Nova Iorque, Nações Unidas, 18 Fev (Lusa) - O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai voltar a discutir a situação em Timor-Leste na quinta-feira, disseram fontes da organização.
A reunião tem como objectivo essencial debater uma proposta do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon para a prorrogação do mandato da missão da ONU em Timor, UNMIT, por mais um ano.
O mandato da UNMIT termina no fim do mês.
O relatório de Ban Ki-moon foi elaborado e entregue ao Conselho de Segurança das Naçoes Unidas antes da última crise no país causada pelas tentativas de assassínio do Presidente José Ramos-Horta e do primeiro-ministro Xanana Gusmão.
Contudo, as fontes na ONU disseram à Lusa que o representante do secretário-geral em Timor deverá estar presente à reunião para informar o Conselho de Segurança sobre os últimos desenvolvimentos no território além de prestar esclarecimentos sobre o relatorio de Ban Ki-moon.
Citando a "fragilidade" da situação em Timor-Leste, o secretário-geral da ONU propôs a extensão do mandato da missão da UNMIT no país, por mais um ano.
O documento sublinhou em particular a incapacidade de a polícia de Timor-Leste assumir responsabilidades pela segurança do pais.
O relatório está em parte ultrapassado pelos últimos acontecimentos pois Ban Ki-moon tinha escrito que a situação de segurança havia melhorado através do pais "sem grandes incidentes de segurança ou de violência".
No entanto, "diferenças persistentes e e falta de cooperação entre alguns dirigentes políticos e partidos impediu o consenso em se resolver algumas questões-chave" como a questão dos cerca de 100.000 deslocados internos.
Ban aludiu também a problemas entre a polícia timorense e as forças policiais da ONU afirmando que agentes da polícia timorense têm "resistido" a ser supervisionados e aconselhados pela polícia da UNMIT, "por se considerarem prontos a assumir maiores responsabildiades operacionais".
O secretário-geral da ONU disse que vários dirigentes timorenses tinham tambem manifestado "preocupações" sobre o ritmo lento de "certifcação" de agentes da polícia timorenses e de entrega de responsabilidades à policia nacional.
Não obstante, Ban Ki-moon indica que a polícia de Timor-Leste está longe de estar pronta a assumir grandes responsabilidades.
A polícia é uma das "instituições mais críticas" para Timor-Leste, que "precisa de ajuda sustentável", requerendo ainda "mais treino, desenvolvimento institucional e maiores capacidades para estar em posição de assumir responsabildades totais para fazer face a potenciais situações de segurança voláteis".
Ban Ki-moon faz notar que, em Timor-Leste, agentes da força polical da ONU "continuam a ser necessários para responder a lutas entre grupos e da istúrbios públicos".
"A ocorrência diária de distúrbios públicos faz sublinhar a necessidade da continuação da presença policial da UNMIT para levar a cabo interinamente a aplicação da lei até a força policial nacional estar totalmente reconstruída," afirma o documento.
Ban Ki-moon propõe de seguida a extensão do mandato da UNMIT "por mais 12 meses na sua actual força e composição".
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário