quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Timor-Leste: UNDP offers new beginning to survivors of 'Black September'

By Sammy Mwiti, Communications Officer.

Speaking in a slow, labored and sad voice, Mr. Jorge Lafu, a native of Nibin village, Oesillo sub-district of Oecessi recounts the psychological impact of the infamous 1999 massacre on his community.¬ "We were terribly traumatized," he says, referring to the incident on 8th September 1999, or the so called "Black September" when in an unprecedented orgy of terror and destruction, Pro-Indonesian militias killed 82 people in the area, days after the announcement of the referendum results which overwhelmingly favored the independence vote. Among the first victims was his village chief, Mr. Armando Sani. It's a loss he says, the community finds very difficult to cope with, because it shattered lives and livelihoods forever.

But courtesy of support provided by UNDP, Jorge is now at the forefront of a comprehensive recovery and post-conflict reconstruction effort which when fully accomplished, may offer a case study in strategic nation-building. Jorge is a Community Activation Facilitator (CAF), one of 18 employed under the Oecussi Community Activation Programme (OCAP) of UNDP. It is a project that blends elements of innovative farming technology, community mobilization techniques and micro-credit enterprises to facilitate sustainable development in a territory blighted by chronic poverty, social injustice and geographic isolation. Oecussi with an estimated 64,000 population is the poorest of the 13 districts in the country, rating the lowest in attainment of Millennium Development Goals, and other indicators. An enclave that's not easily accessible from the mainland by land or sea, it poses a communications nightmare to hordes of development workers based in the area and other personnel.

The EURO 3.3 million European Commission funded five-year project which ends in 2009 emphasizes on building institutions for the poor. Community facilitators like Jorge who have varied working experience have been instrumental in establishing a record 241 Self Help Groups (SHG) so far, responsible for a wide array of socio-economic activities ranging from vegetable production and block demonstrations to seed multiplication as well as well variety selection programmes. Also incorporated are sloping agricultural land technology (SALT) and drip irrigation techniques.

Among the chief OCAP counterparts are the Office of the Secretary of State for Oecussi (SOS), District Programme Working Committee and the Ministry of Agriculture and Fisheries and Ministry of Development. "Our approach is fairly simple," explains Mr. Jaiswal Jitendra, the agricultural specialist for OCAP. "The groups provide training and experimental opportunities where the members are exposed to improved farming techniques. They also receive tools, seeds and fertilizers." Jaiswal, as he is better known, comes from Nepal where he honed his skills before joining the UNDP's United Nations Volunteers (UNV) Programme. He has been based in Oecussi for two years and speaks the Timor-Leste's national language Tetum, fluently.

"From the group, individuals replicate the practices in their own gardens and villages, creating a multiplier effect" relates Jaiswal. The group membership is roughly a dozen each. Through the group, members can also avail savings and credit facilities, he says. They can equally explore commercial or large-scale farming. "I would like other people especially women to visit us and learn from our success," Mrs. Maria Bana 20, remarks. She is a member of the "Tetebau" group in Bobocase village, which specializes in vegetable cultivation. "I will continue being a member of this group because it is beneficial to me. I can work here and earn some money to support my family." The group concept has been useful in promoting peace and reconciliation, reckons Mrs. Merita De Jesus Marques, a Council of State member to the President's Office who is also the Coordinator of OCAP's Community Development Fund (CDF), the avenue for communities to propose community development projects. "By coming together as a group, people are able to deal with the trauma of the past collectively," she says, noting that increased work and income generating opportunities tend to create a sense of healing, a catharsis of sorts.

It's not all been smooth-sailing, however. Poor skills (especially in rural agriculture) at the local level coupled with weak coordination mechanisms and a poor infrastructure, marketing and communication network have played havoc with some of the plans, leading to delays in implementation. Pests have also proved to be a real nuisance, defying frequent attempts to eradicate them scientifically. Other problems are of a technical nature. "It must be recognized that once SHGs are established, the programme also creates high expectations from the community SHGs," notes Mr. Koen Walter Toonen, OCAP Chief Technical Advisor, in a recent report. "Sometimes they expect financial inputs for savings and/or credit, or equipment but certainly continuous support particularly in opening up markets for their products." Hoping to capitalize on the area's potential, two new micro-finance organizations the Moris-Rasik and IMfTL opened new branches in Oecusse recently. Contending that it is of "utmost importance" that these microfinance institutions succeed, Koen cites experience from other countries, saying if microfinance organizations are not able to financially break even, "a potential collapse of the organization puts poor people into debt or at least leads them to lose savings." Meanwhile Jorge Lafu sees the increasing popularity of the self-help groups as evidence of a new awakening, which augurs well for the future. "I have received requests from 20 people seeking learn from our example, and establishing their own groups," he says adding, "people are keen to rebuild their lives and they view the groups as promising, as a fresh start. That is very good," he says.

Timor-Leste: Acordo fronteiriço com a Indonésia até Janeiro


Os ministros dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste, Zacarias da Costa, e da Indonésia, Hassan Wirajuda, anunciaram hoje em Jacarta a assinatura de um acordo fronteiriço entre os dois países até Janeiro.

Hassan Wirajuda explicou à imprensa, após um encontro bilateral, que os dois vizinhos concordaram em cerca de 97 por cento do traçado da fronteira terrestre.

«Precisamos de intervenção política porque algumas fronteiras exigem mais do que uma abordagem apenas jurídica. Mas concordámos em finalizar as negociações até Janeiro», explicou o chefe da diplomacia indonésia.

Hassan Wirajuda acrescentou que Timor-Leste e a Indonésia iniciarão negociações sobre as fronteiras marítimas logo que as fronteiras terrestres estejam definidas.

O anterior traçado de fronteiras entre Timor-Leste e a Indonésia remonta à época colonial e ao acordo e decisão arbitral, em 1904 e 1915, entre Portugal e a Holanda.

Hassan Wirajuda referiu esses acordos entre potências coloniais que, em alguns casos, foram contrariados localmente por práticas tradicionais.

O último ponto onde não havia acordo político sobre a definição da fronteira de Timor-Leste e Indonésia foi ultrapassado a 05 de Junho último, em Jacarta.

Nessa reunião participaram o então primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta, actual Presidente, e o chefe de Estado indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, encontro em que a delimitação de fronteiras ocupou o centro da agenda.

Os dois países tinham anunciado já um acordo político sobre duas pequenas porções de território no enclave de Oécussi, onde Jacarta e Díli propõem que os direitos de soberania sejam conciliados com direitos de utilização pelas populações locais, explicou José Ramos-Horta à Lusa.

Um dos locais situa-se no sub-distrito de Passabe, num terreno onde há hortas de camponeses indonésios.

«A Indonésia reconhece este pedaço de território como sendo de soberania de Timor-Leste, mas desde 1962 que o terreno está ocupado por agricultores indonésios», disse, em Jacarta, o Presidente José Ramos-Horta, à Agência Lusa, durante a sua visita oficial.

Uma situação semelhante, e também relativa a uma área «de um campo de futebol», acontece com o ilhéu de Fatu Sinai, território da Indonésia que é usado há várias gerações pelos timorenses de Oécussi para a realização de cerimónias tradicionais.

Na reunião de Junho em Jacarta, ficou definido que, sem disputar a soberania da Indonésia sobre o ilhéu, um acordo posterior deixará assegurados os direitos de utilização das populações timorenses.

«Existe essa solução entre a Indonésia e a Malásia e entre o Iémen e a Eritreia, por exemplo. Foi uma solução semelhante» que o Presidente timorense propôs, assegurou o chefe de Estado indonésio.

Diário Digital / Lusa

30-10-2007

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Qualificação para o Mundial de 2010: Timor sofre oito golos em Hong Kong


[ 2007/10/28 | 12:42 ] Redacção MaisFutebol

A jovem selecção de Timor-Leste continua a ganhar experiência no futebol internacional, participando na fase de qualificação para o Campeonato do Mundo de 2010. Neste domingo, na segunda mão da primeira ronda de qualificação, Hong Kong voltou a confirmar a sua superioridade, vencendo com um resultado contundente (8-1). Ribeiro marcou o golo de honra de Timor, para agregado de 11-3, nas duas mãos.

Myanmar e Bangladesh também averbaram derrotas pesadas. Em Myanmar, a China voltou a manter a sua baliza inviolada e marcou mais quatro golos (0-4), construíndo um resultado agregado de 11-0. O Tajiquistão, que tinha empatado a um golo no Bangladesh, aproveitou da melhor forma o factor-casa e alcançou um dos resultados mais dilatados da ronda (5-0).

Falta de manutenção de geradores criticada

Internacional | 2007-10-29 10:54
O primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, afirmou ter ficado "assustado" após uma visita à central de produção de energia da Electricidade de Timor-Leste (EDTL), em Comoro, Díli, onde a maioria dos geradores está sem funcionar por falta de manutenção.
Durante a visita, Xanana Gusmão interrogou os responsáveis da nova empresa que gere a central, a Manitoba Hydro International, sobre as razões do racionamento na rede pública da capital.

"Dos oito geradores oferecidos pela Noruega a Timor-Leste, apenas três estão a funcionar", explicou Xanana Gusmão, insistindo em mostrar as máquinas avariadas à imprensa, uma por uma, no meio do ruído ensurdecedor da central.

Xanana Gusmão anunciou que vai propor em Conselho de Ministros, na próxima quarta-feira, que "os clientes com mais dinheiro" da EDTL paguem tarifas mais caras de electricidade ou que recorram aos seus próprios geradores a gasóleo.

Entre esses clientes estão "empresas, hotéis e restaurantes".

O primeiro-ministro lançou também um apelo para a contenção do consumo, propondo que os serviços públicos reduzam drasticamente o uso de aparelhos de ar condicionado.

Xanana Gusmão deixou uma "recomendação" para a Manitoba Hydro no final da sessão de perguntas: "Ou fazem o vosso trabalho ou são despedidos".

O aviso foi repetido no momento do último aperto de mão com o director da empresa canadiana, no final de uma visita em que Xanana Gusmão falou com indignação - até ficar rouco - do estado em que se encontra a central da EDTL.

"O senhor entende? Como se diz na nossa terra: saaaai!", afirmou Xanana Gusmão, para gáudio dos mecânicos da EDTL que, no final da visita, rodeavam e ouviam o primeiro-ministro como as tropas ouvem um comandante.

"Isto não é culpa deste governo mas do governo anterior, que não tinha competência nem espírito para realizar a manutenção de máquinas que nos foram oferecidas", acusou o primeiro-ministro.

"Os geradores estão estragados, como os Tata que estão arrumados a um canto", ironizou Xanana Gusmão, numa alusão aos veículos de fabrico indiano adquiridos pelo governo da Fretilin para o Estado timorense.

Lusa / AO online

José Ramos-Horta, visita oficialmente Portugal nos dias 14 e 15 de Novembro

O Presidente da República de Timor-Leste, José Ramos-Horta, visita oficialmente Portugal nos dias 14 e 15 de Novembro, acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Zacarias Albano da Costa, confirmou ontem ao PÚBLICO o gabinete deste último. Ramos-Horta, eleito em 9 de Maio último, depois de haver sido chefe da diplomacia e primeiro-ministro, já esteve para vir a Lisboa, mas não o conseguiu fazer devido às dificuldades que rodearam em Julho a formação do IV Governo Constitucional, que acabaria por vir a ser liderado por Xanana Gusmão.

Ontem, a mulher de Xanana, Kirsty Sword Gusmão, presidente da Fundação Alola, foi designada pelo Presidente da República embaixadora para a Educação, cargo honorário que reconhece a sua "dedicação incansável ao ensino de homens, mulheres e crianças de Timor-Leste". Ao mesmo tempo, a indigitação formaliza "um futuro papel nacional e internacional" da antiga primeira-dama na promoção das prioridades educacionais do Governo de Díli.

"A Educação é a nossa primeira prioridade, de modo a dar significado à nossa liberdade recém-encontrada; e está no âmago de todo e qualquer desafio de desenvolvimento que se coloque actualmente a Timor-Leste. Desejo uma nação completamente alfabetizada e multilingue", explicou José Ramos-Horta.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Timor: «Fretilin não assumirá compromissos deste Governo»

Um «futuro governo» da Fretilin não assumirá compromissos do actual Executivo timorense, afirmou o secretário-geral do partido, Mari Alkatiri, à Agência Lusa.

«Não haverá reconhecimento automático das decisões assumidas por este Governo inconstitucional», declarou Mari Alkatiri, entrevistado pela Lusa em Díli.

«Na melhor das hipóteses, os compromissos serão revistos caso a caso por um futuro governo da Fretilin«, acrescentou o secretário-geral do maior partido timorense, no regresso de um retiro de dirigentes e quadros no sul do país.

Mari Alkatiri explicou que a revisão recomendada pelo retiro da Fretilin visa «em particular os compromissos internacionais que violem a nossa soberania, ponham em causa a nossa independência e a exploração dos nossos recursos».

O ex-primeiro-ministro reafirmou a sua convicção de que «a Fretilin está condenada a vir ao poder, mais tarde ou mais cedo, e mais cedo do que tarde».

Os três dias de retiro em Holarua, distrito de Manufahi, serviram para a Fretilin «encontrar as brechas que permitiram que o golpe acontecesse em 2006 e que a conspiração, surgida já em 2002, se perpetuasse», afirmou Mari Alkatiri.

Segundo o dirigente da Fretilin, «agora está mais claro que Xanana Gusmão é um dos conspiradores e, se a justiça funcionar, chegar-se-á aos outros».

«Xanana Gusmão tem aliados internos e externos, mas não quero antecipar uma investigação mais séria», respondeu o ex-primeiro-ministro quando questionado sobre a quem se referia.

Mari Alkatiri adiantou que a Fretilin vai continuar a divulgar «provas», referindo a gravação de uma conversa telefónica, sem origem e sem data, que envolve um ex-deputado, o Procurador-Geral da República e o ex-chefe de gabinete de Xanana Gusmão.

«Esperávamos do Presidente da República uma reacção mais sensata à gravação«, explicou Mari Alkatiri sobre José Ramos-Horta, que questionou apenas a proveniência da gravação. «Talvez ele esteja comprometido.»

«Temos mais dados que, em tempo oportuno, vamos divulgar», prometeu Mari Alkatiri.

Interrogado pela Lusa sobre a origem das alegadas «provas» e o acesso da Fretilin a elas, Mari Alkatiri respondeu apenas que «há muitas coisas».

«Este país é pequeno e as pessoas começaram a ficar frustradas« com o novo Governo», comentou o secretário-geral da Fretilin.

No retiro de Manufahi, a Fretilin «definiu estratégias para ultrapassar as dificuldades e acelerar a queda do Governo de Xanana Gusmão», afirmou Mari Alkatiri.

«De modo algum vamos colaborar com o Governo inconstitucional», sublinhou.

«Temos sido suficientemente tolerantes e tem sido nossa estratégia mostrar que eles são incapazes de governar, para que quando o Governo cair não digam que fomos nós que não permitimos que eles governassem».

A Fretilin, vencedora das eleições legislativas de 30 de Junho, não reconhece o IV Governo Constitucional, da Aliança para Maioria Parlamentar, chefiado pelo ex-Presidente da República Xanana Gusmão.

Os mais de mil participantes no retiro de Manufahi analisaram ainda os «problemas» herdados da luta de libertação nacional.

«A verdade é que a luta foi bem sucedida mas criou alguns problemas mal resolvidos, que nós herdámos nesta geração de liderança», afirmou Mari Alkatiri. «Temos que assumir isso e não podemos passar as culpas para os mortos, como muitas vezes Xanana Gusmão faz. Quem já morreu, já morreu.»

Coincidindo com o final do retiro da Fretilin, foram exibidos e homenageados os restos mortais de Vicente Reis, líder da resistência morto em 1979, enterrado em Manufahi.

Diário Digital / Lusa

29-10-2007

domingo, 28 de outubro de 2007

Fernando Lasama : “Media Tem Força Para Demitir ou Tirar Um Indivíduo”

O Presidente do Parlamento Nacional, Fernando Lasama de Araújo, admitiu que os media têm grande poder para formar a opinião pública, portanto os jornalistas tem grande poder.

Lasama referiu-se a esta questão no seu discurso, sábado (21/10), no Memorial Hall, na abertura do Primeiro Congresso Nacional do “Timor-Leste Press Club”.

Afirmou que o jornalismo é muito importante para a vida da Nação, mas muitas vezes os jornalistas pensam que os seus serviços são de uma pequena dimensão, mas na realidade os serviços dos jornalistas são muito importantes e de grande valor no mundo.

Os média são meios para dar continuação à voz do Estado até à base e transmitir a voz do povo ao Estado e dar conhecimento ao público.

« A Press Club deve ser um fórum de reforma para trocar experiências, os que têm mais conhecimentos partilharem as suas experiências com os mais novos e capacitá-los, com o objectivo de os mesmos poderem desempenhar bem as suas funções», afirmou Lasama, acrescentando que os jornalistas podem fazer desenvolver uma pessoa e também podem derrubar uma pessoa, portanto os jornalistas não devem pensar que o que escrevem não tem valor, isto não está certo.

Os jornalistas devem fazer inquéritos aos líderes, devem ser jornalistas investigadores, mas o importante é formarem-se uns aos outros para colocar a sua actividade ao serviço dos interesses mais elevados da Nação.

Hoje em dia a venda dos jornais ainda não dá bom rendimento porque a sociedade não tem dinheiro, nem tem dinheiro para pagar a escola dos filhos. Actualmente a competição na área do jornalismo é muito importante.

«Falando da competição na área de comércio, não temos quase nada, temos a Merpati e na área das telecomunicações, a Timor Telecom. Neste caso temos que criar mais companhias para que haja competição entre elas e quando há competição haverá redução de preços e melhoria da qualidade dos seus serviços», afirmou.

Explicou ainda que a TLPC poderá convidar informalmente os governantes para discutirem e dar opiniões uns aos outros sobre o processo de desenvolvimento. O mundo actual é competitivo, portanto devemos fazer esforços para que a vida da Nação possa ter boas perspectivas de futuro e se possa desenvolver. JNSemanário.

Presidente Ramos Horta: “TLPC é o “embrião” dos jornalistas”

O Presidente da República Democrática de Timor-Leste, José Manuel Ramos Horta congratulou a “Timor-Leste Press Club (TLPC)” pela sua existência como “embrião” que reúne os jornalistas e por servir o povo através da verdade, responsabilidade e amizade, segundo o sistema democrático, que vigora em Timor-Leste na actualidade e no futuro.

Ramos Horta fez estas congratulações quando participou no primeiro congresso do TLPC, realizado no Memorial Hall, no Farol, em Díli, no sábado, no dia 20 de Outubro.

Ramos Horta salientou que o papel dos meios de comunicação é importante para Timor-Leste, portanto é dever do Estado dar atenção aos jornalistas, a fim destes servirem Timor-Leste.

«Primeiro, desejo dar os meus parabéns pela existência da Organização “Timor-Leste Press Club”, o “embrião” dos jornalistas de Timor-Leste, nomeadamente, da Televisão de Timor-Leste e dos Jornais que fornecem informações ao público», afirmou Ramos Horta.

O Presidente da República Democrática de Timor-Leste explicou que os membros da estrutura “Timor-Leste Press Club” deviam trabalhar mais activamente para capacitar os jornalistas, a fim destes servirem melhor o público e de ajudarem o Estado de Timor-Leste.

«Desejamos uma Instituição que funcione bem e que os membros da estrutura de “Timor-Leste Press Club” trabalhem activamente para levar os jornalistas a desempenharem as suas funções segundo a vida democrática, amada por toda a gente», explicou o Presidente da RDTL, adiantando que o Estado tem um plano de promoção dos jornalistas para que estes desempenhem as suas funções, segundo o processo democrático de Timor-Leste.

«Desde o início que disse que o Governo devia ajudar os jornalistas todos os meses nas actividades de reclame, por essa razão os funcionários recebem um salário e foi sobre isso que falei com eles», salientou Horta.

No final da sua intervenção, o Presidente da República Democrática de Timor-Leste pediu aos jornalistas que ao desempenharem as suas funções em Timor-Leste, se recordem da crise que surgiu nos anos anteriores.

«Para terminar desejo pedir-vos para fazerem uma reflexão sobre o que aconteceu em Timor-Leste nos anos anteriores e o que é que se deve fazer no interior do “Timor-Leste Press Club”», concluiu Ramos Horta. JN Semanário.

“Exige uma nova investigação à Companhia Tafui Oil”

Caso da contaminação de água e gasóleo

Um membro da bancada do CNRT, Arão Noé de Jesus, exige ao Governo que este efectue de novo uma investigação à Companhia Tafui Oil, ou mesmo, caso o justifique, cancelar o recontrato por razões que têm a ver com o problema da contaminação de água e gasóleo no tanque da máquina de Electricidade de Comoro, detectado alguns meses atrás.

Esta questão foi levantada por Arão Noé de Jesus, em plena segunda-feira, dia 22 de Outubro.

«Manifesto o meu desacordo, caso o Governo realize um recontrato com a Companhia Tafui Oil até Março de 2008. Portanto solicito ao Governo que faça uma nova investigação. No caso de apresentar sinais evidentes de irregularidades, deverá cancelar o contrato, indicando, se possível. Se porventura, o Governo renovar o contrato com a Companhia, deverá acarretar com as suas responsabilidades”, declarou o deputado Arão Noé.

Foi por intermédio de técnícos que, ao examinarem a companhia em questão, declararam na altura que existiam não somente 50 toneladas de gasóleo contaminado com água como também o tanque do Tafui Oil apresentava sinais de poluição. Posteriormente foi realizada uma outra investigação a cargo do então Secretário do Estado de Água e Saneamento, na qual se confirmou igualmente a infiltração de água contaminada no barco de transporte do gasóleo da Companhia Tafui. Afirmou ainda que, caso a água contaminada encontrada na máquina da EDTL apresente cerca de 50 tonaladas, há fortes indícios de que a Timor Oil seja a principal responsável, sendo por isso necessário fazer uma nova investigação

Ainda no que concerne à esta questão penosa, Arão Noé, então deputado da Bancada FRETILIN, durante a primeira Legislatura, foi dizendo que é da total responsabilidade da Companhia, que não teve em conta o enorme prejuízo que esta situação poderia obviamente causar.

Timor Telecom não tem argumentos

O deputado da Bancada do CNRT considerou falaciosas as declarações do Delegado da Timor Telecom, às quais afirma que não existe nenhum sistema dentro do aparelho na Timor Telecom. Com efeito, o deputado da Bancada do CNRT vem com isto afirmar que “não é justo uma vez que a linha telefónica provém da Central.

Explicou ainda que a MC da Timor Telecom pode eventualmente não efectuar gravações. No entanto, há fortes possibilidades de indivíduos dentro da própria Timor Telecom poderem efectuar a gravação de conversas privadas. Neste sentido, é de todo conveniente que se faça uma investigação interna na Timor Telecom acerca deste assunto melindroso.

«Não se pode comentar apenas nos jornais o que é justo e o que não é. Peço ao Governo para formar uma comissão independente submetida à Provedoria de Direitos Humanos e Justiça por forma a investigar o caso pela defesa de privacidade de individualidades, segundo a Constituição, artigo 87», explicou Arão, acrescentando que “as gravações telefónicas deverão ser feitas com a autorização do Tribunal.” JNSemanário.

FSI Decidem Montar Postos de Segurança Nos Distritos

O Comandante das Forças de Estabilização Internacional (FSI), Brigadeiro John Hutchusen informa que as FSI decidiram montar postos de segurança em todos os Distritos.

O Brigadeiro John Hutchusen falou deste assunto aos jornalistas no briefing à imprensa no edifício das FSI em Caicoli, Díli, sexta-feira (19/10).

Segundo John Hutchusen, o que está a ser feito neste momento como um passo importante é dar garantias de segurança ao Governo de Timor-Leste e à Missão das Nações Unidas em Timor-Leste, enquanto realizam as suas actividades.

Os soldados neozelandeses que estão a desempenhar as suas funções na ponta leste serão substituídos por soldados australianos.

«Com a presença do segundo batalhão das FSI em Timor-Leste, decidimos colocar as Forças internacionais em todos os Distritos. Os soldados neozelandeses que operavam na zona leste regressarão a Díli e serão substituídos por soldados australianos», referiu o Brigadeiro John Hutchusen.

Adiantou que as FSI promovem várias actividades dando apoios à comunidade timorense, principalmente na parte leste do País. Reconstruíram escolas na parte leste, escolas que foram destruídas durante os violentos acontecimentos de Agosto na mesma região, antes da chegada das Forças Internacionais à zona.

A presença das FSI na parte leste é uma vantagem, pois permite que os estudantes possam voltar a frequentar as suas aulas, o que não acontecia desde a última onda de violência na região. Este é o trabalho das FSI na zona, como contribuição para a normalização da vida quotidiana da comunidade em Timor-Leste.

O comandante das FSI adiantou que a rotação dos soldados na parte leste é um meio adaptado pela Missão das FSI em Timor-Leste como contribuição para a estabilidade e paz na comunidade.

«Como tinha falado há alguns dias anteriores, os soldados das FSI com grande orgulho dão apoio aos timorenses com a chegada do segundo batalhão que pela terceira vez cumpre uma missão em Timor-Leste, a primeira vez foi em 1999, na missão da Interfet, que estabeleceu a segurança em Timor-Leste após o referendo.» concluiu. JNSemanário.

As vítimas de tortura pelas FSI apresentaram queixas ao Parlamento Nacional

Bianco : “Apresentaremos o Caso Em Tribunal”

As vítimas de tortura, pelas Forças de Estabilidade Internacional, no bairro de Quintal-Boot apresentaram queixas ao Parlamento Nacional, sexta-feira (19/10), rejeitando as declarações do Brigadeiro-General das FSI, em que as próprias FSI não torturaram três jovens, no bairro de Quintal-Boot, nomeadamente, Abílio de Fátima, Januário e Fernando.

Após a apresentação da queixa das vítimas, o membro do Parlamento Nacional da Bancada Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (FRETILIN), Antoninho Bianco referiu que como representantes do povo, no “Uma-Fukun” Parlamento Nacional, encaminharão o caso, segundo a base legal, em Tribunal, para que as vítimas possam obter justiça.

Segundo Bianco, como representantes do povo, não estão satisfeitos com as declarações das FSI. O que significa que, como líder e comandante das Forças Internacionais não investigou previamente, falando sem fundamento, para encobrir os seus erros, o que não é justo.

“Como Comandante e General das Forças Internacionais devia falar com base nos factos, mas mentiu. Deste modo, a população verificará que este líder não tem qualidade, porque ao falar deve apresentar provas concretas, afim de não criar contradições relativamente às nossas declarações”, salientou Bianco.

Referiu que a posição da bancada FRETILIN no Parlamento Nacional, relativamente a qualquer vítima que apresente queixas, seja ela qual for e venha de onde vier, deve ser defendida, segundo o Estado de Direito Democrático e deve ser processada, segundo a base legal e segundo a Lei.

“ Como representantes da bancada FRETILIN, na Comissão A recebemos as vítimas torturadas, pelas Forças de Estabilidade Internacional (FSI), apontámos os dados, levámos as vítimas para o Banco de Urgência, afim de receberem os tratamentos médicos necessários, à Polícia de Secção de Investigação e para a Provedoria dos Direitos Humanos e Justiça. Para apresentar o caso, segundo a lei em vigor, ao Tribunal, apresentámos as vítimas ao processo de justiça”, clarificou o membro do PN, sublinhando que o caso de tortura das FSI aos três jovens, no bairro de Quintal Boot, foi introduzido no Plenário do Parlamento Nacional, na semana passada.

Bianco explicou que o Parlamento Nacional, como representante do povo, deve dar continuidade às aspirações do Povo, principalmente às vítimas que exigem justiça. O Parlamento Nacional deve encaminhar o caso para a justiça.

“As vítimas vieram apresentar as suas queixas, no Parlamento Nacional pela segunda vez, mas não só as vítimas, também o líder da comunidade e as testemunhas vieram apresentar as suas declarações”, concluiu Bianco. JNSemanário.

José Oliveira : “O Governo responsabiliza o caso de 25 de Maio”

O Director da Associação HAK, José Luís de Oliveira afirma que o caso de 25 de Maio de 2006 que alega que os disparos de membros das FALINTIL- Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) contra a coluna da Polícia em frente do Ministério da Justiça é da responsabilidade do Governo.

José Luís Oliveira respondeu a esta questão do Jornal Nacional Diário, no edifício da Associação HAK Farol, sexta-feira (19/10).

José Luís explicou que o caso 25 de Maio não é da responsabilidade de membros das F-FDTL que estão a enfrentar a justiça no Tribunal, é da responsabilidade do Governo. Como ainda o caso de Alfredo Reinaldo, considerado um criminoso por causa do comportamento do Governo.

«Não é culpa da Instituição F-FDTL mas é da responsabilidade do Governo e assim como também o Major Alfredo considerado como criminoso e os elementos que dispararam contra membros da PNTL como criminosos. Isto é da responsabilidade e culpa do Governo», salientou José Luís.

Em relação aos membros das F-FDTL que estão a enfrentar a justiça e continuam a usar uniformes, José Luís referiu que não deviam usar uniformes, mas isto acontece porque a Instituição não suspendeu esses membros antes de se dar início ao processo judicial. Antes do processo de julgamento no Tribunal, os suspeitos deviam receber ordens de suspensão administrativa pela Instituição F-FDTL, porque a responsabilidade criminal foi na qualidade de individual não como Instituição F-FDTL.

«Penso que a Instituição não teve culpa, a culpa é de alguns indivíduos dentro da Instituição. Isto deve ser definido para não criar confusão, para que quem é processado no Tribunal responda pelas suas culpas. Portanto o Tribunal não está a julgar o cargo ou o estatuto do suspeito, mas as suas atitudes», declarou José.

José Luís destacou que isto acontece devido à fraqueza do código do processo penal, outra fraqueza dentro da Instituição F-FDTL foi o facto de ao longo de quatro anos de governação, o anterior Governo não conseguir elaborar um regulamento que norteie as actividades dos membros das F-FDTL e da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) e que puna quem cometa algum crime. Segundo as normas universais, qualquer cidadão que desempenhe funções em qualquer instituição, quando participa num processo de judicial deve ser suspenso pela Instituição, incluindo mesmo membros do Governo.

«Após o processo de julgamento no Tribunal, o indivíduo é dado como culpado ou inocente. Quando for culpado deve aceitar a decisão do Tribunal. Esse regulamento não existe na Instituição F-FDTL. É um grande problema para a Nação, pois politiza este processo judicial. Há quem cumpre a Lei mas há outros que não a cumprem, é este o nosso grande desafio», afirmou José Luís.

Explicou ainda que a declaração do Major António Soares, conhecido por Maukalo, no Tribunal, de que foi feita uma investigação na Instituição para os 10 arguidos, nomeadamente, RGS, PC, NFS, MX, FA, HA, AS, RM e VSG e irá tomar medidas contra os arguidos, mas as medidas a serem tomadas estão no processo de investigação.

«Deviam impor algumas sanções aos arguidos, ou seja, medidas de suspensão. Mas não devemos atirar culpas `para a Instituição, porque tudo isto aconteceu devido à fraqueza do Governo anterior que não soube elaborar um regulamento ao longo de quatro anos de governação», concluiu José Luís. JNSemanário.

Parlamento Nacional pede a Timor Telecom apresentar o relatório financial

Membro do Parlamento Nacional da bancada Unidade Nacional (PUN), Domingos Mesquita sugere a Timor Telecom que deve apresentar o relatório financeiro ao Parlamento. E assim o Parlamento possa ter conhecimento sobre o que é que a Timor Telecom tem feito.

Domingos Mesquita falou sobre esta questão ao Jornal Nacional Diário no “Uma Fukun” Parlamento Nacional, segunda-feira (22/10).

«O Parlamento Nacional deve ter conhecimento da gestão na TT, quais as áreas de cobertura e em que Distritos os clientes podem captar os sinais de telecomunicação, etc», afirmou Domingos Mesquita.

Segundo ele, o importante é a linha fixa para que o Governo Central possa ter ligações com o Governo Local e todos os cidadãos possam ter acesso ao telemóvel.

«Penso que o Governo investiu na Timor Telecom, o Governo tem um rendimento na taxa dos 12 porcentos e não sabemos qual é o número de percentagem de rendimento adquirido pelo Governo ao longo de cinco anos», questionou Domingos.

Por sua parte sente-se satisfeito com o sistema actual, onde as Companhias, Bancos e outras Instituições apresentam os seus relatórios de três em três meses, porque é que a Timor Telecom não pode ter feito o mesmo.

O deputado da bancada PUN afirma não teve conhecimento do funcionamento da Timor Telecom durante cinco anos e não tem confiança na Timor Telecom no futuro.

«O importante é vermos o plano de investimento da Timor Telecom, o que nos preocupa se a Timor Telecom continua a utilizar a tecnologia antiga», salientou.

Sugere ao Governo através do Ministério do Plano e das Finanças para contactar a Timor Telecom a fim de elaborar o seu relatório financial.

Por outro lado, o Ministério da Infra-Estrutura deve também controlar a Infra-Estrutura da Timor Telecom, os locais onde foram montadas antenas da Timor Telecom e outras que devem ter conhecimento do público. JNSemanário.

José Brandão Sousa : “Durante cinco anos, a Timor Telecom enfrentou várias dificuldades”

O Administrador-Delegado da Timor Telecom, José Brandão Sousa defendeu que durante cinco anos, a Timor Telecom enfrentou várias dificuldades. Desde a dimensão de energia eléctrica que a própria Timor Telecom fornece em todas as estações, incluindo as estradas que dão acesso aos serviços da Timor Telecom.

Brandão Sousa falou sobre esta questão para os Jornalistas do Jornal Nacional Diário, no seu Gabinete, em relação às dificuldades enfrentadas pela Timor Telecom.

“Outras das dificuldades da Timor Telecom são, não só as questões relacionadas com o suporte aos trabalhadores da Timor Telecom, obrigando a Timor Telecom a fazer um enorme esforço, para a formação, como também as dificuldades em relação aos rolos ou cabos telefónicos roubados em grandes quantidades, nestes últimos dois anos”, destacou Brandão.

Apesar destas dificuldades, segundo Brandão, a partir deste ano até 2010 é primordial garantir que 80 por cento da população tenha acesso à linha de telemóvel, bem como estender a cobertura e melhorar a qualidade da rede.

Por outro lado, a Timor Telecom tem o plano de criar um novo serviço denominado “Internet Banda Larga e Internet Wareless”. A Internet Banda Larga é um tipo de Internet mais rápida a que todos podem ter acesso, com qualidade e a Internet Wareless é uma Internet sem fio, utilizando apenas o telemóvel.

“Sobre estes planos que serão implementados em 2008, até 2010, a Timor Telecom está a preparar um investimento de mais de 20 milhões de dólares”, informou Brandão.

O objectivo da Timor Telecom é facultar a Timor-Leste os serviços de telecomunicações, sem sobrecarregar o Estado, através do contrato de concessão.

A Timor Telecom tem esperança que os seus serviços avançarão e espera também que a expansão dos serviços já existentes, asim como a introdução de novos serviços seja o desafio principal. JNSemanário.

Timor: «Faltam muitos mortos» do massacre de Santa Cruz

Dezasseis anos depois do massacre de Santa Cruz, em Díli, «faltam muitos mortos» por encontrar e nomear, afirmou à agência Lusa um dos sobreviventes.

«Continua por fazer a lista verdadeira das vítimas e dos sobreviventes» do massacre de 12 de Novembro de 1991, declarou à Lusa Gregório Saldanha, durante uma vigília na igreja de Motael, em Díli.

Gregório Saldanha é um dos coordenadores da Comissão Conjunta da ex-Juventude da Resistência Nacional (CCJRN), que pretende investigar os incidentes de há dezasseis anos, encontrar os corpos e homenagear as vítimas.

A vigília de hoje à noite recordou Sebastião Gomes, natural de Viqueque (leste) e estudante na capital, morto por milícias timorenses ao serviço do ocupante no dia 28 de Outubro de 1991, depois de se tentar refugiar na igreja com um grupo de colegas.

Duas semanas depois, uma manifestação pacífica de protesto contra a morte de Sebastião Gomes, de que Gregório Saldanha foi um dos organizadores, desencadeou a repressão por tropas indonésias no cemitério de Santa Cruz.

«Até hoje não há uma lista oficial«, explicou Gregório Saldanha diante da igreja de Motael.

«A Amnistia Internacional concedeu uma lista de 271 mortos mas não é um número correcto porque, na realidade, algumas pessoas esconderam-se após o 12 de Novembro e as famílias informaram que eles tinham morrido».

«Temos que obter uma lista verdadeira», acrescentou Gregório Saldanha, que, após a independência de Timor-Leste em 2002, foi deputado ao Parlamento pelo partido Fretilin.

As investigações de Gregório Saldanha apontam para a existência de «cento e tal mortos» no massacre.

«Há que examinar os verdadeiros participantes e é preciso distinguir os mortos que tombaram no cemitério e outros que morreram depois, por doença, traição dos inimigos, etc.», explicou Gregório Saldanha.

A CCJRN exigiu sexta-feira à Indonésia que revelasse os locais onde foram depositados os corpos das vítimas de Santa Cruz.

A versão mais repetida, a de que muitos corpos foram despejados em Tíbar, a oeste de Díli, «nunca foi investigada», recordou hoje Gregório Saldanha.

Dois especialistas internacionais de investigação forense chegaram a Díli em Abril de 2006 para trabalhar no caso, segundo Gregório Saldanha.

O encontro dos investigadores com José Ramos-Horta, então ministro dos Negócios Estrangeiros, não chegou a realizar-se porque foi nesse dia que uma manifestação de peticionários das Forças Armadas degenerou nos incidentes violentos que precipitaram a crise política e militar.

«Queremos que a Indonésia diga os locais dos mortos para que ao menos eles tenham o respeito que merecem, já que aos vivos não foi dada liberdade», sublinhou Gregório Saldanha.

Dia 28, domingo, a morte de Sebastião Gomes será recordada com uma missa em Motael, seguida de uma visita à sua campa no cemitério de Santa Cruz, às 14:00 (05:00 em Lisboa).

Diário Digital / Lusa

27-10-2007

Timor: Polícia dispersa multidão que esperava «ressurreição»

Elementos da polícia timorense (PNTL) e das Nações Unidas (UNPOL) dispersaram a multidão que esperava a «descida» a Díli do líder da resistência Vicente Reis, morto em 1979.

«Os polícias vieram de início para proteger as pessoas mas depois chamaram a UNPol para impedir o programa», declarou à Agência Lusa o veterano Rio da Montanha, que anunciou o regresso de Vicente Reis para 27 de Outubro.

«Vicente Reis fugiu de novo para a montanha com a família, com medo», acrescentou Rio da Montanha, presidente da Caixa, a rede clandestina de mensageiros usada pela resistência sob a ocupação indonésia.

«O povo precisa de Vicente Reis e está a investigar o seu paradeiro», explicou o veterano à Lusa, numa colina sobranceira à ribeira de Comoro, em Beduco, periferia sul de Díli.

Rio da Montanha garantiu que Vicente Reis apareceu em Díli na manhã de 24 de Outubro.

«Esperamos encontrá-lo antes da Polícia», afirmou.

Vicente Reis, Comissário Político Nacional e segunda figura da resistência timorense junto do Presidente Nicolau Lobato desde Outubro de 1977, foi emboscado por tropas indonésias no sul do país, em Janeiro de 1979.

A família de Vicente Reis considera que o anúncio do seu regresso «é um embuste e uma conspiração política» e promete, se for preciso, mostrar as ossadas.

Vicente Reis Bie Ki Sa'he (o nome que tomou do seu avô) está enterrado numa montanha de Manufahi (sul) conhecida por Casa dos Morcegos, explicou à Lusa o seu irmão Marito Reis, secretário de Estado para os Antigos Combatentes da Libertação Nacional.

«A posição da família Reis é política, talvez provocada por pressões políticas», afirmou à Lusa o secretário-geral da Caixa, Norberto Pinto.

«Com todo o respeito pela família e pelo pai de Vicente Reis, que foi um grande combatente da resistência, nunca foi dito que ele tinha morrido», acrescentou.

«Houve alguém que disse à família que a campa era do Vicente Reis e a família aceitou, mas é isso que tem que ser investigado», disse Norberto Pinto.

Cerca de 200 pessoas juntaram-se, na véspera do anunciado regresso, na margem direita da ribeira de Comoro, em Manleuana, defronte de Beduco e da casa dos veteranos da Caixa.

O anúncio de que Vicente Reis estaria vivo foi acompanhado de imagens da campanha presidencial de Francisco Xavier do Amaral, fundador e líder da Associação Social Democrata Timorense (ASDT) e primeiro Presidente da República timorense, em 1975.

As imagens mostram o suposto Vicente Reis mas um homem chamado Manoel Escorial apareceu esta semana na televisão nacional reclamando a sua identidade e denunciando o «embuste».

«As duas famílias, de Vicente Reis e de Manoel Escorial, têm de decidir quem é que é ele», concluiu Rio da Montanha.

Junto à casa da Caixa, alguém deixou um «graffiti» num pequeno quiosque que resume o caso: «Procura-se vivo».

Diário Digital / Lusa

27-10-2007

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Kirsty Sword-Gusmão é embaixadora para a Educação

Kirsty Sword-Gusmão, mulher do actual primeiro-ministro Xanana Gusmão e presidente da Fundação Alola, foi hoje nomeada embaixadora de Timor-Leste para a Educação.


O Presidente da República, José Ramos Horta, justificou a escolha de Kirsty Sword-Gusmão com a dedicação da ex-primeira dama a causas sociais e a sua entrega … causa timorense desde que era voluntária australiana na Indonésia, nos anos 1990.

"A Educação é a minha paixão", afirmou Kirsty Sword-Gusmão … Agência Lusa, lembrando que nasceu numa família de professores e que chegou a viver numa escola, quando o pai dava aulas numa pequena localidade do estado de Vitória, Austrália.

"Espero continuar a sensibilizar os timorenses para a importância, que eles conhecem, da educação como instrumento para melhorar a vida dos filhos e permitir à próxima geração sair da pobreza", acrescentou Kirsty Sword-Gusmão.

Numa cerimónia curta que levou quase todo o corpo diplomático de Díli ao Palácio das Cinzas, José Ramos Horta declarou que a ideia de ter uma embaixadora para a Educação é inspirada no recurso a personalidades conhecidas por organizações como a Unicef e a UNESCO.

"Timor-Leste, que eu saiba, é o primeiro país que usa esta ideia", comentou o chefe de Estado.

"Sou uma ferramenta de promoção por uma boa causa", resumiu a presidente da Fundação Alola após a tomada de posse: "Agora espero que me usem".

Kirsty Sword-Gusmão, de origem australiana, mãe de três filhos e recordou que, também por isso, pretende "desesperadamente" que Timor-Leste possa dar às crianças as mesmas oportunidades de educação de que ela gozou na Austrália.

Carlos Monjardino, presidente da Fundação Oriente, e Estela Ferreira, empresária luso-australiana, são embaixadores da boa-vontade por Timor-Leste, nomeados quando José Ramos Horta ocupava as funções de ministro dos Negócios Estrangeiros.

Timor: Massacre de Caicoli durou 40 segundos e fez 8 mortos

O incidente mais grave da crise de 2006, conforme relatado terça-feira por um oficial português em Timor-Leste, foi uma curta-metragem de grande economia de recursos: oito mortos em 40 segundos.

O comissário da PSP Nuno Anaia relatou na terça-feira ao Tribunal de Recurso, em Díli, o que viu no dia 25 de Maio de 2006, quando elementos das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) atiraram sobre uma coluna desarmada da Polícia Nacional (PNTL), que seguia a pé sob escolta das Nações Unidas.

O oficial da PSP, ao volante da sua viatura da Polícia das Nações Unidas (UNPol), encabeçava o lado esquerdo da coluna de 103 polícias que saíram do quartel-general da PNTL, em Caicoli.

A coluna foi atacada poucas centenas de metros mais à frente, junto ao Ministério da Justiça.

O testemunho de Nuno Anaia é um «filme» diferente dos outros ouvidos nas últimas semanas pelo colectivo de juízes presidido pelo magistrado português Ivo Rosa, no âmbito do processo em que onze militares e um inspector da PNTL são acusados de homicídio.

Juntas, as respostas do comissário Nuno Anaia formam um filme equivalente ao que seria captado, de câmara ao ombro, pelo realizador - se o realizador fosse o alvo.

«O tiroteio durou 15 a 30 segundos, no máximo, antes de eu arrancar com o meu carro, cheio de PNTL's, em direcção ao Obrigado Barracks», quartel-general da missão internacional, contou o comissário.

«Os militares dispararam 30 a 40 segundos», acrescentou Nuno Anaia.

O oficial português é o único elemento da ONU, dos 17 presentes no tiroteio de Caicoli, que ainda se encontra em serviço em Timor-Leste, onde está em missão desde Setembro de 2003.

Foi Nuno Anaia, na altura assessor do comandante-geral da PNTL, quem, «à porta do quartel-general», organizou a coluna de polícias, alinhados em 3 filas de cerca de 35 homens.

Dentro do quartel-general, os polícias tinham sido desarmados e as armas colocadas «dentro de um blindado da UNPol».

A coluna dos PNTL, enquadrada por uma dezena de viaturas internacionais, era liderada, a pé, pelo coronel Fernando Reis, assessor militar português, e por Salif Malik, actualmente na missão da ONU na Eritreia, que empunhavam uma bandeira da ONU.

O objectivo da coluna era evacuar os polícias para as Obrigado Barracks, no seguimento de um cessar-fogo obtido pelo coronel Fernando Reis com o comando das F-FDTL, presente em Caicoli, onde militares e polícias tinham trocado tiros nessa manhã.

«Havia polícias que não queriam aceitar (a evacuação) e foi-lhes dito que podiam ficar no quartel-general», sem protecção aos disparos das F-FDTL.

«Tinham receio de um ataque cá fora», recordou o comissário Nuno Anaia.

Antes de a coluna dos PNTL avançar, três batedores da UNPol «foram à frente para verificar a passagem», até junto do Ministério da Justiça, falando com cerca de seis elementos das F-FDTL armados que aí se encontravam.

«Esses militares recuaram» e, a um sinal dos batedores, a coluna dos PNTL começou a marcha.

«Seguimos um percurso que evitaria passar pelo quartel da Polícia Militar e que, nas circunstâncias da altura, parecia o melhor», explicou hoje o comissário Nuno Anaia, acrescentando que a única via alternativa estava impedida por contentores «colocados para o congresso da Fretilin».

Quando a coluna passava no cruzamento do ministério da Justiça, Nuno Anaia viu elementos das F-FDTL aproximando-se, armados, de ambos os lados da estrada, correndo «com a arma pela bandoleira».

«Os polícias, que já estavam apavorados, ficaram ainda mais em pânico», recordou Nuno Anaia.

«Tentámos acelerar a marcha e a coluna continuou a andar».

De súbito, o comissário ouviu «gritos em tétum do lado direito, que foram correspondidos do lado esquerdo».

«Vi os elementos das F-FDTL a passarem as armas por cima dos elementos das UNPol e a dispararem», disse Nuno Anaia.

Interrogado sobre o «alvo primordial» do tiroteio, o oficial declarou que, «pelo tipo de armas, o alvo eram elementos seleccionados», com «tiros selectivos».

«Se não fossem, teria havido rajadas, porque a M16 tem uma posição (de tiro) que permite isso», declarou o oficial português.

A viatura de Nuno Anaia, para onde tinham entrado e saltado elementos da PNTL («era uma 'pick-up'»), foi atingida com dois tiros.

Nuno Anaia declarou que «de certeza não houve qualquer disparo do meio da coluna dos PNTL para fora», como alegam os arguidos.

Diário Digital / Lusa

24-10-2007 7:25:00

Oficial português difere de CEMGFA timorense sobre massacre

Um oficial português das Nações Unidas apresentou hoje um testemunho diferente do comandante das Forças Armadas timorenses sobre o incidente mais grave da crise de 2006.

O comissário Nuno Anaia, oficial da Polícia de Segurança Pública ao serviço da Polícia das Nações Unidas (UNPol) em Timor-Leste, declarou hoje que o brigadeiro-general Taur Matan Ruak concordou com um cessar-fogo na manhã de 25 de Maio de 2006.

Nesse dia, militares das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) dispararam sobre uma coluna de 103 elementos da Polícia Nacional (PNTL) desarmados e sob escolta das Nações Unidas.

«Sei que o coronel Fernando Reis chegou a acordo com o brigadeiro-general Taur Matan Ruak para um cessar-fogo com algumas condições», declarou hoje o comissário Nuno Anaia no Tribunal de Recurso, em Díli.

«As condições eram que os PNTL entregassem as armas, que saíssem do quartel-general da Polícia a pé e que saíssem com as Nações Unidas», explicou o comissário da UNPol.

O oficial português referia-se ao contacto entre o coronel português Fernando Reis, assessor das F-FDTL, e o comando das Forças Armadas timorenses, no antigo quartel da missão internacional (PKF), em Caicoli.

O brigadeiro-general Taur Matan Ruak, ouvido há uma semana no mesmo processo, afirmou que o tiroteio em Caicoli, junto ao ministério da Justiça, parou a pedido do coronel Fernando Reis e elementos da ONU, porque elementos das PNTL desejavam render-se.

«Os membros das Nações Unidas não pediram ou não ordenaram às F-FDTL para se desarmarem e retirar do Ministério da Justiça e outros locais», explicou o brigadeiro-general Taur Matan Ruak ao colectivo de juízes.

«Continuavam a dizer que a PNTL desejava render-se, sem explicar os pormenores da rendição», acrescentou Ruak.

«Os dois membros da ONU seguiram para o quartel-general da PNTL, dei ordens aos membros (das F-FDTL) para pararem os tiroteios e assim aconteceu», referiu o chefe do Estado-Maior das F-FDTL.

Nuno Anaia, que encabeçava a coluna dos PNTL ao volante de uma viatura da ONU, é o único dos 17 elementos das Nações Unidas presentes no tiroteio que ainda permanece em Timor-Leste.

O oficial saiu ileso do tiroteio mas a sua viatura esteve sob fogo cruzado das F-FDTL e foi atingida por duas balas.

O comissário da UNPol foi ouvido pelo Tribunal de Recurso como «lesado» no incidente de 25 de Maio de 2006, após ter sido autorizado a testemunhar pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

No final da audiência, o juiz-presidente Ivo Rosa informou o comissário Nuno Anaia de que «não existe nenhuma imunidade» que impeça um elemento da ONU de testemunhar em tribunal.

Um parecer da assessoria legal da missão da ONU em Timor-Leste (UNMIT) alegou esse tipo de imunidade, até Ban Ki-moon autorizar o comissário da UNPol a comparecer no Tribunal de Recurso.

Os doze arguidos no processo do massacre dos oito polícias timorenses são acusados de homicídio pelo Ministério Público.

Diário Digital / Lusa 23-10-2007

Horta: “Hau Nia Obrigasaun Atende Povu”


Edition: 23 October 2007
DILI - Prezidente Republika (PR), Jose Ramos Horta deklara ba povu Fatuberliu no Natarbora katak nudar PR nia knar primeiru maka atu atende povu kiik no kiak sira.

PR Horta iha Kinta no Sesta, semana kotuk, halao vizita trabalho ba Sub Distritu Fatuberliu, Distritu Manufahi, no Sub Distritu Natarbora, Distritu Manatuto.

Iha vizita loron rua nee, Xefe Estadu akompanha husi Ambaxador Korea do Soul mai Timor-Leste, Kim Soo Il, Konselhero Ambaxador Portugal iha Timor-Leste, Xefe Gabinete Prezidensial, Jose Manuel Turquel de Jesus no estaff Prezidensial balun, diretores husi instituisoes relevantes, no mos autoredades lokal iha area neebe refere.

Tuir informasaun nebee STL hetan asesu iha gabinete informasaun PR, Segunda (22/10) katak iha PR Horta nia vizita Sub Distritu Fatuberliu, Prezidente no ninia komitivas uza oportunidade nee hodi halao observasaun ba eskola Premaria no Pre-Sekundaria iha area neeba. Alende nee, Xefe Estadu mos halao observasaun ba grupu agrikultor iha aldeia Kaikasa, Lagoa Welenas, Konventu Madre Franciskanu-Fatuberliu, no sentru EDTL iha area neba.

Atu hatene liu-tan kona-ba prekupasoes no difikuldades povu sira nian iha fatin nee, Xefe Estadu mos halao dialogu ho autoredades no populasaun sub distritu nee nian. Iha dialogu nee, populasaun sira neebe hela besik mota Kaikasa-Fatuberliu mos kestiona konaba sira nia problema neebe sempre hetan desastre inudasaun husi mota wainhira udan tun. Hatan ba prekupasoes hirak nee, Prezidente hateten katak nudar Xefe Estadu, nia sei hatoo povu sira nia lian ba governu hodi nunee governu bele tau matan lalais.

Laureadu Nobel da Paz 1996 nee mos hatoo ninia agradesementu ba populasaun sira neebe simu nia ho ninia komitivas ho laran haksolok. Prezidente mos hateten katak vizita ida nee ho objetivu atu hare difikuldades no rona diretamente prekupasoes populasaun sira nian iha baze.

“Nudar Prezidente Republika, hau nia obrigasaun permeiru mak ba povu deit,” hateten Horta ba populasaun sira iha durante dialogu.

Depois ramata ninia vizita iha sub distritu Fatuberliu, Prezidente Republika ho ninia komitivas tomak kontinua halao viazen ba sub distritu Natarbora, distritu Manatuto hodi halao observasaun ba eskola tekniku agrikultura iha area nee.

Iha vizita nee, Prezidente neebe akompanha husi diretor eskola neebe refere hetan oportunidade hodi ba hare area eskola nee nian. Depois de halao observasaun ba area eskola nee nian, Xefe do Estadu halao mos dialogu ho profesores, alumnus, autoredades lokal, no populasaun lokal iha area nee.

Hanesan mos komunidade iha sub distritu Fatuberliu, autoredades lokal no komunidade sira iha sub distritu Natarbora mos hatoo sira nia ejizensia no difikuldades ba Xefe do Estadu. Difikuldades hirak nee mak hanesan : falta be mos, fasilidade eskola nian, fasilidade saude, elektresidade, estrada no seluk tan.

Hatan ba kistaun hirak nee, Prezidente esplika katak atu halao programa redusaun poneeza iha nasaun nee, Prezidensial da Republika estabelese ona ekipa Task Force ida hodi atende difikuldades populasaun sira nian. “Luta kontra poneeza hanesan luta ba paz no sai nudar kazu nasional,” esplika Dr Ramos-Horta ba partisipantes dialogu iha area nee.

Hafoin halao observasaun iha area eskola tekniku agrikultura iha area neebe refere, Prezidente Republika hateten “ Eskola ida nee sai hanesan eskola ida neebe di’ak tebes e estadu tomak rekonhese ona eskola nee, neduni mai ita servisu hamutuk hodi halo eskola nee sai modelu neebe di’ak iha rai ida nee”.

Alende halao dialogu no observasaun, Prezidente Republika no komitivas tomak uza mos oportunidade iha vizita nee hodi fo ajudus balun hanesan komputadores, roupas, no ekipamentus desportu ba eskola, joventude, no madre sira iha sub distritu rua nee. bre

Fretilin Laiha Baze Legal Claim FSI Ilegal

Edition: 23 October 2007
DILI –Prezidenti Parlamentu Nasional, Fernando ‘Lasama’ de Araujo hatete, partidu Fretilin la iha baze fundamentu atu konsidera prezensa Forsa Stabilizasaun Internasional (FSI) iha Timor Illegal. Tanba prezensa FSI iha rai nee hetan konkordansia husi orgaun soberanu sira hotu inklui Parlamentu Nasional.

“Prezensa FSI nian legal, sira tama nonok deit mak illegal. Neduni, la iha fundamentu atu dehan prezensa FSI iha Timor illegal,” dehan Lasama ba jornalista sira iha uma fukun PN, Segunda (22/10).

Nia esplika katak prezensa FSI iha Timor estadu mak asina akordu nee. Nunee, Parlamentu Nasional primeiru lezislativa mos hasai ona rezolusaun para apoiu desizaun nebee mak estadu Timor halo ho Australia no Nova Zelandia. Neduni, prezensa sira nian nee legal.

Bainhira mak PN atu ratifika fila fali prezensa FSI iha Timor, nia dehan, PN sei estuda didiak atu ratifika akordu prezensa FSI iha Timor. Tanba, iha parte ida labele ratifika, maybe hadia buat nebee presija.

Nunee, iha tinan kotuk, Prezidenti PN reprezenta ona PN hodi asina akordu nee. “PN mos hasai ona rezolusaun hodi apoiu prezensa FSI iha Timor, neduni la presija halo ratifikasaun,” katak Lasama.

Bainhira mak FSI bele foti ain husi Timor, eis vice Ministru Estranjeiru tempu tranzisaun UNTAET nee hatete, bainhira povu nee hadomi malu ona no la iha violensia, FSI bele fila ona. Tuda malu nafatin, hanesan iha Ossu agora dadaun nee, madre sira mos ema baku arbiru deit nee FSI sei labele fila.

Iha parte seluk, polisia mos seidauk organizau ho didiak, neduni seidauk bele deside bainhira mak FSI fila ba nia rain. Kestaun problema nebee membru FSI halo hodi hasoru Timor oan, PN sei husu atu hadia no mos sei koalia ho Reprezentante Sekertariu Jeral ONU iha TL, Atul Khare no komandante FSI nian atu koalia konaba sira nia hahalok nebee ladiak.

Depois akontesementu FSI baku populasaun Quintal boot, ba dala barak, partidu Fretilin liu husi sesaun plenaria husu ba orgaun soberanu atu haruka FSI Australia foti ain husi Timor Leste. Tanba, bebeik ona involve turtura no violensia hasoru Timor oan.

“FSI Australia tenki sai husi Timor tanba sira halo interferensia politika interna iha TL nebee hatudu momos hanesan hatuun bandeira. Hatudu sira nia kultura foer,” dehan Domingos Sarmento liu husi konferensia imprensa iha uma fukun PN, foin lalais nee.

Membru bankada Fretilin, Marii Alkatiri mos hatete, iha tinan kotuk bainhira sei asume kargu Primeiru Ministru nia mak asina akordu. Maibe, depois sai tiha, sira nebee kampiaun demokrasia mak sai Primeiru Ministru la lori akordu FSI atu mai ratifika iha PN.

Nia hatutan, asaun nebee sira halo iha Same hodi oho membru Alfredo nee illegal no krimi. Neduni tenki hataan ba justisa. semak haruka oho mos krimi tenki hataan iha tribunal.

Antes nee, Alkatiri hatete katak prezensa FSI iha Timor atu defende politka AMP deit.

Iha fatin hanesan membru Parlamentu Nasional bankada Fretilin, Estanislau da Silva hatete katak nia la kestiona prezensa Forsa no Polisia internasional. Tanba segundu governu konstitusional sempre hatete katak presija FSI too periodu eleisaun. Neduni, depois eleisaun presija halo avaliasaun para haree lolos sei presija forsa internasional ka lae.

Avaliasaun nebee halo laos deit ba FSI maibe mos ba Polisia Nasoens Unidas para hatene lolos. Atu nunee, povu bele hatene lolos, sei lae povu haree katak rai nee okupadu husi forsa internasional.

Nunee, membru bankada Congressu Nasional Rekonstruksaun Timor Leste (CNRT) Pedro da Costa hatete, prezensa FSI iha rai laran atu kumpri mandatu ida nebee estadu foti. Tanba orgaun soberanu Timor mak husu sira nia prezensa, tanba see lae, povu iha nasaun nee agora dadaun moris iha dezestabilidade.

Nunee, Cecilio Caminha husi bankada CNRT hatete, dala barak ona membru PN levanta atuasaun FSI nain ba kestaun seguransa. Dala barak mos FSI halo turtura nebee halakon ema nia vida hanesan, tinan kotuk ema nain rua mate iha Pantai Kelapa, la hatene nia prosesu justisa too iha nebee. Iha Lafatik, Komoro, ema ida mate, iha Same Pouzada momentu atake grupu Alfredo halakon ema nain lima nia vida, seidauk tan konta ho violasaun seluk nebee sira halo.

Sira nia prezensa iha nee merese, maibe presija haree sira nia nia sistema atuasaun ba kazu ruma. dd

Eskuta Telefonika, TR ho PDHJ Tenki Investiga TT

Edition: 23 October 2007
DILI – Parlamentu Nasional husu Tribunal Rekursu (TR) ho Provedoria Direitus Humanus no Justisa (PDHJ atu halo investigasaun klean ba Timor Telekom (TT).

Pedidu PN nian nee, relasiona ho kazu eskuta telefonika konversa entre eis deputadu Leandro Isaac ho Prokurador Jeral Longuinhos Monteiro no eis Xefi Gabineti Prezidenti Republika atul Sekertariu Estadu Konselhu Ministru,Hermenegildo “Agio” Pereira hodi habelar krizi rai laran .

“Husu ba meza parlamentu nasional atu rekomenda kazu nee ba TR ho PDHJ hodi halo investigasaun para defende ema nia direitu no ema nia privasidade. Nunee, ita bele hatene se mak sala no se mak loos,” dehan membru PN bankada Congressu Nasional Rekonstruksaun Timor Leste (CNRT) Arão Noel Amaral liu husi sesaun pelnaria PN, Segunda (22/10).

Tuir nia haree katak bele mos TT hanesan instituisaun la halo eskuta telefonika, maibe ema iha laran mak halo manobra. Neduni husu TT labele taka problema nee

Nia senti la satisfeitu ho deklarasaun nebee TT hasai ba publiku katak halo deputadu sira halo akuzasaun falsu konaba gravasaun eskuta telefonika.

Membru bankada CNRT Fernanda Lay nebee mos nudar eis direitora telekomunikasaun tempu Indonesia hatete katak konverse liu husi fixu telefonika nee kompanha TT mak bele eskuta no grava. Neduni, nia konsidera pergozu bainhira ema hotu bele halo gravasaun. Tuir lolos Polisia no tribunal mak bele fo autorizasaun hodi halo gravasaun ba konverse ema ida nebee atu estraga estabilidade nasaun nian.

Membru Parlamentu Nasional husi bankada CNRT, Aderito Hugo da Costa diskunfia TT involve iha konpirasaun, tanba halo gravasaun laiha koinesemntu.

Tuir nia, hahalok nee krimi, tanba nee husu ba orgaum kompententi atu halo invesgasaun klean ba TT.

“Hau konsidera gravasaun distribusaun ida nee hanesasan skandal nasional, nebee involve konspirasaun nivel as. TT hanesan operador uniku, primenru hau diskunfia nia involve iha nee,” Aderito Hugo da Costa hatete ba STL iha PN, horseik.

Hanesan nasaun nebee tau lei as tebes, Hugo prevere kazu nee tenki lori ba prosesu seriu, intrega prosesu investigasaun ba see deit mak involeve, tanba nasaun nee iha dignidade soberania. “Hau nia intervensaun iha primeiru dia, hau hatete kedas katak kualidade gravasaun nebee preveitu teb-tebes halo hau diskunfia kedas katak operador TT mak halo buat ida nee, hau diskunfia laos kondena TT mak involve,” Hugo hateten.

Liu husi plenaria PN, Segunda (15/10), bankada Fretilin halo ‘keisa’ konaba konversa telefonika entre Longuinhos Monteiro, Procurador Geral Republica, ho Leandro Isac, nebe envolve mos Hermenegildo Pereira, Xefi Gabinete Presidente da Republica, no atual Secretario Estado Konselho Ministros.

Fretilin liu husi deklarasaun politika husu ba orgaun soberanu li-liu Prezidenti Republika atu hasai Longuinhos Monteiro husi kargu Prokurador Jeral, tanba deskonfia halao konspirasaun politika hodi habelar krizi iha tinan 2006.

Hatan ba nee, Prokurador Jeral da Republika, Longuinhos Monteiro deklara katak keisa nebee Fretilin halo konaba konversa telefonika entre nia halo ho Leandro Isaac, nebee envolve mos Hermenigildo Pereira, nudar defamasaun nebee Fretilin halo. No nia sei reklama tuir lei laos politika.

Iha parte seluk Prezidenti Republika, Jose Ramos Horta mos kunsidera katak konversa telefonika neebe preokupa husi bankada Fretilin konaba involvimentu Prokurado Jeral Longuinhos Monteiro neebe halo ho Leandro Isaac no Hermenegildo Pereira, see TT mak involve iha laran nee grave teb-tebes.

Kona ba polemika neebe refere, Ramos Horta ejiji iha investigasaun hodi hatene se mak eskuta konversa telefonika nebee involve Prokurador Jeral da Republika Longuinhos Monteiro.

Prokurador Jeral, Longuinhos mos isplika katak konaba telefonika nee nee laiha lei ida maka bandu nia nudar Prokurador Jeral hodi halo konfersa privadu ho see deit no konaba saida deit. dd/car

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Mario Husu Alkatiri Labele Garganta

DILI – Membru Parlamentu Nasional (PN) Bankada PSD, Mario Viegas Carrascalão husu ba deputadu Marii Alkatiri atu hatudu provas hodi lori ba tribunal para labele gargante deit hodi akuza Xanana halo konspirasaun hatuun governu Fretilin iha tinan 2006.

Fretilin, katak Mario, iha fundementu atu lori kazu nee ba tribunal, bainhira iha provas katak Xanana involve iha konspirasaun hatuun governu Fretilin. “Hatete konspirasaun tenki aprezenta provas. Se mak halo, bainhira, iha nebee, liu meius saida mak halo konspirasaun nee. La bele koalia iha ibun deit, tanba tribunal mak deside konstitusional ka inkonstitusional, “ dehan Mario Viegas ba jornalista iha PN, Dili, Kinta (18/10).

Mario dehan, governu Fretilin monu iha 2006 liu ba tanba governasaun Fretilin laduun diak. Nee mak hamosu deskontentamentu husi povu hodi hatuun governu nee, laos konspirasaun.

“Ita haree durante tinan 4, governu Alkatiri haree deit ba sira nia interese. Nee mak hamosu krizi no hamonu governu Fretilin, tan nee la bele duun deit, maibe tenki haree ba faktus,” nia hatete.

Tuir nia, se governu Fretilin mak governa diak talves bele konprova saida mak lideransa Fretilin deklara katak Fretilin sei governa rai nee too tinan 50 ka 100. Maibe, tanba governa ladiak, iha eleisaun liu ba povu kastigu Fretilin hodi la hili ona Fretilin atu manan absoluta hanesan tinan lima liu ba. Tan nee iha eleisaun liu ba Fretilin hetan deit 29% hatudu katak Fretilin lakon ona konfiansa husi povu, no lakon nia poder.

“Uluk sira hetan 50%, agora hetan deit 29%, nee povu mak hatuun duni sira laos ema seluk,” nia komenta.

Alkatiri hatete ona katak sei halo sasan hotu-hotu atu trava governu AMP liu husi programa. Katak governu AMP sei la bele implementa nia programa hodi diak atu nunee bele alkansa ona ba eleisaun antisipa.

Pesoalmente, Mario la fiar governasaun Fretilin monu tanba konspirasaun. “Se karik haree konspirasaun, antes nee lalika tuir eleisoens, ba deit tribunal too konspirasaun nee rezolve tiha, semak sala hataan iha tribunal, hadia hotu ona mak halo eleisaun. Tanba, bainhira eleisaun halo tiha lakon dehan konspirasaun,” nia tenik.

Mario komenta katak Prezidenti Republika konsidera Alkatiri hakarak buka dalan oi-oin hodi hamonu governu AMP, hodi nunee bele hakat lalais ba eleisaun antisipada. “Deklarasaun Alkatiri laos izoladu husi buat nebee sira planeadu tiha ona. Hanesan iha PN buat aat mos sira (Fretilin) diskuti naruk ba bebeik, sira soe ba mai atu halo rai nee la lao. Buat nebee Fretilin halo los duni laos ho violensia fiziku, maibe ho violensia politika,” nia dehan.

Antes nee, Sekretariu Jeral partidu Fretilin, Marii Alkatiri deskonfia eis Prezidenti Republika Xanana Gusmão involve iha konspirasaun hodi hatuun governu Fretilin iha tinan 2006.

Deskonfiansa nee mosu husi eis Primeiru Ministru nebee hatuun iha krizi 2006 nia laran, tanba involvimentu eis xefi gabineti Prezidensia Republika Hermengildo ‘Agio’ Pereira iha konversesaun nebee Fretilin hetan grava entre Prokurador Jeral Longuinhos Monteiro no Leandro Isaac liu husi telefonika konaba deklarasaun husi Alfredo Reinado Alves. dd

domingo, 21 de outubro de 2007

Presidente Ramos Horta: “Se o Governo não tiver orçamento para o desenvolvimento que faça empréstimos”


O Presidente da República, Dr. José Ramos Horta exige ao Governo que dê prioridade à reconstrução de estradas, em todo o território nacional, para facilitar o acesso dos agricultores ao mercado. Se o Governo não tiver orçamento suficiente poderá recorrer ao empréstimo, no estrangeiro, para o desenvolvimento de infra-estruturas ou estradas.

O Chefe do Estado falou sobre esta questão, no seu discurso de abertura, na Exposição de produtos locais, para comemorar o Dia Mundial da Alimentação sob o tema : “Direito à Alimentação” no Mercado Municipal de Díli.

“Faço um apelo ao Primeiro-Ministro, Xanana Gusmão, para que o Quarto Governo possa realizar uma reunião urgente. Se não temos orçamento suficiente, faremos negociações com diversos Países, pediremos empréstimos do Fundo do Kuwait ou do Banco Mundial, ADB ou Japonês Yen ou China Yen, para iniciar a construção de estradas, para os mais pobres nas áreas rurais”, afirmou Ramos Horta.

Salientou que não é necessário falarmos “alto” da agricultura se não tomarmos uma decisão com urgência, num período de cinco ou dez anos, para a construção de redes rodoviárias. Estas redes rodoviárias são primordiais para o desenvolvimento da agricultura, desenvolvimento da indústria, educação, saúde. Se não temos estradas em condições como podemos ter acesso ao mercado? As viaturas não vão circular em estradas com más condições porque prejudicarão os próprios veículos.

“Como Presidente da República, a questão é do Governo, não é da sua competência mas segundo o consenso nacional entre a Presidência da República, Governo, Parlamento Nacional e sociedade civil, todos devem atender os direitos do povo”, afirmou.

O laureado, Nobel da Paz, salientou que obter alimentação é um direito comum. Contudo, cada um pode e deve ter as suas ideias para conseguir tal objectivo.

“A minha opinião é esta, não é necessário toda a gente falar muito alto sobre a agricultura se não colocarmos um forte investimento nas infra-estruturas para as estradas. Como é que o Governo falará da Agricultura em Natarbora e Ueberec? Para dar apoio alimentar a todo o Povo de Timor-Leste, se não construirmos estradas não poderemos falar do direito de acesso ao mercado. Portanto a construção de estradas é a prioridade número 1 neste País”, referiu.

Afirmou ainda que, ao falar da agricultura, o Governo deve ter uma política para a água, para as terras e plantas, porque o Governo anterior não teve uma política eficiente relativamente a estas materias. Timor-Leste deveria ter uma política da propriedade e das terras, para que no decorrer dos próximos 20 anos, não haja problemas de disputas, de propriedades, como acontece em Cabo Verde com um número populacional mais elevado.

A prioridade do Governo deve ser as estradas e a água, porque se não forem resolvidas estas duas questões, Timor-Leste enfrentará grandes dificuldades.

Após a abertura da exposição, falando aos jornalistas, o Chefe do Estado sublinhou que está confiante e que o seu pedido ao Governo será tomado em consideração, porque a referida questão é importantíssima.

Desta forma, o Presidente pediu ao Governo para disponibilizar, uma grande parte do orçamento para as infra-estruturas, para a construção e reabilitação de estradas. Outra preocupação que também foi tida em conta pelo Governo é a questão da água e a reflorestação, para proteger a água.

A exposição decorrerá ao longo de quatro dias, a partir do dia 16 até ao dia 21 do corrente mês. Esta exposição foi organizada pelo Ministério da Agricultura, Florestas e Pescas, com o apoio da WHO, FAO e outras Organizações. JNSemanário.

Taur : “Dei instruções de auto-defesa”

Caso crise 25 de Maio de 2006
O Brigadeiro-General das FALINTIL-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), Taur Matan Ruak afirma que no dia 25 de Maio de 2006 deu instruções ao Coronel Lere Anan Timor para enviar membros das F-FDTL para fazer auto-defesa do Quartel-General da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL).

Taur Matan Ruak respondeu a esta questão ao Procurador Bernardo Fernandes na audiência realizada no Tribunal de Recurso Caicoli, Díli.

Taur explicou que a ordem dada ao Coronel Lere para fazer a auto-defesa cercando o Quartel-General da PNTL porque os membros da PNTL dispararam en direcção ao Quartel-General das F-FDTL. E assim também durante a crise membros da PNTL sempre atacavam membros das F-FDTL, incluindo a sua residência.

«A auto-defesa com o objectivo de prevenir tiroteios provenientes da direcção do Quartel-General da PNTL, segundo a regra militar em qualquer lado. Quando alguém disparar contra as Forças do Estado as mesmas devem assegurar a auto-defesa. Na altura estava reunido com o Coronel Lere Anan, o então Ministro de Defesa, Roque Rodrigues, etc no Quartel-General das F-FDTL Caicoli», explicou Taur.

Questionado pelo Procurador Bernardo como é que os tiroteios pararam? Taur respondeu que os tiroteios pararam quando membros da Polícia das Nações Unidas, Coronel Fernando Reis, português, conselheiro das F-FDTL e membros das Nações Unidas da Austrália (não lembrou do seu nome) pediu para pararem os tiroteios porque membros da PNTL desejam render-se. Falaram em português.

«Os membros da UN não pediram ou não ordenaram as F-FDTL para se desarmarem e retirar do Ministério da Justiça e outros locais. Continuavam a dizer que a PNTL deseja render, sem explicar os pormenores da rendição. Os dois membros da ONU seguiram para o Quartel-General da PNTL, dei ordens aos membros para pararem os tiroteios e assim aconteceu», referiu Taur.

O Juiz Ivo Rosa como Presidente da audiência questionou se teve conhecimento da morte de membro das F-FDTL, Ricardo Buré, Taur respondeu que ouviu a informação antes do acontecimento em frente do Ministério da Justiça mas não viu a coluna da Polícia que saiu do Quartel-General da PNTL porque após os tiroteios provenientes do Quartel-General da PNTL, os escoltos levaram-no para o rés do chão do edifício, portanto não conseguiu observar a formação da coluna.

«O acontecimento em frente do Ministério da Justiça foi espontâneo, o que não significaria o desejo de matar, o que aconteceu é que na altura o Coronel Fernando não fez qualquer pedido em relação a formação da coluna a partir do Quartel-General da PNTL e a rendição dos membros da PNTL», explicou Taur.

Taur revelou que quando os membros da PNTL desejassem render, segundo um militar, não é formar seguindo a estrada e cantar o hino “Pátria Pátria” mas render significa levantar as mãos ao ar, e ficar sentado e ajoelhado.

«No dia 20 de Maio de 2006 recebi um telefonema do então Primeiro-Ministro, Marí Alkatiri que ordenou a operação conjunta das duas Instituições na segurança da situação. Naquela mesma altura contactei o ex. Chefe de Operações da PNTL, Afonso de Jesus e o Comandante Distrital de Díli, Eugénio Pereira. Estes responderam que para uma operação conjunta é positiva mas carecem a falta de transporte», referiu Taur.

Questionado pelo Juiz Ivo se existiram problemas entre as Instituições F-FDTL e PNTL, Taur respondeu que não. No entanto, foi dizendo que esteve numa situação deveras complicada, dado que no dia 23 de Maio alguns membros da PNTL juntamente com o Major Alfredo Reinado atacaram os seus soldados em Fatuahi, tendo causado a morte de um soldado bem como provocado alguns feridos. Já no dia 24 de Maio, quer a sua residência, quer o Quartel-General das F-FDTL em Tacitolo não foram poupados, tendo sido também alvos de ataques.

A audiência continuou a ser dirigida pelo Juiz Colectivo composto pelo Juiz Ivo Rosa (internacional), como Presidente, Victor Hugo Pardal (Internacional) e António Gonçalves (nacional) como adjunto. O Procurador que atendeu o caso coube ao Sr. Bernardo Fernandes (Internacional). Os 12 arguidos, a saber: RGS, PC, NFS, PC, JS, MX, FA, HA, AS, RM, VSG, JMNM continuam a receber assistência legal dos advogados Arlindo Dias Sanches, Tomé Jerónimo e José Guterres.

Segundo a observação do Jornal Nacional Diário, a 15ª audiência teve início às 09H30 prolongando-se até às 12 h00. Esta contou com a participação máxima não só da Associação de Advogados de Timor-Leste, como também de observadores internacionais, membros do FOKUPERS, ONG Internacionais, famílias dos arguidos e, por último, dos membros das F-FDTL e da PNTL. A questão da segurança máxima esteve a cargo quer da Polícia das Nações Unidas (UNPOL), quer da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) e da Guarda Nacional Republicana (GNR).

Antes da entrada para o edifício do Tribunal de Recurso que dá acesso a sala de audiência, foi processada a respectiva identificação do pessoal. JNSemanário.

Polémica de conversa telefónica - Ramos Horta : “Caso a Timor Telecom Se Envolva é Grave”

A conversa telefónica preocupada pela bancada FRETILIN com o envolvimento do Procurador-Geral da República, Longuinhos Monteiro, com o ex deputaso Leandro Isac e o ex. Chefe do Gabinete do Presidente da República, Ágio Pereira, cuja gravação foi denunciada pela bancada FRETILIN na sessão plenária do Parlamento Nacional, segundo o Presidente da República, José Ramos Horta, é um caso bastante grave caso a Timor Telecom se envolva neste caso.

O Chefe do Estado afirmou esta questão aos jornalistas no Mercado Municipal de Díli após a abertura da xposição de produtos locais para comemorar o Dia Mundial de Alimentação, ao pedir a sua opinião sobre a conversa telefónica decorrida entre o Procurador-Geral da República Longuinhos Monteiro com o ex. deputado Leandro Isac e o ex. Chefe do Gabinete do Gabinete do Presidente da República anterior e actual Secretário de Estado do Conselho de Ministros, Ágio Pereira.

«Caso a Timor Telecom envolva neste caso é bastante grave, isto é quero afirmar», afirma o Chefe do Estado.

Sobre a polémica, Ramos Horta exige uma investigação para saber quem é que fez a escuta da conversa telefónica envolvendo o Proocurador-Geral da República, Longuinhos Monteiro.

Mas o laureado Nobel da Paz 1996 sublinhou que ainda não tem conhecimento da gravação telefónica, por sua parte estudará o caso antes de tomar uma decisão.

«Ainda não vejo e ainda não tenho conhecimento da questão, mas vou estudar o caso antes de tomar uma decisão, porque uma conversa telefónica é uma conversa telefónica, se escutarmos essa conversa pode-se dizer ilegal. Quem é que fez esta escuta telefónica? Foi a FRETILIN através da Timor Telecom para ouvir a conversa particular? Como acontece em alguns Países onde o Estado faz espionagens ao Povo portanto questionamos se este caso tem validade no Tribunal?», questiona Ramos Horta.

Segundo Ramos Horta, a escuta telefónica é violação de direito de cidadão fará mais ao Procurador-Geral da República. A escuta telefónica é feita nos Países Comunistas e Fascistas, portanto o Presidente da República deseja ter conhecimento sobre quem é que fez a escuta telefónica. Adiantando que em algumas situações a Lei obriga a escuta telefónica como luta contra o terrorismo, mas uma escuta feita ao Procurador-Geral da República é irracional, portanto o Chefe do Estado deseja ter conhecimento sobre quem é que fez a escuta telefónica na conversa do Procurador-Geral da República.

Em relação à exigência da bancada FRETILIN para demitir o Procurador-Geral da República, Longuinhos Monteiro por falta de neutralidade, segundo o Chefe do Estado, o ex. Presidente da República Xanana Gusmão fez um recontrato para os próximos quatro anos com o Procurador-Geral da República, em Maio passado, antes de Xanana Gusmão deixar o cargo de Presidente da República.

«A questão agora depende do Dr.Longuinhos Monteiro se deseja demitir-se para apresentar a sua demissão quando tiver outros serviços ou ver se é urgente mudar do cargo então tenho que fazer um processo de obrigar a demissão mas essa condição poderá ser interpretado como interferência política ao Procurador-Geral, portanto podemos ver noutros Países que quando o Governo deseja demitir o Procurador-Geral da República antes de terminar o mandato é por alguma razão política», refere o Chefe do Estado.

Explicou que a preocupação do Presidente da República é de desenvolver e consolidar o sistema de justiça, dar credibilidade à justiça para que os cidadãos possam ter confiança na justiça.

A gravação da conversa telefónica que envolve o PGR Longuinhos Monteiro com o ex. deputado Leandro Isac e o ex. Chefe do Gabinete do Presidente da República, Ágio Pereira, foi levantada na sessão plenária do Parlamento Nacional, segunda-feira (15/10) onde na conversa falaram da contribuição das três figuras para derrubar o Governo FRETILIN.

Anunciará o resultado

A Relação Pública da Procuradoria-Geral da República anunciou que Longuinhos Monteiro fará comentários sobre a conversa telefónica anunciada na imprensa, entre o Procurador-Geral da República Longuinhos Monteiro com o ex. deputado Leandro Isac e o ex. Chefe do Gabinete do Presidente da República, Ágio Pereira para derrubar o Governo da FRETILIN.

«Penso que vocês acompanharam as informações claras portanto não vamos explicar mais. Desejo-vos informar que hoje Longuinhos Monteiro está aqui ausente por realizar outras actividades, portanto amanhã, quarta-feira (17/10) vocês poderão regressar para a entrevista sobre a polémica entre o Procurador-Geral e os líderes da FRETILIN no público», afirma os Oficiais dos Média Angélica e Marcos aos jornalistas no seu Gabinete.

Os dois Oficiais de Imprensa acrescentaram que os jornalistas necessitam uma informação clara para ser públicada ao público sobre a polémica surgida no País.

«Sabemos que vocês procuram informações, portanto podem dar o vosso contacto e quando o Procurador Geral estiver no Gabinete marcaremos uma entrevista», salientou os dois Oficiais.

Os jornalistas abandonaram depois o local deixando o número de contactos por não puder fazer entrevista na terça-feira ao Procurador-Geral da República por estar ocupado noutras actividades.

Não comenta

O Secretário do Estado do Conselho de Ministros, Ágio Pereira rejeita fazer comentários sobre a gravação de conversa telefónica com Leandro Isac para derrubar o Governo FRETILIN.

«Não quero comentar sobre esse assunto», afirma Ágio Pereira, acrescentando que devemos andar segundo as prioridades e que não tem conhecimento disso, os membros do Parlamento podem falar, se desejam comentar, comentem, portanto não quer comentar sobre o assunto.

«Nunca ouvi falar sobre o assunto», afirma Ágio Pereira.

Segundo a publicação do Jornal Nacional Diário, edição Terça-feira (16/10), o Secretário de Estado do Conselho de Ministros, o então Chefe de Gabinete do Presidente da República teve uma conversa telefónica com Leandro Isac sobre a política de derrubar o Governo FRETILIN.

A gravação dessa conversa telefónica está espalhada em todo o Timor-Leste. JNSemanário.