sexta-feira, 13 de julho de 2007

Timor Leste: Alkatiri quer Primeiro Ministro e Nao Vice Primeiro Ministro

FRETILIN QUER CHEFIAR NOVO GOVERNO

Em Timor vive-se na expectativa de como o presidente José Ramos Horta vai sugerir a composição do governo de inclusão não faltando quem avance com previsões da mais variada espécie. Segundo informações consideradas credíveis, o governo de unidade nacional que o novo Presidente da República gostaria que fosse aceite pelos partidos com assento no Parlamento timorense incluiria Xanana Gusmão, do CNRT, como primeiro-ministro, sendo também indigitado um vice-primeiro-ministro afecto à Fretilin, as restantes pastas seriam distribuídas pelos outros partidos da AMP, devendo a pasta da defesa ficar sob a tutela do CNRT e a do interior entregue ao PD, pertencendo a justiça à ASDT/PSD muito provavelmente. Não existindo informações ou previsões fiáveis em relação à distribuição das restantes pastas ministeriais.

Na ausência de certeza daquilo que realmente vai acontecer será inútil comentar sobre a justeza e melhor ou pior operacionalidade da distribuição das pastas mas o que parece certo é que nenhum dos partidos aceita incondicionalmente as propostas de Ramos Horta, uns por um motivo outros por outro. Até mesmo entre os componentes da AMP começaram a surgir divergências sobre a inclusão da Fretilin assim como sobre a distribuição das pastas ministeriais, de secretários, etc.

O impasse sobre a concordância entre todos os intervenientes partidários que vão negociando está instalado, não se prevendo que a Fretilin se disponha a abdicar de também ser governo e continuar insistindo em ocupar o cargo de primeiro-ministro, facto que a AMP nem queria ver discutido.

Tarefa difícil de Ramos Horta que poderá complicar-se ainda mais se dentro da AMP as divergências de opinião e de cedências às propostas do PR se mantiverem ou agravarem.

6 comentários:

Anónimo disse...

RELEMBRANDO O QUE CERTA GENTE DISSE A CERCA DE XANANA E DO CNRT:

O EX-PRESIDENTE XANANA GUSMÃO, LIDER DO CONGRESSO NACIONAL DA RECONSTRUÇÃO DE TIMOR-LESTE (CNRT) E CANDIDATO ÀS LEGISLATIVAS DE 30 DE JUNHO, ESTÁ RODEADO DE “GENTE DO PIOR QUE HÁ EM TIMOR-LESTE”, AFIRMOU HOJE MÁRIO VIEGAS CARRASCALÃO

«Há indivíduos que estão com ele que se chamavam, por exemplo, Francisco UDT, depois chamaram-se Francisco APODETI, hoje são Francisco CNRT», disse à Agência Lusa o presidente do Partido Social Democrata (PSD) e cabeça-de-lista da coligação eleitoral com a Associação Social Democrática Timorense (ASDT). «São um grupo de pessoas que viram no fascínio de Xanana, na posição que Xanana tem, a possibilidade de viver à sombra dele», acrescentou Mário Carrascalão numa entrevista concedida a meio da campanha eleitoral, acrescentando que «o objectivo número um de Xanana é destruir Mari Alkatiri». «Não é destruir a FRETILIN», analisou o líder do PSD e ex-governador de Timor durante dez anos, quando o território se encontrava sob a ocupação indonésia.

«Xanana Gusmão está a dar guarida à chamada FRETILIN-Mudança, que vai depois regressar à FRETILIN quando destituírem Mari Alkatiri», secretário-geral do partido maioritário e ex-primeiro-ministro. «Isso não é saudável aqui para Timor», considerou Mário Viegas Carrascalão. «Eu gostaria de ver Alkatiri destruído democraticamente, e quando digo destruído é eliminado da cena política em eleições», não de qualquer maneira. «Mas a última coisa que eu queria era ser acusado de contribuir para a instabilidade em Timor e tenho de arranjar forma de convivência com o próprio CNRT, que tem muita gente, muita gente, de quem não gosto», adiantou Mário Carrascalão.

«Isto engana o povo, que olha a sigla e pensa que este partido lutou pela libertação de Timor», continuou o presidente do PSD pegando num jornal do dia e apontando o artigo de primeira página sobre o CNRT. «Eu tenho explicado na campanha que, se este partido fosse o antigo CNRT, eu próprio faria parte, todos juntando esforços. Mas não é o caso», destacou o presidente do PSD, que integrou o primeiro CNRT (Conselho Nacional da Resistência Timorense) antes da independência do país. «Eu não gostaria de ver um herói nacional, um dos pais da nossa unidade nacional, como primeiro-ministro se o CNRT vencer, sofrer as consequências de erros que o destituirão da História como o homem de quem todos os timorenses se orgulham que passa a ser como qualquer outro».

Para Carrascalão, Xanana corre o risco de perder a credibilidade que tinha, porque «para ser governo, é preciso ter-se sensibilidade para assuntos dministrativos e temas sociais. Não é só discursar. É preciso saber como». «Há com certeza técnicos para fazer as coisas, mas se um líder não acompanhar, é co-responsável. É engolido», prosseguiu, opinando que Alkatiri é odiado em Timor-Leste. «A maior parte da população odeia-o. Talvez sem razão. Eu não sei», afirmou, esclarecendo que ele liderou um Governo que «nunca disse a Alkatiri que discordava dele ou em que algum ministro ameaçasse sair. Todos querem comer.

E isso vai ser pior com o CNRT». «Xanana é um homem bom demais para fazer o que eu fiz durante dez anos aqui em Timor: usar o princípio de que só morro uma vez mas aquilo que eu entender que está certo, é isso que eu vou fazer», analisou ainda Mário Viegas Carrascalão. «Xanana parte de piores condições, porque já tem um adversário muito grande que é a FRETILIN-Maputo, ou Radical como muita gente diz (...), e vão mobilizar cada vez com mais força contra ele». «Xanana é um homem muito sensível, um homem que actua muito emocionalmente. É um homem bom», disse Mário Viegas Carrascalão na entrevista à Lusa. «Eu não sou como ele. Sou bom mas não sou aquele bom como o Xanana, que chora e comove as pessoas. Para mim, o que é, é. Quem gosta, gosta, quem não gosta, não gosta. Não vou modificar-me para fazer jeitos», declarou.

Sobre a candidatura de Xanana Gusmão, o candidato do PSD às legislativas declarou que «ele é uma pessoa que devia continuar na posição de um pai deste país, e não meter-se em questões de governos». «Já com José Ramos-Horta eu disse: você é um Nobel da Paz, deve cuidar da paz, da harmonia, e um chefe de governo tem que tomar decisões drásticas. Vai causar muita antipatia». Para Mário Viegas Carrascalão, o novo Presidente da República «deu o primeiro passo errado» ao promulgar a lei de alteração eleitoral. «Eu adiava as eleições mas nunca assinaria uma lei contra a minha consciência. O próprio José Ramos-Horta dizia que não concordava com a lei», concluiu.

Diário Digital / Lusa

AGORA QUE O MARIO PORTUGUES, DEPOIS MARIO UDT, DEPOIS MARIO GOBERNUR, DEPOIS MARIO UDT E DEPOIS MARIO PSD, ALIOU-SE A XANANA E JUSTO AFIRMAR QUE ELE TAMBEM E DO PIORIO!

AH MEU TIMOR, ESTAS ENTREGUE AOS RUFIAS!

Shu Pasaki | 14-07-2007 - 19:24:25 GMT 9 #

Anónimo disse...

Pessoal,
Tenham do deste povo Timorense, tenham paciencia,vamos democraticamente resolver passo a passoas as diferencas e governar para todos os Timorenses.

Seja Fretelin ou AMP, no Governo ou oposicao, vamos todos servir Timor para os Timorenses, Pobres ou ricos. De pobres nao podem continuar pobres mas ricos. Vamos encher Timor de ricacos, paz, progresso.

MAMAGUIDA

Anónimo disse...

Mas onde é que está a dúvida? Se quem ganhou - e ganhou mesmo! - foi a Fretilin é à Fretilin que compete formar governo e a nenhum dos outros que perdeu.

Em qualquer corrido quem corta a meta à frente é o vencedor e é o vencedor quem leva a taça.

A Fretilin ganhou e ponto final parágrafo. Que o Horta diga à Fretilin para indicar o primeiro-ministro, que o primeiro-ministro da Fretilin forme governo e que o Parlamento decida sobre ele.

É assim que funciona a democracia em todo o mundo. Quem ganha, governa.

Anónimo disse...

Para todos os Ignorantes da Democracia:

A democracia tem regras e cada pais ou Nacao tem regras que foram democraticamente impostas pelo seu povo. No caso de Timor Leste a regra democratica escrita na Constituicao no seu Artigo 106 claremente e sem deturpacao a seguinte:

CAPÍTULO II
FORMAÇÃO E RESPONSABILIDADE

Artigo 106.º
(Nomeação)

1.O Primeiro-Ministro é indigitado pelo partido mais votado ou pela aliança de partidos com maioria parlamentar e nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos políticos representados no Parlamento Nacional.

Sendo assim:
Ora vejamos, o partidomais votado conseguio somente 29 por cento e nenhum outro partido quer formar alianca com Fretelin para poder obter os 50 por cento mais um voto para se declarar vencedor.

No entanto, a AMP (Alianca com Maioria Parlamentar) de Xanana, conseguio juntar todos os partidos (CNRT, ASDT,PD e ASDT) e conseguiram nesta maneira obter quase 60 porcento por cento (Maioria parlamentar como a Constituicao diz) para poder governar Timor Lste.

Enquanto certos individuos nao querem aceitar a queda do governo Fretelin, os seus lideres ja aceitaram as consequencias ditadas pelo Artigo 106 da Constituicao. Negociacoes decorrem neste momento com o Presidente da Republica na possibilidade de incluir Fretelin num governo da AMP.

E' ou Nao e' ?

Anónimo disse...

Mas essa tal de AMP não é a mesmíssima de que os quatro líderes apenas há cinco dias - no dia 10 de Julho, no Hotel Timor – assinaram um “memorando” onde se comprometiam a formá-la?

Portanto nem formada está ainda não é verdade? Mas mesmo que estivesse - admitindo que o poderiam ter feito nos três dias úteis até hoje –, nem como coligação de partidos certamente se formou porque para tal teriam de anteriormente ter reunido os órgãos competentes dos quatro partidos e isso não foi feito (é como sabe o que obriga a lei dos partidos políticos!)

A democracia tem regras e uma dessas regras é que não se deve vender ao eleitorado gato por lebre. E o que se vendeu ao eleitorado foram três coisas chamadas CNRT, ASDT/PSD e AD e nunca a chamada AMP.

E é apenas o que o eleitorado votou que deve ser respeitado.

Querem pôr agora quem nem sequer se apresentou ao eleitorado a impor regras a quem se apresentou e ganhou?

A obrigação do PR é respeitar a vontade do eleitorado conforme ficou claramente expressa nas eleições e não pactuar com esse artificialismo desses quatro para negar à Fretilin o seu direito a indicar o PM, formar governo e levar ao Parlamento o programa desse governo.

Simulações e dissimulações foram artifícios a que o Xanana e o Horta sempre deitaram mãos e que produziram apenas crises, mortes, destruições e misérias. Com mais simulações e dissimulações vai continuar a haver mais do mesmo – mais crise, mais mortes, mais destruições e mais misérias.

Com as simulações e dissimulações mais não fazem do que defraudar o eleitorado e agora querem mpingir-lhe um gato quando lhe prometeram três lebres.

E quererem impor esse gato à lebre que ganhou a corrida eleitoral é apenas batota, desonestidade, fome de poder a todo o custo.

Anónimo disse...

Vamos ver as coisas por outro ângulo. Todos os líderes partidários se apresentaram nas eleições à frente dos seus partidos. Certo?

De todos os líderes, um ganhou – o da Fretilin – todos os outros perderam. Certo?

E os Timorenses aceitavam que o PR convidasse para formar governo um dos líderes que foi derrotado pelo da Fretilin?

Em que país é que já se viu semelhante disparate, o PR convidar para formar governo um dos líderes derrotados em detrimento do vencedor?

Não equivaleria isso a um assalto de mão armada ao poder?

Acham mesmo que tal decisão tem ponta por onde se lhe pegue?