O Presidente José Ramos-Horta agradeceu esta sexta-feira em Díli «o apoio inestimável» da GNR em Timor-Leste e recordou a intervenção do contingente português a 11 de Fevereiro, noticia a agência Lusa.
«Os médicos aconselharam-me a ter calma nas minhas actividades», afirmou José Ramos-Horta aos jornalistas no quartel do Subagrupamento Bravo da GNR, em Caicoli, Díli, na primeira cerimónia pública após regressar ao exercício das funções de chefe de Estado.
«Por recomendação médica, eu não viria, mas em relação à GNR eu não podia deixar de fazer um esforço especial para estar presente, para agradecer a toda a corporação o apoio inestimável que tem dado ao povo timorense desde Maio de 2006», explicou o Presidente da República.
«Creio que, até agora, não faltei a uma cerimónia de despedida de cada contingente que cá tem estado», acrescentou o chefe de Estado timorense.
José Ramos-Horta participou da cerimónia de condecoração dos 141 militares da GNR e da equipa de três elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) com a Medalha de Mérito Liberdade e Segurança na União Europeia.
A condecoração é atribuída pelo ministério da Administração Interna português e na cerimónia esteve presente o comandante-geral da GNR, tenente-general Mourato Nunes.
«Embora a situação de anarquia ou violência de 2006 tenha sido a pior», José Ramos-Horta sublinhou «o significado dos incidentes do 11 de Fevereiro, com a agressão contra o Presidente da República e o primeiro-ministro».
«Foi o incidente mais grave e que poderia ter desembocado numa situação muito mais grave à escala de todo o país», declarou José Ramos-Horta.
Acudido por um GNR
O chefe de Estado timorense foi atingido a tiro no exterior da sua residência em Díli e teve que ser evacuado para Darwin, Austrália, de onde regressou quinta-feira.
«Foi um enfermeiro da GNR que chegou a mim quando eu estava ainda no chão. Eu vi-o na ambulância, reconheci-o», recordou esta sexta-feira José Ramos-Horta, referindo-se ao enfermeiro do INEM.
«A nossa ambulância não tinha qualquer enfermeiro ou médico a bordo. Foi ele que saltou para dentro e veio», acrescentou o Presidente da República.
A GNR participa, desde o regresso de José Ramos-Horta, na segurança pessoal do Presidente.
Quinze elementos da Secção de Operações Especiais da GNR asseguram, em permanência, 24 horas por dia, a escolta pessoal de José Ramos-Horta, mesmo na sua residência, em complemento à segurança da Polícia Nacional timorense.
«Creio que é um exagero eu ter tanta segurança mas não sou eu que decido em relação a isso, ou já não me vão deixar decidir, já não me vão ouvir, porque no passado eu mandava-os embora», afirmou o Presidente da República.
domingo, 20 de abril de 2008
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