratamentu saude bainhira sira presiza. Nia dehan, planu ne’ebè mak governu fo ba prizionerus sira atu halo tratamentu, hanesan baut importante, atu bele grantia saude diak ba prizionerus hotu, tanba prizionairus hotu iha direitu atu hetan tratamentu saude. Nune’e, governu iha obrigasaun atu tau matan ba prizioneirus sira hodi hein prosesu investigasaun no kumpri sentensa tribunal."Importante mak halo tratamentu ne’ebè mak governo oferese ona ne’e tenki hanesan ba iha argidio se-se deit mak hela iha pruizaun laran tanba sira nian dignidade hanesan humanu nafatin," Timotio hatete iha nia serisu fatin Colmera, Dili. Tuir Timotio, prizionerus ne’ebè atu ba halo tratamentu saude, tenki signikfika suspende sira nia tempu sentensa, sira bainhira tribunal diside katak ema kulpadu tuir lei ne’ebè vigora ida ne’e kontazen ba priodu sentensa ne’e lao nafatin tanba se suspende tiha sira nian tempo sentensa mak ita kontra direitu prizioneru inklui mos konvensaun internasional ne’ebè mak Timor ratifika ona.Nia esplika, kestaun ba Salsinha ho Rai Los, foin mak tama prizaun sira ba halo ona tratamentu iha rai liur, rajaun katak sira nia prosesu ne’e seidauk remata maibe foin mak iha prosesu investuigasaun nian laran. Tuir kodiku penal ne’ebè mak aplika iha Timor katak prosesu halo investgasaun ba kazu krimi ida mais menus han tempu fulan nen ka tinan ida nian laran hodi fo tempu ba investigador sira bele rekoila evidensia ne’ebè mak forte antes kontinua ba julgamentu, maibe bainhira tempu investigasaun fulan nen ka tinan ida nian laran maka husi prokurador seidauk hetan evidensia ne’ebè forte atu bele lori kazu ba tribunal atu ba halo julgamentu entaun argidio sira mos iha direitu atu bele hetan livre hanesan liverdade kondisional hodi hein prosesu investigasaun.Alien ne’e, deputadu husi bankada UNDERTIM Renan Selak hatete katak nia hanesan ema veteranus ida konsidera tratamentu ba Rai Los ho Salsinha, buat normal ida, tanba estadu Timor trata ema hotu tuir dignidade humana. "Tratamentu ba Rai Los, ha’u hanoin justu, maske nia hetan kastigu maibe estadu mos tenki kuidadu nia vida tanba ne’e mak nia bele ba halo tratamentu iha liur hanesan mos Rogerio Lobato, ne’ebè uluk fahe kilat. Se Rogerio merese hetan tratamentu, entaun Rai Los mos merese hotu," nia hateten. Nia hatutan, problema ba Rai Los, atu ba halo tratamentu iha rai liur la iha ligasaun ho problema politiku ruma mak influnsa nia, tanba ne’e mak hanesan ema veteranus ida husu atu ema la bele halo komprasaun Rai Los nia problema ho veteranus balun ne’ebè mak hetan moras mos. La Bele DiskriminativuIha parte seluk, Direitor Ezekutivu interinu Forum ONG Timor Leste (FONGTIL) Justino da Silva husu ba governu atu la bele aplika politika tratamentu saude ba ema lideransa ou ema special deit, maibe tenki aplika ba kualker sidadaun hot-hotu tanba, ema hotu iha direitu atu hetan tratamentu ba saude. Bainhira nasaun atu halo tratamentu ba Salsinha ho Rai Los, Justino haktuir, importante mak prosesu justisa tenki la’o, hodi nunee la bele hamosu konfuzaun iha publiku nia let hodi husu, katak tratamentu sira ne’e hanesan parte husi situasaun moras mak permiti ka? ou tanba situasaun seluk hanesan politika ruma mak iha laran? Aliende halo tratamentu importante maka prosesu balun mos tenki lao, liu-liu iha parte prosesu justisa nian. Tanba ida ne’e atu bele hare kona ba ita nia prosesu iha timor laran rasik, nee bele forte para fanu kredibilidade povu hodi la bele hamosu hanoin katak hetan tratamentu tanba sira ne’e especial. Se kauandu atu halo espesial, tenki especial ba povu hotu-hotu, katak La bele akontese ba lider sira deit. w’ly/mik
DILI-Se uluk, arguido Rogerio Tiago Lobato, sofre moras tensaun komplikadu, moras hanesan mos afeta dau-daun ona ba arguido Vicente da Concecao alias Rai Los, nebe’e uluk iha krizi 2006 sai manu-ain ba Rogerio.
Rai Los, ne’ebe ikus mai ‘trai’ fali nia big boss (Rogerio-red) hodi loke sai eskandalu fahe kilat ba ema sivil, oras ne’e dau-daun mos trata hela nia dokumentus atu ba halo tratamentu saude iha rai estranjeiru hodi banati tuir Rogerio Lobato. Diferenti mak Rogerio ba halo tratamentu saude iha Malayzia no ikus mai hetan indultu husi Prezidenti Republika Jose Ramos Horta, mas Rai Los ba halo tratamentu saude iha Indonesia ou Australia no Rai Los nia kazu rasik seidauk hetan sentensa husi tribunal. Advogadu Nelson Turquel, fo sasin katak arguido Rai Los posetivamente atu ba Indoneisa ou Australia hodi halo tratamentu ba nia kondisaun saude, ne’ebè afeta moras tensaun komplikadu. "Dokumentus tomak hanesan pasaporte ba Rai Los nian, ami nia kolega advogadu Jose Camoes, trata ona no hein deit ona orsamentu husi governu hodi fasilita Rai Los bele desloka ba rai estranjeirus tuir rujukan husi hospital nian katak fatin ne’ebè mak Rai Los sei ba halo tratamentu mak hanesan Indonesia ou Australia. Nune’e Rai Los sei aranka ba rai liur iha tempu badak nia laran," Nelson Turquel hatete lia hirak ne’e ba STL iha Fomento, Dili. Tersa (15/7). Kona ba kondisaun saude komandante grupu rebeldes eis Tanenti Gastao Salsinha nian, Turquel haktuir, kestaun Salsinha nian atu ba halo tratamentu saude iha estranjeirus, karik seidauk bele. Maibe, Rai Los nian hein deit tempu ona no boafe husi governu atu fasilita osan deslokasaun nian. Infelismente, Rai Los ba halo tratamentu saude iha estranjierus, tanba kondisaun material iha Hospital Nasional Guido Valadares la sufsiente atu halo teste ba Rai Los. "hau hanoin katak kona mediku nian karik ita iha Timor bele atende ona moras ne’ebè mak Railos, hasoru maibe kestaun mak falta de material atu bele ajuda mediku sira halo tratamentu ba Rai Los, tanba ne’e mak tenki lori halai ba iha estranjeirus," Turquel dehan tenik. Iha parte seluk, Director Judicial System Monitoring Programme (JSMP) Timotio de Deus, S.H, konsidera katak hateten, tratamentu saude ba ba ema kondenadu sira, nudar parte ida positivu, tanba tuir padroins internasional nia no tuir lei ne’ebè vigora iha nasional ho Internasional, ema se deit tenki hetan tratamentu hanesan humanu, laos dehan katak sira kulpadu ba krimi, sira la iha direitu ba tratamentu saude bainhira sira presiza. Nia dehan, planu ne’ebè mak governu fo ba prizionerus sira atu halo tratamentu, hanesan baut importante, atu bele grantia saude diak ba prizionerus hotu, tanba prizionairus hotu iha direitu atu hetan tratamentu saude. Nune’e, governu iha obrigasaun atu tau matan ba prizioneirus sira hodi hein prosesu investigasaun no kumpri sentensa tribunal."Importante mak halo tratamentu ne’ebè mak governo oferese ona ne’e tenki hanesan ba iha argidio se-se deit mak hela iha pruizaun laran tanba sira nian dignidade hanesan humanu nafatin," Timotio hatete iha nia serisu fatin Colmera, Dili. Tuir Timotio, prizionerus ne’ebè atu ba halo tratamentu saude, tenki signikfika suspende sira nia tempu sentensa, sira bainhira tribunal diside katak ema kulpadu tuir lei ne’ebè vigora ida ne’e kontazen ba priodu sentensa ne’e lao nafatin tanba se suspende tiha sira nian tempo sentensa mak ita kontra direitu prizioneru inklui mos konvensaun internasional ne’ebè mak Timor ratifika ona.Nia esplika, kestaun ba Salsinha ho Rai Los, foin mak tama prizaun sira ba halo ona tratamentu iha rai liur, rajaun katak sira nia prosesu ne’e seidauk remata maibe foin mak iha prosesu investuigasaun nian laran. Tuir kodiku penal ne’ebè mak aplika iha Timor katak prosesu halo investgasaun ba kazu krimi ida mais menus han tempu fulan nen ka tinan ida nian laran hodi fo tempu ba investigador sira bele rekoila evidensia ne’ebè mak forte antes kontinua ba julgamentu, maibe bainhira tempu investigasaun fulan nen ka tinan ida nian laran maka husi prokurador seidauk hetan evidensia ne’ebè forte atu bele lori kazu ba tribunal atu ba halo julgamentu entaun argidio sira mos iha direitu atu bele hetan livre hanesan liverdade kondisional hodi hein prosesu investigasaun.Alien ne’e, deputadu husi bankada UNDERTIM Renan Selak hatete katak nia hanesan ema veteranus ida konsidera tratamentu ba Rai Los ho Salsinha, buat normal ida, tanba estadu Timor trata ema hotu tuir dignidade humana. "Tratamentu ba Rai Los, ha’u hanoin justu, maske nia hetan kastigu maibe estadu mos tenki kuidadu nia vida tanba ne’e mak nia bele ba halo tratamentu iha liur hanesan mos Rogerio Lobato, ne’ebè uluk fahe kilat. Se Rogerio merese hetan tratamentu, entaun Rai Los mos merese hotu," nia hateten. Nia hatutan, problema ba Rai Los, atu ba halo tratamentu iha rai liur la iha ligasaun ho problema politiku ruma mak influnsa nia, tanba ne’e mak hanesan ema veteranus ida husu atu ema la bele halo komprasaun Rai Los nia problema ho veteranus balun ne’ebè mak hetan moras mos. La Bele DiskriminativuIha parte seluk, Direitor Ezekutivu interinu Forum ONG Timor Leste (FONGTIL) Justino da Silva husu ba governu atu la bele aplika politika tratamentu saude ba ema lideransa ou ema special deit, maibe tenki aplika ba kualker sidadaun hot-hotu tanba, ema hotu iha direitu atu hetan tratamentu ba saude. Bainhira nasaun atu halo tratamentu ba Salsinha ho Rai Los, Justino haktuir, importante mak prosesu justisa tenki la’o, hodi nunee la bele hamosu konfuzaun iha publiku nia let hodi husu, katak tratamentu sira ne’e hanesan parte husi situasaun moras mak permiti ka? ou tanba situasaun seluk hanesan politika ruma mak iha laran? Aliende halo tratamentu importante maka prosesu balun mos tenki lao, liu-liu iha parte prosesu justisa nian. Tanba ida ne’e atu bele hare kona ba ita nia prosesu iha timor laran rasik, nee bele forte para fanu kredibilidade povu hodi la bele hamosu hanoin katak hetan tratamentu tanba sira ne’e especial. Se kauandu atu halo espesial, tenki especial ba povu hotu-hotu, katak La bele akontese ba lider sira deit. w’ly/mik
Governu Hasai $392.390,00 Selu Veteranus Distritu 7
Edition: 17 July 2008
DILI – Nasaun ne’ebe bo’ot no diak, sei la haluha valor haroi sira nian. Ne’e mak oras ne’e hatudu husi estadu Timor Leste, liu husi IV Governu Konstitusional, ne’ebe lidera husi Primeiru Ministru (PM) Kay Rala Xanana Gusmao. Governu, liu husi Ministeiru Solidariedade Sosial (MSS) hahuu ho pagamentu ba veteranus sira ne’ebe fo aan tomak luta ba libertasaun nasional.
MSS hola planu hahuu halo pagamentu simbolikamente ba veteranus sira iha distritu 7. Pagamentu ba distritu 7 ne’e fahe ba fatin tolu; Ida, konsentra iha Distritu Ainaro ne’ebe sei kobre selu veteranus sira husi Distritu Aileu no Manufahi.
Rua, konsentra iha Baucau, ne’ebe sei kobre veteranus sira husi Distritu Lautem no Viqueuque no treseiru, konsentra iha Ermera hodi toma konta mos veteranus sira iha Distritu Liquica.
Total orsamentu ne’ebe atu selu ba Veteranus distritu 7 hamutuk $392.390,00.
Ba distritu sira ne’ebe seidauk halo pagamentu, MSS iha planu sei lao hotu iha tempu badak.
“Ami sei tama too distritu 13 hotu. Agora ami hahu uluk ho distritu 7,”dehan Sekertario Estadu Asuntu Antigo Kombatentes da Libertasaun Nasional Marito Nicolao dos Reis ba jornalista iha nia servisu fatin, Kaikolia, Dili, Segunda (14/7).
Pagamentu ne’e, dehan Marito Reis, halao ba veteranus sira ne’ebe nia dokumentu kompletu ona. Osan ne’e selu ba fulan 6 nian, hahu husi Janariu too Julhu.
Pagamentu ne’e MSS fo veteranus sira ba simu iha Banco Nacional Ultramarino (BNU) distritu nian. Ba distritu ne’ebe la iha asesu BNU, halao pagamentu iha Administrador Distritu no funsionairu BNU maka selu dereitamente. Pagamentu simboliku ne’e hahu iha Tersa (15/7) horseik.
Iha orariu ba Distritu Baucau, Marito Reis maka ba selu, iha Ainaro Prezidenti Homenajem Virgilio Smith no iha Ermera hola direita husi Ministra MSS Maria Domingas Alves “Micato”.
Marito Reis apela ba veteranus ne’ebe mak naran seidauk iha atu lalika laran susar, tanba dokumentus maka seidauk kompletu.
“Dadus ou dokumentus kompletu hotu ona, ami sei selu. Nee imi nia direitu,” Marito Reis dehan tenik.
Veteranus ne’ebe simu husi Distritu Aileu iha nain 5, Ainaro (24), Baucau (34), Ermera (4), Lautem (69), Liquisa (8), Manufahi (20) no Distritu Viqueque iha ema nain 29.
Iha fatin seluk Venteranus Faustino do Santos, atual membru PN husi bankada UNDERTIM hatete, ho pagamentu ba veteranus sira ne’e hatudu katak estadu valioriza nia haroi sira. Maibe Veteranus husi Distritu Lautem ne’e mos kestiona kona ba dadus ne’ebe maka sei presiza hadia, nune’e mos ba lei lei Antigo Kombantentes nee rasik sei diskrimina resistensia sira.
Pensaun ho durasaun tinan 8 too tinan 14 ne’e, tuir nia, sei hamosu problemas, tanba hare ba idade veteranus nian komesa katuas ona no simu osan iha tinan badak deit.
“Ba oin ami sei hatoo proposta lei iha 2009 atu nunee hadia valor veteranus sira,” nia hatete.
Tempu To’o Ona
Iha parte seluk, Mnistra Solidariedade Sosial Mari Domingas Alves “Micato” liu husi konfernesia imprensa, horseik iha nia servisu fatin, deklara aberta katak komesa horseik veteranus ne’ebe nia dokumentu kompletu on abele simu ona nia direitu.
Nia hatete, to’o ona tempu MSS liu husi Sekretariu Estadu Asuntus Veteranus no Antigus Kombatantes ba Libertasaun Nasional no Komisaun Homenagen fo subsidi ba veteranus sira, hafoin komisaun ne’e rasik halo rejistrasaun.
Husi levantamentu dadus ne’ebe komisaun halo ona hetan benefisiarius 12.538 ho diskrisaun hanesan pensaun special substintensia ba kauza idosos katak sira nebe partisipa iha luta entre tinan 8-14 hamutuk ema nain 277 benefisiarius, pensaun ba special substitensia por inkapasidade de trabalho katak sira ne’ebe la bele halo servisu tanba kauza husi luta entre tinan 8-14 hamutuk ema nain 120.
Pensaun special ba reforma katak ema sira ne’ebe partisipa iha luta entre tinan 15-24 hamutuk ema 234 benefisiarius no ikus liu pensaun ba sobrevivensia ba erderod de martires katak sira ne’ebe partisipa iha luta maibe sira mate hamutuk ema 11.907.
Prezidente Komisaun Homenagen, Virgilio Smith husu ba Veteranus no Antigu Kombatantes Libertasaun Nasional sira ne’ebe seidauk simu no ba sira ne’ebe hatam ona sira nia rekerimentu atu pasiensia, tanba Komisaun Homenajen no Ministeriu Solidaridade Sosial sei prosesa nafatin to’o sira hetan sira nia direitu.
Nia mos husu ba benefisiarius sira ne’ebe seidauk hatama rekerimentu atu hatama lalais iha sub distritu sira para bele hetan informasaun ne’ebe diak no bele halo ona prosesu hanesan hodi selu uluk fulan 6 nia laran.
Benefisiarius balun ne’ebe dokumentus seidauk kompletu ou seidauk prenxe criteria, bele halo kompletu tuir informasaun ne’ebe hasai ona iha komunikadu da imprensa ne’ebe fahe ba disritu, sub distritu no suku ida-idak. bre/lia
DILI – Nasaun ne’ebe bo’ot no diak, sei la haluha valor haroi sira nian. Ne’e mak oras ne’e hatudu husi estadu Timor Leste, liu husi IV Governu Konstitusional, ne’ebe lidera husi Primeiru Ministru (PM) Kay Rala Xanana Gusmao. Governu, liu husi Ministeiru Solidariedade Sosial (MSS) hahuu ho pagamentu ba veteranus sira ne’ebe fo aan tomak luta ba libertasaun nasional.
MSS hola planu hahuu halo pagamentu simbolikamente ba veteranus sira iha distritu 7. Pagamentu ba distritu 7 ne’e fahe ba fatin tolu; Ida, konsentra iha Distritu Ainaro ne’ebe sei kobre selu veteranus sira husi Distritu Aileu no Manufahi.
Rua, konsentra iha Baucau, ne’ebe sei kobre veteranus sira husi Distritu Lautem no Viqueuque no treseiru, konsentra iha Ermera hodi toma konta mos veteranus sira iha Distritu Liquica.
Total orsamentu ne’ebe atu selu ba Veteranus distritu 7 hamutuk $392.390,00.
Ba distritu sira ne’ebe seidauk halo pagamentu, MSS iha planu sei lao hotu iha tempu badak.
“Ami sei tama too distritu 13 hotu. Agora ami hahu uluk ho distritu 7,”dehan Sekertario Estadu Asuntu Antigo Kombatentes da Libertasaun Nasional Marito Nicolao dos Reis ba jornalista iha nia servisu fatin, Kaikolia, Dili, Segunda (14/7).
Pagamentu ne’e, dehan Marito Reis, halao ba veteranus sira ne’ebe nia dokumentu kompletu ona. Osan ne’e selu ba fulan 6 nian, hahu husi Janariu too Julhu.
Pagamentu ne’e MSS fo veteranus sira ba simu iha Banco Nacional Ultramarino (BNU) distritu nian. Ba distritu ne’ebe la iha asesu BNU, halao pagamentu iha Administrador Distritu no funsionairu BNU maka selu dereitamente. Pagamentu simboliku ne’e hahu iha Tersa (15/7) horseik.
Iha orariu ba Distritu Baucau, Marito Reis maka ba selu, iha Ainaro Prezidenti Homenajem Virgilio Smith no iha Ermera hola direita husi Ministra MSS Maria Domingas Alves “Micato”.
Marito Reis apela ba veteranus ne’ebe mak naran seidauk iha atu lalika laran susar, tanba dokumentus maka seidauk kompletu.
“Dadus ou dokumentus kompletu hotu ona, ami sei selu. Nee imi nia direitu,” Marito Reis dehan tenik.
Veteranus ne’ebe simu husi Distritu Aileu iha nain 5, Ainaro (24), Baucau (34), Ermera (4), Lautem (69), Liquisa (8), Manufahi (20) no Distritu Viqueque iha ema nain 29.
Iha fatin seluk Venteranus Faustino do Santos, atual membru PN husi bankada UNDERTIM hatete, ho pagamentu ba veteranus sira ne’e hatudu katak estadu valioriza nia haroi sira. Maibe Veteranus husi Distritu Lautem ne’e mos kestiona kona ba dadus ne’ebe maka sei presiza hadia, nune’e mos ba lei lei Antigo Kombantentes nee rasik sei diskrimina resistensia sira.
Pensaun ho durasaun tinan 8 too tinan 14 ne’e, tuir nia, sei hamosu problemas, tanba hare ba idade veteranus nian komesa katuas ona no simu osan iha tinan badak deit.
“Ba oin ami sei hatoo proposta lei iha 2009 atu nunee hadia valor veteranus sira,” nia hatete.
Tempu To’o Ona
Iha parte seluk, Mnistra Solidariedade Sosial Mari Domingas Alves “Micato” liu husi konfernesia imprensa, horseik iha nia servisu fatin, deklara aberta katak komesa horseik veteranus ne’ebe nia dokumentu kompletu on abele simu ona nia direitu.
Nia hatete, to’o ona tempu MSS liu husi Sekretariu Estadu Asuntus Veteranus no Antigus Kombatantes ba Libertasaun Nasional no Komisaun Homenagen fo subsidi ba veteranus sira, hafoin komisaun ne’e rasik halo rejistrasaun.
Husi levantamentu dadus ne’ebe komisaun halo ona hetan benefisiarius 12.538 ho diskrisaun hanesan pensaun special substintensia ba kauza idosos katak sira nebe partisipa iha luta entre tinan 8-14 hamutuk ema nain 277 benefisiarius, pensaun ba special substitensia por inkapasidade de trabalho katak sira ne’ebe la bele halo servisu tanba kauza husi luta entre tinan 8-14 hamutuk ema nain 120.
Pensaun special ba reforma katak ema sira ne’ebe partisipa iha luta entre tinan 15-24 hamutuk ema 234 benefisiarius no ikus liu pensaun ba sobrevivensia ba erderod de martires katak sira ne’ebe partisipa iha luta maibe sira mate hamutuk ema 11.907.
Prezidente Komisaun Homenagen, Virgilio Smith husu ba Veteranus no Antigu Kombatantes Libertasaun Nasional sira ne’ebe seidauk simu no ba sira ne’ebe hatam ona sira nia rekerimentu atu pasiensia, tanba Komisaun Homenajen no Ministeriu Solidaridade Sosial sei prosesa nafatin to’o sira hetan sira nia direitu.
Nia mos husu ba benefisiarius sira ne’ebe seidauk hatama rekerimentu atu hatama lalais iha sub distritu sira para bele hetan informasaun ne’ebe diak no bele halo ona prosesu hanesan hodi selu uluk fulan 6 nia laran.
Benefisiarius balun ne’ebe dokumentus seidauk kompletu ou seidauk prenxe criteria, bele halo kompletu tuir informasaun ne’ebe hasai ona iha komunikadu da imprensa ne’ebe fahe ba disritu, sub distritu no suku ida-idak. bre/lia
Os chefes de Estado de Timor-Leste e da Indonésia partilharam hoje, numa declaração conjunta assinada em Bali
Denpasar, Indonésia 15/07/2008
Denpasar, 15 Jul (Lusa) - Os chefes de Estado de Timor-Leste e da Indonésia partilharam hoje, numa declaração conjunta assinada em Bali, os seus "remorsos" pela violência de 1999 no território timorense sob ocupação."Em nome do Governo da Indonésia e do Governo de Timor-Leste, expressamos os nossos remorsos a todos aqueles que sofreram uma dor incalculável e feridas físicas e psicológicas enquanto vítimas directas e indirectas de violações de direitos humanos", diz a declaração assinada pelos dois líderes.A declaração de remorsos refere-se aos acontecimentos violentos "que ocorreram no período que precedeu e que seguiu a consulta popular em Timor-Leste em Agosto de 1999".Os crimes cometidos nessa época foram investigados pela Comissão de Verdade e Amizade (CVA), que hoje apresentou oficialmente aos líderes indonésios e timorenses o seu relatório final.O relatório foi entregue pela CVA numa cerimónia em Nusa Dua, Bali, Indonésia, que terminou com a assinatura da declaração conjunta por José Ramos-Horta, Susilo Bambang Yudhoyono e também pelo actual primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão."Aceitamos os resultados, as conclusões e as recomendações da CVA e reconhecemos que houve violações graves de direitos humanos antes e depois da consulta de 1999" pela independência de Timor-Leste, reconheceram os líderes de ambos os países."Estamos determinados a encerrar este capítulo do nosso passado recente através de esforços conjuntos", lê-se na declaração dos três líderes.A declaração salientou que o mandato e o modelo da CVA "é um mecanismo único e sem precedentes de dois países soberanos para resolver os seus assuntos bilaterais, com a procura da verdade e amizade através de um processo não-judicial que enfatiza as responsabilidades institucionais", diz também o documento.A declaração começa por referir que Indonésia e Timor-Leste "percorreram um longo caminho para ultrapassar a dor de um capítulo infeliz do seu passado comum"."Reconhecemos a importância de resolver assuntos residuais", diz a declaração no seu primeiro parágrafo."Levamos em consideração que os acontecimentos que precederam e aconteceram logo após a consulta popular de 1999 em Timor-Leste foram grandemente influenciados pela situação prevalecente na Indonésia como também em Timor-Leste nessa altura", diz o parágrafo sexto da declaração conjunta.O documento salienta que os parlamentos dos dois países devem agora receber o relatório da CVA e que deve ser promovida a divulgação pública das conclusões.O mandato da CVA "fica extinto e preenchido" com a apresentação do relatório final, diz ainda a declaração conjunta.Vários membros dos governos timorense e indonésio participaram na cerimónia de entrega do relatório da CVA e a conferência de imprensa que se seguiu foi realizada pelos chefes de diplomacia dos dois países.PRM.Lusa/fim
Denpasar, 15 Jul (Lusa) - Os chefes de Estado de Timor-Leste e da Indonésia partilharam hoje, numa declaração conjunta assinada em Bali, os seus "remorsos" pela violência de 1999 no território timorense sob ocupação."Em nome do Governo da Indonésia e do Governo de Timor-Leste, expressamos os nossos remorsos a todos aqueles que sofreram uma dor incalculável e feridas físicas e psicológicas enquanto vítimas directas e indirectas de violações de direitos humanos", diz a declaração assinada pelos dois líderes.A declaração de remorsos refere-se aos acontecimentos violentos "que ocorreram no período que precedeu e que seguiu a consulta popular em Timor-Leste em Agosto de 1999".Os crimes cometidos nessa época foram investigados pela Comissão de Verdade e Amizade (CVA), que hoje apresentou oficialmente aos líderes indonésios e timorenses o seu relatório final.O relatório foi entregue pela CVA numa cerimónia em Nusa Dua, Bali, Indonésia, que terminou com a assinatura da declaração conjunta por José Ramos-Horta, Susilo Bambang Yudhoyono e também pelo actual primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão."Aceitamos os resultados, as conclusões e as recomendações da CVA e reconhecemos que houve violações graves de direitos humanos antes e depois da consulta de 1999" pela independência de Timor-Leste, reconheceram os líderes de ambos os países."Estamos determinados a encerrar este capítulo do nosso passado recente através de esforços conjuntos", lê-se na declaração dos três líderes.A declaração salientou que o mandato e o modelo da CVA "é um mecanismo único e sem precedentes de dois países soberanos para resolver os seus assuntos bilaterais, com a procura da verdade e amizade através de um processo não-judicial que enfatiza as responsabilidades institucionais", diz também o documento.A declaração começa por referir que Indonésia e Timor-Leste "percorreram um longo caminho para ultrapassar a dor de um capítulo infeliz do seu passado comum"."Reconhecemos a importância de resolver assuntos residuais", diz a declaração no seu primeiro parágrafo."Levamos em consideração que os acontecimentos que precederam e aconteceram logo após a consulta popular de 1999 em Timor-Leste foram grandemente influenciados pela situação prevalecente na Indonésia como também em Timor-Leste nessa altura", diz o parágrafo sexto da declaração conjunta.O documento salienta que os parlamentos dos dois países devem agora receber o relatório da CVA e que deve ser promovida a divulgação pública das conclusões.O mandato da CVA "fica extinto e preenchido" com a apresentação do relatório final, diz ainda a declaração conjunta.Vários membros dos governos timorense e indonésio participaram na cerimónia de entrega do relatório da CVA e a conferência de imprensa que se seguiu foi realizada pelos chefes de diplomacia dos dois países.PRM.Lusa/fim
sábado, 12 de julho de 2008
Timor-Leste: Conclusões da ONU são "uma mentira", acusa Ramos-Horta
12 de Julho de 2008, 09:14
Díli, 12 Jul (Lusa) - O Presidente da República de Timor-Leste acusou hoje as Nações Unidas de "mentir" num relatório confidencial a que a Agência Lusa teve acesso e que refuta declarações do chefe de Estado sobre o 11 de Fevereiro.
O relatório confidencial sobre a resposta das forças internacionais aos ataques de Fevereiro em Díli refuta várias acusações feitas pelo próprio José Ramos-Horta e por assessores e familiares seus.
Uma das conclusões do painel de investigadores da ONU revelada pela Lusa é que a captura dos criminosos não foi uma prioridade das autoridades timorenses após o duplo ataque contra o Presidente e o primeiro-ministro.
"É uma mentira", declarou hoje José Ramos-Horta numa entrevista à Lusa na sua residência em Metiaut, a leste de Díli.
Na sequência da divulgação do relatório pela Lusa, o Presidente da República telefonou sexta-feira de manhã, "furioso", ao representante-especial do secretário-geral da ONU em Timor-Leste, Atul Khare, afirmaram à Lusa fontes da Presidência da República e da Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT).
José Ramos-Horta não tinha conhecimento das conclusões do relatório interno, que foi mantido na maior confidencialidade pela UNMIT.
Questionado hoje pela Lusa sobre se ficou furioso com as conclusões do relatório ou por não ter conhecimento prévio do documento, José Ramos-Horta respondeu que "[com] as duas coisas".
"A ONU tem prática muito negativa de fugas de informação", explicou o chefe de Estado.
"Conversas que tínhamos com [o chefe da missão anterior da ONU] Hasegawa passavam para a imprensa", recordou José Ramos-Horta.
"Estou desapontado também porque [o relatório] revela a tendência de funcionários da ONU de esquivarem-se das suas responsabilidades e de nunca aceitarem que agiram incorrectamente", acusou o Presidente da República.
"É uma mentira dizer que a liderança timorense é que decidiu que perseguir os criminosos não era prioridade", acusou José Ramos-Horta.
"[Quando] há um incidente contra o chefe de Estado, as forças de segurança desdobram-se em acções. Mesmo que fosse verdade, que o Governo dissesse que a prioridade não é essa, uma força de segurança não concentra todos os meios numa operação", acrescentou José Ramos-Horta.
O chefe de Estado recordou que a Polícia das Nações Unidas (UNPol), integrada na UNMIT, tem mais de mil agentes policiais e quatro unidades de polícia de intervenção, além dos cerca de mil soldados das Forças de Estabilização Internacionais (ISF, sob comando australiano).
José Ramos-Horta mantém a acusação de que as forças internacionais "não fizeram tudo o que podia ser feito" para perseguir o grupo que incluía o ex-polícia Amaro da Costa, ou Kaer Susar.
"Custava--lhes subir aqui as montanhas? O senhor Susar e os seus homens estavam ali em cima, durante horas. Só saíram daqui às 16:00. E eles estavam aflitíssimos com medo que helicópteros viessem", declarou José Ramos-Horta.
"O Governo no dia 11 de Fevereiro não fez decisões imediatas. Só tomou a decisão de estabelecer o Comando Conjunto precisamente porque viu a inoperância das Nações Unidas", acusou também o chefe de Estado.
O Comando Conjunto juntou militares e polícias timorenses na operação "Halibur" de captura do ex-tenente Gastão Salsinha e de homens como Kaer Susar.
O primeiro-ministro "Xanana Gusmão chamou a si a liderança da situação, para capturar os responsáveis, quando viu que, da parte da UNPol e ISF, não havia um plano", disse também José Ramos-Horta na entrevista à Lusa.
"Quando o Governo decidiu estabelecer o Comando Conjunto, nem a UNPol nem as ISF gostaram da ideia".
José Ramos-Horta admite, porém, que, "depois de explicadas as razões" da formação do Comando Conjunto, as forças internacionais "deram todo o apoio".
"Quem estava no terreno é que deve explicar por que razão não tomaram de imediato medidas multifacetadas, de segurança mas também de perseguição aos foragidos", salienta José Ramos-Horta.
"Vê-se que o relatório é desonesto. É para sacudir a água do capote", concluiu o Presidente da República. "Como os patos".
O documento confidencial estabelece que a resposta das forças internacionais foi "dentro das normas".
PRM
Lusa/fim
Díli, 12 Jul (Lusa) - O Presidente da República de Timor-Leste acusou hoje as Nações Unidas de "mentir" num relatório confidencial a que a Agência Lusa teve acesso e que refuta declarações do chefe de Estado sobre o 11 de Fevereiro.
O relatório confidencial sobre a resposta das forças internacionais aos ataques de Fevereiro em Díli refuta várias acusações feitas pelo próprio José Ramos-Horta e por assessores e familiares seus.
Uma das conclusões do painel de investigadores da ONU revelada pela Lusa é que a captura dos criminosos não foi uma prioridade das autoridades timorenses após o duplo ataque contra o Presidente e o primeiro-ministro.
"É uma mentira", declarou hoje José Ramos-Horta numa entrevista à Lusa na sua residência em Metiaut, a leste de Díli.
Na sequência da divulgação do relatório pela Lusa, o Presidente da República telefonou sexta-feira de manhã, "furioso", ao representante-especial do secretário-geral da ONU em Timor-Leste, Atul Khare, afirmaram à Lusa fontes da Presidência da República e da Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT).
José Ramos-Horta não tinha conhecimento das conclusões do relatório interno, que foi mantido na maior confidencialidade pela UNMIT.
Questionado hoje pela Lusa sobre se ficou furioso com as conclusões do relatório ou por não ter conhecimento prévio do documento, José Ramos-Horta respondeu que "[com] as duas coisas".
"A ONU tem prática muito negativa de fugas de informação", explicou o chefe de Estado.
"Conversas que tínhamos com [o chefe da missão anterior da ONU] Hasegawa passavam para a imprensa", recordou José Ramos-Horta.
"Estou desapontado também porque [o relatório] revela a tendência de funcionários da ONU de esquivarem-se das suas responsabilidades e de nunca aceitarem que agiram incorrectamente", acusou o Presidente da República.
"É uma mentira dizer que a liderança timorense é que decidiu que perseguir os criminosos não era prioridade", acusou José Ramos-Horta.
"[Quando] há um incidente contra o chefe de Estado, as forças de segurança desdobram-se em acções. Mesmo que fosse verdade, que o Governo dissesse que a prioridade não é essa, uma força de segurança não concentra todos os meios numa operação", acrescentou José Ramos-Horta.
O chefe de Estado recordou que a Polícia das Nações Unidas (UNPol), integrada na UNMIT, tem mais de mil agentes policiais e quatro unidades de polícia de intervenção, além dos cerca de mil soldados das Forças de Estabilização Internacionais (ISF, sob comando australiano).
José Ramos-Horta mantém a acusação de que as forças internacionais "não fizeram tudo o que podia ser feito" para perseguir o grupo que incluía o ex-polícia Amaro da Costa, ou Kaer Susar.
"Custava--lhes subir aqui as montanhas? O senhor Susar e os seus homens estavam ali em cima, durante horas. Só saíram daqui às 16:00. E eles estavam aflitíssimos com medo que helicópteros viessem", declarou José Ramos-Horta.
"O Governo no dia 11 de Fevereiro não fez decisões imediatas. Só tomou a decisão de estabelecer o Comando Conjunto precisamente porque viu a inoperância das Nações Unidas", acusou também o chefe de Estado.
O Comando Conjunto juntou militares e polícias timorenses na operação "Halibur" de captura do ex-tenente Gastão Salsinha e de homens como Kaer Susar.
O primeiro-ministro "Xanana Gusmão chamou a si a liderança da situação, para capturar os responsáveis, quando viu que, da parte da UNPol e ISF, não havia um plano", disse também José Ramos-Horta na entrevista à Lusa.
"Quando o Governo decidiu estabelecer o Comando Conjunto, nem a UNPol nem as ISF gostaram da ideia".
José Ramos-Horta admite, porém, que, "depois de explicadas as razões" da formação do Comando Conjunto, as forças internacionais "deram todo o apoio".
"Quem estava no terreno é que deve explicar por que razão não tomaram de imediato medidas multifacetadas, de segurança mas também de perseguição aos foragidos", salienta José Ramos-Horta.
"Vê-se que o relatório é desonesto. É para sacudir a água do capote", concluiu o Presidente da República. "Como os patos".
O documento confidencial estabelece que a resposta das forças internacionais foi "dentro das normas".
PRM
Lusa/fim
Joao Cancio: Area Otonomia Kampus Laos Halo Seenak GueDILI
Edition: 08 July 2008
Joao Cancio: Area Otonomia Kampus Laos Halo Seenak GueDILI--Ministru Edukasaun, Joao Cancio nebee jornalista husu konaba ninia haree ba manifestasaun nebee halao husi estudantes universidade, hatete katak Timor nee pais demokratiku, nebee estudantes sira hanesan ema akademiku, bele hatoo sira nian hanoin maybe iha mos lei. Tanba ida nee, hatete Joao Cancio katak hanesan ema akademiku tenki kumpri mos lei, tanba direitu nudar estudantes atu hatoo sira nian hanoin nee demokrasia no ema hotu iha direitu.Wainhira husu konaba atuasaun membru PNTL nian hodi atua estudantes sira, Ministru Joao Cancio hatete, nia seidauk hetan informasaun klaru tanba wainhira akontese nee nia halao hela inkontru ho Komisaun F-PN.“Universidade hanesan ema akademiku iha liberdade atu hatoo sira nian hanoin, maibe iha mos lei nebee aprova tiha ona husi PN. Tanba iha lei mos hatete katak wainhira atu halao demostrasaun nee tenki ho distansia 100 metrus,” deklara Joao Cancio.Responde konaba manisfestaun estudantes nebee halao iha area universidade nebee nudar hak atonom universidade nian, Joao Cancio hatan katak mesmu bele hak atonom, maibe kuandu halo demostrasaun nee lei iha. Tanba hak atonom nee buat ida no demostrasaun nee mos buat seluk ida, tanba nee maka hanesan sidadaun tenki haree mos buat nee.“Iha universidade ita koalia konaba hak otonom, nee ita koalia konaba otonomia ema kampus ninian no ema intelektual nian atu memgembangkan ilmu, nee maka ita koalia otonomia, laos ita koalia otonomia atu halo seenak gue. Nee lae,” hatete Joao Cancio.Joao Cancio mos hatutan, hanesan ema akademia nee halo kontrol social importante tebes, maibe kuandu halo manifestasaun ruma nee iha lei ketak nebee regula. arm
Joao Cancio: Area Otonomia Kampus Laos Halo Seenak GueDILI--Ministru Edukasaun, Joao Cancio nebee jornalista husu konaba ninia haree ba manifestasaun nebee halao husi estudantes universidade, hatete katak Timor nee pais demokratiku, nebee estudantes sira hanesan ema akademiku, bele hatoo sira nian hanoin maybe iha mos lei. Tanba ida nee, hatete Joao Cancio katak hanesan ema akademiku tenki kumpri mos lei, tanba direitu nudar estudantes atu hatoo sira nian hanoin nee demokrasia no ema hotu iha direitu.Wainhira husu konaba atuasaun membru PNTL nian hodi atua estudantes sira, Ministru Joao Cancio hatete, nia seidauk hetan informasaun klaru tanba wainhira akontese nee nia halao hela inkontru ho Komisaun F-PN.“Universidade hanesan ema akademiku iha liberdade atu hatoo sira nian hanoin, maibe iha mos lei nebee aprova tiha ona husi PN. Tanba iha lei mos hatete katak wainhira atu halao demostrasaun nee tenki ho distansia 100 metrus,” deklara Joao Cancio.Responde konaba manisfestaun estudantes nebee halao iha area universidade nebee nudar hak atonom universidade nian, Joao Cancio hatan katak mesmu bele hak atonom, maibe kuandu halo demostrasaun nee lei iha. Tanba hak atonom nee buat ida no demostrasaun nee mos buat seluk ida, tanba nee maka hanesan sidadaun tenki haree mos buat nee.“Iha universidade ita koalia konaba hak otonom, nee ita koalia konaba otonomia ema kampus ninian no ema intelektual nian atu memgembangkan ilmu, nee maka ita koalia otonomia, laos ita koalia otonomia atu halo seenak gue. Nee lae,” hatete Joao Cancio.Joao Cancio mos hatutan, hanesan ema akademia nee halo kontrol social importante tebes, maibe kuandu halo manifestasaun ruma nee iha lei ketak nebee regula. arm
Polisia Tama Kampus UNTL, Mahasiswa Tebe Rahun Rasik VidruDILI
Edition: 08 July 2008
Polisia Tama Kampus UNTL, Mahasiswa Tebe Rahun Rasik VidruDILI--Polisia Nasional Timor Leste (PNTL) tama kampus Universidade Nasional Timor Leste (UNTL) hodi kaptura mahasiswa, tanba halo manifestasaun la tuir lei demostrasaun nebee regula kona distánsia metru 100 husi edifísiu públiku. Hafoin PNTL tama kaptura demostrante sira, derepenti deit vidru odamatan UNTL rahun, tanba mahasiswa rasik mak tebe, maibe seidauk hatene ho razaun saida mahasiswa harahun rasik sira nia vidru kampus. PNTL tiru gas air mata dala haat (4) iha nia asaun hodi duni manifestantes sira iha kampus UNTL, Segunda (07/7). Asaun tiru gas air mata ne’e, polisia hola tamba manifestantes sira viola ona regras manifestasaun nian no la kumpri ba akordu ne’ebe sira konkorda ona atu halao manifestasaun iha Kampu Demokrasia.Antes hasai tiru gas air mata, polisia husi Unidade Task Force halo kapturasaun ba estudante nain 8, inklui estudante feto nain rua, ne’ebe hamrik forma no kaer surat tahan ida-idak ho hakerek, “Hapara Sosa Kareta Luxu” iha odamatan tama kampus nian ho ibun taka ho lakbam metan. Iha kapturasaun ne’e mos estudante nain 3 ne’ebe hamrik iha sira nain 8 nia kotuk, polísia kaer wainhira koko halai tama ba kampus laran.Iha kapturasaun permeiru, polísia Unidade Task Force kaer estudante nain 10 ne’ebe forma ho ibun taka lakbam metan ho kaer espanduk mean boot ne’ebe hakarek “Hapara Sosa Kareta Luxu ba Kada Deputadu PN”. Ho kapturasaun ba ne’e, hamutuk estudante nain 21 maka polísia detain iha estasaun polísia Distritu Dili atu halo interogasaun ba sira relasiona ho asaun manifestasaun ne’e.Antes halo kapturasaun, polisia fo uluk aba-aba ba estudantes sira atu sai husi fatin manifestasaun ne’ebe la hetan autorizasaun husi polísia, maibe estudante sira ulun moruk ou la gurbris. Nune’e polísia mos halo kedas kapturasaun ba sira. Objetivu manifestasaun atu halo protesta pasifiku ba Parlamentu ne’ebe atu sosa karreta 65 ba deputadus hotu iha parlamentu ho modelu Toyota Land Cruiser.Komentariu ba asaun manifestasaun estudantes ne’ebe la hetan autorizasaun husi polisia no asaun polisia hodi duni manifestasaun ho finalizadu hasai tiru gas air mata dala haat ne’e hetan reasaun makas husi membru deputadu bankada Fretilin no konsidera asaun ne’ebe polisia hola komesa hatudu katak ditadura kuda ona iha rai laran. “Ne’e hamosu ditadura nian maka nee,” hatete Aniceto Guterres, xefi Bankada Fretilin ba STL iha PN. Asaun polisia tama hodi kaer, duni, no tiru gas air mata ba estudantes sira ne’ebe iha area kampus laran ne’e, tuir Aniceto, hatudu ona katak polisia la respeita estudantes sira nia direitus.“Inkuandu pasifiku nusa maka bele halo intervensaun, satan loke tiru iha ne’eba, ne’e hanesan ita halo analojia ida karik PN iha vizinu sorin ne’e famili ida hela iha ne’eba, ema nia uma, ema iha laran atu haan ka hemu, toba, atu hader iha laran, atu koalia hanesan Indonezia nia tempu tolok bapa, bapa mos la tama ida, ne’e so karik iha rai ne’ebe ema uza rezime ditadura, ne’e maka bele tama too uma laran, viola tiha ema nia vida privadu tama too ema nia uma laran, depois ema nia feen ho laen toba atur hotu iha ne’eba,” nia hateten.Se atu halo kapturasaun, haktuir Aniceto, nusa uluk wainhira estudantes sira halao primeiru manifestasaun polisia la halo kapturasaun. “Foin dadauk estudantes halo manifestasaun iha ne’eba la liu estrada tamba ne’e uma no halaman ne’e ema nian, tama ona ema nia vida privadu la bele naran tama arbiru, anaunser ema halo krimi, manifesatasaun laos krimi. Manifestasaun ne’e direitu ema ida-idak ninian no konstituisaun garante iha rai ida ne’e, tamba rai ne’e estadu direitu demokratiku. Hanesan grupu estudante atu halo manisfestasaun ne’e direitu sira nian,” nia hateten. Kona ba fatin lei dehan 100 metrus, Aniceto hatete, ne’e mos limita otonomia boot ida ema dehan otonomia kampus. Kampus ne’e signifika katak uma estudantes sira nian, ne’ebe sira atu haan ka toba ka saida ne’e sira nia direitu. Ema nia uma ne’e, ema ida la bele interven iha laran, anaunser sira halo violensia iha ne’eba, ne’e autoridade publiku bele intervere tamba ne’e krimi ona. Iha fatin hanesan, Mateus de Jesus deputadu husi bankada PUN hateten, tuir lolos estudantes no polisia tenki hatene saida maka lei regula ona kona ba manifestasaun nian.“Manifestantes siraa tenki kumpri fatin ne’ebe sira atu halao. Nune’e mos polisia sira, wainhira hasai tiru gas air mata ne’e razaun saida, manifestantes sira halo krimi ka lae,” nia hateten. PUN nia prinsipiu hahu ba inisiu sosa kareta luxu, maski rekonese raik katak PUN nia deputadus mos la iha transporte, maibe sira sedauk fo biban ba governu atu prepara osan hodi sosa uluk kareta. “Bainhira ita sedauk hatene nesesidade povu ninian ne’ebe oras ne’e krizi ai-han sae, se ita prepara buat sira ne’e hotu, invez osan ne’e milaun hola kareta hotu, nusa la sosa uluk 26 ne’ebe maka atende komisaun 9 nia servisu para halo fiskalizasaun, seluk ne’e ita adia lai, osan ne’ebe iha ita hare povu nia moris lai.”Romeo Moises, deputadu husi bankada CNRT la konkorda ho deklarasaun Fretilin ne’ebe dehan ditadura komesa kuda ona iha rai ne’e.“Hau nia hanoin, AMP sedauk kria ditadura iha RDTL nee. Saida deit maka polisia agora dadauk atua ne’e tamba karik ita nia alin estudante sira hatoo sira nia opsaun, idea no hanoin karik ladun satisfestu ho orgaun soberanu, tamba ne’e maka poilsia kuandu hola asaun, halo atuasuan ba manifestante signifika katak buat balun sira la kumpri,” nia hateten.Tuir nia, polisia foti asaun karik iha violensia ne’ebe maka la bele duni atu akontese, entaun polisia bele atua atu nune’e bele estabiliza, bele harmoniza situasaun para publiku bele halo ninian aktividdae hanesan bai-bain.Modelu manifestasaun nee estudante sira halo bareira iha sala UNTL nia oin. Iha bareira primeiru estudante sira monta ema nain 8 hodi taka lakban iha ibun, signifika katak asaun la han. Iha bareira primeiru nee, inklui mos Porta Voz Front Estudante Estudante TL Xisto do Santos. Hare ba akordu nebee halo tiha estudante ho PNTL iha konkordansia katak tuir lei katak manifestasaun tenki dook husi instalasaun orgaun Soberania 100 metrus. PNTL autoriza estudante sira bele halo manifestasaun, maibe iha Kampo Demokrasia. Hare ba akordu nee, estudante sira la kumpri ona. Lakleur Polisia husi Unidade tasf Force hetan reforsa husi UIR ba halo intervensaun. Prosesu intervensaun PNTL ho UNPol sei halo negosiasaun ho estudante sira, maibe estudante sira lakoi simu no mos estudante sira lakoi ses-an husi kampus UNTL nia oin. Tuir informasaun katak, antes estudante halo menifestasuan iha kampus UNTL nia oin, iha tuku 9:10, polisia halo tortura ba estudante ida iha kampus nia oin ho naran Manuel Sabino da Silva husi Faperta. Estudante nee husi Distritu Baucau, Venilale. Vitima oras nee dadaun halo hela tratamentu iha Ospital Nasional Guido Valadares (HNGV). Ba manifestasaun antes polisia atu halo kapturasan PNTL liu husi Delfin da Silva Adjuntu Komadante PNTL Distritu Dili fo avizu liu husi toa (penggeras suara-red) fo avizu ba estudante sira atu para hapara ona asaun nee, tanba kontra lei No 01/2006 artigu 5.1 ho akordu ne’ebe halao tiha ona. AAdjuntu PNTL Distritu Dili nee koalia fo tempu minitu 5 ba estudante sira atu la bele kontinua halo menifestasaun. Delfin sura husi minutu 5 too 1 estudante sira labok-an husi fatin asaun, ho ida nee UNPol ho Task Force hakat ba oin, hadau tiha espanduk mean ho surat tahan iha manifestasaun sira nia liman, ne’ebe hakerek dehan Autonom kampus. Estudante sira la satisfas ho atuasaun PNTL ho UNPol nee, Porta Voz Senadu UNTL Celestino Gusmao iha nia deklarasaun katak, maske intervensaun maka’as mai husi forsa segurasa sira sei la fo manifestasaun atu para. Manifestasaun sei kontinua nafatin too hetan nia rezultadu dehan katak hapara sosa kareta luxu ba kada deputadu sira. Hare ba intervensaun Polisia nian ba iha Autonom Kampus nee signifika katak nasaun nee moris ona iha ditadura nia laran. “Ami nia hare atuasaun ne’e, PNTL la iha reasaun, maibe UNPol sira maka halo reasaun hodi hamosu insidente nee,”dehan Gusmao. Porta Voz PNTL Sub-Inspektur Joao Belo hatete, atuasaun polisia ba asaun estudante sira iha kampus UNTL nia oin, bazeia ba lei nebe maka produs husi orgaun soberania. Tuir Porta Voz PNTL nee, antes nee iha grupo estudante rua, nebe atu halo manifestasaun. Ho ida nee PNTL halo akordu ho Forum Komunikasaun Universitariu Timor Leste (FOKUTIL) hodi autoriza halo manifestasaun iha Kampo Demokrasia. Maibe husi Senadu UNDIL, UNTL , Front Mahasiswa TL ho Movimentu estudante fakuldades ekonomia TL maka halo iha kampus UNTL nia oin hodi hamosu problemas. Joao Belo reforasa katak, vidru ne’ebe rahun laos polisia sira maka halo rahun. Maibe halo rahun mai husi estudante sira rasik. Estudante ne’ebe kanek tanba vidru rahun mak kona. “Ami nia intervensaun la baku ema ida. Polisia halo intervensaun liu husi prosedimentu legais tuir lei haruka. Ami nia asaun laos ditadura maibe asegura lei ne’ebe maka iha ita nia nasaun nee,” nia salienta. agi/bre
Polisia Tama Kampus UNTL, Mahasiswa Tebe Rahun Rasik VidruDILI--Polisia Nasional Timor Leste (PNTL) tama kampus Universidade Nasional Timor Leste (UNTL) hodi kaptura mahasiswa, tanba halo manifestasaun la tuir lei demostrasaun nebee regula kona distánsia metru 100 husi edifísiu públiku. Hafoin PNTL tama kaptura demostrante sira, derepenti deit vidru odamatan UNTL rahun, tanba mahasiswa rasik mak tebe, maibe seidauk hatene ho razaun saida mahasiswa harahun rasik sira nia vidru kampus. PNTL tiru gas air mata dala haat (4) iha nia asaun hodi duni manifestantes sira iha kampus UNTL, Segunda (07/7). Asaun tiru gas air mata ne’e, polisia hola tamba manifestantes sira viola ona regras manifestasaun nian no la kumpri ba akordu ne’ebe sira konkorda ona atu halao manifestasaun iha Kampu Demokrasia.Antes hasai tiru gas air mata, polisia husi Unidade Task Force halo kapturasaun ba estudante nain 8, inklui estudante feto nain rua, ne’ebe hamrik forma no kaer surat tahan ida-idak ho hakerek, “Hapara Sosa Kareta Luxu” iha odamatan tama kampus nian ho ibun taka ho lakbam metan. Iha kapturasaun ne’e mos estudante nain 3 ne’ebe hamrik iha sira nain 8 nia kotuk, polísia kaer wainhira koko halai tama ba kampus laran.Iha kapturasaun permeiru, polísia Unidade Task Force kaer estudante nain 10 ne’ebe forma ho ibun taka lakbam metan ho kaer espanduk mean boot ne’ebe hakarek “Hapara Sosa Kareta Luxu ba Kada Deputadu PN”. Ho kapturasaun ba ne’e, hamutuk estudante nain 21 maka polísia detain iha estasaun polísia Distritu Dili atu halo interogasaun ba sira relasiona ho asaun manifestasaun ne’e.Antes halo kapturasaun, polisia fo uluk aba-aba ba estudantes sira atu sai husi fatin manifestasaun ne’ebe la hetan autorizasaun husi polísia, maibe estudante sira ulun moruk ou la gurbris. Nune’e polísia mos halo kedas kapturasaun ba sira. Objetivu manifestasaun atu halo protesta pasifiku ba Parlamentu ne’ebe atu sosa karreta 65 ba deputadus hotu iha parlamentu ho modelu Toyota Land Cruiser.Komentariu ba asaun manifestasaun estudantes ne’ebe la hetan autorizasaun husi polisia no asaun polisia hodi duni manifestasaun ho finalizadu hasai tiru gas air mata dala haat ne’e hetan reasaun makas husi membru deputadu bankada Fretilin no konsidera asaun ne’ebe polisia hola komesa hatudu katak ditadura kuda ona iha rai laran. “Ne’e hamosu ditadura nian maka nee,” hatete Aniceto Guterres, xefi Bankada Fretilin ba STL iha PN. Asaun polisia tama hodi kaer, duni, no tiru gas air mata ba estudantes sira ne’ebe iha area kampus laran ne’e, tuir Aniceto, hatudu ona katak polisia la respeita estudantes sira nia direitus.“Inkuandu pasifiku nusa maka bele halo intervensaun, satan loke tiru iha ne’eba, ne’e hanesan ita halo analojia ida karik PN iha vizinu sorin ne’e famili ida hela iha ne’eba, ema nia uma, ema iha laran atu haan ka hemu, toba, atu hader iha laran, atu koalia hanesan Indonezia nia tempu tolok bapa, bapa mos la tama ida, ne’e so karik iha rai ne’ebe ema uza rezime ditadura, ne’e maka bele tama too uma laran, viola tiha ema nia vida privadu tama too ema nia uma laran, depois ema nia feen ho laen toba atur hotu iha ne’eba,” nia hateten.Se atu halo kapturasaun, haktuir Aniceto, nusa uluk wainhira estudantes sira halao primeiru manifestasaun polisia la halo kapturasaun. “Foin dadauk estudantes halo manifestasaun iha ne’eba la liu estrada tamba ne’e uma no halaman ne’e ema nian, tama ona ema nia vida privadu la bele naran tama arbiru, anaunser ema halo krimi, manifesatasaun laos krimi. Manifestasaun ne’e direitu ema ida-idak ninian no konstituisaun garante iha rai ida ne’e, tamba rai ne’e estadu direitu demokratiku. Hanesan grupu estudante atu halo manisfestasaun ne’e direitu sira nian,” nia hateten. Kona ba fatin lei dehan 100 metrus, Aniceto hatete, ne’e mos limita otonomia boot ida ema dehan otonomia kampus. Kampus ne’e signifika katak uma estudantes sira nian, ne’ebe sira atu haan ka toba ka saida ne’e sira nia direitu. Ema nia uma ne’e, ema ida la bele interven iha laran, anaunser sira halo violensia iha ne’eba, ne’e autoridade publiku bele intervere tamba ne’e krimi ona. Iha fatin hanesan, Mateus de Jesus deputadu husi bankada PUN hateten, tuir lolos estudantes no polisia tenki hatene saida maka lei regula ona kona ba manifestasaun nian.“Manifestantes siraa tenki kumpri fatin ne’ebe sira atu halao. Nune’e mos polisia sira, wainhira hasai tiru gas air mata ne’e razaun saida, manifestantes sira halo krimi ka lae,” nia hateten. PUN nia prinsipiu hahu ba inisiu sosa kareta luxu, maski rekonese raik katak PUN nia deputadus mos la iha transporte, maibe sira sedauk fo biban ba governu atu prepara osan hodi sosa uluk kareta. “Bainhira ita sedauk hatene nesesidade povu ninian ne’ebe oras ne’e krizi ai-han sae, se ita prepara buat sira ne’e hotu, invez osan ne’e milaun hola kareta hotu, nusa la sosa uluk 26 ne’ebe maka atende komisaun 9 nia servisu para halo fiskalizasaun, seluk ne’e ita adia lai, osan ne’ebe iha ita hare povu nia moris lai.”Romeo Moises, deputadu husi bankada CNRT la konkorda ho deklarasaun Fretilin ne’ebe dehan ditadura komesa kuda ona iha rai ne’e.“Hau nia hanoin, AMP sedauk kria ditadura iha RDTL nee. Saida deit maka polisia agora dadauk atua ne’e tamba karik ita nia alin estudante sira hatoo sira nia opsaun, idea no hanoin karik ladun satisfestu ho orgaun soberanu, tamba ne’e maka poilsia kuandu hola asaun, halo atuasuan ba manifestante signifika katak buat balun sira la kumpri,” nia hateten.Tuir nia, polisia foti asaun karik iha violensia ne’ebe maka la bele duni atu akontese, entaun polisia bele atua atu nune’e bele estabiliza, bele harmoniza situasaun para publiku bele halo ninian aktividdae hanesan bai-bain.Modelu manifestasaun nee estudante sira halo bareira iha sala UNTL nia oin. Iha bareira primeiru estudante sira monta ema nain 8 hodi taka lakban iha ibun, signifika katak asaun la han. Iha bareira primeiru nee, inklui mos Porta Voz Front Estudante Estudante TL Xisto do Santos. Hare ba akordu nebee halo tiha estudante ho PNTL iha konkordansia katak tuir lei katak manifestasaun tenki dook husi instalasaun orgaun Soberania 100 metrus. PNTL autoriza estudante sira bele halo manifestasaun, maibe iha Kampo Demokrasia. Hare ba akordu nee, estudante sira la kumpri ona. Lakleur Polisia husi Unidade tasf Force hetan reforsa husi UIR ba halo intervensaun. Prosesu intervensaun PNTL ho UNPol sei halo negosiasaun ho estudante sira, maibe estudante sira lakoi simu no mos estudante sira lakoi ses-an husi kampus UNTL nia oin. Tuir informasaun katak, antes estudante halo menifestasuan iha kampus UNTL nia oin, iha tuku 9:10, polisia halo tortura ba estudante ida iha kampus nia oin ho naran Manuel Sabino da Silva husi Faperta. Estudante nee husi Distritu Baucau, Venilale. Vitima oras nee dadaun halo hela tratamentu iha Ospital Nasional Guido Valadares (HNGV). Ba manifestasaun antes polisia atu halo kapturasan PNTL liu husi Delfin da Silva Adjuntu Komadante PNTL Distritu Dili fo avizu liu husi toa (penggeras suara-red) fo avizu ba estudante sira atu para hapara ona asaun nee, tanba kontra lei No 01/2006 artigu 5.1 ho akordu ne’ebe halao tiha ona. AAdjuntu PNTL Distritu Dili nee koalia fo tempu minitu 5 ba estudante sira atu la bele kontinua halo menifestasaun. Delfin sura husi minutu 5 too 1 estudante sira labok-an husi fatin asaun, ho ida nee UNPol ho Task Force hakat ba oin, hadau tiha espanduk mean ho surat tahan iha manifestasaun sira nia liman, ne’ebe hakerek dehan Autonom kampus. Estudante sira la satisfas ho atuasaun PNTL ho UNPol nee, Porta Voz Senadu UNTL Celestino Gusmao iha nia deklarasaun katak, maske intervensaun maka’as mai husi forsa segurasa sira sei la fo manifestasaun atu para. Manifestasaun sei kontinua nafatin too hetan nia rezultadu dehan katak hapara sosa kareta luxu ba kada deputadu sira. Hare ba intervensaun Polisia nian ba iha Autonom Kampus nee signifika katak nasaun nee moris ona iha ditadura nia laran. “Ami nia hare atuasaun ne’e, PNTL la iha reasaun, maibe UNPol sira maka halo reasaun hodi hamosu insidente nee,”dehan Gusmao. Porta Voz PNTL Sub-Inspektur Joao Belo hatete, atuasaun polisia ba asaun estudante sira iha kampus UNTL nia oin, bazeia ba lei nebe maka produs husi orgaun soberania. Tuir Porta Voz PNTL nee, antes nee iha grupo estudante rua, nebe atu halo manifestasaun. Ho ida nee PNTL halo akordu ho Forum Komunikasaun Universitariu Timor Leste (FOKUTIL) hodi autoriza halo manifestasaun iha Kampo Demokrasia. Maibe husi Senadu UNDIL, UNTL , Front Mahasiswa TL ho Movimentu estudante fakuldades ekonomia TL maka halo iha kampus UNTL nia oin hodi hamosu problemas. Joao Belo reforasa katak, vidru ne’ebe rahun laos polisia sira maka halo rahun. Maibe halo rahun mai husi estudante sira rasik. Estudante ne’ebe kanek tanba vidru rahun mak kona. “Ami nia intervensaun la baku ema ida. Polisia halo intervensaun liu husi prosedimentu legais tuir lei haruka. Ami nia asaun laos ditadura maibe asegura lei ne’ebe maka iha ita nia nasaun nee,” nia salienta. agi/bre
Jakarta to accept blame for East Timor
Herald Sun - Karen Michelmore
July 12, 2008 12:00am
INDONESIA says it will completely accept a long-awaited report that blames it for murders, rapes and torture in East Timor in 1999.
The landmark East Timor Indonesia Commission of Truth and Friendship Report - to be formally handed to the two countries' presidents in Bali next week - says Indonesia bears responsibility for the violations, which included mass murder, rape and torture.
Up to 1500 people were killed in the violence surrounding the vote.
The bloodshed eventually prompted the intervention of an Australian-led military force.
Indonesian government funds were diverted to pro-autonomy militia groups, which committed organised and co-ordinated attacks, and some Indonesian army personnel sometimes played a leading role in the violence, it finds.
In what was seen as an effort to appease Indonesian sensitivities, the truth commission, set up by both Indonesia and East Timor to help repair relations, has recommended the presidents of both countries acknowledge responsibility and apologise for the bloodshed.
Indonesia has previously refused to acknowledge its role in the violence, but Indonesian foreign affairs spokesman Teuku Faiza Syah indicated yesterday that could change.
"The spirit of the CTF is reconciliation, the spirit of co-operation and looking forward to the future," he said.
"As a Government we will accept the report," he said.
But the report says pro-independence groups in East Timor also committed gross human rights violations - namely illegal detentions - and must also say sorry.
Human rights groups yesterday praised the report, despite the criticism of Timor.
But they say any international prosecution is still a long way off.
The International Crisis Group's South-East Asia project director, John Virgoe, described the report as "brave" and said that it delivered much more than people had expected.
The UN boycotted the commission and human rights groups had feared it would whitewash over the events of the past in order to help foster friendship between the two nations.
Mr Virgoe said the report actually achieved the opposite of its intended role.
"It was clearly set up to put the events of 1999 behind the diplomatic relationship, but actually it hasn't . . . it has reminded everybody of the truth of what happened in 1999," he said.
He described as "nonsense" the report's finding that pro-independence groups in East Timor also committed gross human rights violations.
"That (has obviously) just been put in as sort of an attempt to balance (it)," he said. "The violence carried out by the pro-independence militias was just not on the same scale as was done by the pro-Indonesia militias."
Mr Virgoe did not think the report would lead to prosecutions in the short term.
"Its mandate didn't even allow it to single out individuals and recommend prosecution," he said.
"They've gone as far as they could, and a lot further than people would have expected.
"That doesn't mean it's just a report. It keeps the issue alive and reawakens the issue in Indonesia."
Mr Virgoe said that the report would shock most Indonesians, who had been told a different version of events in East Timor.
"(Indonesians) have been lied to for 35 years now about East Timor by the Government, and by the army in particular.
"This commission report . . . will therefore come as a shock."
July 12, 2008 12:00am
INDONESIA says it will completely accept a long-awaited report that blames it for murders, rapes and torture in East Timor in 1999.
The landmark East Timor Indonesia Commission of Truth and Friendship Report - to be formally handed to the two countries' presidents in Bali next week - says Indonesia bears responsibility for the violations, which included mass murder, rape and torture.
Up to 1500 people were killed in the violence surrounding the vote.
The bloodshed eventually prompted the intervention of an Australian-led military force.
Indonesian government funds were diverted to pro-autonomy militia groups, which committed organised and co-ordinated attacks, and some Indonesian army personnel sometimes played a leading role in the violence, it finds.
In what was seen as an effort to appease Indonesian sensitivities, the truth commission, set up by both Indonesia and East Timor to help repair relations, has recommended the presidents of both countries acknowledge responsibility and apologise for the bloodshed.
Indonesia has previously refused to acknowledge its role in the violence, but Indonesian foreign affairs spokesman Teuku Faiza Syah indicated yesterday that could change.
"The spirit of the CTF is reconciliation, the spirit of co-operation and looking forward to the future," he said.
"As a Government we will accept the report," he said.
But the report says pro-independence groups in East Timor also committed gross human rights violations - namely illegal detentions - and must also say sorry.
Human rights groups yesterday praised the report, despite the criticism of Timor.
But they say any international prosecution is still a long way off.
The International Crisis Group's South-East Asia project director, John Virgoe, described the report as "brave" and said that it delivered much more than people had expected.
The UN boycotted the commission and human rights groups had feared it would whitewash over the events of the past in order to help foster friendship between the two nations.
Mr Virgoe said the report actually achieved the opposite of its intended role.
"It was clearly set up to put the events of 1999 behind the diplomatic relationship, but actually it hasn't . . . it has reminded everybody of the truth of what happened in 1999," he said.
He described as "nonsense" the report's finding that pro-independence groups in East Timor also committed gross human rights violations.
"That (has obviously) just been put in as sort of an attempt to balance (it)," he said. "The violence carried out by the pro-independence militias was just not on the same scale as was done by the pro-Indonesia militias."
Mr Virgoe did not think the report would lead to prosecutions in the short term.
"Its mandate didn't even allow it to single out individuals and recommend prosecution," he said.
"They've gone as far as they could, and a lot further than people would have expected.
"That doesn't mean it's just a report. It keeps the issue alive and reawakens the issue in Indonesia."
Mr Virgoe said that the report would shock most Indonesians, who had been told a different version of events in East Timor.
"(Indonesians) have been lied to for 35 years now about East Timor by the Government, and by the army in particular.
"This commission report . . . will therefore come as a shock."
Forças Armadas indonésias (TNI) nas violações de direitos humanos por milícias autonomistas em Timor-Leste em 1999.
Díli, 11 Jul (Lusa) - A Comissão de Verdade e Amizade (CVA) reconheceu a "responsabilidade institucional" da Indonésia e a ligação "estrutural" das Forças Armadas indonésias (TNI) nas violações de direitos humanos por milícias autonomistas em Timor-Leste em 1999.
A CVA identifica também crimes de grupos timorenses pró-independência e recomenda que a Indonésia e Timor-Leste reconheçam a "responsabilidade de Estado" pelos crimes cometidos, "de uma perspectiva moral e política".
O relatório final da CVA, de que a Agência Lusa obteve uma cópia, declara que a comissão bilateral "concluiu que os comandantes das TNI em Timor-Leste controlaram o abastecimento, distribuição e o uso de armas a grupos de milícias e que o fizeram de uma forma organizada".
A CVA "não recomenda amnistias ou reabilitação para nenhuma pessoa", um ponto que contraria a expectativa negativa de muitas organizações de direitos humanos que criticaram a formação, o mandato e os métodos da Comissão.
O relatório da CVA só é apresentado em Bali, Indonésia, no dia 15 de Julho, na presença dos chefes de Estado dos dois países e do primeiro-ministro timorense e dos comissários timorenses e indonésios.
As conclusões não oficiais da CVA foram, no entanto, reveladas hoje por outros órgãos de comunicação social na Austrália e na Indonésia.
Segundo os documentos da CVA obtidos pela Lusa, "houve de facto persistentes formas de violações sistemáticas e organizadas de direitos humanos, desencadeadas por elementos de grupos pró-autonomia, instituições governamentais indonésias ou grupos pró-independência".
A CVA "encontrou ligação estrutural entre as TNI e as milícias e outros grupos paramilitares que surgiram nessa altura" da realização do referendo que resultou na rejeição da autonomia de Timor-Leste dentro da Indonésia e conduziu o país à independência.
As investigações da CVA produziram "provas claras e abundantes para justificar as conclusões de responsabilidade institucional" da Indonésia na violência de 1999, acrescenta também o relatório.
"Nomeadamente, o pessoal das TNI, polícia e autoridades civis cooperaram de forma consistente e sistemática e apoiaram as milícias num número significativo de métodos que contribuíram para a realização dos crimes enunciados" no extenso documento.
"As provas não deixaram dúvidas de que as milícias pró-autonomia foram as responsáveis principais por violações directas brutais de direitos humanos em Timor-Leste em 1999", pode também ler-se no relatório obtido pela Lusa.
A CVA trabalhou com o objectivo de "estabelecer a verdade final" sobre os acontecimentos violentos de 1999 "e de recomendar formas de contribuir para fechar as feridas do passado".
Foram "dois anos de pesquisa, análise e deliberação", resume o relatório sobre o trabalho longo e delicado até se chegar a um consenso sobre a versão final das conclusões.
O relatório da CVA vem somar-se ao volumoso relatório da Comissão de Acolhimento Verdade e Reconciliação (CAVR), criada em Timor-Leste, e que, entre 2002 e 2005, investigou os crimes cometidos sob a ocupação indonésia de 1974 a 1999.
Uma proposta de Lei de Amnistia para os crimes da crise política e militar de 2006, apresentada há duas semanas pelo Presidente da República de Timor-Leste, José Ramos-Horta, propõe a criação de uma Comissão de Diálogo Nacional e Reconciliação.
PRM.
Lusa/fim
A CVA identifica também crimes de grupos timorenses pró-independência e recomenda que a Indonésia e Timor-Leste reconheçam a "responsabilidade de Estado" pelos crimes cometidos, "de uma perspectiva moral e política".
O relatório final da CVA, de que a Agência Lusa obteve uma cópia, declara que a comissão bilateral "concluiu que os comandantes das TNI em Timor-Leste controlaram o abastecimento, distribuição e o uso de armas a grupos de milícias e que o fizeram de uma forma organizada".
A CVA "não recomenda amnistias ou reabilitação para nenhuma pessoa", um ponto que contraria a expectativa negativa de muitas organizações de direitos humanos que criticaram a formação, o mandato e os métodos da Comissão.
O relatório da CVA só é apresentado em Bali, Indonésia, no dia 15 de Julho, na presença dos chefes de Estado dos dois países e do primeiro-ministro timorense e dos comissários timorenses e indonésios.
As conclusões não oficiais da CVA foram, no entanto, reveladas hoje por outros órgãos de comunicação social na Austrália e na Indonésia.
Segundo os documentos da CVA obtidos pela Lusa, "houve de facto persistentes formas de violações sistemáticas e organizadas de direitos humanos, desencadeadas por elementos de grupos pró-autonomia, instituições governamentais indonésias ou grupos pró-independência".
A CVA "encontrou ligação estrutural entre as TNI e as milícias e outros grupos paramilitares que surgiram nessa altura" da realização do referendo que resultou na rejeição da autonomia de Timor-Leste dentro da Indonésia e conduziu o país à independência.
As investigações da CVA produziram "provas claras e abundantes para justificar as conclusões de responsabilidade institucional" da Indonésia na violência de 1999, acrescenta também o relatório.
"Nomeadamente, o pessoal das TNI, polícia e autoridades civis cooperaram de forma consistente e sistemática e apoiaram as milícias num número significativo de métodos que contribuíram para a realização dos crimes enunciados" no extenso documento.
"As provas não deixaram dúvidas de que as milícias pró-autonomia foram as responsáveis principais por violações directas brutais de direitos humanos em Timor-Leste em 1999", pode também ler-se no relatório obtido pela Lusa.
A CVA trabalhou com o objectivo de "estabelecer a verdade final" sobre os acontecimentos violentos de 1999 "e de recomendar formas de contribuir para fechar as feridas do passado".
Foram "dois anos de pesquisa, análise e deliberação", resume o relatório sobre o trabalho longo e delicado até se chegar a um consenso sobre a versão final das conclusões.
O relatório da CVA vem somar-se ao volumoso relatório da Comissão de Acolhimento Verdade e Reconciliação (CAVR), criada em Timor-Leste, e que, entre 2002 e 2005, investigou os crimes cometidos sob a ocupação indonésia de 1974 a 1999.
Uma proposta de Lei de Amnistia para os crimes da crise política e militar de 2006, apresentada há duas semanas pelo Presidente da República de Timor-Leste, José Ramos-Horta, propõe a criação de uma Comissão de Diálogo Nacional e Reconciliação.
PRM.
Lusa/fim
Lula assina acordo que prorroga cooperação educacional com o Timor
Agência Brasil
DILI - A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Timor Leste foi marcada pela assinatura de acordos de cooperação para reconstrução do país. Entre os documentos, está a prorrogação até 2010 do programa de ajuda na área de educação que prevê o envio de professores brasileiros ao Timor para capacitação de docentes do país asiático. Na segunda etapa do programa devem chegar ao país 50 professores. Os países vão cooperar também nas áreas de meio ambiente, economia solidária e empreendedorismo.
Único país da Ásia que tem o português como língua oficial, o Timor Leste foi devastado por décadas de conflito com a ocupação da Indonésia. Em 1999, cerca de 80% do povo timorense optou pela independência em referendo organizado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Antes o país foi colônia de Portugal.
Em visita ao parlamento, na capital Díli, Lula saudou a independência da nação timorense e lembrou o brasileiro Sérgio Vieira de Melo como um dos condutores do processo de transição do Timor à independência. Melo trabalhava na ONU, como administrador de transição da organização no Timor-Leste e foi morto num atentado em Bagdá.
No texto do comunicado conjunto entre os dois países, Lula reiterou o repúdio do governo brasileiro aos atentados contra o presidente do Timor Leste, José Ramos-Horta e o primeiro-ministro Xanana Gusmão, em fevereiro deste ano.
Temas da conjuntura mundial também estiveram na pauta dos presidentes. O texto conjunto demonstra a preocupação dos dois governos com a atual conjuntura internacional e concordam com a necessidade de revisão do modelo mundial de produção e abastecimento de alimentos.
A exemplo do que fez no Vietnã, o presidente Lula defendeu a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e agradeceu o apoio do governo timorense ao pleito brasileiro de conseguir um assento no conselho.
Durante discurso no parlamento, Lula lembrou que o Brasil mantém no Timor um centro de treinamento profissional em áreas como construção civil e computação e que em breve ampliará os cursos oferecidos. Disse ainda que, atendendo à solicitação de Ramos-Horta, pediu a juristas brasileiros que auxiliem na elaboração do projeto do Código Militar do Timor Leste.
DILI - A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Timor Leste foi marcada pela assinatura de acordos de cooperação para reconstrução do país. Entre os documentos, está a prorrogação até 2010 do programa de ajuda na área de educação que prevê o envio de professores brasileiros ao Timor para capacitação de docentes do país asiático. Na segunda etapa do programa devem chegar ao país 50 professores. Os países vão cooperar também nas áreas de meio ambiente, economia solidária e empreendedorismo.
Único país da Ásia que tem o português como língua oficial, o Timor Leste foi devastado por décadas de conflito com a ocupação da Indonésia. Em 1999, cerca de 80% do povo timorense optou pela independência em referendo organizado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Antes o país foi colônia de Portugal.
Em visita ao parlamento, na capital Díli, Lula saudou a independência da nação timorense e lembrou o brasileiro Sérgio Vieira de Melo como um dos condutores do processo de transição do Timor à independência. Melo trabalhava na ONU, como administrador de transição da organização no Timor-Leste e foi morto num atentado em Bagdá.
No texto do comunicado conjunto entre os dois países, Lula reiterou o repúdio do governo brasileiro aos atentados contra o presidente do Timor Leste, José Ramos-Horta e o primeiro-ministro Xanana Gusmão, em fevereiro deste ano.
Temas da conjuntura mundial também estiveram na pauta dos presidentes. O texto conjunto demonstra a preocupação dos dois governos com a atual conjuntura internacional e concordam com a necessidade de revisão do modelo mundial de produção e abastecimento de alimentos.
A exemplo do que fez no Vietnã, o presidente Lula defendeu a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e agradeceu o apoio do governo timorense ao pleito brasileiro de conseguir um assento no conselho.
Durante discurso no parlamento, Lula lembrou que o Brasil mantém no Timor um centro de treinamento profissional em áreas como construção civil e computação e que em breve ampliará os cursos oferecidos. Disse ainda que, atendendo à solicitação de Ramos-Horta, pediu a juristas brasileiros que auxiliem na elaboração do projeto do Código Militar do Timor Leste.
sexta-feira, 11 de julho de 2008
GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO de TIMOT-LESTE ESCLARECE
REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE
GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO
Conferência de Imprensa
Segurança Alimentar – Os Factos
9 de Julho de 2008
Preâmbulo
Como é do conhecimento geral a questão de segurança alimentar não é nem um evento novo nem recente. No ano fiscal de 2006/07 o governo anterior despendeu cerca de $11.089 milhões na importação de bens alimentares, princialmente, arroz.
Assim como, o governo actual dispendeu no Orçamento Transitório cerca de US$6.6 milhões na compra de arroz.
Ao que consta, ninguém põe em causa a sensatez destas compras, visto que é aceite como verdade universal de que Timor Leste actualmente não produz quantidades suficientes capazes de satisfazer a procura interna e por outro lado os preços do mercado livre estão para além do poder de compra da maioria da população, sobretudo em períodos de escassez. Daí a necessidade de, de quando em quando, o Governo ter de intervir no mercado para assegurar uma resposta adequada, em termos de preço e quantidade, quanto ao fornecimento do produto base da alimentação Timorense, o arroz.
A compra mais recente de 16,000 toneladas métricas de arroz, tem nos últimos dias, dado muito que falar e escrever. Vou de seguida endereçar essa questão, mas quero, em primeiro lugar, só fazer um pequeno parênteses para vos notificar do seguinte:
Eu, melhor do que muitos dos que falam em voz alta, sei o que é ser-se privado de comida e o que isso quer dizer, e quero deixar aqui bem claro, que não lutei a melhor parte da minha vida só para obter a liberdade do país da opressão estrangeira, lutei também pelo direito do meu povo a uma vida digna e livre da fome. A primeira etapa está ganha, a segunda é o meu desafio actual.
Eu lamento a ignorância das pessoas. Ao que parece, já ninguém se lembra da crise internacional de produtos alimentares base que se tem vindo a verificar nos últimos meses.
Irrespectivamente da opinião internacional e doméstica, sobretudo daqueles que o cadastro diz pouco terem feito para a eliminação da fome e pelos direitos humanos, eu farei tudo ao meu alcance e dentro das leis vigentes deste país para que a população tenha acesso a aquilo que é do seu direito.
E AGORA OS FACTOS:
1. No orçamento de 2008 estabeleceu-se uma verba de $4.080 milhões para segurança alimentar.
2. Em fins de Janeiro de 2008 tornou-se evidente que não só as reservas de arroz estavam áquem do que se considera um nível aceitável, como também se notou no mercado mundial a proibição de venda de arroz por parte de países que normalmente são exportadores deste produto.
3. O número de toneladas métricas era estimado em 7.900 toneladas quando deveria ser 24.000 para estar dentro do stock estratégico, ou seja, quantidade adequada para o consumo de três meses.
4. Dada a situação, o Ministro do Turismo, Comérico e Indústria tomou a iniciativa de sondar o mercado de fornecedores através de um encontro com empresários associados ao mercado do arroz .
5. Este encontro teve lugar no dia 29 de Janeiro de 2008 e estavam presentes, segundo o registo de presenças, os seguintes importadores:
Julio Alfaro, Director da Companhia People Food
Lay Siu Hing, Director da Companhia Star King
Gerry Koul, Director da Companhia Nabilan Food
Germano da Silva, Director das Companhias Oriental Food and Três Amigos
Julio Lo, Director da Companhia Juxibel
Frederico da S. Sam, Director da Companhia Timorense
James Jong, Director Timor Food
As actas da reunião estão em anexo (anexo 1)
6. No dia 1 de Fevereiro, juntamente com o Ministro do Turismo, Comérico e Indústria reuni-me com a comunidade importadora de arroz e cimento para confirmar a disponibilidade e prontidão dos importadores. Segue-se os importadores presentes:
Kathleen Gonçalves, Directora da Companhia People Food
Julio Alfaro, Director da Companhia People Food
Sr. Amir, Gerente da Companhia Kuda Ulun
James Jong, Director da Companhia Timor Food
Sr. Marsidi, Director da Companhia Victoria Lda
Sr. Rully, Gerente da Companhia Nabilan Food
Frans Holiwono, Director da Companhia Holiwono (BTK)
Sr. Charles, Vice-Director da Companhia Lay Shop
Germano da Silva, Director das Companhias Oriental Food and Três Amigos
Julio Lo, Director da Companhia Juxibel
Lay Siu Hing, Director da Companhia Star King
Frederico da S. Sam, Director da Companhia Timorense
(vide acta, anexo 2)
7. Nesta reunião eu frizei os seguintes aspectos essenciais: capacidade de importar arroz de imediato e capacidade de armazenagem.
8. Poucos tinham capacidade de armazenagem e com a excepção do Germano da Silva ninguém se mostrou disponível para importar imediatamente a quantidade requerida pelo governo – 16.000 toneladas.
9. Na ocasião, lembrei também a todos presentes que era política do governo estabelecer mecanismos que facilitassem a partilha da importação do arroz.
10. Na sequência destas reuniões, a Companhia Três Amigos, representada pelo Germano da Silva, apresentou uma proposta ao governo em que se dispunha a fazer o fornecimento de 16.000 toneladas métricas de arroz importado do Vietnam a um preço de $510,00 por tonelada. A proposta incluía também a opção de se fazer o pagamento em duas tranches. A primeira tranche seria liquidada antes de Junho de 2008 e a segunda tranche teria lugar por volta de Agosto, após a aprovação do orçamento rectificativo.
11. Quero rectificar que o Senhor Germano da Silva não é Vice-Presidente do CNRT.
12. O governo decidiu deliberar a favor desta proposta com base nos seguintes factores: 1) a sondagem ao mercado através das duas reuniões com os importadores indicou ausência de capacidade para importar; 2) a prosposta do Sr. Silva era razoável, representava dinheiro/valor e oferecia condições de pagamento favoráveis; 3) o país precisava urgentemente de reservas de arroz.
13. No dia 29 de Fevereiro fechou-se contrato com a Companhia Três Amigos para a compra de 8.000 toneladas de arroz com o preço por tonelada de $510,00 e valor total de $4,080 milhões (Anexo 3). O balanço de 8.000 toneladas seria comprado ao risco do contractor e só pago depois do orçamento rectificativo.
14. Em princípios de Abril, o preço do arroz no mercado internacional sobe consideravelmente, tendo mesmo alcançado $1,150 por tonelada – Tailândia. É neste ambiente de escassez e flutuação constante de preço que a companhia contratora é informada pelo fornecedor Vietnamita que deixou de ser possível o fornecimento ao preço de $510,00 previamente acordado.
15. O preço exigido pelo fornecedor foi de $800,00 na origem e ao qual a Companhia Três Amigos acrescentou $100,00 para cobrir custos de transporte, seguros, custos operacionais e lucro, ficando assim o preço para o governo a $900,00 por tonelada. (Anexo 4)
16. Dada a conjuntura internacional da altura, o governo decidiu ser prudente e não arriscar perder o arroz já assegurado. Prosseguiu-se com a rectificação do acordo de compra de 16.000 toneladas de arroz, agora com um custo total de $14,400 milhões.
17. Entendeu este governo que o preço, perante o sério risco de falta de arroz para os mais carentes da nossa sociedade, era um factor secundário.
18. Todas a negociações com a companhia contratante foram feitas abertamente, de uma forma transparente e dentro dos termos legais.
Dadas as recentes acusações por parte da oposição, o governo decidiu fazer uma pesquisa e investigação às compras de arroz e bens alimentícios do governo anterior.
E estas revelaram o seguinte:
1. No ano fiscal de 2006/2007 o governo anterior despendeu $11,089 milhões na compra de arroz e bens alimentícios.
2. A tabela demonstra claramente que 76 % das compras de arroz do governo anterior foram compras efectuadas através de ajustes directos (single source).
GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO
Conferência de Imprensa
Segurança Alimentar – Os Factos
9 de Julho de 2008
Preâmbulo
Como é do conhecimento geral a questão de segurança alimentar não é nem um evento novo nem recente. No ano fiscal de 2006/07 o governo anterior despendeu cerca de $11.089 milhões na importação de bens alimentares, princialmente, arroz.
Assim como, o governo actual dispendeu no Orçamento Transitório cerca de US$6.6 milhões na compra de arroz.
Ao que consta, ninguém põe em causa a sensatez destas compras, visto que é aceite como verdade universal de que Timor Leste actualmente não produz quantidades suficientes capazes de satisfazer a procura interna e por outro lado os preços do mercado livre estão para além do poder de compra da maioria da população, sobretudo em períodos de escassez. Daí a necessidade de, de quando em quando, o Governo ter de intervir no mercado para assegurar uma resposta adequada, em termos de preço e quantidade, quanto ao fornecimento do produto base da alimentação Timorense, o arroz.
A compra mais recente de 16,000 toneladas métricas de arroz, tem nos últimos dias, dado muito que falar e escrever. Vou de seguida endereçar essa questão, mas quero, em primeiro lugar, só fazer um pequeno parênteses para vos notificar do seguinte:
Eu, melhor do que muitos dos que falam em voz alta, sei o que é ser-se privado de comida e o que isso quer dizer, e quero deixar aqui bem claro, que não lutei a melhor parte da minha vida só para obter a liberdade do país da opressão estrangeira, lutei também pelo direito do meu povo a uma vida digna e livre da fome. A primeira etapa está ganha, a segunda é o meu desafio actual.
Eu lamento a ignorância das pessoas. Ao que parece, já ninguém se lembra da crise internacional de produtos alimentares base que se tem vindo a verificar nos últimos meses.
Irrespectivamente da opinião internacional e doméstica, sobretudo daqueles que o cadastro diz pouco terem feito para a eliminação da fome e pelos direitos humanos, eu farei tudo ao meu alcance e dentro das leis vigentes deste país para que a população tenha acesso a aquilo que é do seu direito.
E AGORA OS FACTOS:
1. No orçamento de 2008 estabeleceu-se uma verba de $4.080 milhões para segurança alimentar.
2. Em fins de Janeiro de 2008 tornou-se evidente que não só as reservas de arroz estavam áquem do que se considera um nível aceitável, como também se notou no mercado mundial a proibição de venda de arroz por parte de países que normalmente são exportadores deste produto.
3. O número de toneladas métricas era estimado em 7.900 toneladas quando deveria ser 24.000 para estar dentro do stock estratégico, ou seja, quantidade adequada para o consumo de três meses.
4. Dada a situação, o Ministro do Turismo, Comérico e Indústria tomou a iniciativa de sondar o mercado de fornecedores através de um encontro com empresários associados ao mercado do arroz .
5. Este encontro teve lugar no dia 29 de Janeiro de 2008 e estavam presentes, segundo o registo de presenças, os seguintes importadores:
Julio Alfaro, Director da Companhia People Food
Lay Siu Hing, Director da Companhia Star King
Gerry Koul, Director da Companhia Nabilan Food
Germano da Silva, Director das Companhias Oriental Food and Três Amigos
Julio Lo, Director da Companhia Juxibel
Frederico da S. Sam, Director da Companhia Timorense
James Jong, Director Timor Food
As actas da reunião estão em anexo (anexo 1)
6. No dia 1 de Fevereiro, juntamente com o Ministro do Turismo, Comérico e Indústria reuni-me com a comunidade importadora de arroz e cimento para confirmar a disponibilidade e prontidão dos importadores. Segue-se os importadores presentes:
Kathleen Gonçalves, Directora da Companhia People Food
Julio Alfaro, Director da Companhia People Food
Sr. Amir, Gerente da Companhia Kuda Ulun
James Jong, Director da Companhia Timor Food
Sr. Marsidi, Director da Companhia Victoria Lda
Sr. Rully, Gerente da Companhia Nabilan Food
Frans Holiwono, Director da Companhia Holiwono (BTK)
Sr. Charles, Vice-Director da Companhia Lay Shop
Germano da Silva, Director das Companhias Oriental Food and Três Amigos
Julio Lo, Director da Companhia Juxibel
Lay Siu Hing, Director da Companhia Star King
Frederico da S. Sam, Director da Companhia Timorense
(vide acta, anexo 2)
7. Nesta reunião eu frizei os seguintes aspectos essenciais: capacidade de importar arroz de imediato e capacidade de armazenagem.
8. Poucos tinham capacidade de armazenagem e com a excepção do Germano da Silva ninguém se mostrou disponível para importar imediatamente a quantidade requerida pelo governo – 16.000 toneladas.
9. Na ocasião, lembrei também a todos presentes que era política do governo estabelecer mecanismos que facilitassem a partilha da importação do arroz.
10. Na sequência destas reuniões, a Companhia Três Amigos, representada pelo Germano da Silva, apresentou uma proposta ao governo em que se dispunha a fazer o fornecimento de 16.000 toneladas métricas de arroz importado do Vietnam a um preço de $510,00 por tonelada. A proposta incluía também a opção de se fazer o pagamento em duas tranches. A primeira tranche seria liquidada antes de Junho de 2008 e a segunda tranche teria lugar por volta de Agosto, após a aprovação do orçamento rectificativo.
11. Quero rectificar que o Senhor Germano da Silva não é Vice-Presidente do CNRT.
12. O governo decidiu deliberar a favor desta proposta com base nos seguintes factores: 1) a sondagem ao mercado através das duas reuniões com os importadores indicou ausência de capacidade para importar; 2) a prosposta do Sr. Silva era razoável, representava dinheiro/valor e oferecia condições de pagamento favoráveis; 3) o país precisava urgentemente de reservas de arroz.
13. No dia 29 de Fevereiro fechou-se contrato com a Companhia Três Amigos para a compra de 8.000 toneladas de arroz com o preço por tonelada de $510,00 e valor total de $4,080 milhões (Anexo 3). O balanço de 8.000 toneladas seria comprado ao risco do contractor e só pago depois do orçamento rectificativo.
14. Em princípios de Abril, o preço do arroz no mercado internacional sobe consideravelmente, tendo mesmo alcançado $1,150 por tonelada – Tailândia. É neste ambiente de escassez e flutuação constante de preço que a companhia contratora é informada pelo fornecedor Vietnamita que deixou de ser possível o fornecimento ao preço de $510,00 previamente acordado.
15. O preço exigido pelo fornecedor foi de $800,00 na origem e ao qual a Companhia Três Amigos acrescentou $100,00 para cobrir custos de transporte, seguros, custos operacionais e lucro, ficando assim o preço para o governo a $900,00 por tonelada. (Anexo 4)
16. Dada a conjuntura internacional da altura, o governo decidiu ser prudente e não arriscar perder o arroz já assegurado. Prosseguiu-se com a rectificação do acordo de compra de 16.000 toneladas de arroz, agora com um custo total de $14,400 milhões.
17. Entendeu este governo que o preço, perante o sério risco de falta de arroz para os mais carentes da nossa sociedade, era um factor secundário.
18. Todas a negociações com a companhia contratante foram feitas abertamente, de uma forma transparente e dentro dos termos legais.
Dadas as recentes acusações por parte da oposição, o governo decidiu fazer uma pesquisa e investigação às compras de arroz e bens alimentícios do governo anterior.
E estas revelaram o seguinte:
1. No ano fiscal de 2006/2007 o governo anterior despendeu $11,089 milhões na compra de arroz e bens alimentícios.
2. A tabela demonstra claramente que 76 % das compras de arroz do governo anterior foram compras efectuadas através de ajustes directos (single source).
3. Um acordo de fornecimento de arroz entre a companhia Timor Global e o Sr Arsénio Bano, então Ministro do Trabalho e Reinserção Comunitária, datada de 13 de Junho de 2006, tem apensa uma nota da Ministra das Finanças da altura, em que esta diz: "esta foi uma compra de emergência, isto é, com base num contracto assinado pelo Ministro Bano e por mim, o fornecedor, prontificou-se a fornecer arroz com compromisso de ser pago à posteriori". Assinado 1 de Septembro de 2006. De que forma é que este acordo é diferente do acordo que tanto tem dado que falar nas últimas semanas? Pelo menos, este governo vai acertar as contas no ano fiscal em que as despesas foram incurridas e esse não foi o caso do governo anterior. Note-se que neste caso, trata-se de despesas de um ano fiscal no valor de $849,188.00 que não foram contabilizadas no ano fiscal em que tiveram lugar, ou seja, as despesas do relatório anual de 2005/06 estão, pelo menos , erradas por este valor - $849.188,00 (Anexo 5).
4. Mas eu compreendo porque o Governo anterior já estava habituado a não contabilizar dívidas e este governo está a habituar-se a pagar as dívidas do governo anterior.
5. Entretanto, a recente auditoria da Delloites, adjudicada pelo Governo da AMP sobre o fundo de Contingência, revelou um pagamento de $500,000 em excesso à quantia alocada ao Fundo de Solidariedade para uma grande aquisição do arroz. Foi feito um acordo de $960,000 entre o Ministério de Trabalho e Reinserção Comunitária e a companhia Timor Global (TL) Pty Ltd para compra de mais 2.000 toneladas de arroz. Embora o pedido para usar os fundos da Contingência tenha sido autorizado pelo Primeiro-Ministro, não se verificou documentação de prova de importação quando o pagamento foi feito.
6. Adiante a mesma auditoria revela também: "Uma fotocópia de muito pouca qualidade e difícil de ler estava anexada a uma outra ordem de pagamento de $35,200 para custos de descarregamento do arroz. Contudo, os documentos the embarque são para um outro fornecimento the arroz (3.000 toneladas) e marcado "doado pela República Popular da China" e inconsistente com o contrato da Timor Global. Mais, os custos de transporte e armazenagem cobrados ao governo foram para uma quantidade de 3.000 toneladas quando o contrato em questão era para 2.000 toneladas."
7. Pouco depois da tomada de posse deste Governo verificou-se que havia apenas US$830,000 na conta bancária para as receitas de venda do arroz do Estado. Atendendo a que se gastaram cerca de US$11.9 milhões em compras, esta quantia de receitas parece extremamente baixa. É isto, um bom exemplo de boa administração e governação? É de notar também que o extracto de conta bancária não cita entradas anteriores a Fevereiro de 2007 quando a compra, por parte do Estado, começou nos primeiros meses de 2006. Porquê?
8. Deixem-me dizer-vos que tudo isto é consistente com a gestão financeira do país por parte do governo anterior. Pouco depois da nossa tomada de posse descobriu-se que cinquenta e quatro por cento (54%) do valor de todas as despesas do governo no ano fiscal de 2006/2007 deram entrada no sistema financeiro como "no vendor", ou seja, sem fornecedor. Isto significa que nunca se saberá onde foram parar mais de cinquenta por cento (50%) dos fundos do Estado, ou como foi gasto, porque não existe documentação. A auditoria recente acrescenta: "Essencialmente, não existia nem relatórios nem verificação de processos dentro dos Serviços de Aprovisionamento. O registo de muitos pagamentos nos Livros de Contas era incompleto. Isto resultou numa situação onde se verifica um muito pobre rastreio financeiro e investigações retrospectivas de má administração ou fraude tornam-se extremamente difíceis."
9. Não devemos esquecer que o maior contrato feito pelos Governos anteriores foi com a companhia de Tafui Oil para fornecimento de combustível, cujo proprietário é o sr. Djafar Bim Amude Alkatiri, irmão do ex-Primeiro Ministro Mari Alkatiri, contrato este que excedia USD $1.2 milhões por mês. A recente auditoria revelou tambem que, "Apesar da magnitude do contrato que cobre a principal fonte de fornecimento de combustível ao país, o contrato não continha garantias de desempenho." Além de mais, revelou-se no processo do contrato:
1. Não cumprimento das regras de consulta aberta
2. Infracções de delegação de poderes na contratação
3. Falta de autoridade para a extensão do contrato
4. Não houve notificação ao Ministro de certos aspectos do contrato
5. Não houve validação das ordens de pagamento
6. Não foram identificadas nem recuperadas significativas quantias pagas em excesso ao credor.
Muitas vezes na ânsia de se marcar golos políticos marcam-se golos na própria baliza……
Quero também responder ao ex-ministro Arsénio Bano, que fez afirmações de que eu andei a practicar má administração na Presidência, simplesmente porque tive que pagar as despesas do Estado com o meu próprio dinheiro.
1. O Senhor Arsénio Bano, como membro do governo anterior, deve lembrar-se que, em 2002, eu chamava-o todas as sexta-feiras para o encontro com a população necessitada. Até que ele próprio parou de ir aos encontros porque não conseguia atender aos pedidos feitos. Optei então por chamar o Senhor Arsénio Bano e os seus directores depois de me ter sido negado, como Presidente da República, o reembolso de despesas de umas chapas de zinco, madeira, pregos, etc. para pessoas que foram pedir ajuda em fins de 2002. Eu tinha mandado as finanças da Presidência da República cobrir essas ajudas. Porém, o Ministério do Plano e Finanças devolveu-me o processo dizendo que o Presidente da República não devia fazer tais actividades, pelo que tive de tirar do meu próprio bolso para pagar ao Estado. Foi daí que comecei a convocar o Senhor Arsénio Bano, que revelava não poder assistir a tudo.
2. A tabela demonstra claramente que 76 % das compras de arroz do governo anterior foram compras efectuadas através de ajustes directos (single source).
3. O ex-Primeiro-Ministro Mari Alkatiri informou-me, em inícios de 2003, que ele tinha apontado a oficina dos veteranos de Taibessi como a única oficina de manutenção dos veículos do Estado. Muitos meses depois, o ex-Primeiro-Ministro Mari Alkatiri informou-me, lamentando, que a oficina dos veteranos de Taibessi tinha decepcionado a sua confiança e que tinham estragado os carros que para lá iam para serem consertados.
4. O senhor ex-Primeiro-Ministro informou-me também que houve corrupção naquela oficina e da qual resultava um Pajero sair da dita oficina como se fosse um Tata e um Tata como um Pajero. Eu agradeci ao Senhor ex-Primeiro-Ministro a informação, informando-lhe também de que, porque o Presidente da República não tinha muito dinheiro, eu iria mandar os carros da Presidência para oficinas mais profissionais.
5. O ex-Primeiro-Ministro anuiu a minha ideia e, posteriormente, quando houve necessidade de fazer manutenção aos veículos da Presidência, eu mandava os carros para a oficina de Bemori. Contudo, durante o ano fiscal de 2003/2004, quando foi para pagar as facturas, a então Ministra do Plano e Finanças, ou Ministério do Plano e Finanças, devolviam-me as facturas fazendo lembrar que não pagavam porque a oficina dos veteranos é que tinha ganho o contrato para reparação exclusiva dos carros do Estado.
6. Tirei do meu próprio dinheiro para pagar estas despesas, embora soubesse que a oficina dos veteranos já não funcionava e a política do governo mudou e passou a ser permitido que os carros do Estado fossem a qualquer oficina em Dili. E esta política mantém-se até hoje. Mas para abrir um pouco os olhos às pessoas, informo aqui que chamei o Brigadeiro Taur Matan Ruak e lamentei as condições do trabalho, de irresponsabilidade e de má gestão da oficina dos veteranos. O Brigadeiro disse-me que pediu mais de três vezes ao Governo para fazer inspecção à oficina, o que nunca aconteceu. O que é verdade, é que um sobrinho do ex-Primeiro-Ministro, ligado a um Malasiano, andaram a inventar facturas, a trocar as peças dos carros e tudo isto sem os veteranos poderem fazer nada.
7. Um outro exemplo da má administração da Presidência da República vem do seguinte facto: Para além de receber muito tardiamente uma viatura Taruna que é usada por comerciantes comuns na Indonésia, este tipo de veículo não consegue fazer viagens ao interior. Para ir ao interior, eu utilizava o meu carro privado e, porque era em serviço, eu atestava o depósito com gasolina do Estado. As facturas mandadas para o Governo pagar o combustível, usado somente para as minhas deslocações oficiais ao interior, foram devolvidas porque combustível do Estado não podia atestar carros privados.
8. Foi com muita pena que parei de fazer visitas às populações no interior e aproveito esta ocasião, para dizer também que o próprio Presidente da República, em entrevista a jornais australianos, disse que eu nunca saía para o interior. A razão é simples. Eu fui, durante dois anos seguidos, por conta própria e parei de ir por falta de dinheiro.
9. Desde Novembro de 1999 que também saí várias vezes ao estrangeiro, a pedir apoio da comunidade internacional a Timor-Leste. Como Presidente da República também fui visitar países ou participar em encontros de estado internacionais. Em qualquer uma dessas visitas sempre apelei para apoio financeiro ao Governo de Timor-Leste. Como Chefe de Estado preferi levar prendas condignas e encomendei prendas de Estado. No fim, eu tive que pagar do meu próprio bolso porque não passei pelo processo de consulta ao mercado (tender).
Para fechar, eu sempre servi a minha nação com tranparência, de boa fé e de acordo com a lei. As alegações de corrupção contínuas contra mim e os meus ministros não são substanciadas e fazem parte de toda uma campanha política agressiva por um pequeno número de pessoas que põe o desejo do poder acima do bem da nação e que buscarão o poder a qualquer custo.
Desaponta-me ver que aqueles de quem se espera que sirvam o povo escolhem servir os interesses próprios.
Eu quero também dizer que. quando o governo da AMP tomou posse, nós decidimos governar com dignidade e livres de brigas políticas que em nada contribuem para a construção do país nem representam os melhores interesses do nosso povo, mas a Oposição tem conduzido uma campanha sistemática, através de informação deturpada, com o fim de criar instabilidade.
O que é desapontante, é que tanto a imprensa nacional como a internacional relatem informações incorrectas como factos, sem se darem ao trabalho de fazerem as devidas investigações como é exigido de um bom profissional.
Portanto, o que eu vos quero pedir hoje é que vocês se esforcem por discernir as verdades da propaganda e assim, dar acesso a esta nação, e ao resto do mundo, a um levantamento honesto das actividades do governo.
+FIM+
segunda-feira, 7 de julho de 2008
Polícia dispersa estudantes em Díli com gás lacrimogéneo
A Polícia timorense (PNTL) dispersou hoje uma manifestação de estudantes em Díli, Timor-Leste, com granadas de gás lacrimogéneo e procedeu a cerca de 20 detenções no local.
Os estudantes protestavam contra a anunciada aquisição de viaturas para todos os 65 deputados, tendo-se reunido no campus da Universidade Nacional de Timor-Lorosae (UNTL), no lado oposto da rua do Parlamento Nacional, no centro de Díli. Fonte oficial das Nações Unidas confirmou à agência Lusa que "não foram usadas munições de borracha nem munição real" na carga policial. "Alguns dos estudantes atiraram pedras contra elementos da Task Force da PNTL, que em resposta dispararam três granadas de gás", declarou à Lusa a porta-voz da Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT), Allison Cooper. A porta-voz da UNMIT adiantou que elementos da unidade de Direitos Humanos da missão internacional visitam ainda hoje os estudantes detidos na esquadra central da PNTL, em Caicoli. A carga policial aconteceu depois de a Task Force ter feito um ultimato aos estudantes para dispersarem, dando-lhes cinco minutos para abandonarem o local. O aviso da polícia foi acompanhado por uma contagem decrescente, a cada minuto, que terminou com o avanço da Task Force sobre os manifestantes. À mesma hora da manifestação na UNTL, uma outra manifestação de estudantes universitários acontecia no Campo de Democracia, a poucas centenas de metros, na entrada leste da mesma rua onde fica o Parlamento e a Universidade Nacional. Há duas semanas que os estudantes de várias faculdades e institutos se manifestaram pela primeira vez contra a aquisição de viaturas para todos os membros do Parlamento. Os organizadores da manifestação de hoje na UNTL afirmaram à Lusa que estão a preparar um comunicado sobre os acontecimentos da manhã, que será divulgado até ao final do dia em Díli.
Os estudantes protestavam contra a anunciada aquisição de viaturas para todos os 65 deputados, tendo-se reunido no campus da Universidade Nacional de Timor-Lorosae (UNTL), no lado oposto da rua do Parlamento Nacional, no centro de Díli. Fonte oficial das Nações Unidas confirmou à agência Lusa que "não foram usadas munições de borracha nem munição real" na carga policial. "Alguns dos estudantes atiraram pedras contra elementos da Task Force da PNTL, que em resposta dispararam três granadas de gás", declarou à Lusa a porta-voz da Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT), Allison Cooper. A porta-voz da UNMIT adiantou que elementos da unidade de Direitos Humanos da missão internacional visitam ainda hoje os estudantes detidos na esquadra central da PNTL, em Caicoli. A carga policial aconteceu depois de a Task Force ter feito um ultimato aos estudantes para dispersarem, dando-lhes cinco minutos para abandonarem o local. O aviso da polícia foi acompanhado por uma contagem decrescente, a cada minuto, que terminou com o avanço da Task Force sobre os manifestantes. À mesma hora da manifestação na UNTL, uma outra manifestação de estudantes universitários acontecia no Campo de Democracia, a poucas centenas de metros, na entrada leste da mesma rua onde fica o Parlamento e a Universidade Nacional. Há duas semanas que os estudantes de várias faculdades e institutos se manifestaram pela primeira vez contra a aquisição de viaturas para todos os membros do Parlamento. Os organizadores da manifestação de hoje na UNTL afirmaram à Lusa que estão a preparar um comunicado sobre os acontecimentos da manhã, que será divulgado até ao final do dia em Díli.
domingo, 6 de julho de 2008
O presidente do Brasil visita o Timor Leste no próximo dia 11
04-07-2008 08:21:06
Gestão pública e Bolsa Família são pauta de Lula no Timor
Brasília, 4 jul (Lusa) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visita o Timor Leste no próximo dia 11 e pretende ajustar a cooperação brasileira às necessidades timorenses nos setores da máquina pública, na área social e no ensino da língua portuguesa, informou o Palácio do Planalto.De acordo com o porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach, o governo pretende prorrogar, até 2010, a presença de 50 professores brasileiros que estão trabalhando no Timor Leste."O Brasil tem uma preocupação muito profunda quanto à questão da língua portuguesa e da construção institucional do Timor Leste e está atuando nesse sentido", afirmou Baumbach, na quinta-feira, ao detalhar o périplo de Lula pela Ásia, que inclui também visitas a Japão, Vietnã e Indonésia.O porta-voz da Presidência afirmou que as autoridades timorenses "têm sabido enfrentar com galhardia" os seus problemas, como os atentados contra o presidente, José Ramos-Horta, e o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, em fevereiro deste ano. "O Brasil tem apoiado esses esforços no sentido de consolidar a estabilidade no Timor Leste", acrescentou Baumbach. Acompanhado pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, Lula vai se encontrar em Dili com Ramos-Horta e Xanana Gusmão, e também com o presidente do Parlamento do país, Fernando La Sama, e com o presidente do Tribunal de Recurso, Cláudio Ximenes.Nos encontros com as autoridades timorenses, será discutida a terceira fase do programa bilateral de formação das forças policiais do Timor Leste, que deve começar ainda este ano, assim como a ampliação da cooperação na área de Justiça.A pedido de Ramos-Horta, o Brasil vai cooperar também na elaboração dos anteprojetos do código de processo penal militar e do código penal militar.Também a adoção de planos para ajudar a população de baixa-renda do Timor Leste, inspirados no Bolsa Família, está na agenda do presidente Lula. Lula será recebido ainda pelo representante do secretário-geral das Nações Unidas no Timor Leste, Atul Khare, e vai se encontra com a comunidade brasileira no Centro de Formação de Mão-de-Obra mantido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em Becora."A visita do presidente Lula ao Timor Leste constitui uma reafirmação do profundo sentimento de solidariedade do povo e do governo brasileiros com o destino daquele país-irmão, o único da Ásia e Oceania que tem o português como idioma oficial", destacou o porta-voz da Presidência."Traduz também o apreço brasileiro à serenidade e determinação com que as autoridades timorenses têm enfrentado os desafios do desenvolvimento econômico e institucional e o reconhecimento da responsabilidade com que têm sido administrados os recursos oriundos da exploração de hidrocarbonetos", acrescentou Baumbach.Antes de chegar ao Timor Leste, Lula participa, terça e quarta-feira, no Japão, de reuniões do G-5, que congrega Brasil, África do Sul, China, Índia e México, e do G-8, grupo composto pelos sete países mais industrializados (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Reino Unido, Itália, Japão) e a Rússia. Os temas centrais das reuniões serão a situação econômica internacional, a crise alimentar, a energia, as alterações climáticas e a cooperação internacional para o desenvolvimento. De acordo com o Palácio do Planalto, os líderes do G-5 pretendem dar ênfase às questões relacionadas com os biocombustíveis e o aumento dos preços dos alimentos, no âmbito do chamado processo de Heiligendamm, iniciativa lançada no ano passado que visa institucionalizar o diálogo de alto nível entre o G-5 e o G-8.Na quinta-feira, Lula visita o Vietnã, que apóia a candidatura brasileira a um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, seguindo depois para o Timor Leste.O presidente conclui seu périplo pela Ásia na Indonésia, quarto país mais populoso do mundo e detentor da maior população muçulmana, regressando a Brasília no dia 13 de julho.
Gestão pública e Bolsa Família são pauta de Lula no Timor
Brasília, 4 jul (Lusa) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visita o Timor Leste no próximo dia 11 e pretende ajustar a cooperação brasileira às necessidades timorenses nos setores da máquina pública, na área social e no ensino da língua portuguesa, informou o Palácio do Planalto.De acordo com o porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach, o governo pretende prorrogar, até 2010, a presença de 50 professores brasileiros que estão trabalhando no Timor Leste."O Brasil tem uma preocupação muito profunda quanto à questão da língua portuguesa e da construção institucional do Timor Leste e está atuando nesse sentido", afirmou Baumbach, na quinta-feira, ao detalhar o périplo de Lula pela Ásia, que inclui também visitas a Japão, Vietnã e Indonésia.O porta-voz da Presidência afirmou que as autoridades timorenses "têm sabido enfrentar com galhardia" os seus problemas, como os atentados contra o presidente, José Ramos-Horta, e o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, em fevereiro deste ano. "O Brasil tem apoiado esses esforços no sentido de consolidar a estabilidade no Timor Leste", acrescentou Baumbach. Acompanhado pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, Lula vai se encontrar em Dili com Ramos-Horta e Xanana Gusmão, e também com o presidente do Parlamento do país, Fernando La Sama, e com o presidente do Tribunal de Recurso, Cláudio Ximenes.Nos encontros com as autoridades timorenses, será discutida a terceira fase do programa bilateral de formação das forças policiais do Timor Leste, que deve começar ainda este ano, assim como a ampliação da cooperação na área de Justiça.A pedido de Ramos-Horta, o Brasil vai cooperar também na elaboração dos anteprojetos do código de processo penal militar e do código penal militar.Também a adoção de planos para ajudar a população de baixa-renda do Timor Leste, inspirados no Bolsa Família, está na agenda do presidente Lula. Lula será recebido ainda pelo representante do secretário-geral das Nações Unidas no Timor Leste, Atul Khare, e vai se encontra com a comunidade brasileira no Centro de Formação de Mão-de-Obra mantido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em Becora."A visita do presidente Lula ao Timor Leste constitui uma reafirmação do profundo sentimento de solidariedade do povo e do governo brasileiros com o destino daquele país-irmão, o único da Ásia e Oceania que tem o português como idioma oficial", destacou o porta-voz da Presidência."Traduz também o apreço brasileiro à serenidade e determinação com que as autoridades timorenses têm enfrentado os desafios do desenvolvimento econômico e institucional e o reconhecimento da responsabilidade com que têm sido administrados os recursos oriundos da exploração de hidrocarbonetos", acrescentou Baumbach.Antes de chegar ao Timor Leste, Lula participa, terça e quarta-feira, no Japão, de reuniões do G-5, que congrega Brasil, África do Sul, China, Índia e México, e do G-8, grupo composto pelos sete países mais industrializados (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Reino Unido, Itália, Japão) e a Rússia. Os temas centrais das reuniões serão a situação econômica internacional, a crise alimentar, a energia, as alterações climáticas e a cooperação internacional para o desenvolvimento. De acordo com o Palácio do Planalto, os líderes do G-5 pretendem dar ênfase às questões relacionadas com os biocombustíveis e o aumento dos preços dos alimentos, no âmbito do chamado processo de Heiligendamm, iniciativa lançada no ano passado que visa institucionalizar o diálogo de alto nível entre o G-5 e o G-8.Na quinta-feira, Lula visita o Vietnã, que apóia a candidatura brasileira a um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, seguindo depois para o Timor Leste.O presidente conclui seu périplo pela Ásia na Indonésia, quarto país mais populoso do mundo e detentor da maior população muçulmana, regressando a Brasília no dia 13 de julho.
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Ramos-Horta propõe amnistia para a crise de 2006 e criação de Comissão de Diálogo
2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
2008-07-04 04:14:40
Díli, 04 Jul (Lusa) - O Presidente da República de Timor-Leste apresentou aos partidos políticos uma proposta de amnistia para os crimes da crise de 2006 que inclui uma Comissão de Diálogo e audiências públicas.
A proposta de Lei de Amnistia, a que a agência Lusa teve acesso, foi apresentada na terça-feira por José Ramos-Horta na Presidência da República perante representantes de todos os partidos políticos e alguns deputados.
Esta Lei de Amnistia, que ainda não deu entrada no Parlamento, aplicar-se-á, se for aprovada, "aos crimes cometidos no âmbito da crise política-militar" de 2006.
A crise, desencadeada pela expulsão das Forças Armadas de quase 600 efectivos, provocou pelo menos 38 mortos e deixou durante dois anos um décimo da população timorense deslocada das suas casas e comunidades.
A proposta apresentada por José Ramos-Horta prevê uma Comissão de Diálogo Nacional e Reconciliação, nomeada pelo chefe de Estado e com um mandato inicial de um ano, além de vários mecanismos de justiça restaurativa.
As duas vias principais de resolução de conflitos avançadas pela proposta são o processo especial de reconciliação comunitária e a audiência pública de reconciliação.
O processo especial abrange os crimes relatados na Comissão Especial Independente de Inquérito para Timor-Leste (CEII), criada pelas Nações Unidas em 2006, e exclui vários crimes graves, num critério semelhante ao da Comissão de Acolhimento Verdade e Reconciliação (CAVR), que entre 2002 e 2005 analisou os crimes dos 24 anos de ocupação indonésia.
A audiência pública de reconciliação diz respeito a crimes com pena de prisão inferior a cinco anos e segue uma forma processual simples.
Ambos os mecanismos suspendem "quaisquer processos crimes existentes contra o requerente".
A Lei de Amnistia proposta por José Ramos-Horta considera os crimes cometidos entre 28 de Abril e 31 de Dezembro de 2006, incluindo crimes contra a segurança do estado, a ordem pública, a autoridade pública, a vida, a segurança geral das pessoas ou dos bens, o património, ofensas à integridade física e crimes de uso, porte e detenção de arma.
"Muitos dos crimes praticados durante este período têm subjacente uma conflitualidade social que os tribunais não têm meios de compreender ou sequer de captar, espartilhados em regras processuais demasiado formais", lê-se no preâmbulo da proposta de Lei de Amnistia.
"Uma lei de responsabilização, promotora da reconciliação e que faça justiça às vítimas deve ter em conta a conflitualidade e os mecanismos complexos que a geram em tempos de crise, marcadamente diferentes da conflitualidade que se expressa quando a ordem social está mantida", explica a introdução à proposta de lei.
"A presente lei procura ter em conta a conflitualidade social gerada durante o tempo da crise com ocupação de casas, com a expulsão dos antigos ocupantes considerados ocupantes ilegítimos, incêndio de casas e outros bens, ataques entre grupos pela disputa sobre a propriedade da terra e a posse de outros bens imóveis ou como retaliação contra crimes anteriormente praticados", acrescenta o preâmbulo da Lei da Amnistia.
O objectivo, acrescenta o documento, "é responder a esta conflitualidade com medidas alternativas ao modelo judicial pacificadoras da sociedade, respeitando o dever de encontrar a verdade e indemnizar as vítimas".
A proposta de lei, elaborada pelos assessores jurídicos de José Ramos-Horta, assume "os valores da justiça restaurativa".
"A prioridade não é a punição do criminoso (mas) é restaurar a situação da vítima anterior ao crime, tanto quanto possível", segundo a apresentação feita terça-feira aos partidos políticos.
Uma preferência pela mediação e a conciliação entre as partes, a procura de "harmonia social" e a "restituição, sempre que possível, (d)o bem atingido, em conformidade com a lei, a ética e a consciência", orientam os mecanismos propostos nesta Lei de Amnistia.
"Muitos actos de violência e as infracções criminais que lhes correspondem tiveram lugar com um intuito de auto-protecção, que embora censurável porque conduziram a uma escalada de violência, aconselha o seu enquadramento em tipologias particulares", justifica o preâmbulo da proposta de lei.
"A deslocação de um grande número de pessoas e a criação de campos de deslocados deu origem a conflitos entre os moradores dos bairros e os seus novos habitantes que competem por espaço nos mercados para vender os seus produtos, por espaço para construir, por espaço para ser afinal cidadão no país que é de todos", acrescenta o preâmbulo.
"Esta competição tem dado lugar a agressões mútuas, a que os tribunais não podem dar resposta, uma vez que punir os autores dessas agressões provoca mais conflito dentro das comunidades em vez de criar condições para que todos possam conviver em harmonia", diz ainda a proposta apresentada por José Ramos-Horta.
A proposta de Lei de Amnistia surge poucas semanas depois do decreto presidencial de 20 de Maio, Dia da Independência, que reduziu as penas a 94 detidos, cerca de metade da população prisional de Timor-Leste.
O indulto, que abrangeu vários condenados por crimes contra a Humanidade, foi criticado pela Igreja católica timorense e é objecto de uma petição apresentada por um grupo de cidadãos no Tribunal de Recurso.
A proposta de uma Comissão de Diálogo para os crimes de 2006 surge na altura em que se aguarda a publicação do relatório final da Comissão de Verdade e Amizade, sobre os crimes de 1999, e em que o secretariado pós-CAVR procura que o Parlamento timorense, ao fim de três anos, discuta e concretize as recomendações contidas no seu relatório.
PRM.
Lusa/fim
2008-07-04 04:14:40
Díli, 04 Jul (Lusa) - O Presidente da República de Timor-Leste apresentou aos partidos políticos uma proposta de amnistia para os crimes da crise de 2006 que inclui uma Comissão de Diálogo e audiências públicas.
A proposta de Lei de Amnistia, a que a agência Lusa teve acesso, foi apresentada na terça-feira por José Ramos-Horta na Presidência da República perante representantes de todos os partidos políticos e alguns deputados.
Esta Lei de Amnistia, que ainda não deu entrada no Parlamento, aplicar-se-á, se for aprovada, "aos crimes cometidos no âmbito da crise política-militar" de 2006.
A crise, desencadeada pela expulsão das Forças Armadas de quase 600 efectivos, provocou pelo menos 38 mortos e deixou durante dois anos um décimo da população timorense deslocada das suas casas e comunidades.
A proposta apresentada por José Ramos-Horta prevê uma Comissão de Diálogo Nacional e Reconciliação, nomeada pelo chefe de Estado e com um mandato inicial de um ano, além de vários mecanismos de justiça restaurativa.
As duas vias principais de resolução de conflitos avançadas pela proposta são o processo especial de reconciliação comunitária e a audiência pública de reconciliação.
O processo especial abrange os crimes relatados na Comissão Especial Independente de Inquérito para Timor-Leste (CEII), criada pelas Nações Unidas em 2006, e exclui vários crimes graves, num critério semelhante ao da Comissão de Acolhimento Verdade e Reconciliação (CAVR), que entre 2002 e 2005 analisou os crimes dos 24 anos de ocupação indonésia.
A audiência pública de reconciliação diz respeito a crimes com pena de prisão inferior a cinco anos e segue uma forma processual simples.
Ambos os mecanismos suspendem "quaisquer processos crimes existentes contra o requerente".
A Lei de Amnistia proposta por José Ramos-Horta considera os crimes cometidos entre 28 de Abril e 31 de Dezembro de 2006, incluindo crimes contra a segurança do estado, a ordem pública, a autoridade pública, a vida, a segurança geral das pessoas ou dos bens, o património, ofensas à integridade física e crimes de uso, porte e detenção de arma.
"Muitos dos crimes praticados durante este período têm subjacente uma conflitualidade social que os tribunais não têm meios de compreender ou sequer de captar, espartilhados em regras processuais demasiado formais", lê-se no preâmbulo da proposta de Lei de Amnistia.
"Uma lei de responsabilização, promotora da reconciliação e que faça justiça às vítimas deve ter em conta a conflitualidade e os mecanismos complexos que a geram em tempos de crise, marcadamente diferentes da conflitualidade que se expressa quando a ordem social está mantida", explica a introdução à proposta de lei.
"A presente lei procura ter em conta a conflitualidade social gerada durante o tempo da crise com ocupação de casas, com a expulsão dos antigos ocupantes considerados ocupantes ilegítimos, incêndio de casas e outros bens, ataques entre grupos pela disputa sobre a propriedade da terra e a posse de outros bens imóveis ou como retaliação contra crimes anteriormente praticados", acrescenta o preâmbulo da Lei da Amnistia.
O objectivo, acrescenta o documento, "é responder a esta conflitualidade com medidas alternativas ao modelo judicial pacificadoras da sociedade, respeitando o dever de encontrar a verdade e indemnizar as vítimas".
A proposta de lei, elaborada pelos assessores jurídicos de José Ramos-Horta, assume "os valores da justiça restaurativa".
"A prioridade não é a punição do criminoso (mas) é restaurar a situação da vítima anterior ao crime, tanto quanto possível", segundo a apresentação feita terça-feira aos partidos políticos.
Uma preferência pela mediação e a conciliação entre as partes, a procura de "harmonia social" e a "restituição, sempre que possível, (d)o bem atingido, em conformidade com a lei, a ética e a consciência", orientam os mecanismos propostos nesta Lei de Amnistia.
"Muitos actos de violência e as infracções criminais que lhes correspondem tiveram lugar com um intuito de auto-protecção, que embora censurável porque conduziram a uma escalada de violência, aconselha o seu enquadramento em tipologias particulares", justifica o preâmbulo da proposta de lei.
"A deslocação de um grande número de pessoas e a criação de campos de deslocados deu origem a conflitos entre os moradores dos bairros e os seus novos habitantes que competem por espaço nos mercados para vender os seus produtos, por espaço para construir, por espaço para ser afinal cidadão no país que é de todos", acrescenta o preâmbulo.
"Esta competição tem dado lugar a agressões mútuas, a que os tribunais não podem dar resposta, uma vez que punir os autores dessas agressões provoca mais conflito dentro das comunidades em vez de criar condições para que todos possam conviver em harmonia", diz ainda a proposta apresentada por José Ramos-Horta.
A proposta de Lei de Amnistia surge poucas semanas depois do decreto presidencial de 20 de Maio, Dia da Independência, que reduziu as penas a 94 detidos, cerca de metade da população prisional de Timor-Leste.
O indulto, que abrangeu vários condenados por crimes contra a Humanidade, foi criticado pela Igreja católica timorense e é objecto de uma petição apresentada por um grupo de cidadãos no Tribunal de Recurso.
A proposta de uma Comissão de Diálogo para os crimes de 2006 surge na altura em que se aguarda a publicação do relatório final da Comissão de Verdade e Amizade, sobre os crimes de 1999, e em que o secretariado pós-CAVR procura que o Parlamento timorense, ao fim de três anos, discuta e concretize as recomendações contidas no seu relatório.
PRM.
Lusa/fim
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Timor Downer's greatest achievement
HELPING free the people of East Timor was Alexander Downer's greatest achievement in his political life, the former foreign minister sid today.
The Liberal Party stalwart today confirmed he would retired from parliament on July 14.
Mr Downer was Australia's longest-serving foreign minister and has held the South Australian seat of Mayo for almost 24 years.
But he said his passion for politics had waned and ruled out a future return to either state or federal parliaments.
The 56-year-old will join former Labor senator Nick Bolkus and Ian Smith, the husband of former Australian Democrats senator Natasha Stott Despoja, in a business consultancy.
Mr Downer said he had no regrets from his time in politics.
"I leave with a sense that it has been a real honour to serve the people of Mayo in South Australia and also the people of Australia over so many years," he said.
He said the independence of East Timor was his personal highlight.
"I spent nearly 12 years as the foreign minister of Australia and during that period I helped to free the people of East Timor and I would single that out as my greatest achievement. But there were a lot of things that I did that I'm proud of," he said.
Mr Downer said he would also be a visiting professor at the University of Adelaide's School of History and Politics and would also continue to be active in public debates through speaking engagements.
And he would accept the position of special envoy to Cyprus if the UN made a formal offer.
Opposition defence spokesman Nick Minchin said Mr Downer was instrumental in ensuring peace and stability in the Asia-Pacific region.
"Alexander was instrumental in formulating a number of key foreign policy responses during the Howard government and particularly in ensuring peace and stability in our region," Mr Minchin said.
"Alexander should be incredibly proud of his role in the Australian-led international operation to stabilise East Timor and support its democracy."
The Liberal Party stalwart today confirmed he would retired from parliament on July 14.
Mr Downer was Australia's longest-serving foreign minister and has held the South Australian seat of Mayo for almost 24 years.
But he said his passion for politics had waned and ruled out a future return to either state or federal parliaments.
The 56-year-old will join former Labor senator Nick Bolkus and Ian Smith, the husband of former Australian Democrats senator Natasha Stott Despoja, in a business consultancy.
Mr Downer said he had no regrets from his time in politics.
"I leave with a sense that it has been a real honour to serve the people of Mayo in South Australia and also the people of Australia over so many years," he said.
He said the independence of East Timor was his personal highlight.
"I spent nearly 12 years as the foreign minister of Australia and during that period I helped to free the people of East Timor and I would single that out as my greatest achievement. But there were a lot of things that I did that I'm proud of," he said.
Mr Downer said he would also be a visiting professor at the University of Adelaide's School of History and Politics and would also continue to be active in public debates through speaking engagements.
And he would accept the position of special envoy to Cyprus if the UN made a formal offer.
Opposition defence spokesman Nick Minchin said Mr Downer was instrumental in ensuring peace and stability in the Asia-Pacific region.
"Alexander was instrumental in formulating a number of key foreign policy responses during the Howard government and particularly in ensuring peace and stability in our region," Mr Minchin said.
"Alexander should be incredibly proud of his role in the Australian-led international operation to stabilise East Timor and support its democracy."
Kareta Estadu 109 Lakon, Governu Sei Keixa ba Inspektorat Jeral
DILI- Ministra Planu no Financas, Emilia Pires hatete katak problema prosesu ba kazu asset kareta estadu nebee lakon hamutuk 109 iha governu anterior nian, agora dadaun sei iha prosesu investigasaun, maibe kuandu la hetan, governu sei hatoo keixa ba Inspektorat Jeral Republika atu investiga klean liu tan.
Tuir Emilia katak wainhira governu AMP nee simu knar, tenki iha relatoriu ida konaba asset estadu nian konaba kareta no buat sel-seluk tan.
"Hau husu ba staff sira, nebee responsabiliza ba servisu nee fo relatoriu nee maka hau mos fo sai tiha ona. Nebee governu anterior iha kareta no kareta balu aat, balu lakon no kareta balu mos la rejistu," deklara Emilia iha audensia públiku ho membru PN, Kuarta (02/7).
Ministra Emilia mos fo sai katak nia nunka dun ema ruma, maibe nia fo sai deit konaba relatoriu nebee maka tama. Nebee agora dadaun nia staff sira fo relatoriu nee mai, nebee nia hakarak liu tan informasaun ho nunee sira mos ba buka atu investiga liu tan kazu nee.
Kuandu kareta nee maka lakon duni, haktuir Emilia, entaun pozisaun governu maka tenki hatoo keixa ba Inspektorat Jeral ho instituisaun nebee maka relevante atu halao investigasaun.
"Agora dadaun hau nian staff sira halo hela relatoriu mai hau. Tanba normalmente estadu nia asset ita tenki buka laos atu husik deit," Emilia reforsa.
Bazeia ba informasuan husi Direisaun Nasional do Patrimonia, katak kareta estadu total 2642 nee, la inklui ho motorizada no kareta nebee diak maka 1736, kareta aat 707, kareta nebee seidauk hetan ou lakon 109, kareta nebee seidauk rejistu 21, nom os kareta 69 iha kazu laran.
Konaba motorizadas, hatete Emilia, iha 3383, nebee ninia klasifikasuan iha kondisaun diak, 2354, kondisaun aat 419, seidauk hetan ou lakon 97, seidauk rejistu 130 no motorizada nebee iha kazu nian laran 383.
Antes nee, Direktor Interino Diresaun Nasional do Partimonio de Estadu, Januario Gama hatete, kareta nebee mak governu anterior ou eis membru governu balu sei uza la tama iha klasifikasaun lakon maibe kareta nee to agora sira seidauk fo fila mai governu aktual ou estadu.
Januario esplika, husi dadus nee direisaun nee halo klasifika ba kondisaun karreta diak, karreta nebee seidauk rejistu, karreta nebee lakon, no karreta nebee iha kazu nia laran. Tanba númeru karreta nee iha Timor nebee estadu nian maka hamtuk 2642 nee la inklui ho motorizada. Husi ida nee maka direisuan nee halo klasifikasaun ida-idak.
Wainhira husu konaba sansaun ba ema nebee halakon karreta ou halo aat karreta, Januario hatán katak konaba sansaun teknikalmente direisuan nee laiha kompetensia legal ida atu bele fo sansaun, portantu ita koalia konaba kompetensia legal instituisaun balu maka iha kompetensia liu.
Iha parte seluk wainhira halo klarifikasuan ba eis Primieru Ministru anterior, Estanislau Aleixo da Silva rekuinese katak karreta barak mak iha tinan 2006 ema naok, balu ema lori halai no balu sunu.
Tuir Estanislau katak buat ida rejista asset nee mos laos fasil, altura nee halo hela levantasaun hodi halo asseta governu nian, no parte ministériu financas anterior mak hatene liu konaba nee. arm
Tuir Emilia katak wainhira governu AMP nee simu knar, tenki iha relatoriu ida konaba asset estadu nian konaba kareta no buat sel-seluk tan.
"Hau husu ba staff sira, nebee responsabiliza ba servisu nee fo relatoriu nee maka hau mos fo sai tiha ona. Nebee governu anterior iha kareta no kareta balu aat, balu lakon no kareta balu mos la rejistu," deklara Emilia iha audensia públiku ho membru PN, Kuarta (02/7).
Ministra Emilia mos fo sai katak nia nunka dun ema ruma, maibe nia fo sai deit konaba relatoriu nebee maka tama. Nebee agora dadaun nia staff sira fo relatoriu nee mai, nebee nia hakarak liu tan informasaun ho nunee sira mos ba buka atu investiga liu tan kazu nee.
Kuandu kareta nee maka lakon duni, haktuir Emilia, entaun pozisaun governu maka tenki hatoo keixa ba Inspektorat Jeral ho instituisaun nebee maka relevante atu halao investigasaun.
"Agora dadaun hau nian staff sira halo hela relatoriu mai hau. Tanba normalmente estadu nia asset ita tenki buka laos atu husik deit," Emilia reforsa.
Bazeia ba informasuan husi Direisaun Nasional do Patrimonia, katak kareta estadu total 2642 nee, la inklui ho motorizada no kareta nebee diak maka 1736, kareta aat 707, kareta nebee seidauk hetan ou lakon 109, kareta nebee seidauk rejistu 21, nom os kareta 69 iha kazu laran.
Konaba motorizadas, hatete Emilia, iha 3383, nebee ninia klasifikasuan iha kondisaun diak, 2354, kondisaun aat 419, seidauk hetan ou lakon 97, seidauk rejistu 130 no motorizada nebee iha kazu nian laran 383.
Antes nee, Direktor Interino Diresaun Nasional do Partimonio de Estadu, Januario Gama hatete, kareta nebee mak governu anterior ou eis membru governu balu sei uza la tama iha klasifikasaun lakon maibe kareta nee to agora sira seidauk fo fila mai governu aktual ou estadu.
Januario esplika, husi dadus nee direisaun nee halo klasifika ba kondisaun karreta diak, karreta nebee seidauk rejistu, karreta nebee lakon, no karreta nebee iha kazu nia laran. Tanba númeru karreta nee iha Timor nebee estadu nian maka hamtuk 2642 nee la inklui ho motorizada. Husi ida nee maka direisuan nee halo klasifikasaun ida-idak.
Wainhira husu konaba sansaun ba ema nebee halakon karreta ou halo aat karreta, Januario hatán katak konaba sansaun teknikalmente direisuan nee laiha kompetensia legal ida atu bele fo sansaun, portantu ita koalia konaba kompetensia legal instituisaun balu maka iha kompetensia liu.
Iha parte seluk wainhira halo klarifikasuan ba eis Primieru Ministru anterior, Estanislau Aleixo da Silva rekuinese katak karreta barak mak iha tinan 2006 ema naok, balu ema lori halai no balu sunu.
Tuir Estanislau katak buat ida rejista asset nee mos laos fasil, altura nee halo hela levantasaun hodi halo asseta governu nian, no parte ministériu financas anterior mak hatene liu konaba nee. arm
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