12/02/2008
da Folha Online
A polícia da ONU em Timor Leste identificou os primeiros suspeitos dos atentados de segunda-feira contra o presidente José Ramos-Horta e o primeiro-ministro Xanana Gusmão, informou a rádio australiana ABC.
Nenhum deles foi formalmente acusado, mas as forças de segurança internacionais estão interrogando 11 homens e aguardam o relatório do procurador-geral do país.
Ramos-Horta, 58, continua com a saúde é estável após ser baleado na região do estômago. O presidente foi atingido no pulmão direito, e embora consiga respirar sem a ajuda de aparelhos, continua ligado a eles e está em coma induzido.
O presidente está internado em um hospital da cidade australiana de Darwin, para onde foi levado após uma cirurgia de emergência em seu país.
Antes de ser operado pelos especialistas do Royal Darwin, o presidente de Timor Leste e Prêmio Nobel da Paz em 1996 foi submetido a uma primeira operação de emergência em Dili, imediatamente após ter sido atacado enquanto fazia exercícios físicos.
Um dos guarda-costas de Ramos-Horta ficou ferido e, além de Reinado, outros dois militares rebeldes morreram no tiroteio.
Segundo o ministro das Relações Exteriores australiano, Stephen Smith, que nesta terça se reuniu na cidade de Darwin com o chanceler timorense, Zacarias da Costa, cerca de vinte rebeldes, divididos em dois grupos de aproximadamente dez, teriam participado dos ataques contra Ramos Horta e Gusmão.
Na segunda-feira, o governo de Timor Leste declarou estado de exceção durante 48 horas em todo o país, incluindo o toque de recolher a partir das 20h (9h de Brasília).
Cerca de 1.600 policiais da ONU e mil soldados australianos participam das tarefas de busca dos vinte militares rebeldes que fugiram após atirarem em Ramos Horta perto de sua casa, e de tentar fazer uma emboscada ao comboio de veículos no qual estava Gusmão.
O líder dos amotinados, Alfredo Reinado, morreu no tiroteio com os seguranças de Ramos Horta, que levou ao menos dois tiros.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
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