terça-feira, 11 de março de 2008

Cinco membros do grupo de Alfredo enfrentam a justiça


Longuinhos : “Foram os envolvidos no caso de Fatuahi”

O Tribunal Distrital de Díli, sexta-feira (29/2), fez o primeiro interrogatório judicial a cinco membros do grupo do falecido Alfredo Reinaldo Alves envolvidos no caso do ataque aos seus companheiros das F-FDTL em Fatuahi, no dia 23 de Maio de 2006.

Os cinco membros são Anterlau Ribeiro Gomes, soldado da Polícia Militar (PM), Rudinho A. Martins, Alferes (PM), Martinho de Almeida, soldado (PM) e António Sávio, Alferes (PM).

O Primeiro interrogatório judicial foi dirigido pelo Juiz Internacional Ivo Rosa Baptista e o Procurador que atendeu este processo foi o Procurador Filismino Cardoso. Os advogados dos cinco clientes são André Fernandes (internacional), Sérgio Hornai (nacional), Olga Moniz (Defensoria Pública) e Zélia (internacional).

Neste processo de audiência, o Procurador pediu aos arguidos para prestarem declarações sobre o envolvimento no caso de Fatuahi, na crise do ano anterior. Após a audiência, o Procurador Filismino disse ao Diário que a primeira audiência teve como objectivo procurar saber a culpa dos cinco arguidos na altura. E assim o Tribunal procurou determinar o processo de justiça para cada um deles.

«Não é um julgamento aberto ao público, apenas realizámos a primeira audiência ou decidimos a medida de coacção de declaração dos arguidos para poderem responder em Tribunal e submeter-se à justiça», afirmou Filismino.

O caso de Fatuahi

Em locais distintos, os jornalistas confirmaram com o Procurador-Geral da República, Dr. Longuinhos Monteiro, que os cinco arguidos, como membros da PM, não tiveram envolvimento no atentado de 11 de Fevereiro mas participaram na audiência, porque tinham um envolvimento directo no caso de Fatuahi, no dia 23 de Maio de 2006.

«Os cinco elementos são membros do Alfredo que foram identificados. Mas estes não tiveram envolvimento no atentado que feriu o Presidente da República, Ramos Horta, que está a ser tratado na Austrália nem na emboscada ao Primeiro-Ministro Xanana Gusmão em Laulara», concluiu Longuinhos. JNSemanário .

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