quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Timor Leste: Xanana Gusmão primeiro-ministro do IV Governo Constitucional


Díli, 08 Ago (Lusa) - Xanana Gusmão, presidente do Congresso Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), tomou hoje posse como primeiro-ministro do IV Governo Constitucional, numa cerimónia sem a presença da Fretilin que o ex-chefe de Estado encerrou com um apelo contra a violência.

"O povo tem vindo a provar que a política de intimidações e violência não o desencoraja, no momento crucial de dar o sim ou o não, ao seu próprio futuro", declarou Xanana Gusmão num longo discurso de posse.

"Os resultados da eleição do passado dia 30 de Junho são absolutamente inequívocos, abrindo um novo ciclo na vida política do país", afirmou o novo primeiro-ministro.

"Este mandato revela a vontade política de mudança dos timorenses, um sinal de confiança, mas também de exigência e por isso dedico-o a todos os timorenses, desde Lospalos a Oécussi", afirmou Xanana Gusmão.

Nenhum dirigente da Fretilin compareceu à tomada de posse do IV Governo Constitucional, uma ausência que vários elementos da Aliança para Maioria Parlamentar, de que o CNRT faz parte, consideram "lamentável" e "triste".

Num longo discurso em que estabeleceu as prioridades da governação, Xanana Gusmão defendeu "uma transformação radical do Estado que denuncie o partidarismo existente na Administração Pública".

Outra proposta é a aplicação de "um novo sistema fiscal" como proposto pelo Presidente da República, José Ramos-Horta.

Durante a cerimónia de posse, que decorreu no Palácio de Lahane, a sul de Díli, ocorreu uma manifestação contra a formação do novo Executivo em frente ao Palácio do Governo, no centro da cidade.

3 comentários:

Anónimo disse...

'tadinha da ONU!... Que mais lhe irá acontecer?!...

Não! Não me apetece comentar directamente a designação do sr. Alexandre Gusmão para quarto Primeiro --- sim: quarto primeiro ministro em cerca de um ano!... --- de Timor Leste. Mas dei comigo a pensar nas desgraças que acontecem a quem anda à chuva...
Já repararam que a ONU em Timor está, objectivamente, não só a tentar evitar que os timorenses "se comam uns aos outros" --- passe a liberdade e exagero da expressão --- mas também a proteger as instituições timorenses, designadamente o novo governo?
Tendo sido este designado de uma forma que, nitidamente, levanta muitas dúvidas sobre a sua constitucionalidade --- eu não as tenho (vd posts anteriores...) ---, podemos perguntarmo-nos sobre se a ONU não estará (objectivamente, como dissemos) a proteger uma situação ferida de inconstitucionalidade.
Para o que ela estava reservada, coitada! Que angústia existencial! A instituição que é (?) o paradigma da democracia e do rule of law à escala mundial metida numa tal salganhada...
Porém, o pior é que não há, aparentemente, qualquer sinal de desconforto perante a situação...
Coitada!... Calculo a angústia que deve sentir! Deve estar pior que o guarda-redes antes do penalti!...
Que mais lhe irá acontecer?!...

Publicada por Manuel Leiria de Almeida, do Alto do Tatamailau

Anónimo disse...

Até têm como ministro o porta-voz dos Vermelhos e Brancos que entre outros "feitos" mataram à catanada 25 Timorenses que se tinham abrigado na igreja de Liquisa. Fora com estes assassinos usurpadores! Abaixo o Horta e o Xanana! Abaixo os traidores!

Anónimo disse...

Este mandato representa tão somente fazer o frete aos Australianos e Norte-americanos e acabar o golpe que começou há dois anos com a benção da Igreja do Vaticano. Os três – Austrália, USA e Vaticano – estão com pressa em deitar a mão ao gás e petróleo do Mar de Timor, por isso investiram nessa parelha de palhaços no Horta e no Xanana.