domingo, 21 de outubro de 2007

Polémica de conversa telefónica - Ramos Horta : “Caso a Timor Telecom Se Envolva é Grave”

A conversa telefónica preocupada pela bancada FRETILIN com o envolvimento do Procurador-Geral da República, Longuinhos Monteiro, com o ex deputaso Leandro Isac e o ex. Chefe do Gabinete do Presidente da República, Ágio Pereira, cuja gravação foi denunciada pela bancada FRETILIN na sessão plenária do Parlamento Nacional, segundo o Presidente da República, José Ramos Horta, é um caso bastante grave caso a Timor Telecom se envolva neste caso.

O Chefe do Estado afirmou esta questão aos jornalistas no Mercado Municipal de Díli após a abertura da xposição de produtos locais para comemorar o Dia Mundial de Alimentação, ao pedir a sua opinião sobre a conversa telefónica decorrida entre o Procurador-Geral da República Longuinhos Monteiro com o ex. deputado Leandro Isac e o ex. Chefe do Gabinete do Gabinete do Presidente da República anterior e actual Secretário de Estado do Conselho de Ministros, Ágio Pereira.

«Caso a Timor Telecom envolva neste caso é bastante grave, isto é quero afirmar», afirma o Chefe do Estado.

Sobre a polémica, Ramos Horta exige uma investigação para saber quem é que fez a escuta da conversa telefónica envolvendo o Proocurador-Geral da República, Longuinhos Monteiro.

Mas o laureado Nobel da Paz 1996 sublinhou que ainda não tem conhecimento da gravação telefónica, por sua parte estudará o caso antes de tomar uma decisão.

«Ainda não vejo e ainda não tenho conhecimento da questão, mas vou estudar o caso antes de tomar uma decisão, porque uma conversa telefónica é uma conversa telefónica, se escutarmos essa conversa pode-se dizer ilegal. Quem é que fez esta escuta telefónica? Foi a FRETILIN através da Timor Telecom para ouvir a conversa particular? Como acontece em alguns Países onde o Estado faz espionagens ao Povo portanto questionamos se este caso tem validade no Tribunal?», questiona Ramos Horta.

Segundo Ramos Horta, a escuta telefónica é violação de direito de cidadão fará mais ao Procurador-Geral da República. A escuta telefónica é feita nos Países Comunistas e Fascistas, portanto o Presidente da República deseja ter conhecimento sobre quem é que fez a escuta telefónica. Adiantando que em algumas situações a Lei obriga a escuta telefónica como luta contra o terrorismo, mas uma escuta feita ao Procurador-Geral da República é irracional, portanto o Chefe do Estado deseja ter conhecimento sobre quem é que fez a escuta telefónica na conversa do Procurador-Geral da República.

Em relação à exigência da bancada FRETILIN para demitir o Procurador-Geral da República, Longuinhos Monteiro por falta de neutralidade, segundo o Chefe do Estado, o ex. Presidente da República Xanana Gusmão fez um recontrato para os próximos quatro anos com o Procurador-Geral da República, em Maio passado, antes de Xanana Gusmão deixar o cargo de Presidente da República.

«A questão agora depende do Dr.Longuinhos Monteiro se deseja demitir-se para apresentar a sua demissão quando tiver outros serviços ou ver se é urgente mudar do cargo então tenho que fazer um processo de obrigar a demissão mas essa condição poderá ser interpretado como interferência política ao Procurador-Geral, portanto podemos ver noutros Países que quando o Governo deseja demitir o Procurador-Geral da República antes de terminar o mandato é por alguma razão política», refere o Chefe do Estado.

Explicou que a preocupação do Presidente da República é de desenvolver e consolidar o sistema de justiça, dar credibilidade à justiça para que os cidadãos possam ter confiança na justiça.

A gravação da conversa telefónica que envolve o PGR Longuinhos Monteiro com o ex. deputado Leandro Isac e o ex. Chefe do Gabinete do Presidente da República, Ágio Pereira, foi levantada na sessão plenária do Parlamento Nacional, segunda-feira (15/10) onde na conversa falaram da contribuição das três figuras para derrubar o Governo FRETILIN.

Anunciará o resultado

A Relação Pública da Procuradoria-Geral da República anunciou que Longuinhos Monteiro fará comentários sobre a conversa telefónica anunciada na imprensa, entre o Procurador-Geral da República Longuinhos Monteiro com o ex. deputado Leandro Isac e o ex. Chefe do Gabinete do Presidente da República, Ágio Pereira para derrubar o Governo da FRETILIN.

«Penso que vocês acompanharam as informações claras portanto não vamos explicar mais. Desejo-vos informar que hoje Longuinhos Monteiro está aqui ausente por realizar outras actividades, portanto amanhã, quarta-feira (17/10) vocês poderão regressar para a entrevista sobre a polémica entre o Procurador-Geral e os líderes da FRETILIN no público», afirma os Oficiais dos Média Angélica e Marcos aos jornalistas no seu Gabinete.

Os dois Oficiais de Imprensa acrescentaram que os jornalistas necessitam uma informação clara para ser públicada ao público sobre a polémica surgida no País.

«Sabemos que vocês procuram informações, portanto podem dar o vosso contacto e quando o Procurador Geral estiver no Gabinete marcaremos uma entrevista», salientou os dois Oficiais.

Os jornalistas abandonaram depois o local deixando o número de contactos por não puder fazer entrevista na terça-feira ao Procurador-Geral da República por estar ocupado noutras actividades.

Não comenta

O Secretário do Estado do Conselho de Ministros, Ágio Pereira rejeita fazer comentários sobre a gravação de conversa telefónica com Leandro Isac para derrubar o Governo FRETILIN.

«Não quero comentar sobre esse assunto», afirma Ágio Pereira, acrescentando que devemos andar segundo as prioridades e que não tem conhecimento disso, os membros do Parlamento podem falar, se desejam comentar, comentem, portanto não quer comentar sobre o assunto.

«Nunca ouvi falar sobre o assunto», afirma Ágio Pereira.

Segundo a publicação do Jornal Nacional Diário, edição Terça-feira (16/10), o Secretário de Estado do Conselho de Ministros, o então Chefe de Gabinete do Presidente da República teve uma conversa telefónica com Leandro Isac sobre a política de derrubar o Governo FRETILIN.

A gravação dessa conversa telefónica está espalhada em todo o Timor-Leste. JNSemanário.

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