Mari Alkatiri quer eleições antecipadas em 2009
Data: 24-01-2008
O secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, exigiu hoje a demissão do primeiro-ministro Xanana Gusmão e a convocação de eleições legislativas antecipadas em Timor-Leste em 2009.
"Temos mantido contactos informais com a AMP", a Aliança para Maioria Parlamentar que apoia o Governo, anunciou Mari Alkatiri numa conferência de imprensa em Díli.
O secretário-geral da Fretilin ressalvou tratar-se de contactos "como cidadãos" entre dirigentes da oposição e dos partidos que apoiam o Governo.
"Que isto não seja entendido como acordo. Não há acordo. Nem tão-pouco (se entenda) que a Fretilin quer integrar o Governo", esclareceu Mari Alkatiri.
A Fretilin venceu as eleições legislativas de 30 de Junho de 2007, sem maioria absoluta.
Lusa
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
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Fretilin exige demissão de Xanana Gusmão e eleições em 2009
Internacional | 2008-01-24 08:49
O secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, exigiu hoje a demissão do primeiro-ministro Xanana Gusmão e a convocação de eleições legislativas antecipadas em Timor-Leste em 2009.
"Temos mantido contactos informais com a AMP", a Aliança para Maioria Parlamentar que apoia o Governo, anunciou Mari Alkatiri numa conferência de imprensa em Díli.
O secretário-geral da Fretilin ressalvou tratar-se de contactos "como cidadãos" entre dirigentes da oposição e dos partidos que apoiam o Governo.
"Que isto não seja entendido como acordo. Não há acordo. Nem tão-pouco (se entenda) que a Fretilin quer integrar o Governo", esclareceu Mari Alkatiri.
A Fretilin venceu as eleições legislativas de 30 de Junho de 2007, sem maioria absoluta.
O chefe de Estado, José Ramos-Horta, indigitou Xanana Gusmão para formar governo com o apoio da AMP, que reúne os outros quatro partidos mais votados.
Mari Alkatiri e o presidente do partido, Francisco Guterres "Lu Olo", recordaram na conferência de imprensa que o seu partido "não reconhece a constitucionalidade" do executivo liderado por Xanana Gusmão.
"Não queremos só a estar a criticar. Queremos saídas", declarou Mari Alkatiri.
"O Governo já demonstrou não saber governar", acusou o ex-primeiro-ministro ao fazer um retrato demolidor do primeiro semestre do executivo.
"Tem um Orçamento (Geral do Estado) sem plano e uma execução do orçamento sem relatório", acusou Mari Alkatiri.
Entre outras acusações ao Governo de Xanana Gusmão, o líder da Fretilin enumerou "a incompetência generalizada, a caça às bruxas, o esbanjamento, a corrupção generalizada e nepotismo e a interferência inaceitável na justiça".
"A crise é a desestruturação do Estado", referiu também Mari Alkatiri.
"Não têm plano nem têm programa. Pensam que a única forma é transformar Estado em instituição de misericórdia, dando esmolas", afirmou.
"Isto é o golpe de misericórdia no desenvolvimento nacional. É tempo de pôr fim a isso", considerou o secretário-geral da Fretilin.
Mari Alkatiri acrescentou que o Governo da AMP compromete a independência nacional ao "criar novas dependências", citando a criação de "task-forces" em vários ministérios.
"Vamos ter um país de pensionistas e um povo que vive de subsídios".
Em relação à política do Governo para os deslocados da crise de 2006, "o dinheiro é insuficiente e não há um programa claro".
Mari Alkatiri referiu que "os únicos deslocados que regressaram foram os do (campo do) Jardim (em Díli), para Ermera", no final de Dezembro de 2007.
"Isso foi mais graças ao Alfredo Reinado que ao Governo", comentou.
Sobre as acusações feitas recentemente num vídeo de Alfredo Reinado, ex-comandante da Polícia Militar em fuga da justiça, Mari Alkatiri considerou-as "sérias, vindas de uma pessoa que era um instrumento de quem ele alega".
No vídeo, Alfredo Reinado acusa Xanana Gusmão de ter "planeado" a crise de 2006.
Estas "alegações", explicou o líder da Fretilin, são suficientes para forçar a "resignação" de Xanana Gusmão "e limpar a sua imagem respondendo à justiça".
À mesma hora da conferência de imprensa, decorria no Tribunal de Recurso de Díli a segunda sessão do julgamento de Alfredo Reinado, que foi adiado para 04 de Março por ausência do principal arguido, durante a qual foi visionado o vídeo do ex-comandante da Polícia Militar timorense.
Lusa/AO
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