Em comunicado oficial, La Sama de Araújo escreveu que Ramos-Horta "perdoa ao falecido Alfredo Reinado e pede ao governo que apóie a sua família".
No sábado, o chefe de Estado interino visitou o presidente timorense no Real Hospital de Darwin. José Ramos-Horta foi atingido com gravidade durante um ataque à sua residência em Díli liderado pelo major Alfredo Reinado, em que o militar fugitivo perdeu a vida.
"O presidente está muito lúcido, mostrando a sua preocupação pelo país e a responsabilidade do chefe de Estado", disse La Sama de Araújo em texto divulgado neste domingo.
José Ramos-Horta pediu ao líder interino uma investigação detalhada ao duplo ataque de 11 de fevereiro, de que também foi alvo o primeiro-ministro, Xanana Gusmão.
Com a morte de Alfredo Reinado, o grupo rebelde passou a ser liderado pelo ex-tenente Gastão Salsinha, que continua foragido.
Captura
Neste domingo, em Díli, o Comando Conjunto da operação "Halibur" anunciou a entrega de Kaer Susar, um dos elementos mais importantes do antigo grupo de Reinado.
Pouco depois de chegar à capital do país, Susar admitiu aos jornalistas que participou no ataque ao presidente timorense e que "estava ao portão" da residência.
Susar se entregou às autoridades em Turiscai, Manufahi, com a colaboração do ex-presidente Francisco Xavier do Amaral, natural da mesma aldeia, que depois fez o contato com o Comando Conjunto da operação "Halibur".
O ex-premiê e secretário-geral da Frente Revolucionária do Timor Leste Independente (Fretilin), Mari Alkatiri, também visitou José Ramos-Horta em Darwin neste fim-de-semana, acompanhado de outro ex-chefe de governo, o deputado Estanislau da Silva.
Segundo Alkatiri, Ramos-Horta afirmou ter reconhecido o autor dos disparos que o atingiram, um elemento do grupo de Alfredo Reinado.
segunda-feira, 3 de março de 2008
Ramos-Horta perdoou agressor, diz presidente interino
Díli, 2 mar (Lusa) - O presidente do Timor Leste, José Ramos-Horta afirmou ter perdoado o autor do atentado contra sua vida, Alfredo Reinado, que foi morto durante o ataque. Além disso, pediu ao governo que apóie a família de Reinado, afirmou o chefe de Estado interino, Fernando La Sama de Araújo.
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