quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Timor Leste: O Presidente da República afirmou que os timorenses "não aprenderam nada com o passado"


O Presidente da República, José Ramos-Horta, hoje no Parlamento Nacional que os timorenses "não aprenderam nada com o passado" e, num discurso comemorativo do referendo pela independência, teceu duras críticas à Fretilin.


"O nosso ego tem sido sempre demasiado grande", afirmou José Ramos-Horta perante os deputados e vários convidados estrangeiros.

O discurso assinalou os oito anos sobre a consulta popular que, em 30 de Agosto de 1999, abriu caminho à independência de Timor-Leste, concretizada a 20 de Maio de 2002, após um período de transição de dois anos considerado "curto" por José Ramos-Horta.

"Não aprendemos nada do passado e continuamos a cometer os mesmos erros que custaram muitas vidas no passado não distante", declarou o Presidente da República.

"Mais de três décadas passadas, tenhamos a coragem de reconhecer os erros cometidos pela elite política da geração de 70 pois os erros cometidos em determinada época custaram muito caro ao povo", acrescentou José Ramos-Horta.

O Presidente da República analisou os factores que conduziram à independência e criticou a liderança que ocupou o poder nos primeiros cinco anos do Estado timorense, incluindo ele próprio, chefe da diplomacia no I Governo e primeiro-ministro do II Governo Constitucional.

"A diáspora timorense viu-se de repente com o poder nas mãos", recordou José Ramos-Horta.

"Afastados 24 anos da Pátria, estávamos alienados da nova realidade timorense", afirmou.

"Apesar de minoria, fomos nós que mais poder acumulámos, criando logo à partida forte ressentimento, acentuado quando a nova élite política foi sendo percepcionada como arrogante e alienada da nova realidade timorense".

"Não soubemos construir pontes entre as gerações e diferentes camadas sociais, entre Díli e as zonas pobres do Timor-Leste interior, entre a élite governativa e a sociedade civil, em particular a Igreja", considerou também o chefe de Estado.

João Cravinho, secretário de Estado português dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, foi um dos convidados da cerimónia oficial e considerou, no final, "extremamente interessante" o discurso do chefe de Estado.

João Cravinho chegou pouco depois das 08:00 (00:00 em Lisboa) a Díli, para uma visita oficial de quatro dias, durante a qual visitará vários projectos da Cooperação Portuguesa nas áreas da educação, justiça, agricultura e infraestruturas.

4 comentários:

Anónimo disse...

"Não aprendemos nada do passado e continuamos a cometer os mesmos erros que custaram muitas vidas no passado não distante", declarou o Presidente da República.

"Mais de três décadas passadas, tenhamos a coragem de reconhecer os erros cometidos pela elite política da geração de 70 pois os erros cometidos em determinada época custaram muito caro ao povo", acrescentou José Ramos-Horta.

Anónimo disse...

Burro velho nada aprende e o Horta além de velho, está gordo, gasto, desgastado, um nojo!

Anónimo disse...

O Presidente da República analisou os factores que conduziram à independência e criticou a liderança que ocupou o poder nos primeiros cinco anos do Estado timorense, incluindo ele próprio, chefe da diplomacia no I Governo e primeiro-ministro do II Governo Constitucional.

"A diáspora timorense viu-se de repente com o poder nas mãos", recordou José Ramos-Horta.

"Afastados 24 anos da Pátria, estávamos alienados da nova realidade timorense", afirmou.

Anónimo disse...

de facto o mais burro é mesmo ele porque anda a repetir as mesmas lérias há que tempo. Mas ninguém tem a caridade de lhe dizer que está na hora de mudar a cassete?