O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, convidou hoje o seu antecessor, Xanana Gusmão, a formar o novo governo do país.
Ramos-Horta anunciou ainda que a tomada de posse ocorrerá já na próxima quarta-feira.
Diário Digital / Lusa
Alkatiri: «É o Estado que deve controlar eleitorado»
O secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, afirmou hoje que «é o Estado que deve controlar o eleitorado», não o partido, confrontado com o convite iminente do Presidente timorense à oposição para formar governo.
«É o Estado que, acima de tudo, deve ter a capacidade de controlar [o eleitorado]. Não deve pedir ao partido. Nós fazemos a persuasão política, tentamos persuadir», afirmou o ex-primeiro-ministro, questionado pela Lus
A Fretilin «não cooperará com um governo empossado à margem da Constituição» de Timor-Leste e «combaterá por vias legais usurpação do poder», afirmou hoje em Díli o presidente do partido, Francisco Guterres «Lu-Olo».
O dirigente da Fretilin falava numa conferência de imprensa na residência do secretário-geral do partido e ex-primeiro-ministro, Mari Alkatiri, após uma reunião da comissão política nacional da Fretilin, horas antes do presidente timorense, José Ramos-Horta, anunciar o nome do próximo chefe do governo.
Na conferência de imprensa, participam também Mari Alkatiri e Manuel Tilman, da coligação KOTA/PPT, que apoia a Fretilin.
Diário Digital / Lusa
Timor-Leste: Campanha anti-Xanana antecipa convite do PR
O convite a Xanana Gusmão para formar o novo governo de
Cartazes e declarações directas contra Xanana Gusmão, o Congresso Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT) e a Aliança para Maioria Parlamentar (AMP) surgiram nas últimas 24 horas junto ao campo de deslocados do aeroporto, em Comoro, e ao campo do porto de Díli, no jardim diante do Hotel Timor.
«Xanana é revolucionário, mas com cérebro de John Howard e G.W.Bush», pode ler-se num cartaz hoje afixado em Comoro e que alude ao primeiro-ministro da Austrália e ao Presidente dos Estados Unidos.
Um cartaz em bahasa indonésio, língua usada em vários dos letreiros erguidos hoje em Comoro, exige a Xanana que «páre o seu
«Deputado Xanana tem que responsabilizar-se pela crise entre "lorosae" e "loromonu"», exige outro cartaz por referência ao conflito que estalou em Abril e Maio de 2006 entre timorenses originários dos distritos ocidentais e timorenses dos distritos orientais do país.
Um número estimado de 100 mil deslocados continuam a viver em campos ou em residências provisórias na capital e por todo o país, segundo a última actualização, relativa a Julho, divulgada pelo Ministério do Trabalho e da Reinserção Comunitária.
Em Díli, há pelo menos 30 mil deslocados.
Os campos do aeroporto e do porto de Díli estão entre os mais politizados da cidade e acompanham muito de perto a situação política e de segurança da capital e do país.
«Os traidores não merecem governar», declarou hoje de manhã uma das responsáveis do campo de deslocados do aeroporto, dizendo falar em nome dos deslocados de toda a cidade.
«Queremos justiça para os autores dos crimes de 2006», afirmou Madalena Tilman numa declaração lida à imprensa.
«Não concordamos que o Presidente da República inclua Xanana Gusmão
«Não somos tratados
O mesmo tom contra Xanana Gusmão marca vários cartazes erguidos em Comoro e no centro da cidade, junto aos campos de deslocados que têm demonstrado com frequência posições pró-Fretilin.
Num deles, a sigla CNRT é desdobrada em «Conselho Nacional da Revolta do Traidor» e «Conselho Nacional da Recolha do Traidor».
Um cartaz refere apenas: «Traidor uma vez, traidor sempre».
Os «objectivos» da AMP, de que o CNRT faz parte, são referidos noutro cartaz
Os ataques à pessoa de Xanana Gusmão começaram de forma clara domingo, em frente ao campo de deslocados do porto de Díli, com uma enorme faixa: «O filho do povo maubere precisa de um primeiro-ministro e não de uma pessoa choramingas (»
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O pedido do Presidente da República à Aliança para Maioria Parlamentar (AMP) para formar governo, esperado para hoje, provocará «a frustração no eleitorado da Fretilin», afirmou o actual primeiro-ministro Estanislau da Silva em entrevista à agência Lusa.
«Não vai ser fácil daqui para a frente gerir politicamente o país e as expectativas do eleitorado, se estamos, logo à partida, a pôr em causa o estipulado na Constituição e começamos a pôr em causa o que nós próprios políticos dizemos sobre respeito da democracia e dos direitos», declarou Estanislau da Silva.
José Ramos-Horta deverá anunciar ainda hoje o convite à AMP, que reúne os quatro maiores partidos da oposição, a formar governo.
Questionado sobre se aceitaria integrar um executivo chefiado por Xanana Gusmão, Estanislau da Silva sublinha que é dirigente e deputado eleito de um partido e «é ao partido que cabe a decisão».
«Sou timorense e gostaria de contribuir para esse país mas também faço parte da liderança da Fretilin e só estaria num governo mediante a decisão formal do meu partido», respondeu o primeiro-ministro no que pode ser o último dia de funções do III Governo Constitucional.
«As promessas foram feitas e não vejo
«Fico muito preocupado quando ouço dizer que se vai fazer tudo de novo», acrescentou Estanislau da Silva.
«Não vai ser fácil» governar o país, declarou o primeiro-ministro.
«Espero que o novo governo aproveite as capacidades existentes».
Após a posse do IV Governo, Estanislau da Silva tenciona manter o lugar de deputado no novo parlamento.
Estanislau da Silva tomou posse
Estanislau da Silva era ministro da Agricultura e primeiro vice-primeiro-ministro do II Governo Constitucional.
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9 comentários:
As eleições legislativas serviram para o povo escolher os 65 deputados do Parlamento Nacional e simultaneamente revelaram o peso proporcional dos vários partidos e a preferência para a indicação do primeiro-ministro e para a formação do governo. E sem margem de dúvidas foi a Fretilin que o povo escolheu e que interpretando o verdadeiro sentido da votação propôs um Governo de Grande Inclusão onde todos os partidos estivessem presentes.
Ramos-Horta fechou os olhos e os ouvidos à escolha do povo e e à proposta da Fretilin e persistiu no erro colossal de pôr como primeiro-ministro o maior derrotado das eleições, o Xanana e os seus aliados os pró-integracionistas, os colaboradores dos militares indonésios nos massacres que desde 1975 levaram a morte e a destruição à sua terra e ao seu povo. Traidor uma vez, traidor sempre!
É uma decisão ao arrepio da Constituição, das leis, da democracia e do bom-senso e que vai certamente provocar mais frustrações, mais instabilidade, mais discórdia e mais violência.
Muito mal andou o Xanana e o Ramos-Horta.
A voz do povo é a voz de Deus:
Os «objectivos» da AMP são como «salvar os autonomistas, pisar o povo maubere, sobretudo o mais miúdo, alcançar uma nação capitalista e dar liberdade aos autores da crise»
«O filho do povo maubere precisa de um primeiro-ministro e não de uma pessoa choramingas como o irmão grande Xis»
«Os traidores não merecem governar»
Abaixo todos os choramingas de lágrimas de crocodilo!
Viva o Povo de Timor-Leste!
Viva a Fretilin!
Tal como os deslocados que não têm nada a perder porque já lhes tiraram tudo, então por que não lutar?
Vamos, à luta amigos da Fretilin!
Como diz o Lu-Olo «Timor-Leste abriu um precedente muito grave de violação flagrante da Constituição de forma que Timor-Leste está dividido. Antes, defendíamos a unidade nacional e do país e a nossa soberania. Com esta decisão do presidente Horta, ele violou a Constituição e o país está dividido»
E é indecente que tenham sido os PR’s da mais jovem democracia do mundo que tenham aberto esses graves precedentes de violação da Constituição e de usurpação do direito ao partido mais votado, a Fretilin, para formar governo.
E é imoral que a comunidade internacional sancione estas manobras do seu vizinho ganancioso para dividir o povo e assim com mais facilidade deitar mãos às riquezas naturais – ao petróleo e ao gás – do mar de Timor.
Como explica Lu-Olo «A FRETILIN rejeita totalmente este governo e vai continuar a combater no sentido de não cooperar com este governo inconstitucional, um governo que não serve para nada, um governo que viola a Constituição da República Democrática de Timor-Leste”.
E fazem eles muitíssimo bem! Vamos à luta, amigos da Fretilin!
«A FRETILIN rejeita totalmente este governo e vai continuar a combater no sentido de não cooperar com este governo inconstitucional, um governo que não serve para nada, um governo que viola a Constituição da República Democrática de Timor-Leste», explicou Lu-Olo e prometeu ainda a abertura da «frente de luta» da FRETILIN «por vias legais» nomeadamente através de acções no parlamento.
«Temos 21 cadeiras com mais alguns aliados e vamos combater dentro do próprio parlamento e depois vamos abrir mais outras frentes de luta através de manifestações nos distritos, aqui mesmo em Díli».
Tal como os deslocados que não têm nada a perder porque já lhes tiraram tudo, então por que não lutar?
Vamos, à luta amigos da Fretilin! A luta é o caminho!
Conseguirá alguém viver em paz quando é "ajudado" com injecções periódicas da guerra, tem a vizinhança a instilar quotidianamente veneno e calúnia, quando os que, dentro de casa, se dizem arautos da concórdia e da misericórdia - Xanana e Horta! - não aceitam ver beliscado - ao de leve que seja - o seu estatuto de privilegiados exclusivos, únicos portadores da verdade única?
Para quê escolhas democráticas quando roubam desavergonhadamente a vitória da Fretilin cujo único “crime” foi não servir os interesses dos poderosos, e particularmente dos gananciosos vizinhos estrangeiros?
As eleições apenas servem para homologar a presença nos órgãos de decisão de quem decide de acordo com os "donos do mundo", mesmo tendo-as perdido como perdeu clamorosamente o Xanana?
Muito mais que lamentável, tudo isto é um nojo, uma indignação, uma exigência de luta. Bem faz a Fretilin que não se acomoda e vai à luta!
Bem fazem todos os seguidores da Fretilin que não calam a sua revolta perante tão descarada usurpação dos seus votos que foram maioritários.
Nunca em Portugal – pese embora todas os recuos da nossa democracia – roubaram de forma tão acintosa o direito do mais votado formar governo.
Formaram-no com minorias Mário Soares, Cavaco Silva, António Guterres, Durão Barroso entre outros e o de Cavaco teve a mesma percentagem da Fretilin e teve também os partidos perdedores a exigirem do PR serem eles a formar governo e Mário Soares não cedeu!
É simplesmente vergonhoso que a comunidade internacional em geral e Portugal e a ONU em particular se calem, sancionando esta insensata e anti-democrática pouca-vergonha.
Isto é um autêntico roubo à mão armada à democracia depois de terem andado mais de um ano - com difamações, calúnias, violência, incêndios e pilhagens - a tentar roubar a honra do único partido Timorense que lutou durante 24 longos e duros anos pela libertação da sua pátria.
Como é que querem que sem democracia haja paz? Sem democracia nunca há paz!
«Timor é um caso de sucesso que acabou em 20 de Maio de 2002» esta é a frase imbecil que o então PR e agora nomeado para PM se gaba de dizer a todas as personalidades que visitam o seu país desde 20 de Maio de 2002, a data formal da independência de Timor-Leste.
E é este imbecil e arrogantemente mesquinho idiota que perdeu as eleições que vai ser o PM! Valha-nos Deus! Muito sofre o sofredor povo Timorense!
"Tomei a decisão de convidar a Aliança da Maioria Parlamentar (AMP) para formar o governo", disse Ramos Horta.
Convidar para formar governo quem não se sujeitou ao escrutínio popular é contra todas as regras de qualquer democracia, tanto mais que não se deu ao partido mais votado a oportunidade de formar governo e de apresentar o seu programa para apreciação parlamentar.
E pior ainda, está a convidar o que nem sequer existe, pois a alegada AMP não passa de um cozinhado de quatro líderes que ATÈ HOJE, nem sequer foi institucionalizada pelas direcções dos respectivos partidos
"Não pensem que a Fretilin perdeu” diz o Horta.
Não, toda a gente sabe que a Fretilin não só não perdeu como ganhou as eleições e que está a ser imoral e indecentemente roubada dessa sua vitória. Apenas para o Horta é que a Fretilin ganhando, perdeu.
Mas os hortas passam e os partidos com raízes profundas na defesa dos interesses do povo permanecem.
Vivam os Timorenses e Viva a luta dos Timorenses pela libertação e independência nacionais.
COMO A MELICIA INDONESIO, A FRETILIN QUEIMA AS EVDENCIAS DOS CRIMES COMETIDOS DURANTE 5 ANOS..
JA E' TEMPO DE ALKATIRI E LUOLO ACOMPANHAREM ROGERIO LOBATO.
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