Dili, 29 abr (Lusa) - O chefe da Missão Integrada das Nações Unidas no Timor Leste (Unmit), Atul Khare, afirmou nesta terça-feira, em Dili, que "a justiça é essencial para a reconciliação" e que o grupo rebelde que se entregou precisará se explicar em tribunal.
"Todos têm que se submeter à justiça e depois se vê o que se pode fazer para promover a reconciliação", declarou Atul Khare à Agência Lusa, no final da cerimônia formal de rendição do ex-tenente Gastão Salsinha.
"Os ataques de 11 de fevereiro ameaçaram o Timor Leste e eu partilho do sentimento de toda a comunidade em aplaudir a entrega pacífica de Gastão Salsinha e dos seus homens", afirmou Atul Khare, em comunicado distribuído nesta terça pela Unmit.
O representante especial do secretário-geral das Nações Unidas acrescentou, no comunicado, que "o povo do Timor Leste e os seus dirigentes merecem um elogio pela maneira tranqüila como geriram os acontecimentos dos últimos meses".
Gastão Salsinha e um grupo de 12 foragidos foram levados nesta terça para Dili, sob forte esquema de segurança, na seqüência de um acordo de rendição obtido em Letefoho, no oeste do país, em 25 de abril.
Líder dos rebeldes das Forças de Defesa do Timor Leste, Gastão Salsinha é acusado de participar do ataque contra o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, em 11 de fevereiro, e de ser cúmplice do ataque à residência do presidente José Ramos-Horta, liderado por Alfredo Reinado.
José Ramos-Horta foi baleado pelo rebelde Marcelo Caetano, que também foi apresentado em Dili nesta terça.
Com a morte de Alfredo Reinado no ataque contra Ramos-Horta, Gastão Salsinha passou a liderar o grupo que era procurado pela operação "Halibur" das Forças de Defesa e da Polícia Nacional do Timor Leste.
quarta-feira, 30 de abril de 2008
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