Lindsay Murdoch in Darwin | August 21, 2007
AUSTRALIAN troops in East Timor stole flags of the deposed Fretilin party, tore them up and wiped their backsides with them, Fretilin claimed yesterday.
The incident has inflamed an already volatile situation in the country and it demonstrated the partisan nature of the Howard Government's intervention there, said Fretilin's vice-president, Arsenio Bano, and the nation's former prime minister, Mari Alkatiri.
A Defence spokeswoman in Canberra confirmed that a group of Australian soldiers took three Fretilin flags without permission on August 18.
But the spokeswoman would not comment on the claim that the flags were torn up and soldiers wiped their backsides with one as they drove off.
Mr Bano said soldiers grabbed the flags in two eastern villages where people were protesting against the formation of a government led by the former president, Xanana Gusmao.
More than 1000 Australian troops serving in East Timor's International Stabilisation Force and 1600 international police have been struggling to control violent protests by supporters of Fretilin, which had ruled the country since independence in 2002. Fretilin claims that Mr Gusmao's government is illegal.
"At Walili two Australian military vehicles full of soldiers tore up a Fretilin flag which had been raised at the roadside, wiped their backsides with it and drove off with the flag," Mr Bano said.
"In Alala village Australian troops tried to sever a Fretilin flag from its rope and then drove over it," he said.
Mr Bano said the incidents insulted all East Timorese because tens of thousands of Timorese martyrs died fighting under the flag during their 30-year struggle for independence.
He said the "cultural insensitivity and arrogance typifies Australian military operations in the Pacific region".
Mr Bano said the incidents could not be excused as the actions of misguided individual soldiers. "The soldiers take their cue from their officers who understand the true objectives of the Howard Government intervention in Timor Leste [East Timor], which has had one overriding aim - the removal of the democratically elected Fretilin government and its replacement with the illegitimate government of Jose Alexandre Gusmao," Mr Bano said.
The Defence spokeswoman said the actions of a small number of ISF soldiers involved in the taking of the flags were "highly inappropriate".
"The removal of any flag without permission is wrong and culturally insensitive," she said.
"The actions of the soldiers concerned have also let down their colleagues who are working extremely hard, day and night, to help the people of Timor Leste."
The spokeswoman said one of the flags was given back to villagers the day it was taken, with an apology.
Two other flags were being returned yesterday "with a sincere apology".
The ISF regretted the incident and was conducting an official investigation, she said.
Mr Alkatiri told the Agence France-Presse news agency the incidents were so serious that all of Australia's troops deployed in the country should go home. "It would be better for Australian troops to just return home if they cannot be neutral," said Mr Alkatiri, Fretilin's powerful secretary-general.
Mr Alkatiri said that while the Australians supposedly came to East Timor to help solve problems "they came to give their backing to one side to fight against the other".
Mr Alkatiri said the seizure of the flags was a provocation and accused the Australian forces of having intimidated Fretilin for some time.
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4 comentários:
Bano disse que “o Sr. Gusmão não vê a realidade que 76% do eleitorado não votou no CNRT, e desses 76% muitos não o aceitam como PM por não ser de acordo com a Constituição.”
“O Sr Gusmão deve ver que o eleitorado tem tido várias inciativas para demonstrar a sua revolta em relaçao a decisão do Presidente da Reública. O eleitorado sabe que eles venceram, mas sentem que o sue voto não tem valor porque o Presidente da República não respeita os resultados das eleições legislativas de 2007.”
“A responsabilidade da lei e ordem e da UNPOL, das Forças Internacionais de Estabilização e da PNTL, e não da FRETILIN.”, afirmou Bano.
“Se o senhor Xanana, como PM, não tem capacidade para acalmar a situaçào, então é melhor resignar-se do cargo. A crise em 2006 teve inicio porque o Senhor Xanana quis obrigar-se para que se tornasse PM, e tem-se prolongado até agora.” concluiu Arsénio Bano.
Se isto é acalmia vou ali e já venho...sempre, sempre a procurar tapar o sol com a peneira, estes gajos da ONU, mas depois vem o coordenador nacional da campanha do Horta e apoiante da chamada aliança e descobre-lhes a careca!
É de rir, são os próprios aliancistas a dizerem que nem o Xanana nem o Horta, nem a ONU, nem os Australianos, nem ninguém, a não ser a Fretilin que é quem tem capacidade para resolver os problemas!
Tropas Australianas provocam mais desassossego em Timor-Leste
FRENTE REVOLUCIONÁRIA DO TIMOR-LESTE INDEPENDENTE
FRETILIN
Comunicado de Imprensa
20 Agosto 2007
Tropas Australianas em Timor-Leste inflamaram uma situação já volátil ao arrancarem bandeiras da FRETILIN e limparem as costas com elas, disse hoje o Vice-Presidente da FRETILIN e deputado Arsénio Bano.
"O deitarem para o chão as bandeiras da FRETILIN é mais outra demonstração da natureza parcial da intervenção militar do governo de Howard em Timor Leste," disse Bano .
Disse que os incidentes ocorreram na parte leste do país em 18 de Agosto, em dois locais diferentes – Suco (região administrativa) Walili na estrada entre Baucau e Viqueque e na aldeia de Alala no distrito de Viqueque – onde os residentes tinham erguido a bandeira da FRETILIN em protesto contra o governo inconstitucional de José Alexandre Gusmão.
"Em Walili dois veículos militares Australianos cheios de soldados rasgaram uma bandeira da FRETILIN que tinha estado erguida na beira da estrada, limparam com ela as costas e continuaram caminho com a bandeira. A bandeira roubada foi devolvida mais tarde nesse dia por um capitão das forças armadas Australianas.
"Na aldeia Alala as tropas Australianas tentarem arrancar da corda uma bandeira da FRETILIN e depois passaram por cima dela .
"Condenamos estas acções extremamente provocatórias que têm inflamado uma situação já volátil. A bandeira da FRETILIN tem um enorme valor simbólico e emocional para o povo de Timor-Leste que vai para além dos membros e apoiantes da FRETILIN.
"Dezenas de milhares de pessoas morreram a lutar sob esta bandeira durante a luta pela independência, incluindo membros das famílias das pessoas que testemunharam quando a deitaram para o chão no Sábado .
"Os soldados Australianos insultaram os nossos mártires e toda a nação Timorense. A sua insensibilidade cultural e arrogância tipificam as operações militares Australianas na região do Pacífico."
Bano disse que os incidentes não podiam ser desculpados como acções de soldados individuais mal orientados.
"Os soldados seguem os exemplos dos seus oficiais e entendem os objectivos verdadeiros da intervenção parcial do governo de Howard em Timor-Leste, que teve um objectivo principal – a remoção do governo democráticamente eleito da FRETILIN e a sua substituição com o governo ilegítimo de José Alexandre Gusmão."
Por mais informação, por favor contacte:
Arsenio Bano (+670) 733 9416, FRETILIN Media (+670) 733 5060 ou
fretilin.media@gmail.com
Fretilin contra tropas da Austrália
Público, 21.08.2007
Soldados de Camberra enxovalharam algumas bandeiras do principal partido político timorense
As tropas australianas incendiaram uma já difícil situação em Timor-Leste, quando no sábado três soldados arrancaram na aldeia de Bercoli bandeiras da Fretilin e fizeram menção de as utilizar como papel higiénico, declarou ontem o vice--presidente daquela formação política, Arsénio Bano. Um dos comandantes de Camberra, o brigadeiro John Hutcheson, considerou que a atitude dos seus homens foi imprópria e demonstrou falta de sensibilidade; mas que se tratou de um caso isolado, pelo qual os implicados já apresentaram uma desculpa formal.
"É um incidente muito grave e estou desiludido com as acções destes soldados", disse o oficial, enquanto o secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, dizia que "seria melhor as tropas australianas voltarem para casa, se não conseguem ser neutras".
"Vieram para nos ajudar a resolver os nossos problemas, mas acabaram por dar o seu apoio a uma das partes e por combater a outra", comentou o antigo primeiro-ministro Alkatiri, segundo o qual os militares australianos andam desde há algum tempo a intimidar os partidários do grupo político maioritário. Soldados e polícias da Austrália e da Nova Zelândia têm sido muitas vezes acusados de interferir na vida política timorense, colocando-se ao lado de todos aqueles que contestam a Frente Revolucionária que esteve no poder durante os cinco primeiros anos de independência do jovem país agora presidido por José Ramos-Horta.
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