Dili, 7 mar (Lusa) - O brigadeiro-general Taur Matan Ruak afirmou que "a brincadeira acabou hoje" e que forças timorenses e internacionais vão avançar contra o ex-tenente Gastão Salsinha se ele não se entregar.
"Gastão Salsinha anda há dois anos a brincar conosco", afirmou o chefe do Estado-Maior-general das Falintil-Forças de Defesa de Timor Leste (F-FDTL) em uma conferência de imprensa.
O brigadeiro-general Ruak falava aos jornalistas no final de uma sessão de apresentação da operação "Halibur" à comunidade diplomática e à sociedade civil timorense.
"Completam-se hoje quase quatro dias que o procurador-geral da República (Longuinhos Monteiro) está em negociações com Gastão Salsinha", disse Taur Matan Ruak.
"Ele não deve perder mais tempo. O procurador-geral regressa hoje a Dili se Salsinha não se entregar", explicou o CEMGFA timorense, destacando o ultimato ao líder do antigo grupo do major Alfredo Reinado.
"Estamos preparados para usar a força. Se Salsinha não se entregar, avançamos em conjunto com as Forças de Estabilização Internacionais (ISF)", acrescentou o brigadeiro-general Ruak.
Gastão Salsinha, líder dos peticionários das Forças Armadas em janeiro de 2006, passou a chefiar o grupo de fugitivos dos ataques de 11 de fevereiro à residência do presidente da República e da caravana do primeiro-ministro.
O ex-tenente aceitou quarta-feira à noite, nas montanhas de Ermera, um acordo para a rendição do seu grupo, num total de 32 homens.
"Depois, pediu mais tempo para reunir os seus homens", explicou hoje o brigadeiro-general Ruak.
"O melhor caminho é cooperar conosco. O que lhe damos é uma oportunidade para resolver o seu problema", disse também o CEMGFA.
"Não o quero morto. Quero-o vivo para ele contar o que andou a fazer nestes dois anos", respondeu Taur Matan Ruak quando questionado sobre os objetivos da operação "Halibur" a partir desta sexta-feira.
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1 comentário:
Salsinha nao deve brincar com a paciencia dos Timorenses. O pais precisa de estabilizar para poder desenvolver e mlhorar a vida do povo.
Ele nao pode manter um pais inteiro refem das suas vontades.
Ele deve entregar-se o mais depressa possivel e deixar este governo usar as suas energias e atencoes para o bem estar do povo.
Se nao o fazer voluntariamente tera que ser a forca, quer queiramos quer nao.
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