sábado, 8 de março de 2008

Timor "caçará" líder rebelde caso Salsinha não se entregue

Dili, 7 mar (Lusa) - O brigadeiro-general Taur Matan Ruak afirmou que "a brincadeira acabou hoje" e que forças timorenses e internacionais vão avançar contra o ex-tenente Gastão Salsinha se ele não se entregar.

"Gastão Salsinha anda há dois anos a brincar conosco", afirmou o chefe do Estado-Maior-general das Falintil-Forças de Defesa de Timor Leste (F-FDTL) em uma conferência de imprensa.

O brigadeiro-general Ruak falava aos jornalistas no final de uma sessão de apresentação da operação "Halibur" à comunidade diplomática e à sociedade civil timorense.

"Completam-se hoje quase quatro dias que o procurador-geral da República (Longuinhos Monteiro) está em negociações com Gastão Salsinha", disse Taur Matan Ruak.

"Ele não deve perder mais tempo. O procurador-geral regressa hoje a Dili se Salsinha não se entregar", explicou o CEMGFA timorense, destacando o ultimato ao líder do antigo grupo do major Alfredo Reinado.

"Estamos preparados para usar a força. Se Salsinha não se entregar, avançamos em conjunto com as Forças de Estabilização Internacionais (ISF)", acrescentou o brigadeiro-general Ruak.

Gastão Salsinha, líder dos peticionários das Forças Armadas em janeiro de 2006, passou a chefiar o grupo de fugitivos dos ataques de 11 de fevereiro à residência do presidente da República e da caravana do primeiro-ministro.

O ex-tenente aceitou quarta-feira à noite, nas montanhas de Ermera, um acordo para a rendição do seu grupo, num total de 32 homens.

"Depois, pediu mais tempo para reunir os seus homens", explicou hoje o brigadeiro-general Ruak.

"O melhor caminho é cooperar conosco. O que lhe damos é uma oportunidade para resolver o seu problema", disse também o CEMGFA.

"Não o quero morto. Quero-o vivo para ele contar o que andou a fazer nestes dois anos", respondeu Taur Matan Ruak quando questionado sobre os objetivos da operação "Halibur" a partir desta sexta-feira.

1 comentário:

Anónimo disse...

Salsinha nao deve brincar com a paciencia dos Timorenses. O pais precisa de estabilizar para poder desenvolver e mlhorar a vida do povo.

Ele nao pode manter um pais inteiro refem das suas vontades.

Ele deve entregar-se o mais depressa possivel e deixar este governo usar as suas energias e atencoes para o bem estar do povo.

Se nao o fazer voluntariamente tera que ser a forca, quer queiramos quer nao.