Publicada em 21/01/2008 às 02h28m
EFE
DÍLI - O militar rebelde Alfredo Alves Reinado ameaçou nesta segunda-feira desdobrar no oeste do país suas forças de 600 ex-soldados caso o Governo não escute suas reivindicações de se reintegrar às Forças Armadas.
Em entrevista por telefone à Agência Efe, Reinado, que atualmente tem sua base de operações no distrito de Ermera, indicou que se o Estado não ouvir estas reivindicações, será estabelecida uma nova força militar, porque "as províncias do oeste também precisam de proteção".
- Não importa de qual país vamos conseguir as armas, mas nós nos armaremos para que o Estado escute nossas reivindicações - sentenciou o líder militar.
No entanto, Reinado indicou que antes de recorrer à força espera que o presidente, José Ramos Horta, resolva o conflito de "um modo pacífico".
Em um encontro com ONGs em Díli, Ramos Horta disse na semana passada que a data limite para resolver o problema de Reinado e dos militares rebeldes expulsos foi fixada para maio.
O presidente do Timor-Leste manifestou que "o Governo está tratando de resolver o problema de forma pacífica, sem violência e procurando evitar mais derramamento de sangue".
Alfredo Alves Reinado dirige os ex-militares que foram expulsos das Forças Armadas do Timor-Leste em março de 2006 por insubordinação, quando realizaram um protesto por melhoras trabalhistas e contra o nepotismo na instituição.
A expulsão, que custou às Forças Armadas timorenses um terço de seu pessoal, desencadeou a crise de maio de 2006, na qual o país esteve à beira da guerra civil.
A onda de violência no país entre abril e maio desse ano deixou 30 mortos e forçou a fuga de outras 150.000, além de provocar o enviou de forças internacionais de paz ao país.
Após a crise, Reinado foi detido, mas em agosto de 2007 ele fugiu da prisão e desde então permanece foragido.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
.JPG)
8 comentários:
Reinado pode dizer o que quiser mas nao estou a ver os peticionarios de 'loromonu' a irem para a ponta leste de Timor.
O que podemos estar a testemunhar aqui e' uma cooperacao oportunistica de Reinado com a Fretilin Maputo para explicar uma presenca mais visivel das milicias armadas da Fretilin na ponta leste a fazerem-se passar por peticionarios.
Nesta fase do campeonato acredito que Reinado nao tera nenhum problema em alinhar com qualquer plano que o safe da justica.
Esperemos para ver o que sai disto.
99 por cento das FDTL sao somente dos distritos de Leste devido ao nepotismo dos chefes militares.
Gostaria de ver um numero igual de forcas uriundos dos 13 distritos.
Ao anonimo anterior,
99 por cento das F-FDTL sao AGORA, com a saida dos peticionariosos, dos distritos do leste porque o governo de Mari Alkatiri nao soube lidar com a questao dos peticionarios antes da eclosao da crise de 2006.
Antes da crise as percentagens nao eram assim tao problematicas.
Sabia-se perfeitamente que havia problemas no seio das F-FDTL e houve inclusive varias comissoes montadas para investigar alguns incidentes com as F-FDTL anos antes da crise, sendo uma delas montada pela Presidencia da Republica em que Xanana tambem participou. Essas comissoes fizeram recomendacoes para certas reformas urgentes que foram totalmente ignoradas pelo governo e pelo Roque Rodrigues que na altura era o secretario de estado para a defesa pois ainda nao havia um ministerio para a defesa.
Mas nao era politica da Fretilin resolver os problemas da F-FDTL porque na altura elas eram vistas pelo governo como estando sob a autoridade de Xanana como Comandante Supremo das forcas armadas. A prioridade era a policia que Rogerio, como ministro do interior, estava a armar com o mais sofisticado armamento e dando-lhes as melhores condicoes para se tornarem no 'exercito' do governo da Fretilin.
Esta questao "Lorosae-Loromonu" so se agravou da maneira como testemunhamos por causa da total incompetencia do governo de Mari em lidar com os problemas que ha muito precisavam de resolucao.
Sim havia uma certa atitude elitista dos comandantes e soldados de 'Lorosae' sobre quem lutou ou nao para a independencia mas isso podia ter sido resolvido atempadamente e de forma efectiva se o governo tivesse mostrado competencia, mais importantemente interesse para o resolver.
Digo incompetencia ja para nao falar de uma plano montado pela Fretilin Maputo para criar o caos e depois lancar um golpe de estado que os perpetuariam no poder pelos 50-100 anos que eles cantavam de voz alta.
Ao anonimo 31 de Janeiro de 2008 3:02
Tem toda a razao em mencionar que a culpa foi tudo devido a incopetencia do governo do Alkatiri. Com tudo que Akatiri fez de mal para Timor ninguem na Fretilin parece ter "BOLAS" para dispedir este homem e o grupo dele.
Fretilin ja nao existe porque foi subtituido pelo grupinho da Alkatiri.
E' a Fretilin Maputo Pty Ltd.
Fretilin ganhou as eleicoes com 29 por cento e deve como Sr Alkatiro e Luolo inspiram, devem governar.
Desde quando e' que numa DEMOCRACIA 29% 'devem' governar CONTRA A VONTADE EXPRESSA de uma maioria absoluta representada pelos seus LEGITIMOS E ELEITOS REPRESENTANTES no Parlamento Nacional?
Donde venho isso chama-se DITADURA.
Enviar um comentário