ONU não prestou socorro
11-02-2008 2:18:00
O vice-presidente do Parlamento timorense, Vicente Guterres, é o chefe de Estado interino .O estado de Ramos Horta é estável.
A intervenção cirúrgica a Ramos-Horta já terminou e o estado de saúde do Presidente timorense é estável, disse a sua chefe de gabinete, Natália Carrascalão.
Segundo a hierarquia constitucional do país, com José Ramos-Horta, chefe de Estado de Timor-Leste, impossibilitado de exercer funções, depois de ter sido por uma bala no estômago e com o presidente do Parlamento, Fernando "La Sama" de Araújo, em visita oficial a Portugal, Vicente Guterres assume interinamente a Presidência.
O ministro dos Negócios Estrangeiros timorense, Zacarias da Costa, indicou em declarações à Lusa, que "La Sama" deu por terminada a sua visita a Portugal e que regressará a Díli o mais rapidamente possível.
Entretanto, o Parlamento timorense reúne-se hoje de manhã (hora local) de emergência para analisar a situação.
Socorro demorou mais de uma hora
O Presidente timorense ficou mais de uma hora no quarto da sua residência, em Díli, à espera de socorro, após o ataque de que foi alvo, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste.
"Ninguém partiu logo em seu socorro", adiantou o governante timorense em contacto telefónico feito pela Lusa a partir de Lisboa.
"As forças da ONU fecharam a estrada mas não o socorreram de imediato e ele ficou mais de uma hora deitado no seu quarto à espera que alguém o socorresse", acrescentou.
Segundo João Carrascalão, dirigente da União Democrática Timorense (UDT), os efectivos da GNR foram os primeiros a socorrer o Presidente timorense.
Carrascalão criticou a acção das forças policiais da ONU : "O que é grave é que a UNPOL (Polícia das Nações Unidas) chegou ao local, ficou a 300 metros e não deu qualquer assistência ao Horta. Foi a GNR que foi lá socorrê-lo", disse.
João Carrascalão manifestou-se "muito preocupado" pelos ataques de hoje de manhã, que considerou "premeditados e concertados" contra o presidente José Ramos-Horta e o primeiro ministro Xanana Gusmão. (Ver destaque).
"As coisas vão piorar. Ninguém pensava que fossem fazer fogo sobre o presidente, em especial porque era o único nas negociações (entre Alfredo Reinado e as autoridades) que era aceite pelas duas partes", afirmou.
Carrascalão disse que os ataques a Ramos-Horta e a Xanana Gusmão foram concertados e premeditados " para coincidir com a visita dos ministros da CPLP e para desacreditar o governo e as forças de segurança".
"Tudo indica que eram do mesmo grupo, dividido em dois. O que atacou o Horta tinha carros e motas", afirmou.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
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