quarta-feira, 25 de julho de 2007

Timor Leste: Consultas para formação de governo no Timor vão até dia 30



25-07-2007 09:22:00

Díli, 25 Jul - O presidente do Timor Leste, José Ramos Horta, anunciou nesta quarta-feira ao país que as consultas para a formação do chamado quarto governo constitucional continuarão até 30 de julho. O líder tem se reunido com representantes de outros partidos nos últimos dias para tentar chegar a um consenso sobre as nomeações.

A Frente Revolucionária do Timor Leste Independente (Fretilin), partido que venceu as eleições legislativas de 30 de junho sem maioria absoluta (29% dos votos válidos), vem enfrentando dificuldades para compor a nova estrutura depois que as quatro maiores legendas de oposição se agruparam na Aliança para Maioria Parlamentar (AMP), propondo um governo alternativo.

"Dadas as circunstâncias de fragilidade, que o eleitorado não deu mandato claro a nenhum dos partidos, achei e continuo a achar que o cenário ideal é apontarmos para um governo de grande inclusão", declarou Ramos Horta.

O presidente timorense explicou que a sua proposta é um Executivo "que envolva a maioria dos partidos, com distribuição eqüitativa de lugares no governo".

"Quanto ao lugar de primeiro-ministro, vamos ver", acrescentou Ramos Hortas, em entrevista coletiva no Palácio das Cinzas, sede do governo. "Espero até dia 30, para o Parlamento estar constituído, para anunciar [um governo segundo] a minha modalidade preferida ou uma variante dela".

"Se faço consultas é para auferir alguma coisa, para saber qual das duas opções garante estabilidade governativa", um governo liderado pela Fretilin ou pela AMP. "Não se faz consultas por fazer. Faço diálogo com todos, ouço todos", afirmou o presidente.

Ramos Horta ouviu nesta quarta-feira o bispo de Díli, d. Alberto Ricardo da Silva, representantes do Movimento Unidade Nacional para a Justiça (MUNJ) e a ministra da Administração Estatal, Ana Pessoa, eleita deputada para o novo Parlamento pela Fretilin.

Sobre a audiência com Ana Pessoa, o presidente disse que se inseriu na série de contatos que tem feito com líderes da Fretilin. "Não tenho candidatos a primeiro-ministro. Só os partidos."

6 comentários:

Anónimo disse...

"Se faço consultas é para auferir alguma coisa", disse o Horta. Então ele ganha à consulta? Isto é perfeitamente espantoso! Nunca tal me passaria pela cabeça.

Anónimo disse...

Os 1,3, biliões de dólares do Fundo do Petróleo em apenas dois anos, obra do Alkatiri e da Fretilin, dão a dimensão da ganância dos Australianos e dos seus servidores, à frente dos quais está o Xanana.

Isso explica o seu entendimento com os líderes pró-integracionistas, nomeadamente com o antigo governador da Indonésia, Mário Carrascalão e os boys do ICG (Internacional Crisis Group), o lobby dos interesses das empresas petrolíferas do Mar de Timor, à frente do qual está o ex-MNE Australiano Gareth Evans.

Isto também explica o papel de empata do actual PR, que ousa falar em “profunda clivagem regional" nos resultados eleitorais ignorando que a Fretilin foi o único partido maioritário em distritos do leste e do oeste, e com uma votação equilibrada nos restantes e por isso mesmo foi de todos o mais votado em termos nacionais.

Anónimo disse...

Competindo exclusivamente ao PR nomear e dar posse ao PM indigitado pelo partido ou aliança dos partidos com maioria parlamentar – e não está escrito que essa maioria seja absoluta ou relativa – e tendo o partido mais votado, a Fretilin já informado desde o dia 9 que está à espera do convite do PR e que já iniciou contactos com outros partidos para a formação de um governo de inclusão – só se entende que o PR leve mais três semanas para nomear o PM porque não está nem preocupado com a crise do país, nem com a instabilidade que ainda no domingo passado mandou mais 13 jovens para o hospital, quatro dos quais em estado crítico. Fosse algum deles seu filho e possivelmente teria outra atitude.

Anónimo disse...

A Fretilin tem mostrado ser sábia, disciplinada, tolerante e se teve capacidade e habilidade para fazer aprovar uma Constituição (embora sem ter tido dois terços dos deputados) estou certo que saberá também formar um governo de inclusão e apresentar ao Parlamento um programa que recolha o apoio necessário para levar em frente o desenvolvimento da nação e é mesmo isto que os golpistas de 2006 receiam.

O governo da Fretilin fundou um Fundo de Petróleo que apenas em dois anos capitalizou mais de 1,3 biliões de dólares e que já entregou mais de 200 milhões de dólares para o Orçamento Nacional.

E o trabalho de Mário Alkatiri foi unânimamente elogiado pelas instituições internacionais pela seriedade e visão de desenvolvimento de futuro.

Para bem dos Timorenses, da democracia e do desenvolvimento esse trabalho deve prosseguir.

Anónimo disse...

Um homem recebeu o ordenado foi a casa e meteu o dinheiro debaixo do colchao e nao quiz comprar comida aos filhos esfomeados.Quando no dia seguinte foi acordar os filhos encontrou-os mortos pela fome.

Assim fez o governo de Alkatiri ao povo Timorense esfomeado.

Um Kanoik Timorense.

Anónimo disse...

A Frretilin perdeu a grande oportunidade de uma Grande Inclusivo em 2002. Porque a quer agora? Qualquerpartido pode fazer essa grande inclusividade, mesmo a PUN pode, so precisa e' os outros partidos aceitarem e com condicoes bem claras. Ate agora nao se sabe que grande inclusao a Fretilin falou.

Tirem mais e' o Alkatiri e Luolo.

O dinheiro do Oleo para estar no banco e' a mesma coisa que ainda esta debaixo do mar.

Nao acaha?