domingo, 9 de março de 2008

Mensagem do Presidente de Timor Leste, José Ramos-Horta

8 de Março de 2008

Hoje mulheres no mundo inteiro celebram o Dia Internacional da Mulher. Com profundo respeito eu desejo felicitar todas as mulheres de Timor-Leste.

Neste dia eu peço a todas as pessoas de Timor Leste, para parar com violência doméstica, violência contra mulheres e crianças. Espero isso não só em Timor Leste mas no mundo inteiro; não só para hoje mas todos os dias.

Temos que lembrar-nos que as mulheres são nossas sócias e umas "luzes" importantes para as famílias e as sociedades, para criar estabilidade na nossa nação e estabilidade no mundo.

Timor Leste mostrou sua convicção em aderir aos Direitos de Valores Humanos em construir uma sociedade com Justiça, Liberdade e Igualdade. Estes têm que ser as raizes do nosso cotidiano.

Da minha cama de hospital eu dou meu apoio às mulheres de Timor Leste e a todas as pessoas de Timor, aderir às Convenções sobre Direitos Humanos, especialmente a Convenção na Eliminação de Discriminação Contra Mulheres, que foi ratificada por nosso país.

Os incidentes de 11 de fevereiro não me deterão, nem qualquer pessoa em Timor, de construir um Timor baseou em respeito para vida e a dignidade do ser humano. Recusamos o uso de uma pena de morte, encarceramento perpétuo e todas as outras formas de violência perpetuada pelo estado em seus cidadãos. Tenho recentemente reconfirmado este empenho no Dia dos Direitos Humanos em Dezembro passado.

Nós não devemos esquece-nos do sacrifício das mulheres de Timor durante nossa luta pela liberdade, nós devemos estimar e devemos lembrar-nos das suas lágrimas e sofrimento. Temos que construir um Timor de direitos iguais para homens e mulheres - igualdade entre cidadãos nos olhos da lei.

Nós também devemos lembrar-nos das crianças porque são nossos futuros.

Devemos continuar a criar uma atmosfera de estabilidade, de modo que as pessoas não se sintam amedrontados, e que tenham confiança em amanhã.

As mães e mulheres tomam conta da educação não violente das nossas crianças, sua saúde e preparamnas para seu futuro.

Neste Dia Internacional da Mulher, eu prometo para as pessoas de Timor-Leste, homens e mulheres, em Dili e nos Distritos, na cidade, nas aldeias, em todas as circunstâncias, uma vida com tranqüilidade que é livre de violência em suas comunidades.

A nossa Nação não será construída de violência mas de paz. Isto é nossa esperança para os nossos jovens e gerações futuras.

José Ramos-Horta

4 comentários:

Anónimo disse...

Viva Mulher Timorense e mulheres do mundo

Anónimo disse...

Ganda Presidente!!!

Recupera e volta Ramos-Horta!!

Anónimo disse...

Timor Precisa mais de Homens como o nosso Presidente.

Que Deus o proteja sempre.

Anónimo disse...

Abuso de poder:


O Presidente do Parlamento Nacional Interino, Vicente Guterres, deu parabéns ao Comando Conjunto das F-FDTL e PNTL, que têm desempenhado as suas funções, passando revista de casa em casa e procurando o grupo do ex. Tenente Salsinha.

Vicente Guterres pede aos elementos das Instituições F-FDTL e PNTL para que ao desempenharem as suas funções dentro do Estado de Sítio devem cumprir as regras previstas na Lei em vigor.

«Peço aos irmãos da PNTL e F-FDTL para tratarem a comunidade como deve ser, segundo as regras dadas pela Instituição, devem ser imparciais perante todos os cidadãos, sem olhar para este ou aquele partido, quem é que errou, pronto errou e quem é que não tem culpas, não tem culpas», afirmou Vicente.

Caso contrário, se houver elementos da população que utilizam força contra elementos das F-FDTL e PNTL, as duas instituições devem também responder com a força.

Questionado pelos jornalistas sobre o teor das declarações dos deputados da Oposição no Parlamento Nacional, de que com a prorrogação do Estado de Sítio o Governo deseja implementar uma ditadura, o líder do CNRT explicou que o Estado de Sítio não tem nenhuma intenção de implementar uma ditadura mas deve-se a uma situação que obriga à implementação desse Estado de Sítio.

«Penso que muita gente, incluindo os jornalistas e a população, deixou de ter estes pensamentos, pode haver um ou dois falhanços mas não significa que o Estado de Sítio irá criar uma ditadura porque quando lutamos para a libertação do País lutamos para a libertação deste povo», revelou Vicente Guterres.

Por outro lado, segundo observações do jornalista deste Diário, durante a Operação Conjunta realizada pelas F-FDTL e PNTL no terreno, alguns elementos demonstraram comportamentos que violam as regras e a Lei do Estado de Sítio, violando os direitos humanos da comunidade, sobretudo em relação à juventude.

Nas operações realizadas no Bairro de Ailoklaran, alguns elementos das F-FDTL bateram num jovem de nome Laurindo, após lhe terem dirigido perguntas e o jovem ter respondido de forma menos satisfatória.

Laurindo explicou a cronologia do acontecimento ao Jornal Nacional Diário, no domingo 24/02, após ter sofrido essa violação. Os elementos das F-FDTL perguntaram-lhe «Vocês é que criaram a situação “lorosa'e e loromonu, aliás, leste e oeste”, vocês é que criaram os problemas de artes marciais, vocês é que escolheram esse ou aquele partido?». Laurindo respondeu «Não, “maun”, como povo não sabemos de nada, isto foi criado pelos líderes, não fomos nós». Os elementos das F-FDTL responderam com ameaças e perguntando «qual é o nome do líder, diga-nos o seu nome». Porque Laurindo não respondeu, um elemento da F-FDTL deu-lhe uma cronhada. JNSemanário .