sábado, 15 de março de 2008

Rebeldes do Timor continuam cercados, diz fonte militar

Dili, 14 mar (Lusa) - O ex-tenente Gastão Salsinha e o grupo de rebeldes que lidera "continuam cercados e localizados", afirmou nesta sexta-feira à Agência Lusa uma fonte militar em Dili, capital do Timor Leste.

"Não houve nenhuma fuga do grupo de Salsinha", declarou à Lusa um oficial do comando conjunto da operação "Halibur", encarregada da captura dos suspeitos pelos ataques contra o presidente timorense, José Ramos-Horta, e o primeiro-ministro, Xanana Gusmão.

"O grupo de Salsinha, que se dividiu em grupos menores, continua cercado por nossas forças, que têm acompanhado a movimentação desses elementos", acrescentou a mesma fonte, que pediu para não ser identificada.

"O objetivo da nossa operação continua sendo a captura dos fugitivos sem disparar um tiro. Se quiséssemos atingir o grupo de Salsinha, já teríamos feito há muito", explicou o oficial.

"A circunscrição do grupo de Salsinha pelas nossas forças não quer dizer que não se movimentem no terreno, que é uma zona muito difícil, montanhosa, e onde tem chovido muito e feito nevoeiro nos últimos dias", acrescentou.

"Não podemos esquecer que se tratam de homens armados", disse também a fonte do comando que reúne agentes das Forças de Defesa do Timor Leste e da Polícia Nacional.

Para concentrar recursos na operação, as Forças de Defesa diminuíram o número de postos de segurança estática em Dili, de 14 para cinco, "com uma média de cinco soldados em cada local", segundo a mesma fonte militar.

Gastão Salsinha, líder dos rebeldes das Forças Armadas, está em fuga desde 11 de fevereiro (noite do dia 10 no Brasil), quando foram efetuados os ataques contra as autoridades máximas do Timor Leste.

Salsinha liderou o grupo que fez uma emboscada a Xanana Gusmão, que escapou ileso, pouco depois de a casa de Ramos-Horta ter sido atacada por Alfredo Reinado.

No incidente, Reinado, então líder dos rebeldes, morreu e o presidente do Timor Leste foi baleado.

O ex-tenente Gastão Salsinha aceitou se render às autoridades em 7 de março, segundo o procurador-geral da República, Longuinhos Monteiro, com quem estabeleceu um acordo para a entrega de 31 homens e 18 armas.

2 comentários:

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