Dili, 29 abr (Lusa) - O presidente do Timor Leste, José Ramos-Horta, disse nesta terça-feira ao homem de quem recebeu um tiro, Marcelo Caetano, e ao líder rebelde Gastão Salsinha que lhes perdoa "como cristão", mas que terão de enfrentar a justiça.
"Em relação até à pessoa que tentou me assassinar, perdôo como cristão, como ser humano. Como chefe de Estado, ele tem que enfrentar a justiça", declarou José Ramos-Horta, que garantiu não ter ódio.
O presidente timorense saía de um encontro com o ex-tenente Gastão Salsinha e o grupo de 14 foragidos que se rendeu e, às 12h30 locais (00h30 em Brasília), chegou ao Palácio do Governo sob forte esquema de segurança.
Entre os homens que se encontraram com o presidente do Timor Leste estavam Gastão Salsinha, acusado de liderar o ataque contra o primeiro-ministro Xanana Gusmão, e Marcelo Caetano, identificado por Ramos-Horta como o autor do disparo que o acertou no atentado de 11 de fevereiro (noite do dia 10 no Brasil).
Nem Salsinha, nem Caetano, responderam ao presidente do Timor Leste, que falou sentado e calmamente e explicou que, judicialmente, o grupo tem direito ao pressuposto de inocência até que seja provada sua participação nos ataques contra as lideranças do país.
"Eu disse apenas que a justiça tem que ser feita e são eles próprios que têm que ir a tribunal e explicar o porquê da sua ação no 11 de fevereiro, mas também quem lhes deu armas, uniformes, dinheiro, meios de comunicação, telefones, ao longo desses meses todos", explicou o presidente.
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