O Administrador-Delegado da Timor Telecom (TT), José Brandão Sousa, afirmou que a Timor Telecom tem cooperado com o Tribunal, pois quando o Tribunal enviou um pedido à Timor Telecom, esta esteve pronta para responder em Tribunal e dar as suas informações segundo a Lei.
José Brandão falou sobre esta questão ao Jornal Nacional Diário no seu gabinete da Timor Telecom, terça-feira (15/4), relativamente à declaração do Procurador-Geral da República no Parlamento Nacional, de que o Ministério Público não pode desempenhar os seus serviços com efectividade porque o sistema da Timor Telecom dificultou a relação dos serviços de inteligência com a Timor Telecom.
«Cooperaremos com o Tribunal porque quando o Tribunal enviar um pedido à Timor Telecom, responderemos em Tribunal directamente», explicou José Brandão.
Afirmou que a Timor Telecom está pronta a colaborar com o Tribunal quando o Tribunal pedir segundo a Lei.
«A Timor Telecom não faz gravações de conversas telefónicas por não ter equipamentos para fazer este serviço. Mas quando o Tribunal exigir à Timor Telecom e pedir alguma informação, a Timor Telecom disponibilizará, como as chamadas telefónicas, a sua duração e o número. Isto é o que a Timor Telecom poderá fazer, mas não fazemos gravações por falta de equipamento.
Sobre o facto de o sistema não ter funcionado normalmente em relação às chamadas no atentado de 11 de Fevereiro, José Brandão Sousa referiu que «o sistema funcionou normalmente mas o problema que aconteceu foi porque o sistema ficou muito ocupado, pois toda a gente fazia chamadas. Isto não acontece apenas com a rede da Timor Telecom em Timor-Leste, os mesmos problemas acontecem em vários países. O sistema ficou bastante pesado/ocupado. Se em algum acontecimento toda a gente desejar telefonar, não significa que o sistema não funciona, o sistema continua a funcionar, mas mais lentamente. O mesmo já sucedeu em Nova Iorque , Índia e outros países. Isto acontece sempre que a rede estiver congestionada», explicou José Brandão.
Afirmou que a Timor Telecom, segundo a Lei, acede ao pedido feito pelo Tribunal e cumpre todos os mandatos do Tribunal.
«Mas a Timor Telecom não pode fazer o que não pode fazer. Não houve nenhuma autoridade que pediu à Timor Telecom para fazer gravações de conversas telefónicas. Mesmo que o tivessem pedido, a Timor Telecom não poderia fazê-lo por não ter equipamentos para isso», explicou.
Segundo José Brandão, o sistema da Timor Telecom em Timor-Leste está a funcionar normalmente, com o aumento do número de clientes e a expansão da cobertura de rede.
«Como disse, quando muita gente telefona à mesma hora ou no mesmo minuto, claro que o nosso telefone pode não ter acesso à rede. Por isso surgiu o acontecimento do dia 11 de Fevereiro. Portanto, será melhor falarmos só sobre o que é importante, não façamos longas conversas quando toda a gente deseja telefonar», declarou Brandão.
Sobre os números telefónicos dentro e fora do país, há no total 127 chamadas que o Procurador-Geral da República, Longuinhos Monteiro, declarou ao público, a Timor Telecom dará uma explicação. José Brandão explicou que as informações dadas pela Timor Telecom foram informações confidenciais que foram entregues directamente ao Tribunal a pedido do Tribunal e não deverão ser dadas a qualquer indivíduo. JNSemanário.
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