domingo, 24 de fevereiro de 2008

Timor-Leste: Ramos-Horta agradece apoio português


23.02.2008 - 17h33 Lusa, PÚBLICO
O Presidente timorense, José Ramos-Horta, na sua primeira declaração após o atentado que sofreu no passado dia 11, disse estar muito sensibilizado com o apoio que recebeu de Portugal, em particular do seu homólogo, Cavaco Silva.

A mensagem de Ramos-Horta – que recupera num hospital de Darwin dos ferimentos de bala sofridos durante o ataque à sua residência, em Díli – foi transmitida à Lusa pelo cunhado João Carrascalão, adiantando que o Presidente timorense “está "muito sensibilizado e agradecido com o povo português e muito preocupado com o povo timorense”.

O chefe de Estado timorense agradece, em especial, ao Presidente da República “pela condenação enérgica e imediata dos ataques e pelo apoio manifestado” e sublinha que pretende “saber a fundo tudo o que se passou, levando a investigação até ao fim”.

Reagindo a esta mensagem, Cavaco Silva congratulou-se com a rápida recuperação do seu homólogo timorense: “O que eu mais desejo é que o Presidente Ramos-Horta regresse rapidamente para junto do seu povo”

O Presidente português admitiu que a política de diálogo com os rebeldes seguida pelas autoridades timorenses não resultou e disse esperar que os responsáveis pelos atentados sejam julgados.

"Tivemos ali um ataque sério às instituições democráticas de Timor. Espero bem que as autoridades timorenses consigam agora julgar, como deve ser e no respeito pela lei, aqueles que tentaram assassinar, segundo a informação disponível, quer o Presidente, quer o primeiro-ministro", afirmou, dizendo suspeitar de uma tentativa de “decapitação das instituições democráticas” timorenses.

Nas declarações que enviou através do seu cunhado, Ramos-Horta afirma-se de "muito bom humor" e manda informar o seu homólogo português que receberia com agrado em Darwin "alguns pastéis de Belém e um bom vinho do Porto".

Cavaco Silva, que falava durante uma deslocação a Boticasa, registou o pedido e prometeu rapidez.

"Gostaria de lhe fazer chegar rapidamente [pastéis de Belém e vinho do Porto]. Talvez quando for uma próxima missão da GNR se possam enviar", acrescentou, notando, com humor, que dado a viagem ser longa, os pastéis de nata deverão chegar já frios.

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