sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Timor-Leste: 110 casas destruídas em dois distritos




Pelo menos 110 casas foram destruídas nas últimas 24 horas nos distritos de Viqueque e Baucau, leste de Timor-Leste, na sequência dos incidentes violentos iniciados esta semana em Díli, disse hoje à Lusa a porta-voz da polícia da ONU (UNPOL).

Kedma Mascarenhas acrescentou que número ainda não determinado de pessoas abandonaram as suas casas, refugiando-se nas montanhas.

«A situação está agora calma em Baucau e Díli. No caso da capital não há registo de incidentes desde quinta-feira de manhã (hora local)», precisou.

Embora tenha sido confirmada a destruição de 110 casas, a UNPOL dispõe de informações que apontam para a destruição, parcial ou total, de 142 casas, com os incidentes a serem marcados por bloqueios de estradas.

Além das mais de 50 detenções efectuadas quarta-feira em Baucau pela Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) e UNPOL, a UNPOL reportou hoje a detenção de mais quatro indivíduos.

Em Díli, foram feitas 17 detenções, todas relacionadas com apedrejamentos de viaturas civis e das Nações Unidas e confrontos entre grupos de jovens rivais, em incidentes verificados sobretudo a coberto da noite.

Relativamente às pessoas que abandonaram as suas casas, Kedma Mascarenhas disse à Lusa que «por enquanto não há um número», mas adiantou que representantes das agências da ONU «viajam sábado de avião para Baucau, para fazerem uma avaliação da situação e contabilizarem o número real de refugiados».

Os incidentes em Timor-Leste estão relacionados com o impasse que rodeou a designação do primeiro-ministro.

A Fretilin, vencedora das legislativas de 30 de Junho mas sem obter maioria absoluta, rejeitou e denunciou a escolha de Xanana Gusmão como traduzindo um «golpe de Estado constitucional».

O Presidente José Ramos-Horta justificou a escolha de Xanana Gusmão, indicado por uma coligação pós-eleitoral liderada pelo CNRT, a que se juntaram mais três partidos minoritários.

Xanana Gsmão foi empossado quarta-feira no cargo de primeiro-ministro.

Entretanto, a UNICEF apelou à protecção das escolas, algumas das quais foram vandalizadas ou destruídas nesta mais recente onda de violência em Timor-Leste.

Em comunicado enviado à Lusa, a UNICEF receia que a violência ponha em causa o início do ano escolar, formalmente em curso desde o passado dia 06.

Diário Digital / Lusa

2 comentários:

Anónimo disse...

Por aqui se vê a insensatez da decisão do Horta.

O povo de Timor-Leste tem dignidade e não aceita injustiças e roubalheiras.

E agora Senhor Presidente, não está na hora de reconhecer que fez a maior burrice da sua vida ao usurpar o direito de o partido mais votado formar governo?

Anónimo disse...

Lemos a Constituicao e o Artigo 106 e 85 apoiam a decisao do PR Horta. Quem esta errado e' a Fretilin porque nao quer acabar de ler esses dois artigos mas parou no partido que ganhou.

Eu sou burro mas compriendo o que esta claramente escrita na Constituicao, se os senhores DR da Fretilin nao conseguem ler e compriender a Constituicao, devem dar lugar a outros porque o povo nao e' tao burro como pensam. Nas proximas eleicoes a Fretilin vai mais uma vez pagar caro por toda esta destruicao. Se nao se acautelam ainda acabam com 5 por cento.