O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, desmentiu que, no dia 11 de Fevereiro, o major rebelde Alfredo Reinado tivesse ido a sua casa a seu convite às sete da manhã para ser abatido numa armadilha.
Ao falar à chegada a Dili, depois de mais de dois meses de convalescença na Austrália do atentado a tiro que sofreu à porta de casa e no qual Alfredo Reinado foi abatido, Ramos-Horta desmentiu que tivesse tomado a iniciativa de atrair rebeldes a um armadilha em sua casa.
«Nunca convidei Alfredo Reinado para minha casa, nunca marquei qualquer reunião com ele, nunca o convidei para vir às sete da manhã a minha casa», disse Ramos-Horta à chegada, cerca da 08:00 (00:00 de Lisboa), numa conferência de imprensa no aeroporto de Díli.
À espera do Presidente de Timor-Leste estavam o Presidente interino, Fernando «La Sama» Araújo, o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, chefias militares, os bispos católicos e o corpo diplomático acreditado em Timor-Leste, entre os quais o chefe da missão da ONU.
Falando em português, inglês e tétum, consoante as perguntas, Ramos-Horta considerou que o seu erro foi ter «sido ingénuo a pensar que podia convencer alguém a entregar as armas».
«Alfredo Reinado não veio com boas intenções», comentou Ramos-Horta. «Não queria que AlfredoReinado morresse, nem que nenhum peticionário morresse, mas o Reinado e o [o outro comandante rebelde] Salsinha são os únicos que podiam explicar o que queriam.»
Na conferência de imprensa, Ramos-Horta teve um momento de emoção, quando declarou: «Não quero que mais nenhum timorense morra.»
Ramos-Horta pediu desculpas: «Estou muito emocionado», disse, em inglês.
Diário Digital / Lusa
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