sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

TIMOR-LESTE : Alfredo Reinado enterrado no quintal de sua casa



14 de Fevereiro 08

Alfredo Reinado, morto durante o assalto à casa do presidente timorense Ramos-Horta, foi enterrado, esta quinta-feira, no quintal da sua residência, no Bairro Marconi, na capital timorense, Díli.As cerimónias fúnebres de Alfredo Reinado, cujo corpo estava em câmara ardente desde quarta-feira, começaram pelas 16:00 locais (7:00 em Lisboa) na residência do pai adoptivo do major revoltoso.Após a celebração da missa na casa de Vítor Alves, os caixões com os restos mortais do major e do seu companheiro Leonardo, também abatido no decurso deste ataque, saíram em cortejo para a residência do major, a 200 metros da casa do seu pai adoptivo.Centenas de pessoas marcaram presença nestas cerimónias, realizada sob fortes medidas de segurança, que foi feita por elementos da GNR e por unidades especiais da polícia timorense.O funeral esteve inicialmente marcado para as 10:00 locais, contudo, acabou por ser adiado para mais tarde, dado que a campa ainda não estava pronta, explicou Vítor Alves, em declarações à agência Lusa. Entretanto, o estado de saúde do presidente timorense está a evoluir como se esperava, sem que se tenham registado complicações, anunciou o hospital de Darwin, na Austrália, onde José Ramos-Horta está a ser tratado.A directora da unidade de cuidados intensivos do Royal Hospital de Darwin diz estar satisfeita com os progressos registados e considerou mesmo que nos «próximos dias» Ramos-Horta deverá acordar do coma induzido em que tem estado.Dianne Stephens adiantou ainda que se esperam progressos para que o presidente timorense deixe de estar ligado a um ventilador e acrescentou que os ferimentos que tem continuam a ser tratado, tratamento que só acabará quando estiverem «completamente sarados».

6 comentários:

Anónimo disse...

Centenas de pessoas despediram-se de Reinado como um "herói" e "campeão"
** Pedro Rosa Mendes, da Agência Lusa **

Díli, 14 Fev (Lusa) - Centenas de pessoas participaram hoje no funeral de Alfredo Reinado, no Bairro Marconi, em Díli, num cortejo sem incidentes, quase silencioso, entre a casa do seu pai por adopção e a casa do major.

Alfredo Alves Reinado, 39 anos, ex-comandante da Polícia Militar timorense, desertor das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), fugitivo à justiça desde 2006, estava acusado de crimes de homicídio, rebelião contra o Estado e posse de material de guerra.

Hoje, Alfredo Reinado foi levado a enterrar, no seu próprio quintal, por uma multidão para quem o major era, não apenas isso, ou muito mais que isso: era um "herói" e um "campeão".

Era isso que diziam muitas das faixas e estandartes exibidos pela multidão, muito jovem, que prestou homenagem ao homem que morreu segunda-feira no ataque que liderou contra a residência do Presidente da República, José Ramos-Horta.

Leopoldino Mendonça Exposto, 30 anos, também natural de Maubisse (oeste), um dos homens do grupo de Alfredo Reinado e que era co-arguido no mesmo processo, morreu no mesmo ataque que o major e teve, por isso, direito a partilhar com o chefe o velório e a campa.

Uma campa para os dois caixões foi aberta hoje no quintal da casa de Alfredo Reinado e coberta com cimento armado perante a multidão.

As pessoas, enchendo a rua, apertadas contra as grades da casa sob um calor sufocante, lançavam flores e velas para dentro de baldes de plástico que passavam sobre as suas cabeças, de mão em mão, como se lançassem moedas no fim de um espectáculo de rua.

Como já acontecera no velório, quarta-feira, houve cenas de convulsão e grande tensão entre o círculo mais restrito de Alfredo Reinado.

Num muro fronteiro, um grande retrato do major, pintado em Ermera (oeste), foi pendurado num muro. É o mesmo retrato que, em Fevereiro de 2007, apareceu na Banana Road, em Díli, depois de o major ter assaltado três postos da polícia fronteiriça.

Para o empresário Vítor Alves, o homem que cuidou como um pai de Alfredo Reinado desde os seus três anos de idade, o envolvimento no atentado que deixou José Ramos-Horta em estado crítico não diminuiu a aura do major fugitivo.

"O que está a parecer, é o que está a acontecer", respondeu Vítor Alves, fazendo um gesto para a multidão no Bairro Marconi, quando questionado sobre o impacto negativo dos ataques de segunda-feira. "Isso são provas. Amanhã, se passarem cá, continuará a vir gente na mesma".

"Nunca esperava isto. É qualquer coisa que este meu filho adoptivo deixou na juventude. É uma solidariedade, um sentimento profundo, uma crença entre a juventude e ele. Não sei medir isso", explicou Vítor Alves em português correcto, com um sotaque do Minho.

O empresário timorense é filho de um empreiteiro de Monção que, nos anos 1950, veio para Timor para realizar contratos de obras públicas.

"A sepultura de Alfredo vai ser um local de peregrinação", explicou Vítor Alves à Agência Lusa, já depois do funeral, de volta a sua casa, distante cerca de 300 metros da do seu filho adoptivo.

À sua frente, debaixo do toldo azul que protegeu o caixão de Alfredo Reinado, uma fila de jovens aproximava-se de uma fila de mesas carregadas de travessas e pratos. O banquete ia começar, em redor também de outra série de iguarias que ocupava a rua da casa de Vítor Alves.

Em Timor-Leste, a grandeza do defunto mede-se em grande medida nesta boda póstuma. Para as exéquias de Alfredo Reinado foram mortos "uns dez búfalos", explicou Vítor Alves.

Quem não soubesse, diria que tanta comida e tranquilidade seria de um banquete de casamento. Não era, mas o funeral de Alfredo Reinado teve a marca delicada, ritual, da sua agitada vida sentimental.

Vítor Alves, pai e, portanto, sogro por adopção, entregou, por tradição, uma bandeira de Timor-Leste (porque o morto era um militar) e um pano tradicional (porque o morto era seu marido) à mulher "tradicional" de Alfredo Reinado.

Houve outro pano, devido à esposa "católica" do major, que será enviado para Perth, Austrália, onde a primeira mulher de Reinado vive com os quatro filhos do casal. Não pôde estar presente, mas eram "suas" as flores de plástico que velaram a cabeceira do caixão de Reinado.

"Os panos para as viúvas são uma forma de elas recordarem o Alfredo. É como dizer: enrola o teu coração em mim, agora que morri", explicou Vítor Alves à Lusa imitando o gesto das mulheres timorenses quando enrolam o tronco num "tais".

A colocação do cimento sobre a dupla campa de Alfredo e Leopoldino continuou. Os rituais fúnebres vão também continuar. Vítor Alves deixou o quintal do seu filho, passando ao lado das quatro palmeiras que têm uma placa metálica, como se num estranho jardim botânico, dizendo "Pahotologia".

"No fundo é um jardim", comentou Vítor Alves sobre o costume das sepulturas no quintal.

O "pai" de Reinado caminhou pela rua cheia de lama, recebendo "condolências da grande família" - como diziam, em indonésio, muitas das coroas de flores e das camisolas estampadas. Ia descalço, pés no barro, como em todo o funeral. "O meu filho nasceu pobre. Esta é a última homenagem que posso dar-lhe", disse, embargado por um momento, o ex-páraquedista português.

Lusa/fim

Anónimo disse...

O estranho costume de sepultar no quintal das casas
Díli, 14 Fev (Lusa) - Alfredo Reinado foi hoje sepultado na sua residência em Díli num hábito enraizado na população timorense que a própria Igreja Católica já tentou combater sem êxito, como explicou à agência Lusa o bispo D. Basílio do Nascimento.

Em muitos quintais de Timor-Leste é comum encontrar sepulturas, mas questionado se o hábito de algumas famílias é uma tradição, D. Basílio do Nascimento considera que "não", mas dá uma explicação histórica.

"Antigamente, os que não eram baptizados não tinham direito à salvação e por isso eram sepultados em terrenos baldios. Mas as famílias começaram a optar por enterrar as pessoas nos quintais das casas em vez de estarem a deixar num terreno qualquer", explicou o bispo de Baucau.

Mais tarde, foram ainda criados cemitérios para não baptizados, acrescentou.

Actualmente, segundo D. Basílio do Nascimento, algumas pessoas optam por enterrar os seus familiares no jardim ou quintal porque acham que assim "estão mais perto deles e podem cuidar melhor da campa".

O prelado explicou também que em meados dos anos 1990, o então administrador apostólico de Díli, D. Carlos Ximenes Belo, divulgou uma recomendação para que as famílias não enterrassem os seus familiares nos terrenos em volta da casa por questões de saúde pública, mas entre o conselho do prelado e a prática comum "vai ainda uma distância grande".

"No tempo da administração portuguesa, e já na altura por razões de saúde pública, era proibido enterrar as pessoas em casa, mas quando regressei a Timor em meados da década de 90, vi muitas sepulturas espalhadas pela cidade e nos quintais", disse.

Além da tradição dos enterros dentro do perímetro da casa, no final das cerimónias fúnebres a família do morto oferece um banquete de agradecimento aos presentes, quer pelas ajudas recebidas para o funeral quer pela simples participação na cerimónia.

Entre as famílias, explicou ainda D. Basílio do Nascimento, depois do funeral é hora de "acertar contas", já que, segundo a tradição, os familiares do defunto terão direito a receber ajudas de bens materiais, como alguns búfalos, que são mortos especialmente para o banquete fúnebre, ou que são entregues vivos à família.

"Se fosse o falecimento de uma mulher já viúva, seria o sogro a ter de pagar uma compensação à família dela, mas aqui é o pai adoptivo que tem o direito", concluiu o bispo de Baucau.

No caso de Alfredo Reinado, morto no ataque de segunda-feira à residência do presidente timorense, o facto de ter sido hoje sepultado na sua casa no bairro Marconi terá a ver com os receios de distúrbios durante o cortejo fúnebre entre Díli e Maubisse - a sua cidade natal, situada a cerca de 60 quilómetros a sul da capital - e alegadas ameaças de rapto do cadáver.

JCS/PRM.
Lusa/Fim

Anónimo disse...

Edition: 14 February 2008
Major Alfredo Reinado Alves, O Nia Isin Mak Mate, O Nia Klamar Sei Moris Leopoldino Husik Hela Oan Nain Rua
DILI- Joven barak hein mate isin Maijor Alfredo iha uma nebee mate isin atu hatoba ba. Kuandu mate isin too iha uma joven barak hakilar no haklaken “viva “Major Alfredo, o nia isin mak mate, o nia klamar sei moris,”nee haklaken nebee mosu husi joven waihira matebian Major Alfredo Reinado Alves too iha hela fatin.
Mate isin Alfredo ho Leopoldino halo otopsia iha Segunda (11/2) hafoin lori ba hela fatin kuandu hetan autorizasaun husi Prokurador Jeral Longuinho Monteiro iha Kuarta (13/2). Mate isin nebee rai iha mortuariu Hospital Nasional Guido Valadares loron rua.

Prosesu foti mate isin Alfredo ho Leopoldino lao ho seguransa metin nebee halo husi forsa F-FDTL, Guarda Nasional Republikana (GNR) ho Unidade Intervensaun Rapida (UIR) iha area Hospital.

Mate isin Alfredo ho Leopoldino, Hospital entrega ba familia matebian iha oras 16.16 OTL, no tula iha kareta ambulansia rua no lori kedan ba mate uma, iha Markoni, Fatu Hada.

Wainhira mate isin too mate uma, simu kedan ho hakilar no tanis husi familia matebian nain rua. Hafoin nee, mate isin Alfredo ho Leopoldino nebee iha tiha ona kaixaun laran tau iha meza ida deit.

Depois rona ejijensia husi juventude simpatizante Major Alfredo ho Leopoldino nebee mak antusiamu hakarak haree matebian nain rua nian oin, ejiji ba familia matebian hodi loke kaixasaun.

Responde ba ejiejensia husu juventude hirak nebee mak halibur aan iha matebian nian uma, familia matebian mos loke kaixaun para ema hirak nebee mak halibur aan iha mate isin nian uma hodi haree ho matan mate isin Alfredo ho Leopoldino.

Wainhira haree mate isin, juventude hotu hakilar ho liafuan makaas, “Viva Major Alfredo, Major Alfredo o Nia Isin Mak Mate, o Nia Klamar sei moris.” No wainhira hakilar juventude sira mos kaer foto Alfredo ho ukuran 5 R no 10 R.

Mesmu juventude sira hakilar ho lian makaas, maibe iha fatin mate uma la akontese buat ruma, no iha fatin mate uma iha mos siguransa masimu husi forsa GNR, PNTL-Task Force.

Iha fatin hanesan mos tuir Victor Alves nudar aman husi Major Alfredo informa katak husi familia sei la ijiji buat ida ba governu, buat aat ka diak husi familia nian sei hakoi. Alves apela ba joventude atu hakmatek iha ida-ida nia fatin no lalika halo baruilu.

“See balu mak dehan nia nee rebeldes nee klaru iha sentido barak, tanba iha mos rebeldes diak ho aat, nebee agora la bele dehan nee los ka sala hodi hamosu problema, maibe buat sira hotu sei hakoi hamutuk ho nia iha kaisaun tanba nia mate ona,” hatete Victor.

Tuir Victor mos katak familia matebian Major Alfredo nebee hetan tiru iha rezedensia Prezedente Jose Ramos Horta sei la lori ba iha Maubese maibe sei hakoi deit iha matebian nia uma oin, Dili, Marconi.

“Ami hakarak hakoi matebian iha nia uma oin nee razaun atu bele hatene diak liu tan husi maluk Timor oan tomak katak, Major Alfredo nia rate no nia uma mak nee, duke lori ba dook sei halo ema barak haluha,” hatete matebian Alfredo nia feton Margareta Alves ba STL iha rezedensia katak, see kona ba mate isin nee atu hakoi wainhira, Margareta hatete katak, nee seidauk hatene lolos atu bainhira mate isin nee atu lori ba hakoi, tanba sei hein nia fen ho oan, see too ohin ka aban husi Australia mak foin bele termina loron atu hakoi.

Leopoldino Husik Hela Oan Nain Rua

Clementina Mendosa, inan kiik no reprejentante husi familia matebian Leopoldino Baros hatete, familia boot Leopoldino hein deit husi parte guvernu mak bele desidi atu hakoi sira nudar sivil ou militar.

Maibe, nudar familia husu atu bele hakoi sira hanesan militar, tanba sira seidauk sai husi militar.

Nunee familia matebian Leopoldino nebee konsentra durante loron rua iha Ailok Laran, sente teriste, tanba lakon sira nia oan, maun alin, Leopoldino nabee mate hamutuk ho Alfredo Reinado iha residensia Prezidenti Republika nian a iha Meti Aut, Dili, Sigunda (11/2).

Fou-foun familia la fiar katak sira nia oan mos mate iha akontesimentu ida nee. Tanba, sira la hatene katak, insidenti tiru Prezidenti Horta halo husi grupu Major Alfredo.

“Iha Segunda dader, ami rona duni dehan Prezidente kona tiru, maibe ami lahatene grupu nebee mak halo asaltu nee. Liu tiha ida nee, ami rona fali informasaun dehan Leopoldino mos mate.

Nudar familia ami la fiar maibe depois too lokraik sira lori ona foto mai mak ami foin fiar,” haktuir Clementina iha mate uma Ailok Laran, Dili, horseik. Leopoldino mate soe hela oan rua, feto ida ho mane ida. Oan feto ho idade tinan rua no mane tinan hat.

Ana Maria, nudar tian husi Leopoldino fo sasin katak,

iha loron Sesta, Sabadu no Domingu, matebian sei mai halimar ho labarik sira iha estrada hanesan bai-bain, sei halo komiku no la iha sinal ruma nebee hatudu dehan nia atu mate.

“Hau mos sei husu ba nia (Leopoldino-red), oinsa situasaun agora. Nia mos sei hatan dehan, agora nee problema la iha, nee duni bainhira rona dehan Leopoldino mate nee ami familia hotu la fiar, maibe depois sira lori fali foto mai mak ami foin fiar,” Ana Mari haktuir ho mata wen.

Familia boot iha Ainaro, rona ona Leopoldino nia mate. Maibe, nia inan rasik nebee oras nee faluk, la bele mai hakoi nia oan nia isin mate, tanba situasaun la permiti.

Leopoldino, nudar oan klaran husi maun-alin nain tolu, durante tinan rua ikus nee hamutuk deit ho Alfredo.

Antes nee, Leopoldino nia tiun mehi dehan, Leopoldino mai no hakoak nia tiun metin los. Mesmu nunee, familia la hatene katak, mehi nee ikus mai sai tiha nunee. Leopoldino husik hela familia boot iha asidenti traziku nee.

“Nudar familia ami senti lakon ami nia bikan ida ho kanuru ida. Nee teriste boot ida ba ami nudar familia,” katak Ana.

Nia mos hatete, se parte husi guvernu hanoin, maka tau netik matan ba oan kiak no feto faluk, nebee matebian Leopoldino husik hela.

Tuir observasaun media nee hatudu katak, maske mate isin seidauk intrega ba familia nia liman, maibe familia perpara tiha ona fatin atu bele rai mate isin, nunee familia mos dada tiha ona lona iha Sigunda loraik no sira konsentra hamutuk iha fatin nebee refere hodi hein bainhira mak mate isin bele too ba uma. arm/mds/lia

Anónimo disse...

Edition: 14 February 2008
Victor Alves: Alfredo Hotu Ona, Hamutuk Hadia Ita Nia Rai
DILI – “Labele mosu tan sofrementu, desentendimentu no movimentu nebee halo dadaun. Ami apela li-liu ba simpatizante Alfredo nian katak Alfredo hotu ona, mai ita hamutuk ho neon laran malirin hadia ita nia rain, tanba ita terus kleur ona. Lakohi ita nia oan, maluk no kolega nee ho buat hotu-hotu ho diak ho aat hotu. Labele mosu tan buat foun.”
Lia hirak nee hasai husi aman hakiak Alfredo Alves Reinado , Victor Alves liu husi konferensia imprensa hafoin hasoru malu ho Primeiru Ministru Xanana Gusmão no Sekretariu Jeral Nasoens Unidas Atul Khare iha palacio Governu, Kuarta (13/2).

“Ami apela ba joventude sira hotu no husu kompriendesaun ba simpatizante no amadores nebee mak lao hamutuk ho Alfredo, atu tuur hakmatek la bele kria tan problema nebee mosu mai ho ran. Tanba ho ran, ita la rezolve problema. Mai ho paz ho estabilidade bele hakotu problema hotu.”

Familia Alfredo husu ba joven simpatizante Alfredo nian atu tuur hakmatek. Lalika kria konfuzaun iha populasaun nia leet katak laos Alfredo mak mate. Tanba, nia aman rasik haree ona ho matan katak Alfredo mak mate duni ona nee.

Nia esklarese liu tan katak, familia boot Alves Reinado sei hakoi Alfredo ho ninia diak no nia sala iha hotu kaisaun nia laran. Neduni, husu ba joven sira atu tuur hakmatek hodi lalika kria tan problema.

“Hau apela ba povu tomak para atu hakmatek, hodi ita bele hetan solusaun ida para hakmatek ba ita nia rain. Ami husi familia, ami hakoi ami nia mate ho problema hotu-hotu iha kaisaun nia laran,” Alves hatutan

Nia dehan, tuir planu familia nian, mate isin Alfredo Alves Reinado nian atu hakoi iha nia moris fatin, Maubisse. Maibe, situasaun la premiti atu fo estabilidade, neduni sei hakoi iha rezidensia familia mate isin Alfredo iha Markoni, Fatu Hada, Dili.

“Tanba simpatizante sira hakarak hadau mate nee, ami apelu deit la bele halo nunee, Alfredo mate ona lalika kria tan problema foun,” nia haktuir.

Tuir televizaun Portugal RTP, iha hasoru malu ikus liu ho aman hakiak, Sabdu (9/2) liu ba, Alfredo Alves Reinado hatete ba nia aman hakiak Victro Alves katak nia sei rezolve problema ba dala ikus, maibe nia la hatete atu resolve problema nee liu husi mekanismu saida.

Memoria Alfredo

Major Alfredo halai sai husi Kuartel Jeral F-FDTL iha 3 Mei 2006, ho rajaun atu defende justisa no seguransa ba povu iha tenpu krizi momentu neba.

Hafoin involve iha kazu asaltu F-FDTL iha Fatu Ahi, Dili, 23 Mei 2006, Alfredo ho nia grupu hetan kapturasaun husi forsa GNR no hetan prizaun preventiva durante loron 30. Maibe, Alfredo la kumpri nia dever too remata. Nia ho nia maluk halai sai husi prizaun Bekora iha loron 30 Agostus 2006.

Durante ba moris iha ailaran, Alfredo sempre apelu ba ba estadu no governu atu rezolve lalais sira nia situasaun. Li-liu konaba sira nia estuta hanesan militar ou sivil ona.

Alfredo hasoru malu ikus ho PR Jose Ramos Horta iha Maubisse, Domingu (13/1). Objetivu husi enkontru hirak nee atu buka solusaun ba krizi politik militar nebee lao dadaun iha rai laran.

Alfredo konkorda atu tuir dialogu no submete ba justisa relasaun krizi politik militar, mas tuir Alfredo, antes realiza tenki halao uluk dialogu.

Iha tenpu okupasaun Indonesia nian iha Timor, militar Indonesia kaptura Alfredo, tanba involve iha servisu klandestina nudar liman-ain forsa FALINTIL nian ou uluk TNI hanaran GPK (Gerakan Pengacau Keamanan). Ikus mai, Afredo sai TBO (Tenaga Bantuan Operasional) TNI nian iha Sulawesi ho Kalimantan. Iha tinan 1990, Alfredo halai ba Australia no servisu iha Ro Australia Oeste nian.

Hafoin Konsulta Popular iha tinan 1999, Alfredo fila hikas mai Timor. Nia tama militar (F-FDTL) no hetan fiar hodi komanda Unidade Marinha F-FDTL, nebee ho forsa ekipamentu Ro Ahi patrolia rua. Ro rua nee hetan ajuda husi Forsa Marinha Portugal.

Iha Juli 2004, Alfredo hetan kasitigu indisiplinar husi komando, tanba involve iha kazu kiik ho polisia. Nunee, komando haruka Alfredo ba tuir treinamentu Unidade Marinha tinan tolu iha Astralian Joint Command and Staff College. dd

Anónimo disse...

Ele vive.

Mausoco

Anónimo disse...

O ÚLTIMO TELEFONEMA DE REINADO PARA A FAMÍLIA


"NUNCA SERÁS UMA VIÚVA"
.
O major Alfredo Reinado não via a mulher e os quatro filhos há dois anos, mas telefonava-lhes quase todas as noites. A filha mais nova, nunca chegou a conhecê-la. No dia antes do duplo atentado que liderou, disse à mulher para cuidar bem dela e das crianças.
.
Um dia antes de ter sido abatido num tiroteio à porta do presidente José Ramos-Horta, o líder rebelde Alfredo Reinado telefonou à sua mulher, dizendo-lhe que ela deveria ter sempre cuidado consigo e olhar pelos quatro filhos do casal, Billy, Donovan, Tiffany e Felicity.
«Na nossa última conversa, ele pediu-me para lhe prometer que cuidaria bem de mim e das crianças», disse, citada pela BBC, acrescentado: «Prometeu-me uma vez que eu nunca seria uma viúva, mas agora ele morreu. Não vou quebrar a promessa que lhe fiz.
Maria Reinado, 30 anos, vive em Perth, na Austrália, com os seus quatro filhos desde 2006, altura em que os tumultos causados pela rebelião liderada pelo marido obrigaram a uma mudança de país por razões de segurança.
.
A família separou-se nessa altura, quando estava a caminho o quarto filho do casal. Reinaldo ficou em Timor, Maria foi para a Austrália. Desde essa altura, nunca mais se viram.
Felicity, a filha mais nova, nunca conheceu o pai. É por isso que não é fácil explicar o seu desaparecimento às crianças: «Eles dizem-me que o pai ainda está vivo e não acreditam no que vêem na TV. Encorajo-os a chorarem e relembro-os diariamente deste horrível pesadelo, esconder a realidade é um disparate», confessa Maria.
«As crianças falavam com o pai por telefone quase todas as noites, eles eram muito próximos», disse.
«Alfredo encorajava-me e dizia que tinha de ser forte por causa dos nossos filhos. Por vezes eu chorava sozinha à noite para que as crianças não me vissem fraquejar».
.
Por razões de segurança, Maria Reinado não foi ao enterro do marido. Dadas as circunstâncias da morte de Alfredo Reinado, amigos consideram ser demasiado perigoso regressar a Díli. Mas talvez acabe por ter de regressar. Maria pediu protecção permanente à Austrália, que foi entretanto recusada. Caso o ministro da Imigração Chris Evans não intervenha, a viúva terá mesmo de voltar a Timor-Leste.
Maria conheceu Alfredo quando tinha 15 anos, em 1992, por intermédio do seu irmão «Afri». Começaram a namorar um mês depois e casaram quando o pequeno Billy era bebé, em 24 de Maio de 1995. Viveram depois quatro anos na Austrália e foi lá que nasceu Donovan.
.
Portugal Diário