14/02/2008 - 01h14
da Folha Online
O ex-militar timorense Alfredo Reinado pretendia seqüestrar o presidente do Timor Leste, José Ramos Horta, e o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, segundo os investigadores liderados pela Polícia da ONU. A hipótese descarta a tentativa de assassinato durante os atentados desta segunda-feira (11).
A nova hipótese reduziria as tensões criadas no país após a divulgação de um suposto documento no qual a Fretilin (Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente) ofereceu US$ 10 milhões a Reinado para que matasse os dois governantes, informou hoje o jornal australiano "The Sydney Morning Herald".
O Fretilin, liderado pelo ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri --forçado a renunciar em meados de 2006 por uma crise promovida pelo próprio comandante rebelde--, negou essa informação e assegurou que o documento é uma tentativa de desestabilizar o país.
Segundo os analistas, este rumor seria usado como desculpa pelos seguidores de Reinado para iniciar uma nova onda de violência como a que há dois anos deixou 37 mortos, mais de 100 mil refugiados e obrigou o envio de forças internacionais de paz no Timor Leste.
O presidente José Ramos-Horta pode receber alta em duas ou três semanas
A crise foi desencadeada por causa da expulsão do Exército timorense de 600 soldados que denunciaram corrupção e nepotismo na corporação.
Reinado foi enterrado hoje em Díli, patrulhada desde a segunda-feira por soldados e policiais locais e estrangeiros, que estabeleceram um forte dispositivo com postos de controle em diversas ruas da cidade.
Ramos Horta, internado num hospital de Darwin (Austrália), está com a saúde estável e poderia receber alta em duas ou três semanas. Gusmão saiu ileso do ataque.
O Parlamento do Timor Leste aprovou ontem à noite a prorrogação até o dia 23 de fevereiro do estado de exceção declarado na segunda-feira para manter a calma no país.
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1 comentário:
Onde vem esse dinheiro?
Ja inventam?
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