sábado, 1 de março de 2008

Número de rebeldes aquartelados no Timor sobe para 550

Dili, 29 fev (Lusa) - O número oficial de agentes rebeldes das Forças Armadas do Timor Leste aquartelados em Díli subiu para 550, afirmou o secretário de Estado do Conselho de Ministros, Hermenegildo "Agio" Pereira, que também é porta-voz do governo timorense.

Segundo o representante do Executivo de Dili, nesta sexta-feira a região de aquartelamento da capital timorense recebeu mais 20 ex-oficiais, conhecidos como peticionários, "que se vêm juntar aos 530 que já se encontravam ali".

O processo de aquartelamento, iniciado em 7 de fevereiro, trouxe a Dili centenas de peticionários das Forças Armadas nos últimos dias.

"Da parte da manhã chegaram dez peticionários, com um segundo grupo de igual número a fazer a viagem para Dili de tarde. Na sua maioria, os peticionários que chegaram hoje a Aitarak Laran são provenientes de Ermera", disse Pereira.

Peticionários

O aquartelamento dos chamados peticionários foi acelerado esta semana pela operação "Halibur" para a captura do ex-tenente Gastão Salsinha, o oficial mais graduado entre os 592 signatários de uma petição levada ao presidente timorense em fevereiro de 2006.

Os signatários da petição alegavam discriminação dentro das Falintil-Forças de Defesa do Timor Leste (F-FDTL), contra os militares originários dos distritos ocidentais, ou "loromonu".

Depois de saírem dos quartéis e de serem expulsos das F-FDTL, em março de 2006, a situação dos peticionários arrastou-se durante quase dois anos, com o major fugitivo Alfredo Reinado reivindicando a "causa" dos antigos militares.

A iniciativa para recolher os peticionários foi proposta pelo governo, a partir de 7 de fevereiro, e acelerou-se após a morte de Alfredo Reinado no ataque à residência do presidente timorense, José Ramos-Horta, quatro dias depois, e à fuga de Gastão Salsinha com o que restava do seu grupo.

O chefe do Estado-Maior, brigadeiro-general Taur Matan Ruak, agradeceu nesta sexta-feira aos peticionários aquartelados em Aitarak Laran e pediu para Gastão Salsinha "se juntar aos camaradas e amigos" que já se encontram em Dili.

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