As Forças de Estabilização Internacionais (ISF) admitiram hoje que um soldado «disparou a sua espingarda» no campo de refugiados do aeroporto de Díli, onde um timorense foi ferido a tiro ao final do dia.
«Esta tarde, aproximadamente às 16:50» (07:50 em Lisboa), soldados australianos das ISF «responderam a distúrbios no campo de deslocados adjacente ao aeroporto de Díli», declarou à Agência Lusa o porta-voz do contingente, o tenente-coronel Robert Barnes.
«Durante o distúrbio, um grande número de pessoas envolveram-se numa luta à pedrada», acrescentou o porta-voz das ISF.
«Enquanto ajudava a Polícia das Nações Unidas na sua tentativa de dispersar a multidão, um soldado das ISF identificou uma pessoa apontando um dardo de fabrico caseiro às tropas das ISF».
«Estes dardos são letais», sublinhou o porta-voz.
«Observando a ameaça directa para ele e para os colegas, o soldado das ISF disparou a sua espingarda contra a pessoa que fazia pontaria com o dardo».
«As ISF têm conhecimento de notícias que referem que uma pessoa do campo de deslocados foi levada para o hospital com ferimentos que mostram ter sido causados por um tiro de espingarda», refere o mesmo porta-voz numa resposta escrita às questões da Lusa.
As ISF «operam sob regras de envolvimento muito estritas, que permitem aos soldados defenderem-se, bem como a outras pessoas que eles tenham recebido ordens de proteger».
Esta mesma resposta, para o mesmo tipo de incidente, foi repetida pelas ISF na sequência de uma intervenção militar no mesmo campo junto ao aeroporto, em Março, de que resultou a morte de dois deslocados.
Diário Digital / Lusa
31-10-2007
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