sábado, 8 de março de 2008

Taur Matan Ruak : “Procuramos o Salsinha nos buracos e nas grutas”

O Comandante da Operação Conjunta F-FDTL e PNTL, Brigadeiro-General Taur Matan Ruak, afirma que a operação conjunta para procurar o Gastão Salsinha e os seus elementos será realizada até em buracos, grutas e no tecto das casas.

Taur Matan Ruak falou sobre este assunto ao Jornal Nacional Semanário após a cerimónia da parada militar no primeiro dia da operação, realizada no Campo da Democracia de Díli.

Taur Matan Ruak explicou que o Comando da Operação Conjunta está pronto para uma operação ao grupo Salsinha, mas antes das operações desejava pedir ao Salsinha e ao seu grupo para se entregarem e contribuirem para a justiça.

Taur Matan Ruak espera que o prazo das operações não seja tão longo como os 24 anos da invasão indonésia em Timor-Leste.

«Não prometo se é amanhã ou depois de amanhã que conseguimos capturar o grupo, vocês é que podem ver com os próprios olhos e podem contar as Forças que neste momento estão preparadas dentro do campo. Antes da captura, chamamo-los para se entregarem vivos, mas poderá acontecer que o Salsinha e o grupo poderão matar-nos primeiro», salientou Taur.

Acrescentou que as Forças estavam prontas para iniciar as operações no domingo, dia 17 de Fevereiro, em que o Governo decidiu a criação de um Comando Conjunto F-FDTL e PNTL para responder à situação. O Comando Conjunto iniciou algumas actividades na área operacional como o estabelecimento da estrutura do Comando Conjunto, o estabelecimento do Estado-Maior Conjunto e o da Força Operacional Conjunta, bases legais como artigos e criação de bases legais para articular todos os assuntos no campo operacional, respeitando as leis e protegendo todos os acordos com as Forças Internacionais destacadas no nosso País», explicou Taur.

«Reforçámos ainda o apoio logístico, apoio sanitário, traçámos planos e outros serviços de que não podemos falar nesta conferência de imprensa. Após 5 dias de cooperação com todas as partes podemos dizer que estamos prontos para realizar as operações no terreno e cumprir a nossa missão», afirmou Taur Matan Ruak.

Taur Matan Ruak afirmou ainda que dirige um apelo aos peticionários com o pensamento de que todos nós somos timorenses e temos o dever de criar a estabilidade no nosso País. Durante algum tempo fomos irmãos nas Forças Armadas, não tinhamos qualquer má intenção para estarmos opostos uns aos outros, mas com toda a consciência desejamos contribuir para procurar soluções do problema.

«Para resolver os problemas através do diálogo, devem unir-se imediatamente com os outros peticionários que já se encontram em Aitaraklaran, Díli. Se precisarem de segurança, de qualquer assistência, digam-nos imediatamente e nós ajudaremos. Se não for assim, temos de pensar muito bem porque ao longo de dois anos estiveram numa situação que não foi justa para resolver os vossos problemas. Para os que se envolveram no ataque ao Presidente da República e ao Primeiro-Ministro pedimos para voluntariamente se entregarem e cooperarem com a justiça. Devemos pensar muito bem sobre o valor da nossa vida. Não coloquem as vossas vidas e a vida dos outros em risco, porque a vida não é uma hortaliça que pode ser comprada e vendida no mercado.

Desejo apelar a todos os timorenses que os deveres e as obrigações são de todos nós. Cooperarmos com a justiça é o único meio para reforçar a estabilidade no nosso País. O meio injusto vemo-lo nas pessoas procuradas pela justiça que deram apoio aos que desejaram matar o Presidente da República e o Primeiro-Ministro. Com os vossos apoios podemos criar novamente a estabilidade no nosso País. Começarmos a caminhar pelo caminho do progresso e desenvolvimento porque só assim poderemos unir-nos e esvaziar os campos de refugiados, injustiça, etc.

Aos políticos, faço um apelo para darem o contributo pela estabilidade do País ou, mais urgente, reforçarem o nosso Estado, colocando os interesses nacionais acima dos interesses partidários. O povo neste País está a sofrer bastante há um longo período, não merece sofrer mais, porque esse sofrimento veio dos próprios timorenses.»

Antes de realizar a conferência, o Chefe do Comando de Operação, Brigadeiro-General Taur Matan Ruak, e o Primeiro-Ministro, Xanana Gusmão, prestaram declarações como Chefes de Operação para afirmar que quem desejar destruir Timor-Leste, o Comando da Operação F-FDTL e PNTL estará pronto para o enfrentar. «Portanto estamos prontos para receber pedidos das partes competentes e assumirmos a nossa responsabilidade», concluiu Taur Matan Ruak. JNSemanário .

5 comentários:

Anónimo disse...

Ai Timor .

Vai haver mais mortes, massacres e abusos...

Justo

Anónimo disse...

Timor atu oho malu fali ona tan male sira sei subar iha sira nia blindado haruka timor oho malu.

Historia atu repete fali ona.


maubere

Anónimo disse...

nao diga mais nada que quem sofre vai ser sempre o povo.

Anónimo disse...

alider sira kolia ibututun deit.

Sira nia fuan lao lae hamutuk ho povo nia terrus. Balu haluha ona terus nebe sira hetan iha ai laran durante tempu Indonesia nian. Ohin loron sira nia kabun bosu, ain lae moras, osan barak iha bolsu, sira haluha terus oan sira nebe foti sira to ohin.

Balu kolia hanesan lia lae koa ema.

Tansa?

Anónimo disse...

Bo'ot balu kolia laiha "protocolo". Arbiru deit depois aban ema loke fila mai sira moe e depois comesa bosok ho bobar tun bobar sae.


Maufacks