O Presidente da República, Dr. José Ramos Horta, afirma que Alfredo Reinado demonstra honestidade para resolver problemas. O Presidente da República continua a dar atenção ao problema do Alfredo Reinado e dos peticionários.
«Ontem fiz uma visita ao distrito de Ermera, no cume da montanha, muitas pessoas continuam a viver pobres. Lá encontrei o Alfredo Reinado. Tenho a esperança de que neste momento o mesmo demonstra a sua honestidade e sinceridade para resolver a situação do país. Não pode haver grupos armados fora das Forças Armadas». O Chefe de Estado falou sobre esta questão na sua mensagem à nação, segunda-feira (20/8), relacionada com as comemorações do 32º Aniversário das FALINTIL.
«Como Presidente da República, compreendo as circunstâncias do dia 28 de Abril de 2006 que provocaram que o Alfredo Reinado e alguns dos seus elementos dentro das F-FDTL e PNTL abandonassem os quartéis em Díli.
É tempo de guardarmos as armas e contribuirmos para a justiça e estabilidade do nosso país», explicou o Presidente Ramos Horta.
Na ocasião, o Presidente da República convidou o MUNJ, que deu a sua colaboração positiva, a facilitar contactos com o Grupo de Diálogo Humanitário, ajudando o Presidente da República, o Governo e o Parlamento a resolver esta questão.
O laureado Nobel da Paz afirmou ainda que «os peticionários são filhos do povo, filhos dos pobres, porque o nosso país é novo, as nossas instituições são novas, a PNTL e as F-FDTL são novas instituições, novas na independência para fazer gestão, organizar logística, infra-estruturas, o que deve levar tempo. Vários problemas aconteceram, não é tempo de acusar ou criticar o 1.º Governo Constitucional, não esqueçamos que iniciámos uma nova instituição e um Estado novo. Portanto há muita coisa dentro das instituições PNTL e F-FDTL que não decorreram bem, não devido à incapacidade do Primeiro Governo Constitucional. Não se deve esquecer que a nossa Nação obteve a independência há cinco anos. Devemos reconhecer os nossos erros, realizar diálogos com o Alfredo Reinado e com os peticionários para resolver o problema e acelerar o processo de reorganização da PNTL e das F-FDTL, para que as duas Forças possam ganhar a confiança do povo». JNSemanário.
Edition: 27 August 2007 Horta Entrega Kazu Alfredo ho Petisionariu ba Xanana
DILI – Prezidenti Republika, Jose Ramos Horta, tuir planu Tersa aban (28/8), ofisialmente sei entrega kazu Major Alfredo ho grupu Petisionariu ba Primeiru Ministru (PM), Kay Rala Xanana Gusmão atu buka dalan rezolve problema sira nee ho pasifiku no deside fatin akontenamentu ba grupu rua nee.
“Nia (Alfredo) prontu atu ba akontenamentu ida. Akontenamentu nee hahu, entaun bele komesa dialogu para rezolve problema nee,” dehan Prezidenti Ramos Horta ba jornalista hafoin inkontru ho estudante no sosiedade sira iha Palacio da Cinzas, Kaikoli, Dili, Sesta (24/8).
Inkontru Prezidenti Horta ho Primeiru Ministru Xanana, Kinta liu ba, informa ona katak, Prezidenti Republika la bele kontinua kaer prosesu dialogu ho Major Alfredo no mos probelma petisionariu. Neduni, Horta intrega kazu sira nee ba governu atu buka solusaun, mesmu iha estrutura nudar Prezidenti Republika Horta promete atu fo nafatin apoiu politiku ba governu.
Xefi estadu mos hasoru malu ona ho Major Alfredo Reinado hodi koalia konaba dialogu. Alfredo rasik fo reposta ba Prezidenti Horta katak nia iha vontade para atu kontribui ba nasaun nia estabilidade hodi ema la bele tauk. Nia dehan, iha tempu badak nia laran, Primeiru Ministru Xanana Gusmão atu kria task force ida. Maibe, iha Tersa aban, orgaun soberanu hamutuk ho defensor Alfredo nian sei tuur hamutuk hodi desidi fatin akontenamentu lolos ba Major Alfredo ho nia grupu.
Horta mos la haluha atu tau matan ba probelma petisionariu sira. “Hau nia idea no planu kleur tiha ona agora hau hein governu foun. Neduni, iha Tersa nee atu koalia konaba asuntu sira nee. Maibe problema rua nee iha tempu badak ita bele resolve,” Horta dehan. dd
2 comentários:
«Como Presidente da República, compreendo as circunstâncias do dia 28 de Abril de 2006 que provocaram que o Alfredo Reinado e alguns dos seus elementos dentro das F-FDTL e PNTL abandonassem os quartéis em Díli.
É tempo de guardarmos as armas e contribuirmos para a justiça e estabilidade do nosso país» disse o PR Horta.
Será que o PR Horta se esqueceu que não é por causa de ter desertado que o Reinado anda foragido da justiça mas por ter sido apanhado em flagrante com armas em seu poder e por ter sido acusado de crimes graves, nomeadamente de rebelião e de homicídio?
Será que também o PR Horta se esqueceu de que (entre outras) são as seguintes as referências que constam no no Relatório da COMISSÃO ESPECIAL INDEPENDENTE DE INQUÉRITO PARA TIMOR-LESTE, sobre o Reinado:
“3 de Maio de 2006 O Major Alfredo Reinado abandona a Polícia Militar da F-FDTL levando consigo outros membros da Polícia Militar, membros da PNTL e armas
23 de Maio de 2006 Membros da F-FDTL e da PNTL são emboscados pelo Major Reinado e o seu grupo.
Cinco (5) pessoas mortas. Dez (10) pessoas gravemente feridas.
Confronto Armado em Fatu Ahi no dia 23 de Maio
116. O confronto armado ocorrido em Fatu Ahi encontra-se descrito nos parágrafos 64 a 66. As provas estabelecem que existem bases razoáveis para se suspeitar que o Major Alfredo Reinado e os homens que compunham o seu grupo cometeram crimes contra vidas e pessoas durante o confronto armado ocorrido em Fatu Ahi. Na base do material perante si, a Comissão pode estabelecer que o Major Reinado esteve presente com pelo menos 11 dos seus homens, 10 membros da URP e alguns civis. A Comissão está na posição de identificar pelo nome alguns dos membros desse grupo, mas não todos.
117. A Comissão recomenda que as seguintes pessoas sejam processadas judicialmente: Alfredo Alves Reinado; Rudianus Anoit Martins; Leopoldino Mendonça Exposto; Gilberto Suni Mota; Anterlrilau Ribero Guterres, também conhecido por Anteiru Rilau Ribero; Alferes Joabinho Noronha; Filomeno Branco de Araújo; Inácio Maria da Concerição Maia; José de Jesus Maria; e Amaro da Costa, também conhecido por Susar.
Confronto Armado em Fatu Ahi no dia 23 de Maio de 2006
64. Até 22 de Maio de 2006 tanto a PNTL quanto a F-FDTL possuíam informações secretas (inteligência) segundo as quais membros da URP da PNTL encorajavam e apoiavam a violência entre oriundos do leste contra oriundos da parte ocidental do país na zona de Fatu Ahi. Foram feitos planos para montar um posto conjunto de operação integrando elementos da F-DFTL e da PNTL. Cerca das 11.00 horas da manhã do dia 23 de Maio, duas viaturas transportando 9 soldados do 1º Batalhão da F-FDTL, sob o comando do Tenente-Coronel Falur, chegaram a Fatu Ahi para se encontrarem com membros da PNTL. Deveriam realizar uma avaliação do terreno do já planeado posto conjunto. As viaturas pararam perto do ponto mais alto de Fatu Ahi. Assim que os soldados desceram das viaturas viram homens envergando uniformes da polícia por detrás da escola e das árvores. Tais homens não eram os membros da PNTL com quem esperavam se encontrar. Eram membros do grupo do Alfredo.
65.O Major Reinado e onze dos seus homens haviam chegado à área naquela manhã provenientes de Aileu. Eles estavam acompanhados de civis e de 10 membros da URP munidos de armas automáticas. Cerca das 09.00 horas da manhã dois jornalistas chegaram e começaram a entrevistar, com vídeogravação, o Major Reinado. O início da confrontação armada encontra-se captado nessa vídeogravação. O tiroteio foi iniciado pelo Major Reinado ao contar até dez após ter lançado uma advertência no sentido de se afastarem. O Tenente-Coronel Falur ordenou aos soldados que respondessem aos disparos.
66.O confronto em Fatu Ahi durou até ao cair da noite. O grupo do Major Alfredo cercou os soldados da F-FDTL, os quais nem todos estavam armados, impossibilitando-os de se retirarem. O Tenente-Coronel Falur pediu reforços. Uma viatura da PNTL com dez membros dessa corporação que seguia entre Baucau e Dili foi apanhada sob o fogo. Um membro da PNTL foi morto e dois ficaram feridos. Cerca do meio-dia, os primeiros reforços da F-FDTL chegaram, tendo três deles ficado feridos. Mais ou menos à mesma hora um autocarro da F-FDTL, transportando soldados para Dili a fim de levantarem os seus salários, chegou depois de os passageiros terem ouvido disparos de arma de fogo. O mesmo autocarro foi atacado a cerca de 300 metros a ocidente do sítio original da emboscada. Um desses soldados morreu e três outros ficaram feridos. Mais tarde o Major Rai Ria deslocou-se ao local com um escolta e ambos foram feridos. Cerca das 02.00 horas da tarde o Major Amico chegou de Metinaro com cerca de dez homens. Ele aproximou-se de Fatu Ahi a partir das cercanias da montanha e colocou-se numa posição mais elevada do que a do Major Alfredo Reinado e seus homens. O Major Alfredo Reinado então retirou-se, usando uma viatura da PNTL que mais tarde foi devolvida. Dois dos homens do Major Reinado e um civil foram mortos. No total, cinco pessoas foram mortas e dez ficaram feridas.”
O que me parece é que é mais que tempo de acabar com esta pouca vergonha, de deter o Reinado e de o entregar à justiça. E de deixar de interferir no funcionamento dos órgãos de soberania que são os tribunais.
Claro que o que eles querem é que tenham pretexto para os Australianos continuarem a guardar-lhes as costas e os tachos, o xanana e o horta. São uns traidores e uns vendidos. Vendem o nosso gás e petróleo por troca de umas boas comissões apenas para eles. Não querem saber dos pobres, apenas dos interesses deles, Vendidos e traidores é o que são.
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