Florentino Goulart Díli, 9 jul (EFE) - O partido Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), do ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri, foi declarado oficialmente hoje vencedor das eleições legislativas no país e anunciou que formará um Governo, apesar de não ter maioria parlamentar. "Em cumprimento à Constituição e às leis do Timor-Leste, vamos esperar que o presidente da República nos convide para formar um Governo e que a Corte de Apelação valide o resultado das eleições antes de constituir um Governo", explicou Alkatiri em entrevista coletiva em Díli. O resultado definitivo das urnas indica que a Fretilin conquistou 21 das 65 cadeiras do próximo Parlamento unicameral, enquanto o Conselho Nacional para a Reconstrução do Timor-Leste (CNRT) obteve 18. Em seguida vem a coalizão ASDT-PSD, com onze assentos, o Partido Democrático (PD), com oito, o Partido da Unidade Nacional (PUN), com três, e a aliança KOTA-PPT e a União Nacional Democrática da Resistência Timorense (Undertim), com duas cadeiras cada. "A Fretilin aceita a vontade dos eleitores de que nenhum partido tenha maioria absoluta no Parlamento e concorda com o presidente da República em que o Governo deve incluir todos os partidos políticos com representação", disse Alkatiri. "Iniciamos contatos com os outros partidos políticos. Uma vez que o Governo de Inclusão seja formado, um programa nacional de desenvolvimento será apresentado ao Parlamento para sua aprovação", acresc... Alkatiri dirigiu o primeiro Governo da República Democrática do Timor-Leste até ser forçado a renunciar, no ano passado, em meio a uma grave crise política que foi agravada por uma onda de violência.
O político reiterou hoje sua promessa eleitoral de que não voltará a governar.
O Governo de Inclusão foi uma iniciativa apresentada na última etapa da campanha eleitoral pelo presidente José Ramos Horta, quando já parecia certo que nenhuma legenda teria a vantagem necessária para governar o país sozinha.
Apesar do direito inegável do Fretilin, o partido encontrará dificuldade para governar com o Legislativo contra, já que o CNRT, o ASDT-PSD e o PD, que somam 37 cadeiras, anunciaram na sexta-feira uma alternativa de Governo.
O secretário-geral da Undertim, Cristiano da Costa, disse hoje que inicialmente a legenda se uniria a esta aliança, mas depois se distanciou, pois considerou "que os líderes dos quatro partidos estavam sedentos de poder".
O bispo da diocese de Baucau, Basilio do Nascimento, disse hoje que o benefício das coalizões é que elas representam a maioria, mas acrescentou que são pactos que tendem a se romper e durar pouco devido às divisões internas.
"Uma coalizão ou aliança é boa para a democracia, mas é muito fácil de colapsar. O que a Igreja Católica quer para o povo do Timor-Leste é paz, estabilidade, amor e harmonia, sem conflitos regionalistas e sem partidos arrogantes", ressaltou o prelado.
O desejo da influente Igreja Católica é compartilhado pela maioria dos timorenses, que estão cansados de mais de um ano de crise política e ondas de violência que impedem que a vida no país volte à normalidade.
As eleições de 30 de junho, com um índice de participação de 81%, se apresentavam como uma oportunidade perfeita para resolver a crise, mas o resultado democrático, sinal da divisão nacional, criou outro dilema que vai pôr à prova a qualidade e capacidade de seus governantes. EFE flg db/dgr
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Fretilin formará Governo no Timor-Leste sem contar com maioria no Parlamento
09/07 - 11:17 - EFE
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Florentino Goulart Díli, 9 jul (EFE) - O partido Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), do ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri, foi declarado oficialmente hoje vencedor das eleições legislativas no país e anunciou que formará um Governo, apesar de não ter maioria parlamentar. "Em cumprimento à Constituição e às leis do Timor-Leste, vamos esperar que o presidente da República nos convide para formar um Governo e que a Corte de Apelação valide o resultado das eleições antes de constituir um Governo", explicou Alkatiri em entrevista coletiva em Díli. O resultado definitivo das urnas indica que a Fretilin conquistou 21 das 65 cadeiras do próximo Parlamento unicameral, enquanto o Conselho Nacional para a Reconstrução do Timor-Leste (CNRT) obteve 18. Em seguida vem a coalizão ASDT-PSD, com onze assentos, o Partido Democrático (PD), com oito, o Partido da Unidade Nacional (PUN), com três, e a aliança KOTA-PPT e a União Nacional Democrática da Resistência Timorense (Undertim), com duas cadeiras cada. "A Fretilin aceita a vontade dos eleitores de que nenhum partido tenha maioria absoluta no Parlamento e concorda com o presidente da República em que o Governo deve incluir todos os partidos políticos com representação", disse Alkatiri. "Iniciamos contatos com os outros partidos políticos. Uma vez que o Governo de Inclusão seja formado, um programa nacional de desenvolvimento será apresentado ao Parlamento para sua aprovação", acresc...
Alkatiri dirigiu o primeiro Governo da República Democrática do Timor-Leste até ser forçado a renunciar, no ano passado, em meio a uma grave crise política que foi agravada por uma onda de violência.
O político reiterou hoje sua promessa eleitoral de que não voltará a governar.
O Governo de Inclusão foi uma iniciativa apresentada na última etapa da campanha eleitoral pelo presidente José Ramos Horta, quando já parecia certo que nenhuma legenda teria a vantagem necessária para governar o país sozinha.
Apesar do direito inegável do Fretilin, o partido encontrará dificuldade para governar com o Legislativo contra, já que o CNRT, o ASDT-PSD e o PD, que somam 37 cadeiras, anunciaram na sexta-feira uma alternativa de Governo.
O secretário-geral da Undertim, Cristiano da Costa, disse hoje que inicialmente a legenda se uniria a esta aliança, mas depois se distanciou, pois considerou "que os líderes dos quatro partidos estavam sedentos de poder".
O bispo da diocese de Baucau, Basilio do Nascimento, disse hoje que o benefício das coalizões é que elas representam a maioria, mas acrescentou que são pactos que tendem a se romper e durar pouco devido às divisões internas.
"Uma coalizão ou aliança é boa para a democracia, mas é muito fácil de colapsar. O que a Igreja Católica quer para o povo do Timor-Leste é paz, estabilidade, amor e harmonia, sem conflitos regionalistas e sem partidos arrogantes", ressaltou o prelado.
O desejo da influente Igreja Católica é compartilhado pela maioria dos timorenses, que estão cansados de mais de um ano de crise política e ondas de violência que impedem que a vida no país volte à normalidade.
As eleições de 30 de junho, com um índice de participação de 81%, se apresentavam como uma oportunidade perfeita para resolver a crise, mas o resultado democrático, sinal da divisão nacional, criou outro dilema que vai pôr à prova a qualidade e capacidade de seus governantes. EFE flg db/dgr
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- Fernando de Araujo Lasama
Governu
Primeiru Ministru
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Vice PM
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1. Ministro Negosiu Estrangeiru ho Kooperasaun
- Dr. Jose Luis Gutteres
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2. Ministro Estatal
- Dr. Joao Cancio Freitas
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3. Ministro Interior
- Dr. Dionisio Babo Soares, SH, MA
- Dr. Longuinhos Monteiro
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4. Ministru Justisa
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- Aderito de Jesus Soares, SH. MML
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5. Ministro Defesa/Panglima F-FDTL
- Brigadeiro General Taur Matan Ruak
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Ekonomia & Dezenvolvimento
6. Ministru Finansa ho Planeamentu
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7. Ministru Dezenvolvimentu Ekonomia ho Investimento Nasional
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8. Ministru Rekursus Naturais ho Politika Energétika
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11. Ministru Oubras Públika
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12. Ministru Telekomunikasaun ho Transporte
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13. Ministro Sosiais no Dezenvolvimento Rurais
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14. Ministru da Saude
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