sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Brasileiro é indicado pela ONU para o Timor Leste

13/02/2008
O juiz José Barroso Filho, da Justiça Militar de Manaus, se prepara para assumir o posto de juiz internacional no Timor Leste. Ele foi aprovado em no processo seletivo promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A seleção internacional foi realizada para escolher somente um magistrado para instruir e julgar processos cíveis e criminais do país - inclusive os que tratam dos crimes de guerra praticados durante a ocupação da Indonésia. A atividade jurisdicional deve ocorrer no prazo de um ano e ainda prevê a participação do magistrado como professor orientador do Centro de Formação Judicial do Timor Leste.
A seleção começou em outubro do ano passado e foi concluída na última semana. Para tanto, interessados de diversos países submeteram-se s etapas que incluíram análise de currículo, de documentos e provas orais. Na avaliação do magistrado brasileiro, a experiência na carreira jurídica e a atuação em diversas áreas do Direito foram fundamentais para a indicação de seu nome.
"Fiz minha inscrição e me submeti s diversas fases desse processo. Era apenas uma vaga para atuar como juiz internacional e orientar os juízes timorenses. A última delas foi uma entrevista feita por telefone onde estavam presentes quatro juízes internacionais, entre eles o presidente do Tribunal de Recursos do Timor Leste, Cláudio Ximenes", conta o juiz José Barroso Filho. "São mais de 15 anos de experiência como magistrado, com atuação em áreas diversas, como criminal, família, eleitoral e outras. Acho que também contou minha atuação como professor em escola de Magistratura."
Barroso Filho nasceu em Ribeirão Preto (SP), mas vive em Manaus desde 2004. Atualmente é titular da 12ª Circunscrição Judiciária Militar, responsável por Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima, com sede em Manaus. "Eu continuo sendo juiz dessa região, mas a partir do mês que vem estarei licenciado pelo tribunal para atuar como juiz internacional."
Segundo o juiz, o desejo de contribuir com as questões jurídicas nesse país o motivaram a participar do processo de seleção. "Há anos eu acompanho as lutas dos timorenses. Trata-se de um povo muito sofrido, mas que sempre lutou por sua liberdade. É esse espírito de luta que me atrai e me leva a crer que de alguma forma posso contribuir com minha experiência para o crescimento do mais novo país do século 21."
Fonte: Agência Estado

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