DILI (Reuters) - Rebeldes considerados responsáveis pelos ataques ao presidente e ao primeiro-ministro do Timor Leste escaparam do cerco das forças de segurança do país, informou o Exército na quinta-feira.
Centenas de forças conjuntas de segurança cercaram os rebeldes por vários dias na selva do distrito de Emera, que fica 75 quilômetros a oeste da capital, Dili. Mas eles não quiseram se render, disse o comandante das operações, Major Virgilio dos Anjos Ular.
"Nós poderíamos ter matado os rebeldes ontem, se quiséssemos. Mas mudamos de idéia e pedimos apenas que se entregassem", disse ele à Reuters, por telefone.
Ele disse que moradores do local ajudaram os rebeldes a se deslocarem para outro lugar na noite de quarta-feira. Eles são liderados por Gastão Salsinha, tenente renegado do Exército.
Dos Anjos Ular disse que a operação continua e pediu que as pessoas encorajem Salsinha e seus rebeldes a se entregarem para evitar derramamento de sangue.
Os rebeldes atacaram a casa do presidente José Ramos-Horta no dia 11 de fevereiro, ferindo-o seriamente com vários tiros. O primeiro-ministro, Xanana Gusmão, escapou ileso de um ataque paralelo na mesma manhã.
Ramos-Horta, que está se recuperando em um hospital no norte da Austrália, identificou o atirador que quase o matou, segundo um jornal australiano.
O atirador foi um dos 600 soldados rebeldes expulsos do Exército depois de uma greve de 2006, disse o jornal Age, citando o irmão de Ramos-Horta.
Outro importante rebelde acusado de envolvimento no ataque se rendeu no começo deste mês. As autoridades se mostraram confiantes que os outros rebeldes fariam o mesmo.
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